Cidades

DOURADO, PACU E MAIS

Proibição de pesca por cinco anos em MS é 'rasa' mas projeto pode virar lei

Novo texto proíbe transporte, armazenamento e comercialização de 13 espécies pelo próximo quinquênio e teve discussão acalorada na Assembleia Legislativa, com cobrança por maior amplitude

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Com o novo texto para regulamentação da pesca debatido em audiência pública, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o projeto que, após alteração, trouxe proibição de cinco anos para algumas espécies, seguiu dividindo os setores e encarado como 'raso' diante de uma necessidade de ampliação citada por várias das partes. 

Além dos deputados estaduais, entre os presentes na audiência, realizada na última sexta-feira (21), estavam representantes do setor empresarial, do Governo, da pesca esportiva, pescadores profissionais e amadores, bem como alguns prefeitos e vereadores.

No início de fevereiro o Correio do Estado abordou a corrida contra o tempo da Assembleia, para definir pesca do Dourado e outras espécies em MS, com a proposta alterada protocolada na Casa dois dias depois da data de publicação da matéria.

Alterada, a proposta prevê a proibição por cinco anos, contados a partir de 1º de janeiro, sobre o "transporte, o armazenamento e a comercialização do pescado oriundo da pesca em rios do Estado de Mato Grosso do Sul". 

O texto traz a permissão para a pesca amadora esportiva na modalidade (pesque e solte) e a pesca profissional artesanal, com exceção do período de defeso compreendido pela piracema.

Nesse caso, também não ficam limitadas a chamada pesca de subsistência, feita por povos originários, indígenas e quilombolas; bem como a "comercialização e o transporte de iscas vivas, a ser regulamentada por Resolução própria". 

Pelo projeto de lei, entram na proibição integral de "transporte, armazenamento e a comercialização" por cinco anos as seguintes espécies: 

  • Pacu (Piaractus pesopotamicus);

  • Dourado (Salminus brasiliensis);

  • Jaú (zungaro jahu);

  • Pintado/Surubin (Pseudoplatystoma corruscans);

  • Piraputanga (Brycon hilarii);

  • Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum)

  • Curimba (Prochilodus ssp.);

  • Piracanjuba (Brycon orbignyanus);

  • Jurupensem (Sorubim lima);

  • Jurupoca (Hemisorubim platyrhynchos);

  • Piavuçu (Leporinus macrocephalus);

  • Palmito (Ageneiosus brevifilis);

  • Barbado (Pinirampus pinirampu)

Cobrança por amplitude

Autor do projeto de lei, Neno Razuk destacou a celeridade em cima da pauta afirmando em audiência que o projeto já poderia estar em votação, porém, foi levantado entre os parlamentares a necessidade de debate para que as partes envolvidas fossem, de fato, ouvidas. 

Justamente a necessidade de ampliação do debate foi, de certa forma, unânime entre as partes, como bem destacou Razuk indicando que o PL vai além da proibição. 

"É mais amplo que isso. Hoje já estamos tratando de questão ambiental, de meio ambiente, de preservação dos rios, sobre os agrotóxicos no rio. Esse projeto vem crescendo e vai ganhar uma dimensão maior em benefício do nosso estado”, disse. 

Segundo a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Pesca, deputada Mara Caseiro, em material da Agência ALEMS, indicou alguns pontos que precisam entrar na pauta. 

“Nós temos de olhar para o meio ambiente, o assoreamento de nossos rios, a qualidade da água e, é claro, para a subsistência das pessoas que vivem da pesca”. 

Em complemento, a deputada Gleice Jane (PT) ressaltou o quanto o debate é, de certo ponto de vista, "raso", diante ainda da necessidade de considerar diversos pontos. 

“Os nossos rios estão contaminados de agrotóxicos. Se queremos proteger os rios, proteger os peixes, nós temos de ampliar o debate. Precisamos saber se nossas nascentes estão sendo protegidas ou se o modelo econômico está destruindo tudo. Então, esse debate precisa de aprofundamento”, afirmou. 

Propostas e chance de lei

Das propostas feitas em cima do PL, destaca-se a intenção do deputado Zeca do PT, que sugeriu, para além de aprofundar a proposta, transformar o novo projeto em uma lei de pesca para Mato Grosso do Sul.

"Até porque vivemos em um estado com características diferenciadas. Temos duas grandes bacias, a do Rio Paraná e a do Rio Paraguai, que são absolutamente diferentes. Então, não dá para comparar Mato Grosso do Sul com outros estados nem com outros países”, expõe. 

Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável na ALEMS, responsável por conduzir os trabalhos na audiência, Renato Câmara sugeriu estudos buscando viabilizar a soltura de alevinos, os "peixes ainda bebês", além de usar multas ambientais como investimentos em determinados pontos. 

Foram cobradas também: uma maior fiscalização; novos acordos internacionais, além de um recadastramento de pescadores profissionais, para que terceiros estejam determinadamente proibidos de pescar. 

Razuk, em conclusão, ainda sugeriu migrar o pescador para uma nova função, a de acompanhante turístico, com suporte dado através do Governo do Estado. 

“O peixe vivo rio vale mais sim. E o governo pode ajudar vocês a fazer a transição [de pescadores a guias dos turistas]. Essa lei não virá de goela abaixo. Não é nossa intenção fazer vocês passarem fome. Não estou contra ninguém. Estou a favor do meio ambiente”, disse em conclusão. 

'Problema dourado'

Tido como um dos "reis dos rios" brasileiros, o Dourado é uma espécie extremamente valorizada, com a força reconhecida por amantes da pesca esportiva, sendo alvo de lei que traz a proibição de sua pesca, assinada pelo então Governador Reinaldo Azambuja, prevendo multa de até 1000 Unidades Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms). 

Porém, a reação de pescadores, que alegam a existência de "excesso de Dourado" nos rios sul-mato-grossenses, e que a espécie seria predadora de demais peixes, pressionou decisão parlamentar para que a proibição durasse somente até 2025. 

Eles também passaram a cobrar, por parte da Embrapa Pantanal e demais autoridades estaduais, que estudos analisem essa suposta superpopulação.

É importante lembrar que a proibição inicial surgiu do panorama oposto, já que na época os empresários do turismo da pesca alegavam escassez de Dourado, que até então geravam prejuízo e reduziam o volume da clientela.  

Há regras específicas, que regulamentam desde o tamanho mínimo para as iscas vivas até os apetrechos permitidos e proibidos, que você pode conferir - junto dos locais ainda proibidos para captura de pescado - CLICANDO AQUI

 

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Pesquisa

Brasileiro debateu menos política em grupos de família e amigos no WhatsApp em 2024

Levantamento do InternetLab mostra que esse tipo de conteúdo apareceu com menos frequência nesses grupos do que em anos anteriores da série histórica.

15/12/2025 21h00

Divulação

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A circulação de notícias e discussões sobre política em grupos de família, amigos e trabalho no WhatsApp caiu em 2024, mesmo em um ano de eleições municipais.

Levantamento do InternetLab mostra que esse tipo de conteúdo apareceu com menos frequência nesses grupos do que em anos anteriores da série histórica.

A proporção de pessoas que apontam os grupos de família e de amigos como aqueles em que mais aparecem debates sobre questões da sociedade foi de 23% e 24%, respectivamente, em 2024.

Em 2023, quando não houve eleições, esses percentuais eram de 30% e 27%. Nos grupos de trabalho, a proporção manteve-se em 11%.

Já o compartilhamento de notícias sobre política em grupos de família, amigos e trabalho caiu de 31%, 29% e 13%, em 2023, para 27%, 24% e 11%, respectivamente, em 2024.

A diretora de Pesquisa e Operações do InternetLab, Heloisa Massaro, explica que, na etapa qualitativa da pesquisa, surgem relatos de saturação dos usuários desses grupos.

"Em anos anteriores, muitas pessoas diziam que, depois de brigas ou expulsões de grupos maiores, passaram a criar grupos paralelos, menores, com poucos amigos ou familiares, nos quais conseguiam conversar sobre política. O que observamos mais recentemente é um pouco diferente. Neste ano, apareceu mais um relato de saturação dos grupos em geral. Um cansaço mesmo. As pessoas estão menos ativas nos grupos", afirmou.

O estudo apresenta depoimentos de alguns entrevistados, sem identificá-los. Uma das entrevistadas, de São Paulo, relata sensação semelhante à descrita pela pesquisadora.

"Me sinto muito cansada com a quantidade de informações e de coisas que temos que acompanhar para manter contato e informação", afirmou.

Segundo Heloisa, isso não significa que o tema política tenha desaparecido das interações no aplicativo. "Muitas vezes, a discussão migra para conversas individuais no WhatsApp ou para outros espaços", disse.

"Nos grupos, pelo menos na minha família, ficou proibido mesmo. Quando alguém toca em algum assunto, como alguma mudança na economia, logo alguém interrompe, porque sabe que vai dar briga', contou outra entrevistada.

Medo de dar opinião

Mais da metade (56%) das pessoas que participaram da pesquisa relataram sentir medo de expressar opinião sobre política porque "o ambiente está muito agressivo". O percentual, no entanto, manteve-se relativamente estável nos últimos três anos, dentro da margem de erro.

"Esse indicador está estável desde 2022, quando atingiu 57%. Naquele ano houve um pico, o que é esperado, por ter sido uma eleição presidencial muito marcada pela polarização", explicou Heloisa.

Além disso, 52% dos entrevistados afirmam se policiar cada vez mais sobre o que dizem nos grupos, enquanto metade diz evitar falar de política para fugir de brigas.

"Os dados sobre as pessoas se policiarem mais cresceram até 2022 e depois se estabilizaram em um patamar um pouco mais baixo. Isso é consistente com o contexto, já que eleições federais tendem a gerar mais engajamento e mais conflito do que eleições municipais ou anos não eleitorais", afirmou.

"Acho que os ataques hoje estão mais acalorados. Então, às vezes você fala alguma coisa e é mais complicado. O pessoal não quer debater, na verdade já quer ir para a briga", disse uma das entrevistadas.

Mulheres se resguardam mais

No recorte por gênero, a pesquisa indica que as mulheres relatam mais medo de se posicionar, se policiam mais e evitam com maior frequência compartilhar mensagens que possam atacar os valores de outras pessoas.

"Em praticamente todos os indicadores ligados a se sentir seguro ou à vontade para falar de política, as mulheres aparecem com percentuais mais baixos. Já os homens predominam entre os mais ativos, administradores de grupos ou dispostos a compartilhar conteúdo mesmo com risco de conflito", disse Heloisa.

Menos usuários em grupos de debate político

De 2020 a 2024, o número de usuários que participam de grupos exclusivamente dedicados a debater política no WhatsApp caiu quase pela metade. Enquanto 10% dos usuários estavam nesses grupos em 2020, apenas 6% relataram participar deles em 2024.

Heloisa pondera, no entanto, que a variação foi pequena entre 2023 e 2024 e deve ser lida dentro de uma tendência mais ampla.

"Quando olhamos a série histórica, essa queda é gradual e acompanha uma redução geral do número de grupos dos quais as pessoas participam. Há também queda na média de grupos por pessoa. Por isso, interpreto esse dado mais como parte dessa tendência geral do que como um recuo específico e abrupto do debate político", afirmou.

Grupos de campanha eleitoral

Em 2024, houve aumento no recebimento de links e na inserção em grupos de campanha eleitoral no WhatsApp. A proporção de usuários que receberam um link e entraram em um grupo desse tipo cresceu nove pontos percentuais em relação a 2023 (36% ante 27%) e cinco pontos na comparação com 2022 (31%), ano de eleições federais.

"Isso sugere um uso mais sofisticado desses grupos por parte das campanhas. Vimos estratégias mais elaboradas do que em anos anteriores. Muitos desses grupos estavam ligados a bairros, comunidades locais ou ações específicas, algo característico das eleições municipais", explicou Heloisa.

"Ou seja, não é que o debate político tenha desaparecido. Ele continua existindo, mas de forma mais direcionada e estratégica, fora dos grupos tradicionais de família, amigos e trabalho", concluiu.

Sem intervenção

Em meio a greve, Prefeitura defende contrato com o Consórcio Guaicurus e recusa intervenção

A Agetran se apresentou contrária ao pedido de liminar da ação popular, movida por Luso Queiroz (PT), que solicita intervenção imediata do Município na gestão do Consórcio Guaicurus

15/12/2025 19h20

Os motoristas do Consórcio Guaicurus aderiram à greve e pararam completamente o serviço durante esta segunda-feira (15)

Os motoristas do Consórcio Guaicurus aderiram à greve e pararam completamente o serviço durante esta segunda-feira (15) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), se apresentou contrária ao pedido de liminar da ação popular, movida pelo ex-candidato à prefeito Luso Queiroz (PT), que solicita intervenção do próprio Município na gestão do Consórcio Guaicurus.

A ação popular solicita a intervenção administrativa imediata na concessão do transporte coletivo urbano, atualmente operada pelo Consórcio Guaicurus, e imputa ao Município, à AGETRAN e à AGEREG suposta omissão fiscalizatória e gestão inadequada do contrato de concessão.

A Agetran diz que a ação popular "mostra-se manifestamente inadequada, pois pretende submeter ao Poder Judiciário a revisão ampla da política pública municipal de transporte coletivo urbano, fundada em alegada omissão administrativa", a qual "não se confirma segundo o relatório de auditoria do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS). 

Razões para o indeferimento da tutela

O primeiro motivo que a Agetran alega é que o ato lesivo não se presume, pois o ônus da prova é integralmente do autor popular e críticas abstratas à política pública não configuram lesão juridicamente relevante. 

Além disso, ação não se presta à fiscalização genérica da administração, mas apenas à invalidação de atos específicos e comprovadamente lesivos, o que inexiste no presente caso.

O segundo ponto abordado é sobre a atuação fiscalizatória da Agetran, a qual diz que afasta qualquer alegação de lesividade. A agência afirma que realizou fiscalização contínua do contrato de concessão e nos últimos cinco anos foram aplicadas aproximadamente 16 mil penalidades administrativas ao Consórcio Guaicurus.

O documento também traz como defesa o relatório do TCE/MS e diz que confirma a inexistência de dano e regularidade da atuação administrativa.

"O TCE/MS, após auditoria aprofundada sobre a concessão do transporte coletivo, não identificou danos ao erário imputável à AGETRAN ou ao Município, nem apontou ilegalidade grave capaz de caracterizar lesão à moralidade administrativa e ainda reconheceu a existência de fiscalização, controle e acompanhamento contratual, limitando-se a expedir recomendações e determinações administrativas, típicas do controle externo preventivo e corretivo". 

Por fim, a contestação afirma que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público converge com as conclusões do TCE/MS, pois:

  • não imputou irregularidades à atuação da AGETRAN
  • não reconheceu lesão ao patrimônio público
  • não recomendou intervenção administrativa
  • tampouco apontou prática de ato ilegal ou imoral por parte do Poder Concedente.. 

Risco de dano grave à coletividade 

A Agetran inseriu no documento de contestação também uma parte sobre o Periculum in mora reverso, ou seja, o risco de que a própria decisão judicial, ao conceder a liminar, cause um dano mais grave ou irreparável à parte contrária do que aquele que a medida pretendia evitar.

"A intervenção administrativa na concessão do transporte coletivo urbano constitui medida excepcionalíssima, que somente se justifica diante de colapso institucional ou ilegalidade grave e comprovada — circunstâncias absolutamente inexistentes no caso concreto".

De acordo com a Agetran, a concessão liminar de intervenção implicaria: 

  • na ruptura do contrato;
  • insegurança jurídica para operadores, trabalhadores e usuários;
  • risco de descontinuidade do serviço público essencial;
  • instabilidade financeira e operacional do sistema;
  • sobrecarga imediata da Administração Pública sem estrutura instalada.

A Agetran finaliza dizendo que o Município não tem capacidade operacional para intervenção imediata, pois "jamais operou diretamente o transporte coletivo urbano; não dispõe de frota própria, garagens, oficinas, motoristas, mecânicos ou logística operacional". 

Finaliza afirmando que nenhuma das providências solicitadas pode ser implementada de forma imediata por decisão liminar, especialmente em um sistema complexo e de grande escala.

Nota do TRT sobre a greve dos motoristas

Em atendimento aos questionamentos da imprensa, o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região informa que o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande foi notificado formalmente ao 12h36min desta segunda-feira (15/12), da decisão sobre a manutenção mínima de 70% dos trabalhadores em atividade, enquanto durar a paralisação da categoria. A decisão, proferida durante o plantão judiciário, na noite de domingo (14/12), reconhece o direito constitucional de greve e assegura a manutenção de serviços indispensáveis, visto que o transporte coletivo é essencial para a população. 

De acordo com o des. César Palumbo Fernandes, relator do processo, “A Justiça do Trabalho reconhece a importância do direito de greve, constitucionalmente assegurado aos trabalhadores e também a gravidade da situação, ante ao não recebimento dos seus vencimentos. Entretanto, a população também tem constitucionalmente garantido o acesso a serviço público de transporte urbano, caracterizado como essencial e por esse motivo não se pode aceitar a paralisação de 100% dos serviços. Há uma multa fixada inicialmente em R$ 20 mil reais por dia de descumprimento da decisão, que incide de imediato e caso não atendida pode vir a ser majorada, sem prejuízo do reconhecimento de crime de desobediência e adoção de outras medidas coercitivas cabíveis.”

Uma audiência de conciliação foi marcada para esta terça-feira (16/12), às 15h45, na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, localizado à Rua Delegado Carlos Roberto Bastos de Oliveira, nº 208 – Jardim Veraneio. A reunião será aberta para a imprensa.

 

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