Faltam mais de três meses para o início da janela partidária, período de 30 dias em que os deputados podem trocar de partido sem risco de perder o mandato por infidelidade, Antes mesmo da liberação legal a Câmara já registrou 42 mudanças de legendas nesta legislatura.
MAIS: 8% dos 513 deputados migraram para outras siglas desde fevereiro de 2023. A bancada que mais ganhou parlamentares foi a dos Republicanos. Recebeu 12 e perdeu três. Já a do PL foi a que teve saldo mais negativo, com 15 saídas e três entradas.

Mulher do Ano
A revista GQ Brasil escolheu a atriz Débora Bloch como a ‘Mulher do Ano’. A escolha não se deu somente pela sua brilhante atuação no remake de ‘Vale Tudo”, onde viveu a super vilã Odete Roitman, mas sim pelo conjunto da obra. E cá entre nós, uma escolha e reconhecimento que já podia ter acontecido bem antes. Em entrevista a revista Débora disse que conseguiu se despedir do personagem com certa facilidade. “A personagem não grudou em mim. Na verdade, é mais difícil entrar nela do que me desvencilhar. Ela era muito cruel e não passo pano, não. Achava desagradável precisar falar tudo aquilo. Porém, é importante entender a função da Odete na trama e na sociedade. Ela representa uma elite excludente, conservadora e preconceituosa que continua aí.” Ao 62 anos, e em ótima forma, tanto física quanto de saúde, garante que não tem medo da morte. “Meu medo é de não morrer. Não gostaria de viver sem saúde, dependendo dos outros ou incapacitada, com Alzheimer”. E completa “Antigamente, uma mulher da minha idade acabava descartada. Hoje, uma mulher de 60 anos não é mais uma avó que fica tricotando em casa. Se quisermos, podemos ser, mas não nos vemos mais restritas a isso. Ainda não nos acostumamos a ver uma mulher que escolhe os seus parceiros sexuais e domina as relações. Por isso, cabe à arte dizer: ‘O mundo é assim, mas pode ser diferente’”. No devido descanso, quer voltar a treinar para continuar em forma. Mais: sobre procedimentos estéticos tem suas ressalvas, mas não critica quem faz. “Não quero perder a minha cara. Sou atriz e preciso representar várias mulheres. E, também, por um gosto meu. Acho legal ter a cara da sua idade. Inclusive, penso que, quando as pessoas exageram, ficam parecendo mais velhas”.
Começa guerra contra Messias
Davi Alcolumbre, presidente do Senado, já detonou primeiro round da "pauta-bomba" contra o governo, retaliação à indicação de Jorge Messias ao STF: o projeto de lei aprovado por 57 votos a zero concede aposentadoria a agentes de saúde provocará um super impacto nas contas públicas e vem mais por aí. O mesmo Alcolumbre marcou a sabatina de Messias para o próximo dia 10 de dezembro. O senador Weverton (PST-MA) é da base governista e aliado de Lula. Se aprovado, o nome de Messias precisará de maioria simples no plenário para passar. Desde a redemocratização, nenhum nome da Presidência foi rejeitado pelo Senado. O Planalto escalou a ministra Gleisi Hoffmann e o senador Randolfe Rodrigues para tentar acalmar a "vingança" de Alcolumbre, que queria Rodrigo Pacheco no STF e não Messias. Se a manobra não der certo, Lula é que tentará conversar com o presidente do Senado, que também está rompido com Jaques Wagner, líder do governo na Casa.
Contra Messias 2
O receio do Planalto é que Alcolumbre cozinhe em banho-maria a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça ou, ainda pior, trabalhe abertamente para que a indicação seja reprovada em plenário, o que seria um grande constrangimento para Lula, que já avisou que trabalhará pessoalmente pela aprovação do atual Advogado-Geral da União (AGU). No governo Bolsonaro, Davi Alcolumbre demorou três meses para que o Senado aprovasse o nome de André Mendonça, o "terrivelmente evangélico", para uma vaga no Supremo. Hoje, Mendonça trabalha a favor da aprovação de Messias.

Um nova fase
Sem contrato fixo agora com a Globo a atriz Juliana Paes não para e vem se dedicando alguns trabalhos para plataformas de streaming. Por isso, se viu obrigada a recusar o convite de atuar na novela Quem Ama, Cuida”, de Walcyr Carrasco, que substituirá “Três Graças”. Em 2026 vai gravar a segunda temporada de “Os Donos do Jogo”, série da Netflix, que vai coincidir com a agenda de gravações da novela no qual recebeu o convite. Mais: Juliana voltou a fazer parceria com a Impala para uma nova coleção de esmaltes (serão 8 cores) e quatro cores de lip oils. A coleção foi batizada de “virada de jogo”. Sobre a volta da parceria Juliana é direta: “A Impala faz parte da minha história há muitos anos e em cada coleção que lançamos juntas, consigo trazer um pouco da minha personalidade. ‘Virando o Jogo’ é muito especial para mim porque fala sobre recomeçar, sobre se permitir mudar e celebrar cada fase. É uma coleção que traduz o que eu vivo e o que eu quero inspirar”. Vale lembrar que Juliana também tem se dedicado aos ensaios da Viradouro, onde voltou a ser a rainha de bateria.

Valor dos evangélicos
Antes das eleições que deram a Lula seu terceiro mandato na Presidência, o então candidato chegou atrasado na disputa que coloca Deus na política. Bolsonaro já vislumbrara com antecedência o valor eleitoral dos evangélicos que, até hoje, são seus seguidores. Na época, a primeira providência que adotou foi ser batizado no Rio Jordão, numa viagem à Israel. Quem o batizou foi o Pastor Everaldo , que foi preso tempos depois por corrupção. Só que a encenação colou e os votos se multiplicaram. Agora, Lula quer emplacar Jorge Messias no STF, aliado e "muito evangélico".
Na liderança, de novo
Novo levantamento CNT/MDA aponta a liderança de Lula em todas as projeções para o primeiro e segundo turno da eleição de 2026. No cenário 1, Lula tem 38,8% e Bolsonaro (inelegível), 27%. No cenário 2, Lula tem 42% e Tarcísio, 21%; e no cenário 3, Lula lidera com 42,7% e Eduardo Bolsonaro, 17,4% Já no segundo turno, Lula com 45,7% supera Tarcísio, com 39,1% no primeiro cenário; no segundo, Lula aparece com 45,8% e Ratinho Jr, 38,7%. No terceiro cenário, Lula tem 47,9% e Zema, 33,7% no quarto, o presidente tem 46,9% e Caiado, 33,7%. Já com Eduardo Bolsonaro, Lula tem 49,9% e o ainda deputado, 33,3% no quinto. Finalmente, no sexto cenário, Lula tem 49,1% e Michelle, 35,6%.
Pérola
"Ele levou ao pai o livro de autoajuda ‘Metanoia A chave está na sua mente’, do pastor JB Carvalho, que prega "transformação interior" e que "você não pode salvar os outros se não salvar a si mesmo",
de Andrei Rodrigues, diretor da PF, sobre o livro que Flávio Bolsonaro levou para Bolsonaro, na cela.
Blindar controle aéreo 1
As incertezas em torno da continuidade operacional da Oi acenderam o sinal de alerta no radar do Ministério da Defesa. O estado pré-falimentar da companhia desponta como um fator de risco para comunicações sensíveis na área militar e para o tráfego aéreo como um todo no Brasil. A Oi é uma das principais prestadoras de serviço do Sistema de Controle de Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). O SISCEAB abrange atividades nevrálgicas tanto para fins militares quanto civis, do monitoramento do espaço aéreo, leia-se identificação, interceptação e resposta a aeronaves suspeitas ao gerenciamento de aviões em voo em todo território nacional.
Blindar controle aéreo 2
O ministro José Múcio tem feito articulações dentro do governo para que a própria Telebrás lidere o processo de transição e coordene as redistribuições hoje a cargo da Oi entre outras empresas privadas - a começar pela Claro, já contratada para assumir parte expressiva dessas funções, garantindo o funcionamento do SISCEAB durante a passagem do bastão. A Telebras em conjunto com o Centro de Operações Espaciais da FAB, é responsável pela gestão do Satélite Geo estacionário de Defesa e Comunicação Estratégicas, sistema por onde passam comunicações das Forças Armadas e administração federal, notadamente Presidência e Ministérios.
Um e outra 1
Bolsonaro nem começou a cumprir sua pena de 27 anos e 3 meses na sala-prisão da Polícia Federal em Brasília que, rapidamente, o senador Flávio Bolsonaro ficou definido como porta-voz do pai na preventiva que gerou mal-estar nos integrantes da família, segundo relato de aliados que participaram de reunião no PL. Estavam presentes Michelle, a ex-primeira-dama e os filhos Carlos e Jair Renan. Michelle não se conformou com a decisão, teve crises de choro e achava que a porta-voz deveria ser ela. Flávio já vinha conduzindo diálogos com líderes do Centrão e da ala tradicional do PL. A ex-primeira-dama não foi consultada e ganhou comedido apoio de Carlos, de quem já foi desafeto (agora, mantém boa relação).
Um e outra 2
Atrás dessa disputa para ver quem assume o papel de porta-voz de Bolsonaro está a possibilidade sonhada, malgrado desmentidos, tanto de Flávio quanto de Michelle de ser o nome escolhido pelo ex-presidente para representar o clã nas eleições presidenciais do ano que vem. Na reunião do PL, Michelle tinha respaldo entre parlamentares cristãos e deputadas bolsonaristas que defendiam que fosse ela a "voz mais legítima" do núcleo familiar- só que não houve grande manifestação nesse sentido. A ex-primeira-dama, contudo, manterá suas viagens e discursos.
Dívida é prioridade
A Klabin discute medidas para reduzir sua alavancagem financeira. Uma das possibilidades é a revisão do cronograma de investimentos futuros, com postergação de expansões menos urgentes até que os ganhos de Puma II estejam consolidados. Essa iniciativa permitiria que uma fatia maior do caixa seja direcionada à amortização do passivo, reduzindo a necessidade de fazer dívida nova. Internamente a companhia tem perseguido cortes de custos em suas fábricas e logística. A Klabin vem da maior temporada de investimentos de sua história, notadamente com a construção do complexo Puma II no Paraná. Ao todo, a empresa desembolsou mais de R$ 22 bilhões. Agora, a empresa patamares mais confortáveis no endividamento.
Próximos tempos
Depois que Bolsonaro confessou ter usado um ferro de soldar para tentar tirar a tornozeleira eletrônica por "curiosidade" ou "alucinação", nem os governadores da direita arriscaram defendê-lo. Agora a prisão não prevê visitas políticas como o próprio Moraes vinha autorizando, sua inelegibilidade se estende agora até 2060, também se estende de acordo com julgamento do TSE, à filiação partidária e ocupação de cargos remunerados de direção, como vinha ocupando no PL. A normalidade com que Câmara e Senado assistiram à prisão de Bolsonaro revela que as Casas não toparão nova tentativa de anistia.
Mistura Fina
Entrou no radar governista ao menos três retaliações após a prisão de Bolsonaro. O PL deu uma guinada contra o projeto da Dosimetria e não aceita falar em redução de penas, mas em anistia. O presidente da Câmara, Hugo Motta, avisou que não irá pautar o texto. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) lembra que o partido só pediu uma coisa a Motta e a Davi Alcolumbre, na campanha para presidência das respectivas Casas: votar o texto. E eles prometeram que o pautariam.
Na reunião do PL, esta semana, fechada à imprensa, a palavra de ordem era obstrução. Travar tudo no Senado e na Câmara. A preocupação do governo é com o Orçamento 2026, já atrasado. Lindbergh Farias (PT-RJ) ajuda a piorar o clima. Motta repetiu Arthur Lira, demitiu o interlocutor de Lula na Câmara. Não quer saber de "Lindinho", trata só com o deputado José Guimarães (PT-CE). Até aliados comentam, em gozação: "O Motta resolveu ser valente, de repente".
Literalmente, cai pelas tabelas a distribuidora de combustíveis Raizen S/A, sócia da Shell, controlada pelo bilionário Rubens Ometto. A ação da empresa, cotada a R$ 6,22 em 2021, foi caindo e fechou em R$ 0,82 no começo da semana, mesmo com alta da BR, a bolsa do Brasil. Investidores em geral comemoram queda de valor de ações porque isso pode significar oportunidade de comprar mais ações de boas empresas por preço menor. Exceto se o papel exala “odores de cadáver insepulto", como dizem investidores.
Na capivara da Raízen tem até acusação de formação de Cartel no Cade, o Conselho de Defesa Econômica do Ministério da Justiça. A Raízen/Shell está entre os 500 maiores devedores do Estado de São Paulo, R$ 730 milhões, mas age como se a pendura não existisse. Apesar do débito milionário, a Raízen é uma das donas do Instituto Combustível Legal e até faz campanha contra "devedor contumaz".
In – Suco de laranja com acerola
Out – Suco de laranja com mamão




