Mulher, de 43 anos, foi morta a facadas, na noite desta terça-feira (4), em sua casa, localizada no Jardim Redentora, em Aparecida do Taboado, município situado a 457 quilômetros de Campo Grande.
Identificada como Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves, este é o segundo feminicídio, em 24 horas, em Mato Grosso do Sul. Com isso, o Estado chega a 34 assassinatos de mulheres em 2025.
Conforme apurado pela reportagem, um rapaz, de 18 anos, chegou na casa da vítima perguntando por ela, com uma faca na mão.
Na residência, estavam um homem de 20 anos e a vítima. Quando a mulher saiu para ver o que estava acontecendo, foi golpeada no pescoço.
Segundo a polícia, a suspeita é de que o rapaz de 18 anos, autor do assassinato, seja filho dela. Ou seja, ele teria matado a própria mãe.
A Polícia Militar foi acionada via 190 e, ao chegar no local, encontrou os dois homens na calçada. Ambos foram presos em flagrante pelo crime de feminicídio, mas, negam envolvimento no crime.
Corpo de Bombeiros Militar foi acionado, mas, ela faleceu antes mesmo da chegada do socorro.
Além da PM, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica e funerária estiveram no local para prender os autores, isolar a área, coletar vestígios do assassinato, realizar a perícia e recolher o corpo.
A faca utilizada no crime foi localizada sob o banco de uma motocicleta que estava na casa. Durante a perícia, foi encontrada uma camiseta azul com vestígios de sangue no quarto onde os dois rapazes moravam. Ambos objetos foram recolhidos para perícia.
FEMINICÍDIO
Feminicídio é o assassinato de uma mulher pelo fato de ser mulher, ou seja, questões de gênero que envolvem violência doméstica, física, verbal, sexual ou patrimonial.
Geralmente, o feminicídio é praticado por (ex) companheiros, (ex) namorados, (ex) noivos ou (ex) esposos da vítima.
É um crime hediondo cuja pena pode variar de 20 a 40 anos de reclusão, não sendo possível pagar fiança. A pena é cumprida em regime fechado.
O feminicídio passou a ser um crime autônomo, com seu próprio artigo no Código Penal, diferente do homicídio qualificado.
O condenado por feminicídio perde o poder familiar e é impedido de exercer cargos/funções públicas.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado e Justiça Pública (Sejusp-MS) apontam que 34 mulheres foram mortas ente 1º de janeiro e 5 de novembro 2025 em Mato Grosso do Sul. Em 2024, 35 mulheres perderam a vida e 30 em 2023.
Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.
Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).
O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades.
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