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"Brasil não pode jogar fora nenhuma oportunidade"

de Lula sobre o motivo da viagem a Rússia e reunião com o presidente russo Vladimir Putin

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Espera-se que uma nova marca de telefone celular seja lançada no Brasil ainda este ano. Esta nova chegada é uma produção da empresa chinesa Vivo Mobile Communications sob a marca Jovi, que será fabricada na Zona Franca de Manaus. 

Mais: irá competir com marcas já consolidadas no mercado brasileiro, como Samsung e Motorola. A marca já possui um modelo de telefone aprovado pela Anatel e tem obtido considerável sucesso na China, onde superou marcas renomadas como Apple e Huawei em 2024.

Movimento recorde

O Ministério de Portos e Aeroportos, sob a liderança de Silvio Costa Filho, publicou uma nota destacando o crescimento significativo no movimento dos portos brasileiros. De acordo com o relatório, registrou-se em março um total de 113,7 milhões de toneladas de cargas, superando o recorde histórico para esse período e apresentando um aumento de 5,49% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Este resultado é o mais expressivo já registrado na série histórica do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). E claro, Costa Filho, cujo nome frequentemente é mencionado em discussões sobre a reforma ministerial, celebrou o feito:

“São investimentos na ordem de bilhões de reais para fortalecer o setor portuário, com foco principalmente em ações de longo prazo, que tornam nossos portos competitivos e dinamizam a economia brasileira. Estamos ampliando a capacidade logística dos nossos terminais por meio da maior carteira de investimento da história do setor, que vai garantir crescimento a médio e longo prazo".

Ressarcimento

Mesmo durante sua viagem à Rússia, o presidente Lula não conseguiu se afastar da dor de cabeça mais preocupante do momento: a fraude no INSS decorrente das deduções ilegais nos pagamentos de aposentados e pensionistas.

Ao ser indagado sobre o tema, o presidente garantiu que os valores descontados ilegalmente dos beneficiários serão devolvidos (embora ainda não esteja claro de onde virá o dinheiro para esse reembolso). Segundo ele, "as vítimas não serão prejudicadas.

“As vítimas não serão prejudicadas. Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o aposentado e o pensionista brasileiro, criando entidades e fazendo promessas possivelmente nunca cumpridas para esse povo”. 

Cultura indígena

Os ministérios da Cultura e dos Povos Indígenas, comandados por Margareth Menezes e Sônia Guajajara, respectivamente estão se unindo com a intenção na elaboração de um Plano Nacional de Culturas Indígenas, além de outras iniciativas intersetoriais.

Na cerimônia que simbolizou a colaboração entre os dois ministérios, Margareth destacou a importância da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, que assegura que 10% das vagas em editais financiados por recursos federais no Brasil sejam destinadas aos povos indígenas.

Um dos objetivos principais do futuro Plano Nacional é promover a implementação coordenada de políticas públicas voltadas para as culturas indígenas, enfatizando especialmente a Política Nacional Aldir Blanc e as ações afirmativas. 

Lula feliz

Enquanto estava na Rússia, o presidente Lula expressou grande satisfação com a recente divulgação de dados pelo IBGE, indicando um aumento na renda e uma redução na desigualdade no Brasil. Ele afirmou que essa era uma notícia que o deixou extremamente contente.

Lula salientou que vinha alertando, no Brasil, que nos primeiros dois anos de seu mandato, após um período de reconstrução, haviam sido semeadas diversas iniciativas. Ele previu que 2025 seria o ano em que se começaria a colher os frutos desse trabalho. Com essas informações, Lula demonstrou confiança de que sua popularidade aumentaria novamente.

Coisa do passado 

 A humorista Dani Calabresa foi destaque na revista Ela, em uma edição especial para o Dia das Mães. Grávida de sete meses, aos 43 anos, expressou a emoção pela chegada de seu primeiro filho, que se chamará Bernardo.

Ela mencionou estar ansiosa, mas muito feliz. "Estou aproveitando cada momento e ignoro as opiniões alheias porque quero descobrir por mim mesma como será Bernardo, quantas horas vai dormir, se vai mamar. Quero experimentar tudo sem regras. Estou transbordando de amor. Talvez daqui a dois anos eu diga, com olheiras enormes, que é bem cansativo. Mas há uma beleza até nos desafios. É como no humor: o problema de hoje vira o stand-up de amanhã”.

Dani também falou sobre seguir em frente após ter sido traída por seu ex-marido, o humorista Marcelo Adnet. Ela garante que não guarda ressentimentos e que hoje eles são amigos. "Não preciso mais ser a mocinha que agrada a todos.

Respondo porque escolho falar, não por obrigação. Hoje sou amiga do meu ex-marido. Richard, meu atual marido, também é amigo dele, até se comunicam entre si. Sou amiga inclusive da atual esposa dele. Está tudo em harmonia.

O destino fez sua parte e estou casada, grávida e feliz." Quanto à sua gravidez “tardia”, Dani explica: “Nunca foi um sonho-prioridade. Não fui do tipo que brincava com boneca-bebê. Preferia miniaturas, Barbie, marionetes. Tinha amigas que diziam: “Vou ter duas meninas e um menino”. Eu não. Queria ser sereia. Quando minha irmã teve filho, há 14 anos, deu vontade. Mas a vida vai acontecendo, trabalho, mil coisas. E, no começo do namoro, em 2020, o Richard perguntou: você tem vontade de ser mãe? No mesmo dia, minha mãe mandou uma mensagem sugerindo uma médica de fertilização. Falei: “É Deus”. E a gente fez o congelamento de embriões”. 

Visita à Rússia: acordos bilaterais 

No último final de semana, o presidente Lula esteve na Rússia com o objetivo de firmar acordos bilaterais. Conforme relatado pela Secretaria de Comunicação (Secom), as reuniões com o presidente russo, Vladimir Putin, visavam principalmente equilibrar o déficit comercial existente entre os dois países e criar novas oportunidades para o Brasil, especialmente nas áreas de transição energética e minerais críticos.

Durante uma entrevista coletiva, o presidente ressaltou a natureza deficitária das relações comerciais com a Rússia.

"Mantemos uma relação comercial deficitária com a Rússia. De um fluxo anual de aproximadamente 12 bilhões de dólares, enfrentamos um déficit comercial de quase 11 bilhões. Minha visita tem como propósito discutir formas de comércio que promovam um equilíbrio, pois acreditamos que uma política comercial eficaz deve funcionar em mão dupla. É importante que o Brasil tanto compre quanto venda em proporções similares, de modo que nenhuma das partes saia prejudicada."

Parceira importante

Na continuidade da visita do presidente Lula à Rússia, ele enfatizou a colaboração entre as duas nações no setor de óleo e gás, bem como na comercialização de pequenos reatores nucleares. De acordo com Lula, estes são fundamentais para assegurar o fornecimento de energia.

Ele afirmou ser uma inovação significativa que contribuirá para a segurança energética permanente, destacando que um país que almeja se tornar a sétima, sexta ou quinta economia mundial necessita de um suprimento energético abundante e confiável.

Lula também mencionou que o sistema brasileiro de distribuição energética já se encontra quase totalmente integrado.

 Virou série

 A cantora Madonna sempre desejou ver sua vida transformada em filme, mas isso não se concretizou. Diante das adversidades, decidiu juntar forças e transformar sua biografia em uma série. Recentemente, ela assinou uma parceria com a Netflix.

Ainda há poucos detalhes sobre a produção, mas já foi confirmado quem ocupará a direção: Shawn Levy, conhecido por "Deadpool & Wolverine" do qual Madonna não abriu mão. Permanecem dúvidas se a protagonista seguirá sendo Julia Garner, que havia sido escolhida para o filme que foi cancelado em 2023, ou se uma nova atriz encarnará a rainha do pop.

Há especulações sobre a abordagem de cada episódio,  mas certamente um deles deverá ser sobre sua luta fundamental pelos direitos LGBTQIAPN+, contra o estigma do HIV/AIDS, além de seu envolvimento no movimento feminista e pela liberdade sexual. Não está claro qual será a ênfase dada à vida pessoal de Madonna na série, embora no filme essa abordagem seria de 40%.

Lançamento

Hoje, às 17h, ocorrerá oficialmente o lançamento da candidatura de Washington Quaquá à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores, no Circo Voador, localizado na Lapa, Rio de Janeiro.

Na mesma ocasião, serão apresentados os nomes de Diego Zeidan e Alberes Lima, que concorrerão ao comando dos diretórios estadual e municipal, respectivamente.

O evento contará com apresentações da Bateria da União de Maricá, Moacir Luz, Neguinho da Beija Flor e a Bateria da Mangueira. A chapa recebeu a denominação de "Chapa Nova CNB-Favela".

Transição energética

Um dos temas abordados durante a viagem de Lula à Rússia foi a transição energética. Para esse fim, a comitiva incluiu o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

O objetivo do Brasil é intensificar a pesquisa e exploração de minerais críticos para desenvolver alternativas energéticas. Estatísticas indicam que apenas 30% do território brasileiro foi devidamente pesquisado nesse contexto. Por conseguinte, estabelecer uma parceria com a Rússia, que possui amplo conhecimento nessa área, é crucial para o Brasil.

Esta iniciativa é particularmente relevante diante das mudanças climáticas significativas que o mundo está enfrentando.

Contra o iFood

Nem mesmo os mais pessimistas acionistas da iFood ou os mais otimistas de outros aplicativos de entrega de alimentos poderiam prever essa situação.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) declarou uma "guerra" contra o aplicativo iFood. Aproveitando o retorno do 99Food, a Fhoresp está intensamente promovendo uma campanha para que o setor evite usar o aplicativo que detém quase 90% do mercado, incentivando o uso dos serviços das suas concorrentes.

De acordo com o diretor executivo da Fhoresp, Edson Pinto, essa campanha foi iniciada porque as tentativas de negociação com a plataforma iFood nunca avançaram, e a postura da empresa sempre foi inflexível.

MISTURA FINA

Sob o título de "Justiça Social", o governo conseguiu obter, por enquanto, R$ 49 bilhões dos R$ 170 bilhões que a Vale deveria pagar como indenizações às famílias afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que agora completa 10 anos. De acordo com a Casa Civil, o BNDES será responsável por gerenciar esse montante. Além disso, esse valor é apenas uma estimativa, e há quem diga que a quantia pode aumentar significativamente.

Os pré-candidatos à Presidência em 2026 ainda não podem realizar campanhas abertamente, mas isso não impede que ocorram ações nesse sentido. Um exemplo é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já anunciou sua pré-candidatura e agora está organizando uma viagem à China no próximo semestre.

O objetivo é atrair investimentos para o agronegócio e para o setor automotivo do estado que ele governa, mantendo, entretanto, o caminho aberto para possíveis futuras negociações nesta e em outras áreas.

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) e a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abremed) divulgaram informações indicando que, no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, ocorreram 227.656 internações hospitalares devido a acidentes de trânsito. Entre essas, 60% envolvem motociclistas, seguidos por pedestres (16%), ocupantes de automóveis (7%) e ciclistas (7%). 

Ainda sobre vítimas de acidentes:  o mesmo estudo revela que o custo para o SUS com essas internações totalizou R$ 3,8 bilhões. Esse valor seria suficiente para a construção de 32 a 64 hospitais de médio porte, a implantação de até 35 mil quilômetros de ciclovias urbanas, a duplicação de aproximadamente 505 quilômetros de rodovias federais, a aquisição de mais de 15 mil ambulâncias básicas ou a habilitação de quase 13 mil novos leitos de UTI.

 

In – Bolo black velvet

Out – Bolo red velvet

 

artigos

A arte faz política

19/06/2025 07h30

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O escritor austríaco Hugo von Hofmannsthal dizia que nada aparece na política de um país sem ter antes aparecido na sua literatura. Não é que a literatura crie a realidade política, é que a linguagem poética, na medida em que seja uma síntese artística do real, torna comunicável experiências humanas que, antes, passavam despercebidas para o conjunto da sociedade. E a política só pode operar em cima dessas experiências que fazem parte do imaginário comum. Ou, de outro modo: é preciso primeiro que as pessoas sejam capazes de imaginar e verbalizar os problemas para só então se engajarem em solucioná-los.

Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões” para nos dar a conhecer nossos irmãos sertanejos, aqueles fortes embrutecidos pela aridez do ambiente e a ambição dos senhores. Depois dele, pintaram também a vida nesses rincões a Rachel de Queiroz, o Graciliano Ramos, o José Lins do Rêgo e outros.

De posse dessa galeria de imagens, fica-nos impossível ignorar os dramas e agruras daquele povo – dos que retiram e dos que ficam.
O abolicionismo, por exemplo. A causa ganhou vulto, sim, por causa da prosa inflamada de um José do Patrocínio, ou da temperada de um Joaquim Nabuco, mas principalmente pela poesia inescapável de um Castro Alves.

Daí que também por vias literárias é que se deva registrar e divulgar o fracasso sistemático da organização social brasileira no pós-abolição. Foi isso o que fez, por exemplo, Carolina Maria de Jesus. Preta, favelada e semianalfabeta, ela revelou, com sua arte, as condições de miséria – física e moral – em que viviam os descendentes dos alforriados nas periferias da maior cidade do País. Aliás, Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora e fez a edição dos seus diários, dando-lhes forma de livro (“Quarto de Despejo”), conta que a publicação da obra, um absoluto sucesso de vendas, suscitou debates entre políticos e técnicos e levou à formação de iniciativas como o Movimento Universitário de Desfavelamento (MUD). Como dizia Hofmannsthal: dos livros para a política.

No caso das favelas brasileiras, ainda há muito que se falar. Tivemos nas últimas décadas registros artísticos importantes, como os filmes “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite” e os álbuns dos Racionais MC’s. Mas ainda carece, esse tema, de boa literatura. E literatura que não seja exatamente de protesto. Porque a linguagem poética é menos eficaz quando transmutada em deslavada retórica política. Não que a retórica política não tenha o seu lugar – citamos Patrocínio e Nabuco–, é só uma questão de hierarquia.

Daí que a literatura social, que se objetive a falar da vida difícil daqueles que vivem nas periferias, deva ser não uma central de denúncias – como não raro se faz –, mas um mosaico sincero e realista, com cenas, sim, de violência, de abandono e de miséria, mas também de ternura, de heroísmo, de sabedoria e de esperança.

artigos

A infância sequestrada pelas telas

19/06/2025 07h00

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O que acontece quando entregamos a uma criança uma chave que abre todas as portas do mundo sem manual, sem filtro e sem companhia? A resposta está diante de nós: infâncias hipervigilantes, corpos exaustos, mentes em colapso. A infância de hoje é digital por natureza, mas segue sendo analógica na forma como é cuidada. E essa dissonância tem um custo.

Há alguns anos, chamávamos a internet de “mundo virtual”. Hoje, para crianças e adolescentes, ela é o próprio mundo. É onde aprendem, brincam, criam, amam, brigam e choram. É onde constroem identidade. Ignorar isso é negar a realidade.

O problema não está no digital em si, mas na ausência de preparo para vivê-lo. Muitos pais entregam um smartphone aos filhos antes mesmo de ensiná-los a atravessar a rua. Sem orientação, os riscos se multiplicam: cyberbullying, vazamento de dados, assédio sexual (o chamado grooming), exposição a conteúdos de ódio, violência, automutilação, pornografia. E ainda há os danos silenciosos: dependência, ansiedade, insônia, prejuízo à autoestima e ao rendimento escolar.

Não faltam ferramentas de controle parental. Mas o equívoco está em confundir controle com proteção. Monitorar sem diálogo é vigiar; orientar com escuta é educar. A tecnologia pode ser aliada – desde que usada com transparência, combinada com regras claras e, acima de tudo, com presença afetiva. Não adianta limitar o tempo de tela, se o adulto não larga o celular na hora do jantar.

Na minha experiência de mais de 30 anos na área de segurança, vejo diariamente pais perdidos entre a culpa e o susto. Alguns só percebem a gravidade quando há uma denúncia formal, quando surgem prints perturbadores ou quando a escola entra em contato. Mas a prevenção começa muito antes: com escuta, confiança e preparo.

Precisamos formar crianças e adolescentes críticos, que saibam reconhecer armadilhas, proteger seus dados, entender o valor da privacidade e resistir à lógica da comparação constante das redes. Isso só se constrói com diálogo. A escola tem papel vital nesse processo – não apenas como transmissora de conteúdo, mas como espaço de formação ética e digital.

O poder público também precisa agir. É urgente investir em políticas de educação midiática e saúde mental para crianças e adolescentes. É preciso regulamentar a atuação de plataformas digitais que direcionam publicidade para menores, coletam dados e estimulam o engajamento a qualquer custo. Proteger a infância on-line é proteger a cidadania.

Cuidar da infância digital é um dever que começa em casa, estende-se à escola e se consolida na esfera pública. Não basta proibir. É preciso entender. Não basta reagir. É preciso prevenir. A infância conectada não está em risco apenas por estar on-line. Ela está em risco por estar sozinha.

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