Cidades

MATO GROSSO DO SUL

"Marcha dos Terreiros" de Dourados provoca ódio nas redes sociais

Procurador da República, Marco Antonio Delfino de Almeida, instaurou procedimento para apurar fatos narrados, que ganharam volume após ato em 25 de maio no município

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Episódios de violências e ameaças às religiões de matrizes africanas se intensificaram em Dourados, após os povos representantes dos tradicionais terreiros realizarem uma "marcha", em 25 de maio, justamente contra atos de intolerância pelas redes sociais. 

Mais recente, após reunião com representantes na sede do Ministério Público Federal, o MPF, através do procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, instaurou um procedimento para apurar os fatos.

Como narram os denunciantes que representam os terreiros douradenses, após reunião para o ato público, que contou com marcha e cantos entoados em defesa da paz, pelas ruas da região central de Dourados, o volume de episódios de ameaças e violências pelas redes sociais só aumentou. 

Pelo menos 16 comunidades se reuniram no ato, que eles frisam ter sido realizado após esses povos serem alvo de "uma série de comentários proferidos por meio de perfis nas redes sociais, e que começaram a ser publicados após a ampla repercussão de episódios de violações de túmulos em cemitérios da região Sul do Estado", por sua vez, investigados pela Polícia, expõe o MPF em nota. 

Discurso de ódio

Conforme acompanhado pela mídia local, há cerca de uma semana, a caminhada que teve concentração na Praça Antônio João foi descrita como "uma resposta efetiva para a sociedade de Dourados e um basta", distante menos de uma semana das ações católicas voltadas para celebrar o feriado de Corpus Christi.  

Todo o ódio nas redes sociais, contra religiosos de matrizes africanas, ganhou maiores proporções após caso de furto de ossadas - como a de um bebê do cemitério municipal São Vicente de Paula, em Ponta Porã, no sábado (18), como publicou o Correio do Estado - ganhar repercussão na mídia. 

Entre os comentários e publicações a serem investigados pelo MPF, aparece o pedido de abertura de notícia crime contra a postagem que associa uma empresária douradense a atos de canibalismo. 

"Devem ser os macumbeiros para fazer algum trabalho de destruição", e "(…) sim e ainda come carne humana", são os comentários feitos inclusive por perfil empresarial. 

Intolerância 

Há tempos as religiões de matrizes africanas são alvo de discursos que indicam uma certa intolerância religiosa.     

Como exemplo, o caso do padre católico da Paróquia São Vicente de Paulo, em Nova Andradina, Paulo Santos Silva - que também tornou-se alvo do MPF - evidencia a intolerância voltada às religiões de matrizes africanas. 

Paulos Santos foi alvo de representação, por parte deputado estadual do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (PT-RS), Leonel Guterres Radde, após associar em uma missa em MS que as tragédias que ocorreram naquele Estado foram devido à 'proliferação de centros de macumba'. 

Conforme o artigo 208 do Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei 2.848/1940), é tipificado como "crime" o seguinte ato: 

“Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, cita o texto.

 

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Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 15h30

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

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Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

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Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

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Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

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