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Giba Um

"Ele levou ao pai o livro de autoajuda 'Metanoia A chave está na sua mente'...

...do pastor JB Carvalho, que prega "transformação interior" e que "você não pode salvar os outros se não salvar a si mesmo", de Andrei Rodrigues, diretor da PF, sobre o livro que Flávio Bolsonaro levou para Bolsonaro, na cela

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Faltam mais de três meses para o início da janela partidária,  período de 30 dias em que os deputados podem trocar de partido sem risco de perder o mandato por infidelidade, Antes mesmo da liberação legal a Câmara já registrou 42 mudanças de legendas nesta legislatura.

MAIS: 8% dos 513 deputados migraram para outras siglas desde  fevereiro de 2023. A bancada que mais ganhou parlamentares foi a dos Republicanos. Recebeu 12 e perdeu três. Já a do PL foi a que teve saldo mais negativo, com 15 saídas e três entradas.

Mulher do Ano

A revista GQ Brasil escolheu a atriz Débora Bloch como a ‘Mulher do Ano’. A escolha não se deu somente  pela sua brilhante atuação no remake de ‘Vale Tudo”, onde viveu a super vilã Odete Roitman, mas sim pelo conjunto da obra. E cá entre nós, uma escolha e reconhecimento que já podia ter acontecido bem antes. Em entrevista a revista Débora disse que conseguiu se despedir do personagem com certa facilidade. “A personagem não grudou em mim. Na verdade, é mais difícil entrar nela do que me desvencilhar. Ela era muito cruel e não passo pano, não. Achava desagradável precisar falar tudo aquilo. Porém, é importante entender a função da Odete na trama e na sociedade. Ela representa uma elite excludente, conservadora e preconceituosa que continua aí.” Ao 62 anos,  e em ótima forma, tanto física quanto de saúde, garante que não tem medo da morte. “Meu medo é de não morrer. Não gostaria de viver sem saúde, dependendo dos outros ou incapacitada, com Alzheimer”. E completa “Antigamente, uma mulher da minha idade acabava descartada. Hoje, uma mulher de 60 anos não é mais uma avó que fica tricotando em casa. Se quisermos, podemos ser, mas não nos vemos mais restritas a isso. Ainda não nos acostumamos a ver uma mulher que escolhe os seus parceiros sexuais e domina as relações. Por isso, cabe à arte dizer: ‘O mundo é assim, mas pode ser diferente’”. No devido descanso, quer voltar a treinar para continuar em forma. Mais: sobre procedimentos estéticos tem suas ressalvas, mas não critica quem faz. “Não quero perder a minha cara. Sou atriz e preciso representar várias mulheres. E, também, por um gosto meu. Acho legal ter a cara da sua idade. Inclusive, penso que, quando as pessoas exageram, ficam parecendo mais velhas”.

Começa guerra contra Messias

Davi Alcolumbre, presidente do Senado, já detonou primeiro round da "pauta-bomba" contra o governo, retaliação à indicação de Jorge Messias ao STF: o projeto de lei aprovado por 57 votos a zero concede aposentadoria a agentes de saúde provocará um super impacto nas contas públicas e vem mais por aí. O mesmo Alcolumbre marcou a sabatina de Messias para o próximo dia 10 de dezembro. O senador Weverton (PST-MA) é da base governista e aliado de Lula. Se aprovado, o nome de Messias precisará de maioria simples no plenário para passar. Desde a redemocratização, nenhum nome da Presidência foi rejeitado pelo Senado. O Planalto escalou a ministra Gleisi Hoffmann e o senador Randolfe Rodrigues para tentar acalmar a "vingança" de Alcolumbre, que queria Rodrigo Pacheco no STF e não Messias. Se a manobra não der certo, Lula é que tentará conversar com o presidente do Senado, que também está rompido com Jaques Wagner, líder do governo na Casa.

Contra Messias 2

O receio do Planalto é que Alcolumbre cozinhe em banho-maria a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça ou, ainda pior, trabalhe abertamente para que a indicação seja reprovada em plenário, o que seria um grande constrangimento para Lula, que já avisou que trabalhará pessoalmente pela aprovação do atual Advogado-Geral da União (AGU). No governo Bolsonaro, Davi Alcolumbre demorou três meses para que o Senado aprovasse o nome de André Mendonça, o "terrivelmente evangélico", para uma vaga no Supremo. Hoje, Mendonça trabalha a favor da aprovação de Messias.

Um nova fase

Sem contrato fixo agora com a Globo a atriz Juliana Paes não para e vem se dedicando alguns trabalhos para plataformas de streaming. Por isso, se viu obrigada a recusar o convite de atuar na novela Quem Ama, Cuida”, de Walcyr Carrasco, que substituirá “Três Graças”.  Em 2026 vai gravar a segunda temporada de “Os Donos do Jogo”, série da Netflix, que vai coincidir com a agenda de gravações da novela no qual recebeu o convite. Mais: Juliana voltou a fazer parceria com a Impala para uma nova coleção de esmaltes (serão 8 cores) e quatro cores de lip oils. A coleção foi batizada de “virada de jogo”. Sobre a volta da parceria Juliana é direta: “A Impala faz parte da minha história há muitos anos e em cada coleção que lançamos juntas, consigo trazer um pouco da minha personalidade. ‘Virando o Jogo’ é muito especial para mim porque fala sobre recomeçar, sobre se permitir mudar e celebrar cada fase. É uma coleção que traduz o que eu vivo e o que eu quero inspirar”. Vale lembrar que Juliana também tem se dedicado aos ensaios da Viradouro, onde voltou a ser a rainha de bateria.

Valor dos evangélicos

Antes das eleições que deram a Lula seu terceiro mandato na Presidência, o então candidato chegou atrasado na disputa que coloca Deus na política. Bolsonaro já vislumbrara com antecedência o valor eleitoral dos evangélicos que, até hoje, são seus seguidores. Na época, a primeira providência que adotou foi ser batizado no Rio Jordão, numa viagem à Israel. Quem o batizou foi o Pastor Everaldo , que foi preso tempos depois por corrupção. Só que a encenação colou e os votos se multiplicaram. Agora, Lula quer emplacar Jorge Messias no STF, aliado e "muito evangélico".

Na liderança, de novo

Novo levantamento CNT/MDA aponta a liderança de Lula em todas as projeções para o primeiro e segundo turno da eleição de 2026. No cenário 1, Lula tem 38,8% e Bolsonaro (inelegível), 27%. No cenário 2, Lula tem 42% e Tarcísio, 21%; e no cenário 3, Lula lidera com 42,7% e Eduardo Bolsonaro, 17,4% Já no segundo turno, Lula com 45,7% supera Tarcísio, com 39,1% no primeiro cenário; no segundo, Lula aparece com 45,8% e Ratinho Jr, 38,7%. No terceiro cenário, Lula tem 47,9% e Zema, 33,7% no quarto, o presidente tem 46,9% e Caiado, 33,7%. Já com Eduardo Bolsonaro, Lula tem 49,9% e o ainda deputado, 33,3% no quinto. Finalmente, no sexto cenário, Lula tem 49,1% e Michelle, 35,6%.

Pérola

"Ele levou ao pai o livro de autoajuda ‘Metanoia A chave está na sua mente’, do pastor JB Carvalho, que prega "transformação interior" e que "você não pode salvar os outros se não salvar a si mesmo",

de Andrei Rodrigues, diretor da PF, sobre o livro que Flávio Bolsonaro levou para Bolsonaro, na cela.

Blindar controle aéreo 1

As incertezas em torno da continuidade operacional da Oi acenderam o sinal de alerta no radar do Ministério da Defesa. O estado pré-falimentar da companhia desponta como um fator de risco para comunicações sensíveis na área militar e para o tráfego aéreo como um todo no Brasil. A Oi é uma das principais prestadoras de serviço do Sistema de Controle de Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). O SISCEAB abrange atividades nevrálgicas tanto para fins militares quanto civis, do monitoramento do espaço aéreo, leia-se identificação, interceptação e resposta a aeronaves suspeitas ao gerenciamento de aviões em voo em todo território nacional.

Blindar controle aéreo 2

O ministro José Múcio tem feito articulações dentro do governo para que a própria Telebrás lidere o processo de transição e coordene as redistribuições hoje a cargo da Oi entre outras empresas privadas - a começar pela Claro, já contratada para assumir parte expressiva dessas funções, garantindo o funcionamento do SISCEAB durante a passagem do bastão. A Telebras em conjunto com o Centro de Operações Espaciais da FAB, é responsável pela gestão do Satélite Geo estacionário de Defesa e Comunicação Estratégicas, sistema por onde passam comunicações das Forças Armadas e administração federal, notadamente Presidência e Ministérios.

Um e outra 1

Bolsonaro nem começou a cumprir sua pena de 27 anos e 3 meses na sala-prisão da Polícia Federal em Brasília que, rapidamente, o senador Flávio Bolsonaro ficou definido como porta-voz do pai na preventiva que gerou mal-estar nos integrantes da família, segundo relato de aliados que participaram de reunião no PL. Estavam presentes Michelle, a ex-primeira-dama e os filhos Carlos e Jair Renan. Michelle não se conformou com a decisão, teve crises de choro e achava que a porta-voz deveria ser ela. Flávio já vinha conduzindo diálogos com líderes do Centrão e da ala tradicional do PL. A ex-primeira-dama não foi consultada e ganhou comedido apoio de Carlos, de quem já foi desafeto (agora, mantém boa relação).

Um e outra 2

Atrás dessa disputa para ver quem assume o papel de porta-voz de Bolsonaro está a possibilidade sonhada, malgrado desmentidos, tanto de Flávio quanto de Michelle de ser o nome escolhido pelo ex-presidente para representar o clã nas eleições presidenciais do ano que vem. Na reunião do PL, Michelle tinha respaldo entre parlamentares cristãos e deputadas bolsonaristas que defendiam que fosse ela a "voz mais legítima" do núcleo familiar- só que não houve grande manifestação nesse sentido. A ex-primeira-dama, contudo, manterá suas viagens e discursos.

Dívida é prioridade

A Klabin discute medidas para reduzir sua alavancagem financeira. Uma das possibilidades é a revisão do cronograma de investimentos futuros, com postergação de expansões menos urgentes até que os ganhos de Puma II estejam consolidados. Essa iniciativa permitiria que uma fatia maior do caixa seja direcionada à amortização do passivo, reduzindo a necessidade de fazer dívida nova. Internamente a companhia tem perseguido cortes de custos em suas fábricas e logística. A Klabin vem da maior temporada de investimentos de sua história, notadamente com a construção do complexo Puma II no Paraná. Ao todo, a empresa desembolsou mais de R$ 22 bilhões. Agora, a empresa patamares mais confortáveis no endividamento.

Próximos tempos

Depois que Bolsonaro confessou ter usado um ferro de soldar para tentar tirar a tornozeleira eletrônica por "curiosidade" ou "alucinação", nem os governadores da direita arriscaram defendê-lo. Agora a prisão não prevê visitas políticas como o próprio Moraes vinha autorizando, sua inelegibilidade se estende agora até 2060, também se estende de acordo com julgamento do TSE, à filiação partidária e ocupação de cargos remunerados de direção, como vinha ocupando no PL. A normalidade com que Câmara e Senado assistiram à prisão de Bolsonaro revela que as Casas não toparão nova tentativa de anistia.

Mistura Fina

Entrou no radar governista ao menos três retaliações após a prisão de Bolsonaro. O PL deu uma guinada contra o projeto da Dosimetria e não aceita falar em redução de penas, mas em anistia. O presidente da Câmara, Hugo Motta, avisou que não irá pautar o texto. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) lembra que o partido só pediu uma coisa a Motta e a Davi Alcolumbre, na campanha para presidência das respectivas Casas: votar o texto. E eles prometeram que o pautariam.

Na reunião do PL, esta semana, fechada à imprensa, a palavra de ordem era obstrução. Travar tudo no Senado e na Câmara. A preocupação do governo é com o Orçamento 2026, já atrasado. Lindbergh Farias (PT-RJ) ajuda a piorar o clima. Motta repetiu Arthur Lira, demitiu o interlocutor de Lula na Câmara. Não quer saber de "Lindinho", trata só com o deputado José Guimarães (PT-CE). Até aliados comentam, em gozação: "O Motta resolveu ser valente, de repente".

Literalmente, cai pelas tabelas a distribuidora de combustíveis Raizen S/A, sócia da Shell, controlada pelo bilionário Rubens Ometto. A ação da empresa, cotada a R$ 6,22 em 2021, foi caindo e fechou em R$ 0,82 no começo da semana, mesmo com alta da BR, a bolsa do Brasil. Investidores em geral comemoram queda de valor de ações porque isso pode significar oportunidade de comprar mais ações de boas empresas por preço menor. Exceto se o papel exala “odores de cadáver insepulto", como dizem investidores.

Na capivara da Raízen tem até acusação de formação de Cartel no Cade, o Conselho de Defesa Econômica do Ministério da Justiça. A Raízen/Shell está entre os 500 maiores devedores do Estado de São Paulo, R$ 730 milhões, mas age como se a pendura não existisse. Apesar do débito milionário, a Raízen é uma das donas do Instituto Combustível Legal e até faz campanha contra "devedor contumaz".

In – Suco de laranja com acerola
Out – Suco de laranja com mamão

CLAÚDIO HUMBERTO

"Se imóvel fosse bom negócio, as construtoras não venderiam"

Lírio Parisotto, bilionário, aconselhando comprar ações de boas empresas na bolsa

03/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Lula ameaçou acionar o STF aliado contra sabatina

Relator da indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), Weverton Rocha (PDT-MA) saiu do despacho com Lula (PT), novo articulador político do próprio governo, com dois recados. O primeiro foi que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, seria procurado pelo petista e, houvesse insistência na sabatina, o caso seria levado aos aliados que integram o STF. O jurídico do Senado avisou que a leitura da mensagem presidencial seria indispensável para marcar a sabatina.

Bancada Suprema

Além de conseguir o que deseje no STF, Lula ainda conta com a simpatia da maioria de ministros aliados à indicação de Messias.

Votos contra

O recuo de Alcolumbre teve a ver apenas com o STF e nada com chance de derrota. No Senado, o ambiente segue controlado.

Ofensa

O presidente do Senado chamou o atraso de Lula e cia. no envio da mensagem presidencial de “omissão grave e sem precedentes”.

Se come frio

Após Alcolumbre anunciar o passo atrás, o governo já precifica derrotas: projeto antifacção, a LDO e o Orçamento de 2026.

Operadoras de telefonia devem R$12 bilhões em ICMS

As maiores operadoras de telecomunicações acumulam dívida bilionária de ICMS nos Estados. Dados do Atlas da Dívida Ativa dos Estados, atualizado pela Fenafisco, e relatórios da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, revelam que Vivo, Claro, TIM e Oi devem juntas mais de R$12 bilhões em ICMS não recolhido, o principal imposto sobre serviços de telefonia e internet. Só a TIM deveria R$ 3,5 bilhões somente em São Paulo e Rio de Janeiro, mas está em 3º lugar no ranking do calote.

Vivo em 1º

A Telefônica, dona da Vivo, lidera o pódio dos inadimplentes do setor, com débitos estimados em R$4,9 bilhões em diversos estados.

O maior calote

Em São Paulo, maior mercado do País, somente a dívida da Vivo em ICMS pode chegar a R$3,7 bilhões, contabilizando multas e juros.

Claro em 2º

Figurando entre os 500 maiores devedores, a Claro deve a São Paulo R$921 milhões em ICMS. Nos demais Estados, chegaria a R$2 bilhões.

Continua reprovado

Lula realizou o sonho de tornar Bolsonaro inelegível, condenado e preso, neutralizando a maior ameaça à sua reeleição, mas faltou combinar com as ruas: sua reprovação voltou a crescer e chegou a 50,7% dos brasileiros, segundo apontou pesquisa nacional Atlas/Bloomberg.

Continua difícil

A falta da comunicação oficial sobre Jorge Messias fez o presidente do Senado roer a corda e adiar a sabatina. O primeiro indicado de Lula, Cristiano Zanin, foi sabatinado em 20 dias, Flávio Dino, em 16.

Candidato pesado

Indicado de Lula ao STF, Jorge Messias passou o vexame de ver convidados para almoço cancelarem o compromisso. Esse tipo de gesto é comum com indicados, mas a rejeição no Senado não é só a Lula.

Coisa de petista

“O governo Lula conviveu, protegeu e blindou fraudadores por duas décadas”, é a conclusão do senador Rogério Marinho (PL-RN), que ainda acusa: “o esquema que saqueou o INSS foi gestado pelo PT”.

Promessa pendente

Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lembra que pautar a anistia foi um acordo costurado com Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Rep-PB), à época candidatos para presidir Senado e Câmara: “não foi cumprido”.

Coerência

Ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga endossou as críticas de Michelle Bolsonaro ao PL cearense que flerta com Ciro Gomes (PSDB): “coerência vem antes do pragmatismo”.

Indisponível

Na CPMI que investiga a bandalheira no INSS, parlamentares avaliam que é hora de convidar mais uma vez o ministro Wolney Queiroz (Previdência). Ele alegou viagem, mas na CPI poucos acreditaram.

Eleitor percebe

A pesquisa AtlasIntel aponta que todos os principais “erros” do governo Lula (PT), nos olhos do eleitor, têm a ver com falhas na segurança pública, aumento de impostos e descontrole nos gastos públicos.

Pensando bem...

...só aluno que não estudou gosta de ‘prova’ cancelada.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Olho no lance

Dilma Rousseff era presidente e fazia sala a parlamentares aliados, que, por insistência de sua ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, aceitou receber para um raro coquetel. Dilma já começava a gostar da condição de anfitriã, até teve a ideia de mostrar dependências do palácio ao grupo, mas Ideli cortou: “Temos que terminar o encontro.” Dilma estranhou, com seu jeito búlgaro de ser: “Mas quem tem que ter pressa aqui sou eu!”. Ideli explicou a preocupação: “É que tem jogo do Brasil, e eles querem assistir”. Dilma fechou a cara, deu meia volta e deixou o recinto, para alívio dos convidados, que saíram em disparada.

CLAÚDIO HUMBERTO

"Lula dá com uma mão e tira com a outra"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre a hipocrisia do governo aumentando impostos

02/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Lula desafia Alcolumbre e interfere nas negociações

Irritado com a forte reação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e convencido de que isso sinaliza possível derrota da indicação de Jorge Messias para vaga no Supremo Tribunal Federal, Lula (PT) decidiu interferir nas negociações. O “corpo-a-corpo” na barganha de votos foi iniciado nesta segunda-feira (1º), quando Lula despachou com Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação. Ainda não se sabe se a tentativa de isolar Alcolumbre pode reverter a derrota ou a confirmar.

Novo Barata Ribeiro

Messias pode entrar para a História como primeira indicação rejeitada em 131 anos, desde o caso único de Cândido Barata Ribeiro em 1894.

Pode virar tiro no pé

A interferência de Lula pode até precipitar a derrota de Messias já na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), próximo dia 10.

Na corda bamba

Governistas projetam 14x13 votos pró-Messias na CCJ, mas, no limite, se Alcolumbre “virar” apenas um voto, a indicação seria derrotada.

Situação difícil

No plenário, as projeções de voto são negativas para Messias, que só conta por enquanto com 30 ou 31 votos, embora necessite no mínimo 41.

Dívida do setor elétrico em ICMS é 20% do total

As distribuidoras de energia elétrica, puxadas por estatais quebradas, lideram as dívidas bilionárias em ICMS. De acordo com o Atlas da Dívida Ativa dos Estados Brasileiros, da Fenafisco, representam 20% do total de R$1,17 trilhão. A gaúcha CEEE-D, por exemplo, deve ao governo do Rio Grande do Sul nada menos que R$3,17 bilhões em ICMS. Em Roraima, a Amazonas Energia, presentada aos irmãos Joesley e Wesley Batista, deve R$ 877 milhões em ICMS ao Estado, um dos mais pobres do Norte.

Para quem sobra

Por obra do governo Lula, a dívida federal de R$14 bilhões da elétrica dos Batista será paga pelos brasileiros, na conta de luz, por 15 anos.

Para quem sobra 2

Invenção do STF injetou R$20 bilhões nas tarifas até 2026, mandando devolver R$15 mil por consumidor em crédito de ICMS sobre PIS/Cofins.

R$ 500 milhões cada

Já a Cemig, de Minas, e a Copel, do Paraná, queridinhas no mercado de ações, enfrentam cobranças de R$500 milhões em ICMS, cada.

Mesada de meio bilhão

O relator da CPMI do roubo aos aposentados, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), revelou ontem nova descoberta: o ex-presidente do INSS Alesandro Stefanutto recebia duas “mesadas criminosas” de R$250 mil. Eram R$500 mil mensais pagos por sindicatos e associações picaretas.

Oposição concorda

Líder da Oposição no Congresso, Izalci Lucas (PL-DF) acusa Lula & cia de interferência indevida, no Legislativo no caso da indicação de Jorge Messias ao STF. Ele apoia o presidente do Casa, Davi Alcolumbre.

Vai faltar o Senado

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), agendou para esta quinta-feira (4) a entrega do relatório da PEC da Segurança Pública aos líderes partidários. A ideia é analisar (e aprovar) antes do fim do ano.

Fraude x fraude

Ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol aponta dois pesos, duas medidas no caso da soltura do presidente do banco Master, Daniel Vorcaro, enquanto “Filipe Martins foi preso por uma viagem que não fez”.

Fez falta a Lula

Enquanto teve ministro do STF telefonando para senadores pedindo votos para Jorge Messias, Flávio Dino optou pela discrição: resolveu não comentar a indicação de Jorge Messias.

Cortina de fumaça

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) resume a “redução do imposto de renda” celebrado por Lula, PT e cia.: “Enquanto vai para a TV anunciar redução de imposto de renda, arrocha o contribuinte por outros meios”.

Nem onze meses

Antes mesmo do fim do mês passado, o governo Lula (PT) já havia conseguido torrar mais de R$1,75 bilhão com viagens, em 2025. A última atualização do Portal da Transparência é do dia 28 de novembro.

Enquanto isso...

Os dez assuntos mais procurados na internet na última semana, no Brasil, todos têm relação com futebol. O Google Trends aponta mais de 5 milhões de buscas em apenas três dias para “Palmeiras x Flamengo”.

Pensando bem...

...no Brasil, “fraude bilionária” deveria ser o termo do ano. Todo ano.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

O fracasso de Eufrosino

Eufrosino Pedro era dono de bar em Pirassununga (SP), nos anos 1950, e se candidatou a vereador. Uma placa no boteco convidava: “Beba uma pinga de graça e leve meu santinho”. Foi um sucesso, até virou parada obrigatória de caminhoneiros. Teve só 11 votos, o número de eleitores na família. Eufrosino cobrou a traição do primeiro caminhoneiro: “Como? Eu votei no senhor, lá em Goiás!”, jurou o homem. Eufrosino descobriu, desolado, que teve votos em muitas cidades e até outros estados. Em Pirassununga, que é bom, nada.

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