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Bolsas da Ásia fecham em alta após suspensão de tarifas dos EUA

A bolsa de Tóquio subiu 9% após o anúncio da suspensão das tarifas comerciais por pelo menos 90 dias. Tarifas para a China seguem

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As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, com a de Tóquio saltando mais de 9%, um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma suspensão de 90 dias das chamadas tarifas "recíprocas" mais altas, exceto para a China. Os mercados chineses, por sua vez, foram sustentados por expectativas de novos estímulos de Pequim.

O índice japonês Nikkei subiu 9,13% em Tóquio hoje, a 34.609,00 pontos, marcando seu maior ganho diário desde agosto de 2024, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 6,60% em Seul, a 2.445,06 pontos, no melhor desempenho diário desde março de 2020, e o Hang Seng teve alta de 2,06% em Hong Kong, a 20.681,78 pontos.

Foi o Taiex, no entanto, que liderou os ganhos na Ásia hoje, com salto de 9,25% em Taiwan, a 19.000,03 pontos. Trata-se do melhor desempenho do índice taiwanês em um único pregão desde 1991. As gigantes de tecnologia locais TSMC e Foxconn Technology - que são particularmente sensíveis a tensões comerciais -, dispararam 9,94% e 9,78%, respectivamente.

Na China continental, as bolsas foram impulsionadas pela expectativa de que Pequim anuncie em breve novas medidas de estímulos em meio à escalada das tensões comerciais com os EUA. O Xangai Composto subiu 1,16%, a 3.223,64 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,46%, a 1.868,39 pontos.

Ao mesmo tempo em que suspendeu tarifas recíprocas acima de 10% para todos os países por 90 dias, Trump elevou a tarifação para importações chinesas, de 104% para 125%, após Pequim retaliar com uma tarifa de 84% a bens dos EUA. O presidente americano, porém, sinalizou que não prevê novo aumento nas tarifas para os chineses e disse ter certeza de que conseguirá fechar "um bom acordo" com o gigante asiático.

Diante do foco na questão comercial, novos dados de inflação da China ficaram em segundo plano. O índice de preços ao consumidor (CPI) chinês teve queda anual de 0,1% em março, como previsto, depois de recuar 0,7% no mês anterior.

Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou a euforia com a suspensão das tarifas dos EUA, e o S&P/ASX 200 avançou 4,54% em Sydney, a 7.709,60 pontos, em seu melhor pregão desde março de 2020.

O dia de forte apetite por risco na Ásia e no Pacífico veio também após os índices acionários de Nova York dispararem entre 8% e mais de 12% ontem, na esteira dos anúncios de Trump.

 

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Zelensky concorda com 'trégua de Páscoa' russa e propõe estender cessar-fogo

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias

19/04/2025 21h00

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril", disse Reprodução/X

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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado (19) que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa.

"Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril.

É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança.

Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi.

"Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

 

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Produção e consumo de vinhos batem mínimas em décadas com clima, preço e mudança comportamental

O consumo também registrou queda de 3,3%, chegando a 214 milhões de hectolitros, o menor nível desde 1961

18/04/2025 22h00

INSTITUTO DA VINHA E DO VINHO (IVV) / Agência Brasil

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A produção e o consumo global de vinhos atingiram os menores patamares em décadas em 2024, influenciados por mudanças climáticas, inflação e transformações nos hábitos dos consumidores. Segundo relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV, na sigla em inglês), divulgado na terça-feira, 15, a produção mundial caiu 5% em relação a 2023, totalizando 226 milhões de hectolitros - o menor volume em 60 anos.

"Eventos climáticos extremos e imprevisíveis em ambos os hemisférios" foram apontados como a principal causa, destacou a OIV.

O consumo também registrou queda de 3,3%, chegando a 214 milhões de hectolitros, o menor nível desde 1961, influenciado por "fatores econômicos e geopolíticos, incertezas e mudanças nos padrões de comportamento", especialmente em mercados consolidados. Apesar disso, a organização ressaltou que "o vinho nunca foi tão consumido em tantos países", 195 no total, com potencial de crescimento em nações populosas.

O equilíbrio entre oferta e demanda foi mantido, mas os estoques regionais seguem desiguais, segundo a OIV. O comércio internacional manteve volumes estáveis, em 99,8 milhões de hectolitros, embora o valor das exportações tenha caído 0,3%, para 36 bilhões de euros, com preços ainda 30% acima dos níveis pré-pandemia, aponta a instituição.

John Barker, diretor-geral da OIV, enfatizou a necessidade de adaptação: "Trabalhar juntos para desenvolver soluções climáticas, investir em pesquisa e reforçar o multilateralismo são elementos essenciais para o futuro do setor".

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