Nasci há 89 anos nesta cidade abençoada por Deus, a qual atualmente se destaca entre as cidades brasileiras com melhor qualidade de vida.
Quem a percorre de automóvel – ou por qualquer outro meio de transporte – pode apreciar a riqueza arquitetônica e urbana de nossa fotogênica Campo Grande.
Mesmo nos bairros e vilas mais humildes, nota-se o primor da urbanização: casas proletárias modestas com bom aspecto de moradia, ruas modernamente pavimentadas, luz pública e domiciliar, moderna rede de esgoto sanitário, rede de água potável tratada, ônibus urbanos regulares, coleta de lixo e muitos outros benefícios sociais, como escola, espaço para a prática de esportes, posto de saúde, delegacia de polícia, etc.
Desnecessário arrolar todo o moderno acervo de bens públicos a tornar nossa cidade um apreciado lugar para se viver prazerosamente com a família – basta andar pela cidade e seus arredores para confirmar esta exemplar característica da Cidade Morena!
Com o passar do tempo, após sua autonomia como município do antigo Mato Grosso, Campo Grande já ultrapassou seu primeiro milhão de habitantes.
Em uma magnífica espiral de grandeza urbana, conquistada graças às boas administrações municipais do passado, mormente após sua ascensão como capital administrativa do estado de Mato Grosso do Sul, permita-me o meu querido leitor apontar nesta modestíssima crônica alguns dos mais destacados empreendimentos sociais e urbanos, os quais não temo classificar como as sete maravilhas de Campo Grande:
1 – Parque dos Poderes: 285 hectares de mata nativa e nascente de vários córregos, vivendo ali várias espécies de animais de pequeno porte.
É sede do governo estadual, suas secretarias administrativas e outros órgãos públicos, como Receita Federal, Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça. O parque é utilizado diariamente para caminhadas e outros exercícios físicos graças às amplas dimensões e à exuberante vegetação nativa;
2 – Magnífico conjunto arquitetônico militar napoleônico de estilo clássico francês: conjunto de vários quartéis do Exército Brasileiro situado no Bairro Amambaí, construído pela Companhia Construtora de Santos em 1921 e 1922, sob direção do engenheiro Cochrane Simonsen;
3 – Feira Central: atrativo turístico explorado pela colônia japonesa de Campo Grande. É aprazível ponto de encontro de campo-grandenses e turistas. Instalado em um dos pavilhões da antiga estação ferroviária, onde se degustam pratos de várias nacionalidades, destacando-se o sobá, carro-chefe da gastronomia local.
O Festival do Sobá acontece uma vez por ano e já ganhou fama internacional, chegando até a merecer uma reportagem realizada no local pela televisão japonesa;
4 – Aldeia Urbana Indígena Marçal de Souza: considerada a primeira aldeia indígena em contexto urbano no Brasil, ocupada por moradores de várias etnias indígenas. As casas são idênticas às populares comuns, existindo ali o Memorial da Cultura Indígena, uma escola bilíngue e um palco teatral;
5 – Aquário Pantanal: é um espetacular aquário de água doce com 19 mil m², com capacidade para 5 milhões de litros de água.
O complexo possui 32 tanques, que abrigam 260 espécies de peixes do Pantanal e animais de várias espécies e origens. Funciona ali o Museu da Biodiversidade, que expõe uma mostra de fósseis e réplicas de animais extintos;
6 – Esplanada Ferroviária: localizada no antigo terminal ferroviário de Campo Grande, uma relíquia da saudosa estação ferroviária. Ali as entidades culturais da cidade realizam eventos culturais durante o ano inteiro;
7 – Água potável: a água potável que bebe a população de Campo Grande é considerada a mais pura do Brasil. O abastecimento da cidade registra mais de 99% de água encanada para os consumidores.
Por tão relevante situação de saúde pública, Campo Grande ganhou da Fundação Getúlio Vargas o prêmio Sucesso em Saneamento Básico – Trata Brasil 2022. A premiação se refere à categoria Municípios do Ranking do Trata Brasil.
Aí estão os empreendimentos urbanos, os quais vejo como as sete maravilhas de Campo Grande, que colocam nossa cidade no ranking das melhores cidades brasileiras.