Colunistas

Cláudio Humberto

"Esse conto da carochinha não cola mais"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre aceno de Lula aos evangélicos

Continue lendo...

 

ONGs faturam R$315 milhões na pasta de Marina

O Brasil registra os mais devastadores incêndios em vinte anos, mas as “organizações não governamentais” (ONGs), que adoram o dinheiro governamental, não têm motivos de queixas: passam o rodo nos recursos financeiros do Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva. As ONGs, algumas picaretas e investigadas na CPI das ONGs, morderam 17% de tudo o que foi contratado e pago este ano, R$315,5 milhões. Fica fácil entender por que nenhuma delas reclama dos incêndios no País. 

Alô, MPF, alô PF

ONGs faturam mais que o dobro da soma do dinheiro destinado a órgãos do governo, como Ibama, Funai e Embrapa: R$157,5 milhões no total.

O tamanho da tunga

Consta do Portal da Transparência que o governo pagou mais a ONGs que a organismos internacionais: ONU e OIT levaram R$219,4 milhões

Farra de milhões

Uma ONG Fest (Fundação Espírito-santense de Tecnologia) encabeça a lista dos repasses milionários: embolsou R$16,5 milhões até agora.

Cidades à míngua

A prefeitura de Imperatriz (MA) foi a que mais recebeu recursos do governo, R$14,1 milhões, menos que a dinheirama dada à ONG Fest.

Ignorado nos EUA, Lula resolve atacar imprensa

Acompanhado de comitiva espalhafatosa de mais de 100 pessoas, além de parlamentares e caroneiros, sua claque particular, o presidente Lula (PT) não escondeu a irritação após ter sua proposta de “reforma” da ONU ignorada na imprensa internacional, que voltou atenções às críticas do ucraniano Volodimir Zelenski à proposta brasileira (e chinesa) de “acordo de paz” com a Rússia. Em coletiva, ontem (25), Lula foi grosseiro com um jornalista, cobrando da imprensa “perguntas mais inteligentes”. 

Outro percalço

Lula entrou para o anedotário tentando ocupar a platéia de evento de Bill Clinton com Joe Biden presente. O serviço secreto barrou a papagaiada.

Irrelevante

A ideia chamada de “constituinte na ONU” pelas manchetes amigas no Brasil, foi apresentada em reunião paralela de Lula do G20.

Filé frio

O discurso de Lula na abertura da assembleia geral da ONU perdeu relevância ambiental diante dos incêndios sem controle no Brasil.

CPI quicando

O petista Márcio Pochmann, chefão do IBGE, é alvo de servidores do instituto, que pedem sua demissão. Reclamam de abuso de poder e má gestão. E ainda há os que suspeitam de manipulação de indicadores.

Os insaciáveis

A empresa favorita do governo Lula leva o que quer. A Aneel, agência reguladora de energia, foi intimada judicialmente a transferir o controle da Amazonas Energia para a J&F, dos notórios Joesley e Wesley Batista, nos termos da medida provisória cuja validade expira em 10 de outubro. 

Pedala, Juscelino

O Ministério das Comunicações, do enrolado ministro Juscelino Filho, deixa correr frouxo parceria entre bets e fabricantes de celulares, que já vendem o aparelho com a jogatina instalada.

Ninguém deu bola

A proposta de Lula para “reformar” a ONU não mereceu registro relevante na mídia internacional. Toda “repercussão” ficou por conta da imprensa estatal brasileira do governo Lula, traduzida para o inglês.

Governo inerte

Passa dos 9 dias o tempo de espera de caminhões na BR-139, que liga o Amazonas ao restante do Brasil. Apenas uma balsa opera no local e está comprometida pela seca. O Ministério dos Transportes não dá as caras.

Perseguição ao DF

Projeto de Lei Orçamentária do governo Lula prevê corte de R$52,7 milhões na Educação do Distrito Federal. A tesourada é no Fundo Constitucional, que banca ainda Saúde e Segurança.

Eleitor elefante

Assim como 11 dos 17 senadores contra impeachment de Alexandre de Moraes, Irajá (PSD-TO), filho da ex-ministra do governo Dilma Kátia Abreu, está no fim do mandato e enfrenta as urnas em 2026.

Programa manco

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) desconfia que o Voa Brasil, um fiasco, não foi estruturado corretamente pelo governo Lula. Acha que custos extras, como taxas, podem ter ajudado no fracasso.

Pensando bem...

...pior que ruim é discurso irrelevante.

PODER SEM PUDOR

Coisa difícil de encontrar

O senador César Cals fazia campanha quando, esfomeado, parou num arruado próximo a Milhã, no sertão do Ceará. Na bodega, pediu o que era possível naquele lugar: ovo caipira, bode seco, cuscuz e Q-suco. A numerosa comitiva tirou a barriga da miséria, mas, na hora da conta, o bodegueiro cobrou preço de restaurante cinco estrelas. Cals ironizou: “Muito caro, meu velho. Ovo por aqui é difícil de encontrar?” O homem respondeu na bucha: “Ovo inté que é fácil, dotô. Difícil mesmo é senadô...”

Assine o Correio do Estado

Artigos

Horário de verão: uma questão de bom senso

Por Wilson Pedroso, analista político e consultor eleitoral com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

26/09/2024 07h30

Caminhos da vida

Caminhos da vida Arquivo

Continue Lendo...

A instituição do horário de verão pode representar uma economia de R$ 400 milhões, segundo estimativa do Ministério de Minas e Energia. E o alívio financeiro significativo é apenas uma de várias questões a serem avaliadas pelo governo federal no momento da decisão sobre a retomada ou não da medida. A definição é estratégica, com impactos nas esferas política e ambiental.

O horário de verão é adotado em diversas localidades ao redor do mundo com a missão de reduzir a pressão provocada pela alta demanda energética durante o horário de pico de consumo. No Brasil, a medida foi instituída pela primeira vez por Getúlio Vargas, em 1931. Na década de 1980, passou a ser implementada anualmente, até que, em 2019, Jair Bolsonaro colocou fim ao horário de verão no País.

Se for retomado em 2024, o horário diferenciado deve significar menores gastos de eletricidade para residências, estabelecimentos comerciais, indústrias e setor público, inclusive iluminação de vias. Também há outras vantagens, já que a luz do dia prolongada incentiva a economia, com maior fluxo nos estabelecimentos comerciais, e aumenta a sensação de segurança nas ruas.

O horário de verão ainda garante melhor aproveitamento da energia solar, limpa e renovável, ao mesmo tempo em que possibilita a redução do uso da eletricidade gerada pelas termelétricas, que, além de mais cara, é mais poluente. A meu ver, essa é a grande questão a ser avaliada nesse assunto do horário de verão. 

Diante do momento delicado que vivemos, de enfrentamento dos impactos da mudança do clima e do aquecimento global, o tema deve ser debatido do ponto de vista da sustentabilidade.

O Brasil tem registrado grandes períodos de estiagem, temperaturas elevadas, baixa umidade do ar e índices atípicos de queimadas. Portanto, poupar a produção de energia não é mais uma escolha, é uma questão de bom senso.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendam ao governo a instituição do horário de verão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse não estar convencido sobre a necessidade da medida.

Silveira destacou que não há risco de uma crise energética no País e informou que pretende buscar “outros instrumentos” para embasar a definição. Felizmente, a decisão final não é dele.

Artigos

Cem anos da soja comercial no Brasil

Por Verônica Muccini Longhi, jornalista

25/09/2024 07h45

Caminhos da vida

Caminhos da vida Arquivo

Continue Lendo...

Em novembro, Santa Rosa (RS) será palco de uma comemoração histórica: os 100 anos da soja comercial no Brasil. Mais que um evento, a Fenasoja, que é a maior feira multissetorial do País, será um marco para celebrar o legado da soja, desde a sua chegada até o seu papel transformador na economia, na agronomia e no aspecto social brasileiro. 

A Fenasoja ocorrerá de 29 de novembro a 8 de dezembro na cidade que já é considerada como o berço nacional da soja.
Embora haja registros históricos que apontam para cultivos experimentais de soja na Bahia já em 1882, foi em novembro de 1924 – com o grão trazido pelo pastor Albert Lehenbauer – que a soja é oficialmente introduzida no Rio Grande do Sul.

Naquele momento, era uma cultura quase desconhecida no Brasil, e sua introdução poderia ser considerada um experimento simples, pois o pastor doou as sementes que foram trazidas dos Estados Unidos em uma garrafa para seus vizinhos, com o objetivo de melhorar a renda de todos.

Com o tempo, a soja encontrou no solo fértil e no clima temperado do estado gaúcho o ambiente perfeito para se desenvolver. O sucesso inicial na Região Sul abriu caminho para que o grão se expandisse para outras regiões, e sua história de crescimento ganharia destaque em todo o Brasil.

Algumas datas posteriormente foram marcantes para a sojicultura brasileira. 

A primeira referência de produção comercial de soja no País data de 1941, com uma área cultivada de 640 hectares, produção de 450 toneladas e rendimento de 700 quilos por hectare (kg/ha). Já o primeiro registro internacional do Brasil como produtor de soja é de 1949, com uma produção de 25 mil toneladas. Outro fator de comemoração foi quando a produção de soja chegou à marca de 100 mil toneladas em meados da década de 1950. Na década seguinte, ela se estabeleceu definitivamente como cultura economicamente importante para o Brasil, passando de 206 mil toneladas em 1960 para 1.056.000 toneladas em 1969.

Em 1966, na cidade de Ibirubá, no norte do RS, iniciou-se a Operação Tatu, que tinha como objetivo recuperar, melhorar e incrementar a produtividade da agricultura no estado, especialmente por meio da análise e da recuperação da fertilidade dos solos. Com poucos resultados em Ibirubá, o projeto passou a ser executado em Santa Rosa e teve resultados mais rápidos e sucesso significativo. 

Apesar do crescimento da produção ao longo dos anos de 1960, foi na década de 1970 que a produção da soja teve importante impulso e se consolidou como a principal cultura do agronegócio nacional, passando de 1,5 milhão de toneladas para mais de 15 milhões de toneladas em 1979. Esse aumento ocorreu não apenas no crescimento da área cultivada – de 1,3 milhão para 8,8 milhões de hectares –, mas também com um expressivo incremento da produtividade, passando de 1.140 kg/ha para 1.730 kg/ha.

No fim dos anos 1970, mais de 80% da produção brasileira de soja ainda se concentrava nos três estados do Sul, embora o Cerrado sinalizasse que participaria como importante ator no processo produtivo da oleaginosa, o que efetivamente ocorreu a partir da década de 1980. 

Lá em 1970, menos de 2% da produção nacional foi colhida nessa região, tendo uma maior concentração em MS. Em 1980, essa produção passou para 20%, enquanto em 1990 já era superior a 40%. Já em 2007 superou os 60%, com tendência a ocupar maior espaço a cada nova safra.

O salto na produção no fim dos anos 1970 fez com que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desse início ao acompanhamento da evolução do grão na safra 1976/1977. Naquele ciclo, a produção brasileira foi de 12,14 milhões de toneladas. Hoje, 100 anos depois, o Brasil se consolidou como o maior produtor e exportador mundial de soja, e a cidade de Santa Rosa se orgulha de ser o ponto de partida dessa transformação.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).