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"Eu não sou médico, não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento é que outras gripes mataram mais do que esta"

de JAIR BOLSONARO, que não entende o que está acontecendo em 118 países afetados pelo coronavírus.

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Eu não sou médico, não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento é que outras gripes mataram mais do que esta”, 
de JAIR BOLSONARO, que não entende o que está acontecendo em 118 países afetados pelo coronavírus.

 

O fechamento do Congresso é ideia rejeitada pela maioria dos brasileiros. Levantamento do Paraná Pesquisas revela que 51,2% são contrários à medida. 

Mais: ainda segundo o levantamento 43,2% são favoráveis ao fim da atuação de deputados federais e senadores. Não responderam 5,6% dos entrevistados. 

De volta ao trabalho

A apresentadora e atriz Sabrina Sato está de volta a TV, depois de ficar pouco mais de um ano afastada devido o nascimento de sua filha Zoe. Ela agora é comandante do Domingo Show e é a aposta da Record na nova grade de programação da emissora. Sabrina, que apareceu na mídia após participar do BBB, ganhou notoriedade após participar do Pânico na TV. Agora, comanda um reality-show dentro do programa chamado Made in Japão, onde 10 celebridades (ou subcelebridades) enfrentarão desafios por 12 semanas e disputarão um prêmio de R$ 500 mil. Entre os participantes, está também o ex-BBB Dhomini que já foi namorado da atriz. Mais Sabrina também está à frente de duas campanhas publicitárias uma da marca Alto Giro (esportiva, fitness e moda praia) e outra do Studio Z calçados.

Miopia populista

Jair Bolsonaro diz que “não é médico, nem infectologista” e demonstra não ter ideia do que está acontecendo em 118 países afetados pelo coronavírus, com 121 mil casos confirmados e 4.300 mortes. Para o Brasil, as projeções estimam 4.000 casos em quinze dias e cerca de 30 mil em 21 dias. Bolsonaro nem se preocupa com o tombo histórico do mercado financeiro ou os estragos que possam acontecer na saúde pública porque o Brasil não está preparado para essa guerra. Só pensa em convocar populares para a manifestação de domingo que vem, agora alardeando que “não é contra o Congresso, nem contra o Judiciário, é a favor do Brasil”. Todos os infectologistas, à propósito, são contra a concentração do dia 15. Países como Irã ou Rússia podem estar escondendo números, como algumas ditaduras. No Brasil, caso a contaminação seja mais rápida que em relação a vírus anteriores, o país enfrentará a falta da capacidade do SUS – Sistema Único de Saúde de atender uma demanda que pode crescer além das estimativas a partir do número de contaminados não atendidos. Na Itália, o governo quer instalar 10 mil respiradores artificiais e está comprando mais máquinas. O Brasil não tem, incluindo grandes hospitais, nem 10% desse número de máquinas.  

Boca Rosa

Bianca Andrade, influenciadora digital, que é conhecida como Boca Rosa, foi a única mulher até agora a ser eliminada do BBB20. Amante de maquiagem abriu um canal no YouTube onde começou a dar dicas sobre o segmento, mas ganhou fama em 2017 ao participar do programa É de Casa. Daí para frente, sua fama só foi aumentando. Hoje, tem mais de 10 milhões de seguidores no Instagram (2,5 ganhados após entrar no reality-show) e 5,5 milhões no Youtube. E sua participação no BBB continua rendendo frutos: ela já foi chamada para ser apresentadora convidada do TVZ e fará uma participará do Soltos em Floripa: A Resenha, reality-show do canal de streaming Amazon Prime Vídeo, onde dará sua opinião junto com outros famosos como Pabllo Vittar sobre o programa.

Fechar, não

Médicos que assessoram o governo de São Paulo no combate ao coronavírus não recomendam o fechamento de universidades, como a USP, para diminuir a velocidade de transmissão da doença. Acham que pode abrir um precedente: paralisação do campus, com impactos na economia. E mais: outras universidades seguiriam o exemplo, sujeitas às mesmas adversidades. O governador João Doria é favorável ao fechamento temporário da USP.

In – Vestuário: estampa de gato
Out – Vestuário: estampa de cavalo

Correndo atrás

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, acha que o vírus “derruba o sistema de saúde” e quer contratar cinco mil médicos. Pediu mais de R$ 5 bilhões ao Congresso para enfrentar a guerra. O ministério prevê rápido crescimento especialmente em São Paulo por suas características de metrópole. O SUS precisa de mais de 3.200 leitos. Dos 16 mil existentes, 95% estão ocupados.

Tudo parado

O governo acha que é preciso aprovar as reformas administrativa e tributária, mas não envia ao Congresso os projetos, o que impede que se comece a discuti-las. A Câmara havia começado a discussão com base num projeto do economista Bernard Appy, mas diante da gravidade da situação, quer o Planalto comande tudo, Bolsonaro já disse que “não tem pressa” para liberar a reforma administrativa (na verdade, não está pronta) porque tem receio de reações contra as mudanças, especialmente dos funcionários públicos.

CABO ELEITORAL

O ex-presidente boliviano Evo Morales acha que Lula ainda é um bom cabo eleitoral. Agora, Morales articula um encontro com o petista e seu candidato à presidência da Bolívia, Luis Arce. A reunião acontecerá na Argentina, hoje reconquistada pela esquerda. Arce, por enquanto, é o líder das pesquisas para as eleições de maio, 32%, mas nunca é demais reforçar.

Surpresas

Num único dia, o Judiciário surpreendeu a nação: o TRF-4 mandou para a Justiça Federal a investigação sobre Lulinha e mandou soltar Renato Duque, ex-Petrobras, que acumula mais de 100 anos de prisão (usará tornozeleira). De quebra, foram suspensas as investigações sobre o caso de Flávio Bolsonaro até que o colegiado examine o assunto. Se comprovada a ilegalidade, tudo recomeçará do zero.

LINHA DIRETA

O govenador de Goiás, Ronaldo Caiado, só quer falar sobre a venda da Saneago com o ministro Paulo Guedes. Ele não quer mais tratar da privatização no programa de ajuda fiscal do governo com o secretário Salim Mattar, a quem acusa de total morosidade na questão. Caiado diz que já há três grupos interessados e ele continua se equilibrando em cima de um déficit fiscal de R$ 3,5 bilhões em seu governo.

Valores de família

Edilásio Santana Barra Junior, o Tutuca, é o nome do pastor, hoje responsável pelo Fundo Setorial de Audiovisual, para assumir a Ancine, instituição responsável pelo fomento, regulação e fiscalização do áudio visual. Ele é favorável a produção de filmes que fomentem os valores da família. No passado, gravou como Edilásio Junior, músicas de duplo sentido. Uma delas chama-se “Tina”: é sobre uma garota que gosta de sanduíche. Aí, ele pergunta no refrão: “Tina ketchup”, ao que uma voz de mulher responde: “Quero!”.

Quem vem

Nos dias 15 e 16 de abril em São Paulo acontece o VTEX Day, maior evento de inovação digital da América Latina, que discutirá a ascensão e a expansão do Brasil nos mercados internacionais. E quem participará da conversa no dia 16 será a ex-primeira-dama norte americana Michelle Obama. Gisele Bündchen, Abílio Diniz e Bernadinho também participarão do evento que contará com mais de 100 palestrantes. O valor do ingresso varia de R$ 897 a R$ 2.500.

RECORDE

O resultado do estudo da Abert – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão sobre ataques à imprensa no país através de redes socais (11 mil diários), ganhou repercussão lá fora, com veículos considerados um recorde internacional na área, superior mesmo aos Estados Unidos. Nas redes sociais, Bolsonaro fez 432 críticas a veículos de comunicação e seus profissionais em 2019, superando Donald Trump. O estudo contabilizou 130 milhões de brasileiros com acesso ao Twitter que fizeram 6,2 bilhões de publicações.

MISTURA FINA

  • ENTRE os vários pesadelos que assolam as noites de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, o mais frequente é o que apresenta bonecos infláveis deles, com camisa do Botafogo, na manifestação de domingo.
  • MESMO com a confirmação de que Celso de Mello retornará ao STF no próximo dia 20, circula entre os gabinetes do Supremo a informação de que o ministro poderá pedir aposentadoria antecipada. Ele passou por uma cirurgia de quadril. Pela legislação, terá que deixar a Alta Corte em 1º de novembro quando completará 75 anos.
  • JAIR Bolsonaro já deu o primeiro sinal da queda de prestígio do general Luis Eduardo Ramos, da Secretária do Governo, que vinha comandando articulações com o Congresso. O novo nome da área é Jorge Oliveira, secretário-geral da Presidência e queridinho de Bolsonaro. Ele recomeçará as negociações com discussão na área de emendas no Orçamento.
  • ALEXANDRE Yousseff, empresário, advogado, criador do Bloco do Baixo Augusta e secretário municipal de Cultura da prefeitura de São Paulo, vai deixar a pasta para se filiar ao Cidadania e concorrer ao posto de vice de Bruno Covas. Não será fácil: é uma posição cobiçada pelo MDB, DEM e Republicanos. E o governador João Doria é radicalmente contra.
  • BOLSONARO trouxe para o Brasil – e está pendurado numa das paredes do Alvorada – o retrato que Romero Brito fez dele e no qual atreveu-se até a algumas pinceladas. O trabalho tem predomínio de cores verde e amarelo e quem já viu apelidou – e o apelido disseminou – de “Mono Lisa”.
  • O COMPORTAMENTO do presidente Jair Bolsonaro tem conseguido fazer milagres políticos. Agora, o governador João Doria – quem diria – é um dos principais interlocutores do governador da Bahia, o petista Rui Costa.
  • O EX-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que as manifestações que estão sendo convocadas não representam um risco para o país. “O risco do Brasil não são as manifestações. O risco é dos que tomam decisões ficarem com medo de afirmar os seus valores. Qualquer manifestação é manifestação. A sociedade tem direito de se manifestar, desde que não saia do limite”.
  • UMA das maiores operadoras de ativos logísticos do mundo, a GLP, de Cingapura, já aparece em cena como forte candidata a privatização dos armazéns da Ceagesp. O governo federal promete bater o martelo da venda antes do final do ano.

EDITORIAL

Ceva: a isca que atrai a tragédia

Soa como oportunismo legislativo uma reação emocional a um fato grave, sem o necessário distanciamento para análise eficaz da política pública a ser implementada

28/04/2025 07h15

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A prática da ceva de animais silvestres é proibida no Brasil – e, naturalmente, em Mato Grosso do Sul. Ainda assim, ela persiste de forma clandestina, alimentada por um misto de ignorância, descaso e conveniência. Recentemente, essa prática voltou aos holofotes após a morte trágica de um caseiro atacado por uma onça-pintada no Pantanal, a poucos metros de um pesqueiro onde, segundo autoridades, havia indícios recorrentes de ceva.

É impossível ignorar a conexão direta entre o comportamento da fauna e as ações humanas. Oferecer alimento a animais selvagens rompe o delicado equilíbrio do ecossistema e os condicionam a buscar comida fácil, mesmo em áreas habitadas, o que aumenta exponencialmente o risco de ataques. No caso do Pantanal, trata-se do maior predador das Américas: a onça-pintada, um ícone da biodiversidade brasileira que, quando provocada ou atraída, age por instinto.

O ataque que chocou o mundo todo precisa ser compreendido como consequência, e não como exceção. A proposta de endurecer as penas para quem praticar a ceva surge em resposta direta a esse episódio. Em parte, cumpre um papel educativo importante e pode, sim, contribuir para prevenir novas tragédias. Por outro lado, soa como oportunismo legislativo – uma reação emocional a um fato grave, sem o necessário distanciamento para análise eficaz da política pública a ser implementada.

Pergunta-se: esse é o melhor momento para propor uma lei punitiva? Talvez não. O calor do momento pode comprometer o debate racional. O ideal seria que a comoção não ditasse os rumos da legislação, e sim um plano sério e permanente de fiscalização ambiental. Afinal, não é de hoje que a ceva ocorre em áreas pantaneiras. Há cinco anos, denúncias foram feitas exatamente na região do ataque recente. Houve alguma punição? Alguma ação concreta?

Enquanto os holofotes da imprensa iluminam o caso, muito se fala em soluções. Mas é justamente quando os holofotes se apagam que a fiscalização costuma falhar. E é aí que mora o perigo. A proteção da vida humana e da fauna não pode ser casuística. Precisa ser sustentada por políticas contínuas, investimentos em fiscalização e campanhas de conscientização que cheguem até quem vive e trabalha nas áreas de risco.

Oferecer comida a animais selvagens é um ato de irresponsabilidade grave. Eles deixam de caçar, perdem o medo do ser humano e passam a encará-lo como fonte de alimento. Isso não só põe em risco quem vive no entorno como também compromete a integridade do animal. Ao torná-lo dependente da ação humana, corremos o risco de nos tornarmos uma presa.

O episódio no Pantanal é um alerta. Não é hora de legislar com pressa, mas de agir com firmeza. O que se espera do poder público é menos reatividade e mais permanência: na fiscalização, na educação ambiental e na proteção de quem vive junto à natureza. Afinal, tragédias assim não devem ser repetidas – nem esquecidas.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Desde quando a Justiça pode ser usada para mandar recados?"

Deputado Carlos Jordy (PL-RJ) sobre prisão de Fernando Collor ser 'recado à Bolsonaro'

28/04/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Tensão Moraes-Espanha pode afetar caso Ábalos

A tensão entre Alexandre de Moraes e o governo da Espanha, cuja embaixadora no Brasil o ministro do STF convocou a se explicar, virou motivo de apreensão para investigadores espanhóis e brasileiros que apuram o caso do ex-ministro de Transportes do governo socialista espanhol José Luis Abalos. Ex-nº 2 do Psoe, o Partido Socialista Operário Espanhol, Ábalos é suspeito em esquema de fraude na compra de máscaras na pandemia que envolve lavagem de dinheiro no Brasil.

Reação

Após ser negada a extradição de Oswaldo Eustáquio, jornalista exilado, Moraes mandou à prisão domiciliar um traficante foragido da Espanha.

Atraso é derrota

Após ser informado que o traficante não tinha domicílio, Moraes revogou a própria decisão, mas o receio é que o caso contamine a cooperação.

‘Covidão’

Para piorar, o ministro do Interior do atual governo socialista, Fernando Grande-Marlaska, é acusado por Ábalos no mesmo esquema.

Esquema resumido

Segundo as investigações, empresas de fachada teriam sido usadas para ganhar contratos no governo espanhol e desviar o dinheiro.

Correios voltam a atrasar o repasse do FGTS

Com grana de sobra para bancar a cota master de patrocínio da turnê do cantor Gilberto Gil, em R$4 milhões, os Correios, em vias de insolvência, como admitido pelo presidente Fabiano Silva dos Santos, atrasaram o depósito de abril do FGTS dos servidores. Extratos obtidos pela coluna mostram que repasses que deveriam ser realizados até o dia 20, foram descontados dos servidores, mas sem repasse ao fundo de garantia.

Constituição ignorada

O calote dos Correios mostra desrespeito à legislação (lei 14.438/2022), que estabelece o dia 20 de cada mês como dia do recolhimento do FGTS

Sem desculpas

A legislação prevê inclusive casos como o deste mês, quando o limite do repasse não cai em dia útil. Aí o depósito precisa ser antecipado.

Deus lhe pague

Os atrasos são de tal gravidade que há depósitos de fevereiro sendo realizados apenas em abril. Os de março nem aparecem no horizonte.

Que Constituição?

O STF deu sobrevida à discussão do marco temporal, já sacramentado na Constituição pelo Congresso, mas o STF não está nem aí para o Legislativo e quer impor “solução negociada”. Já foram 19 audiências.

Holofote garantido

A Comissão de Segurança do Senado discute nesta terça (29) a alegada ameaça de morte a Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, do próprio ministro, como noticiou a Folha. Ele é convidado.

Sem redes

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, Carmen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin não têm contas oficiais nas redes sociais. Há apenas “contas-paródia”, que fazem sucesso na internet.

Só vendo

Deputados garantem que a semana, mesmo com feriado na quinta (1), terá expediente na Câmara, inclusive presencial. O PT trabalha até com instalação da comissão que vai analisar a reforma do imposto de renda.

Não é mais ‘abuso’?

Orlando Silva (PCdoB-SP), ex-ministro de Lula que pagava até tapioca com cartão corporativo, em 2016 chamou de “abuso” a Polícia Federal prender o ex-ministro Guido Mantega no estacionamento do hospital onde se encontrava acompanhando a mulher em um procedimento. 

Ausência quase garantida

No centro do furacão das denúncias de roubalheira bilionária no INSS, o ministro Carlos Lupi (Previdência) tem agenda marcada na Câmara para explicar “planos e estratégias” do ministério. Mas é convite, pode faltar.

Senhor da guerra

O ucraniano Volodymyr Zelensky chegou a Roma para o funeral do Papa Francisco e tentou articular coletiva de imprensa das nações aliadas, incluindo EUA, para pedir apoio (com armas e dinheiro) à Ucrânia.

Nem na esquerda

Presidente do partido PCO, de extrema-esquerda, Rui Costa Pimenta condenou a intimação de Bolsonaro na UTI: “Você esperaria isso de uma ditadura ferrenha, não de um Judiciário num país que seria democrático”.

Pensando bem...

...trem da alegria até em funeral.

PODER SEM PUDOR

Homem do diálogo

Ao conversar com amigos, certa vez, o governador paranaense Roberto Requião rejeitava a crítica de que não vinha conversando muito com os próprios secretários. Ele fez sua melhor expressão de seriedade e explicou: “Antes de tomar qualquer decisão, por exemplo, eu converso com o meu secretário de Segurança Pública...” O governador Requião também era secretário de Segurança. Acabou aposentado pelo povo paranaense.

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