Cidades inteligentes, ou smart cities, em inglês, são cidades que utilizam tecnologias da informação e comunicação para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, otimizando o uso de recursos e reduzindo impactos ambientais.
O assunto foi evidenciado durante o South Summit, evento ocorrido em Porto Alegre entre 29 e 31 de março deste ano, destacando a importância das smart cities para o mundo e o protagonismo dos municípios nas iniciativas transformadoras.
Em Mato Grosso Sul, há municípios que podem alcançar tais êxitos, como a nossa capital, mas podemos superar o conceito, pois temos aqui o ambiente ideal para a criação de algo potencialmente maior, as eco-smart cities.
As smart cities utilizam tecnologias aplicadas em diversas áreas, como transporte, energia, meio ambiente, saúde, segurança, entre outras, possibilitando uma integração de sistemas e serviços urbanos, propiciando melhoria na eficiência e na qualidade dos serviços, tais como monitoramento da qualidade do ar, iluminação pública e trânsito, e coleta de dados para análise e tomada de decisão.
Além disso, têm sistemas de transporte inteligentes, como ônibus autônomos ou compartilhamento de bicicletas, para reduzir o congestionamento de veículos. Assim, uma cidade inteligente tem como objetivo criar um ambiente urbano mais conectado, eficiente e sustentável, utilizando tecnologias para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e garantir um futuro mais promissor para as próximas gerações.
No entanto, em um mundo em que é preciso proteger cada vez mais o meio ambiente, ganham maior protagonismo ainda as cidades inteligentes e sustentáveis, que combinam tecnologia avançada com práticas para a redução do impacto ambiental das atividades urbanas.
Essas cidades inteligentes e sustentáveis, as eco-smart cities, apresentam como características comuns a tecnologia avançada, para métricas, monitoramento e análise de dados das atividades urbanas de forma mais eficiente. Também se destacam pelo transporte sustentável, com o uso de bicicletas, transporte público eficiente e carros elétricos, por exemplo.
Os edifícios verdes não são a exceção, mas a regra, projetados com tecnologias de eficiência energética, como painéis solares, isolamento térmico e sistemas de iluminação LED. E não pode ficar de fora o uso da terra sustentável, a partir de planejamento urbano, que privilegia áreas verdes.
E Mato Grosso do Sul tem potencial – e necessidade – de assumir a liderança nacional e mundial na implantação das ecos. Sem dúvidas, é possível partir de Campo Grande, com sua arborização exemplar, parques, ciclovias, aeroporto, capital humano qualificado, passando por Dourados, uma cidade que abriga universidades como a UEMS, a UFGD e a Unigran.
Ambas têm potencial e talentos à disposição para promover uma transformação. Mas, para além disso, o capital verde é o grande trunfo do Estado, que, além de deter 65% do Pantanal, ainda possui os biomas Cerrado e reminiscências de Mata Atlântica, formando cidades maravilhosas como Bonito, Bodoquena, Jardim, Corumbá, Costa Rica e tantas outras, que são ideais para se tornarem eco-smart cities fantásticas.
Utopia? Não, já está acontecendo mundo afora. E é hora de o estado de Mato Grosso do Sul e seus municípios assumirem esse protagonismo nacional e internacional, dando um passo além para promover essas cidades inteligentes ecológicas e sustentáveis, integrando inclusão social, tecnologia, ciência, inovação, colaboração, educação, soluções ecológicas e qualidade de vida. Temos o meio ambiente propício, os incentivos e recursos necessários e, mais do que isso, disposição de inovar por um futuro melhor para todos.