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CIDADE MORENA

Empresa trocará todos equipamentos após teste de radares em Campo Grande

Período para verificação dos instrumentos das concorrentes começa hoje e deve durar 24 horas, até 08h de quinta-feira (07)

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Campo Grande realiza nesta quarta-feira (06) o teste dos equipamentos das empresas interessadas na licitação milionária para instalação, monitoramento e manutenção de radares, sendo que a vencedora desse certame precisará trocar todos esses aparelhos aplicadores de multas presentes na Capital. 

Como bem adiantou o Correio do Estado, o teste dos radares que começa hoje (06) deve durar apenas 24 horas e encerrar por volta de 08h de quinta-feira (07), em seis pontos específicos da Cidade Morena, sendo: 

  • Av. Afonso Pena esquina com a Rua Rui Barbosa no sentido centro/bairro;
    Teste radares CampO GrandeFoto: Marcelo Victor/Correio do Estado
  • Av. Júlio de Castilho, oposto ao número 810 no sentido bairro/centro;
     
  • Av. Duque de Caxias, próximo ao número 2.400 no sentido centro/bairro;
     
  • Rotatória na confluência das Avenidas Gury Marques, Costa e Silva, Senador Antônio Mendes Canale e Dr. Olavo Vilella de Andrade no sentido bairro/centro;
     
  • Av. Gury Marques próximo ao Anel Rodoviário no sentido bairro/centro; e
     
  • Sede Administrativa da AGETRAN (Av. Gury Marques, 2395).

Licitação

Tratando-se de uma certame que pode atingir R$50 milhões, segundo informado pelo Executivo de Campo Grande através da Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc), todo esse processo mira contratar uma nova empresa a ficar responsável pelos radares da Capital. 

Após o fim da licitação, além de trocar os equipamentos registradores de infrações, a empresa vencedora deverá fornecer a devida plataforma de gestão de dados, mais: central de monitoramento; sistema de análise e inteligência de imagens veiculares e de processamento de registros de infrações de trânsito nas vias e logradouros públicos.

Como bem acompanha o Correio do Estado, até meados de junho pelo menos quatro empresas mantinham os olhos nessa licitação milionária, todas com sede fora de Mato Grosso do Sul, sendo: 

  • Mobilis Tecnologia S.A. - Pinhais (PR)
  • Grupo Splice - Votorantim (SP)
  • Bless Processamento de Dados Ltda - São Paulo (SP)
  • CLD (Construtora, Laços Detetores e Eletrônica Ltda) - São Bernardo do Campo (SP)

Também vale lembrar que, após o vencimento do contrato com a antiga responsável (Consórcio Cidade Morena), em setembro do ano passado, uma nova licitação nasceu com um valor diferente.  

Responsável pelo gerenciamento desde 2018, o Consórcio Cidade Morena anotou sete aditivos totais no período, recebendo cerca de R$29.963.827,03 pagos pelo poder público no período, conforme consta no Portal da Transparência de Campo Grande. 

Conforme publicado em 12 de maio no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), o valor máximo dessa nova licitação é de R$50.255.742,97, sob duração de 24 meses, ou seja, um valor mensal de R$2.093.989,29.

Entretanto, nem mesmo esse processo importante para regularizar devida manutenção das multas aplicadas em Campo Grande se livrou de viver uma  "novela de abre e fecha", uma vez que a licitação chegou a ser suspensa 10 dias após anúncio e cinco dias antes da data marcada para abertura da sessão.

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Levante Mulheres Vivas

Pelo fim do feminicídio, homens e mulheres participam de ato nacional em Campo Grande

O movimento "Levante Mulheres Vivas" reuniu cerca de 300 pessoas em marcha na Avenida Afonso Pena com cartazes e apelos de autoridades

07/12/2025 11h02

Movimento reuniu manifestantes na Capital na manhã deste domingo (7)

Movimento reuniu manifestantes na Capital na manhã deste domingo (7) FOTO: Leo Ribeiro/Correio do Estado

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O ato “Levante Mulheres Vivas”, que acontece em todas as regiões do Brasil, reuniu ao menos 300 pessoas na manifestação em Campo Grande neste domingo (7). 

O movimento busca chamar a atenção da sociedade ao grande números de feminicídios no ano. Somente em 2025, já foram contabilizados 1.177 assassinatos contra mulheres e 2.990 tentativas. Em Mato Grosso do Sul, já foram 38 vítimas. 

A concentração do ato acontece na esquina da rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena, em frente à Praça Ary Coelho em Campo Grande. A Polícia Militar se manteve atenta para evitar confusão seja entre os manifestantes, seja no trânsito, que fluiu normalmente.

Outra concentração também acontece na cidade de Paranaíba, a 408 quilômetros da Capital. 

Autoridades como Cida Gonçalves, Pedro Kemp, Fábio Trad, Thiago Botelho, Camila Jara e Luiza Ribeiro estão presentes na manifestação em Campo Grande. 

Para a vereadora Luiza Ribeiro, que faz parte do movimento desde os 16 anos, a luta a favor das mulheres vai além de partidos e posições políticas. 

“Nós queremos que mais e mais pessoas, sejam da direita, da esquerda, do centro, que tomem essa bandeira como uma bandeira imprescindível para uma sociedade civilizada. Nós estamos no século 21 e mulheres ainda são mortas apenas pela condição de serem mulheres. Nossa sociedade vive um patriarcado, regido por homens, e precisamos que o Estado de Mato Grosso do Sul construa uma secretaria de políticas públicas para mulheres, já que o Estado detém a 2ª maior taxa de feminicídio do Brasil”, relatou Luiza Ribeiro. 

Relembrando de crimes que aconteceram no Estado durante o ano, a ex-ministra das mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou em seu discurso a importância da participação dos homens nos movimentos em busca de proteção às mulheres. 

“Nós estamos na rua porque queremos estar vivas, não queremos que nos matem! Não são todos os homens, mas sempre é um homem. É necessário que os homens estejam com a gente, não podemos mais estar sozinhas nessa luta. Não podemos continuar sozinhas chorando as perdas de 4 ou 5 mulheres que morrem todos os dias no País. Precisamos de vocês nas ruas, nas redes sociais, que não aceitem piadas, brincadeiras e que outros homens sejam violentos”, disse. 

Movimento reuniu manifestantes na Capital na manhã deste domingo (7)Cida durante sua fala / Foto: Leo Ribeiro

Vítima de transfobia, a professora Emy Mateus Santos, de 25 anos, também chamou a atenção para a necessidade de denunciar atitudes e pessoas desrespeitosas. 

“Temos que denunciar, expulsar ‘esses caras’ dos lugares, porque é o nosso lugar, é nosso direito de ir e vir com segurança. Estamos lutando por sobrevivência. Mato Grosso do Sul é um dos espaços mais violentos para as mulheres, e não é só matar, é matar com violência. Só nós vamos conseguir salvar a gente”, apelou em seu discurso. 

A deputada estadual Camila Jara ressaltou as dificuldades enfrentadas dentro da política como representante do Estado em cobrar e pedir atenção às pautas. 

“Como parlamentar, quando a gente senta para cobrar explicações do governo estadual, quando a gente senta na frente de secretários, governadores, presidentes das casas legislativas, a resposta é sempre a mesma: ‘está tudo bem, as coisas estão acontecendo, as políticas públicas estão sendo aplicadas’. E em número reduzido lá dentro, sempre ouvimos deles que está tudo bem. Mas quando eu olho para o rosto de cada uma de vocês aqui, são as vozes de vocês e somando com as nossas dentro dos parlamentos, mostramos para cada um deles que não está tudo bem e nós vamos lutar para permanecer vivas. O nosso corpo, a nossa voz, nossas vontades, pertencem a cada uma de nós”, afirmou Camila Jara. 

A parlamentar citou que existe uma tentativa de ser votado no congresso federal um pacote de leis para aplicação mais rígida das políticas públicas em busca dos direitos femininos e convocou aos presentes que cobrem dos parlamentares a necessidade da votação e aprovação das demandas. 

Jara também contou que a deputada estadual Gleice Jane não esteve presente no ato por estar registrando um boletim de ocorrência junto à delegacia após ter recebido uma ameaça de morte. 

O movimento saiu em marcha pela avenida Afonso Pena até a Rui Barbosa, retornando ao ponto inicial pela avenida principal com grito de “Mulheres Vivas” e cartazes à mão pedindo o fim da violência contra as mulheres. 

O ato foi aberto, sendo necessária adesão não apenas dos movimentos e entidades que atuam em prol da defesa das mulheres, mas também de toda a sociedade civil em geral, já que a reivindicação principal é que os feminicídios e violências contra os corpos delas cheguem ao fim. 

Movimento nacional com participação feminina de diversas cidades espalhadas pelo Brasil afora, a articulação do Levante Mulheres Vivas é descrita como "coletiva, horizontal e suprapartidária", ou seja, está acima da bandeira de qualquer partido e precisa do apoio da população em geral.

Do Núcleo Campo Grande, fazem parte coletivos feministas campo-grandenses e também de Aquidauana: 

  • Sempre Vivas,
  • Marcha Mundial de Mulheres,
  • Mulheres da Frente Brasil MS,
  • Levante Feminista MS
  • Aqui Mulher, 
  • Coletivo Elas Podem, 
  • Movimento de Mulheres Olga Benário,
  • Ong Valquírias, 
  • Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (Cdca Oab)

Levante Mulheres Vivas

No Brasil ouve-se uma notícia de um novo caso de feminicídio quase que diariamente, que aliados a outros casos de ameaças e agressões deixam clara a fragilidade dessa rede de proteção que já existe na "letra fria da lei". 

Porém, mesmo com os feminicídios tratando-se de um crime absurdo, as 38 mortes de mulheres registradas em 2025 no Mato Grosso do Sul, como outros casos espalhados pelo Brasil, mostram o "abismo" entre o que prevê a lei e as garantias que esses corpos possuem na prática. 

Além disso, o Levante coloca nessa esteira de reivindicações as devidas responsabilizações para as plataformas digitais, já que à medida que as redes crescem aumentam também os casos de misoginia, ameaças e assédio, violências essas que se transformam e ganham uma nova cara através das telas. 

Desde o vazamento de imagens íntimas, até humilhações públicas, "deepfakes" e campanhas de difamação que desembocam, muitas das vezes, em agressões físicas e feminicídios, cita a organização do movimento em nota. 

Ainda conforme o movimento, a "Pauta Nacional - Levante Mulheres Vivas" consiste em um documento coletivo que tem como um dos pontos centrais Eixo VII, que trata da Regulação das Plataformas Digitais, Discursos de Ódio e Violência Online, reivindicando para as redes: 

  1. Legislação específica própria, para responsabilizar plataformas digitais por conteúdos de ódio, misoginia e incitação à violência contra mulheres. 
     
  2. Remoção rápida (em até 24 horas) de conteúdos violentos, misóginos, persecutórios, de 'deepfake' e de vazamento de imagens íntimas.
     
  3. Transparência algorítmica, com auditoria independente sobre como as plataformas amplificam conteúdos de ódio, violência e assédio.
     
  4. Moderação humana especializada, com equipes treinadas em gênero, direitos humanos e enfrentamento à misoginia digital.
     
  5. Canais públicos integrados de denúncia, articulando Ministério Público, Defensoria, Delegacias da Mulher e plataformas digitais.
     
  6. Proteção especial para mulheres em maior exposição, como vítimas de violência política,  comunicadoras, jornalistas, artistas, defensoras de direitos humanos e lideranças comunitárias.
     
  7. Campanhas permanentes de educação digital sobre prevenção à misoginia, combate à desinformação e uso responsável das redes.

Além de deixar claro que, sem a devida responsabilização das plataformas digitais, a violência contra mulheres seguirá se multiplicando de forma impune, a pauta nacional do Levante Mulheres Vivas também destaca a urgência de fortalecer toda a rede de proteção às mulheres, relacionando medidas como: 

  1. Delegacias da Mulher 24 horas, com atendimento especializado e instalação das Casas da Mulher Brasileira em capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes.
     
  2. Ampliação de casas-abrigo, acolhimento imediato para mulheres e filhos em risco, centros de referência com equipe completa e atendimento jurídico gratuito e contínuo.
     
  3. Resposta rápida no sistema de justiça, com instauração célere de inquéritos, emissão imediata de medidas protetivas, prioridade processual e investigação de omissões institucionais.
     
  4. Autonomia econômica emergencial para mulheres que precisam deixar suas casas para fugir da violência, com benefícios temporários, inclusão prioritária em programas sociais e apoio para reinserção no trabalho.
     
  5. Proteção integral de filhas e filhos de mulheres em situação de violência, com prioridade em vagas de creche e escola, atendimento psicológico e afastamento seguro do agressor. 
     
  6. Paridade feminina obrigatória em cargos de decisão no poder público, Judiciário, Ministério Público, Defensoria e Delegacias da Mulher.
     
  7. Cumprimento integral da lei orçamentária, com execução plena e transparente dos recursos já previstos para políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres e penalidades para quem descumprir essas obrigações.

Para mais informações, basta seguir e ficar atento às publicações do perfil Levante Mulheres Vivas no Instagram.


 

Atenção

Ciclone intenso vindo do Sul pode provocar tempestades e ventos de mais de 100 km/h em MS

Ciclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS e em outros estados da região Centro-Oeste e Sudeste

07/12/2025 10h03

As previsões são de chuva para a semana

As previsões são de chuva para a semana FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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A chegada de um novo ciclone chegando na região Sul do Brasil deve trazer tempestades e ventos fortes para Mato Grosso do Sul ao longo desta semana. 

Segundo o meteorologista do Metsul, Luiz Fernando Nachtigall, um centro de baixa pressão extremamente profundo, não costumeiro para a região, com valores de pressão atmosférica observados em ciclones tropicais no Hemisfério Norte e em ciclones extratropicais poderosos mais ao Sul do continente, vai avançar para o Sul do Brasil ainda no começo da semana. 

“A atmosfera extremamente aquecida, com valores ao redor e acima de 40ºC, associada aos valores de baixa pressão atmosférica é uma combinação explosiva e de altíssimo risco de tempo severo. Vários estados serão afetados na primeira metade da semana com uma grande onda de tempestades que afetará o Sul e estados do Centro-Oeste e do Sudeste no final da segunda e durante a terça-feira”, afirmou o meteorologista. 

As previsões são de chuva para a semanaCiclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS / Fonte: Metsul

As chuvas, embora irregulares, devem ser de valor excessivo, podendo acumular volumes de 100 milímetros a 200 milímetros em setores isolados. 

O Rio Grande do Sul deve ser o mais afetado pela condição, porém, os efeitos devem atingir Mato Grosso do Sul ao longo da semana, até a quinta-feira. Também são esperados vendavais intensos com rajadas acima de 100 km/h em todas as áreas afetadas. 

“Desenha-se, portanto, uma sequência de dias de altíssimo risco meteorológico entre a segunda e a quinta-feira, quando o ciclone começará a se afastar. Leve muito a sério o que está vindo”, alertou Luiz Fernando. 

Como o Correio do Estado já havia adiantado, as condições meteorológicas esperadas para a nova semana são de chuvas intensas e alívio no calorão. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, Mato Grosso do Sul está, novamente, em alerta de perigo para chuvas intensas, especialmente na metade norte do Estado. 

Na segunda-feira (8), é esperado um aumento de nuvens ao longo do dia, que favorece a formação de chuvas em várias regiões do Estado. 

Em algumas localidades, são esperados acumulados significativos, que podem ultrapassar os 40 milímetros em 24 horas. 

A formação de um sistema de baixa pressão atmosférica, junto com a passagem de cavados, cria um ambiente favorável para a ocorrência de tempestades, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e possível queda de granizo. 

Como o tempo pode mudar rapidamente, o Cemtec recomenda que a população fique atenta aos alertas emitidos pelos órgãos oficiais, como a Defesa Civil. 

A ocorrência das chuvas deve aliviar o calor, já que as máximas não devem ultrapassar os 32ºC em todo o Estado, e as mínimas variam entre 21ºC e 25ºC. 

Em Campo Grande, a máxima esperada para a segunda-feira é de 27ºC. 

Eventualmente, são esperadas rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, podendo acontecer, em pontos isolados, rajadas superiores a 80 km/h. 

São esperadas chuvas durante todos os dias da semana, com alertas pontuais de tempestade em pontos isolados do Estado. 
 

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