- O impacto do reajuste salarial para a elite do serviço público (R$ 28 bilhões) nas contas públicas é maior do que o extra que a PEC reservou para o Ministério da Saúde bancar programas da Farmácia Popular (R$ 22,7 bilhões).
- Mais: e quase oito vezes o extra para o pagamento do Auxílio Gás, que atende 5,5 milhões de famílias carentes. No Senado, terá um impacto de R$ 1,25 bilhão e no Judiciário, outros R$ 13,6 bilhões.
- IN - Iogurte caseiro
- OUT - Iogurte vegano
- LULA só decidiu usar o veterano Rolls Royce em seu percurso pela Esplanada dos Ministérios praticamente em cima da hora.
Sua segurança (40 agentes correndo ao lado do automóvel), coordenada pelo delegado Andrei Rodrigues, novo diretor-geral da PF, insistia que Lula usasse um carro blindado – e colete à prova de balas. Não topou as duas medidas. - A DEPUTADA Flávia Arruda, ex-ministra da Secretaria do Governo na gestão Bolsonaro (o ex-presidente chamou-a de “minha melhor ministra”) e candidata derrotada na corrida ao Senado por Damares Alves, desligou-se do PL e deu grande abraço em Lula, no domingo em meio à grande aglomeração de parlamentares em torno dele.
Numa rápida conversa quase ao pé do ouvido, Flávia avisou o novo mandatário: “Estou do seu lado”. - OBSERVADORES atentos às nomeações de Lula já fizeram uma lista dos que trabalharam na campanha e “ficaram de fora”.
Entre outros, estão nela Emidio de Souza, Marco Aurélio Carvalho, Rui Falcão, Randolfe Rodrigues, Marcelo Freixo, Juliano Madeiros, Paulinho da Força, André Janones e Guilherme Boulos, que só pensa nas eleições municipais de 2024 (acha que se elege com facilidade). - O NOVO ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT) quer avançar mais algumas jardas de poder no governo Lula.
Tenta emplacar o futuro vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, em substituição a Renato Naegele. O titular do cargo está sentado sobre uma dinheirama (leia-se carteira de crédito rural do BB) acima dos R$ 300 bilhões. - DE Luiza Trajando (Magazine Luiza) a Abílio Diniz (Carrefour), muitas personalidades de peso da indústria e comércio não deram o ar da graça na posse do Lula.
Estariam de viagens marcadas para as festas de fim de ano. Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, estava lá e também Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, permaneceu em Miami, no feriado prolongado.
Dia 10, ele vai encarar a Assembleia Geral Extraordinária quando pequenos sindicatos estão dispostos a pedir sua cabeça. - OI, Novonor (ex-Odebrecht), Grupo Paranapanema e Gol estão entre as empresas que estão em campo nas últimas semanas para conseguirem negociação nas dívidas (a Gol quer mudar o vencimento de R$ 425 milhões que vencem em 2024), que somam mais de R$ 40 bilhões.
Motivo: altas taxas de juros no Brasil e no exterior no desempenho financeiro e operacional das companhias, bem como no apetite dos bancos.
Analistas estimam que é apenas o começo de um novo ciclo de rolagem de dívida e pedidos de recuperação judicial.
Esforço
Há mais de duas semanas, aliados de Jair Bolsonaro tentaram convencê-lo a reconhecer o resultado do processo eleitoral, argumentando que o gesto esvaziaria os acampamentos golpistas espalhados pelo país.
Bolsonaro tratou de pular fora, eximindo-se da responsabilidade e dizendo que “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada”.
Essa mesma resposta foi usada, mais uma vez, na última live de Bolsonaro quando dedicou parte de sua falação aos integrantes das manifestações perto dos quartéis para os quais foi uma grande decepção.
Os mais irritados até chamaram o ex-presidente de “covarde”.
Repeteco
Apesar de elogiada atuação, o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles deverá reviver – e agora como vítima – o artificio que o levou ao cargo.
Ele foi reeleito em 29 de novembro para ficar à frente do Sebrae até 2026, mas o novo governo quer anular, já em janeiro, a recondução. Exatamente como aconteceu quando João Henrique Sousa, eleito em novembro de 2018 para presidir o Sebrae e que seria substituído no início do governo Bolsonaro – e por Carlos Melles.
Choro geral
Em Orlando, o ex-presidente Jair Bolsonaro chorou ao ver a multidão que lotava a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na posse de Lula (considerada maior do que populares presentes na posse do ex-mandatário em 2019).
Por outro lado, os acampamentos às portas dos quartéis também choravam o fim das manifestações que pediam socorro às Forças Armadas quando barracas eram desmontadas.
E até a ex-presidente Dilma Rousseff chorou muito ao colocar seus pés outra vez no Planalto, de onde foi retirada pelo impeachment.
Olho em Piquet
O nome do novo presidente do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, ainda não está definido.
Só que o novo governo já está em campo para esmiuçar o contrato de prestação de serviços entre o Inmet e a Autotrac, empresa de rastreamento de frotas do ex-piloto de F1 Nelson Piquet, bolsonarista de carteirinha.
A Autotrac foi contratada sem licitação, em 2019 e vem recebendo aditivos. O contrato prevê seguidas renovações até 2026. Nas eleições, Piquet doou R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro.
SOS
O prefeito de Araraquara, interior de São Paulo, Edinho Silva (PT) precisa de R$ 80 milhões para reconstruir parte da cidade, atingida por fortes chuvas, que transformaram suas ruas em verdadeiros rios.
E isso apenas por demandas emergenciais, mais solidariedade às vítimas. Gilberto Kassab, secretário do Governo de Tarcísio de Freitas, já se colocou à disposição e o novo ministro da Articulação, Alexandre Padilha, também.
Ciro Nogueira (PP) ex-Casa Civil, alegou não estar mais no poder. Recursos, contudo, ainda não apareceram.

Olhando para o futuro
A atriz, bailarina, produtora teatral e apresentadora, Claudia Raia, que completou 56 anos no dia 23 de dezembro, mostrou que está toda entusiasmada com sua terceira gravidez (a primeira com Jarbas Homem de Mello), e dezenove anos após sua segunda gravidez de Sophia, que completará 20 anos agora em janeiro de seu relacionamento com Edson Celulari, com quem também teve Enzo de 25 anos.
Estes dias publicou em suas redes sociais uma foto totalmente nua (cobrindo locais estratégicos) com a simples legenda: “Olhando pro futuro, desnuda de tudo!”.
Vaidosa ela disse que algumas coisas mudaram com a gravidez:
“Algumas coisas mudaram, como só poder retocar a raiz do cabelo com henna. Existem produtos para pele que não posso mais usar, a depender do ativo, mas a rotina no geral continua a mesma”.
Ela que garante que cuida bem do seu corpo, porque ele também é seu instrumento de trabalho, conta qual é sua principal dica de beleza: água e não só na hora do banho.
“Eu bebo muita água mesmo, isso é fundamental”.
Efeito Haddad
A Bolsa caiu, o dólar subiu e Lula prorrogou a cobrança de alíquota zero de impostos federais sobre combustíveis, contrariando anúncio feito há dias pelo novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que colecionou derrotas em seu primeiro dia no comando da economia.
Pior: Haddad nem foi consultado da decisão de Lula e teve de engolir, lembrando episódios anteriores que aconteciam com Paulo Guedes, quando estava no Ministério da Economia (ele falava uma coisa e Jair Bolsonaro falava outra).
Haddad, hoje, é considerado o mais “presidenciável” dos ministros do novo governo, embora seu discurso de posse tenha provocado o primeiro desastre.
Ele lê os discursos, não fala de improviso e é um tanto monocórdico, na contramão de seu comportamento longe do microfone, o que lhe dá a fama de “arrogante” e “pai da verdade”.
Mais: a metralhadora giratória de Lula disparada em seu discurso de posse sobrou para Arthur Lira (presidente da Câmara), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e até para a ex-presidente Dilma Rousseff, sentada numa das primeiras fileiras do plenário.
Lula criticou a destruição da Amazônia, referindo-se a Jair Bolsonaro, mas foi na gestão de Dilma como ministra da Casa Civil e também como presidente que foram construídas as hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, consideradas como grandes desastres para a floresta.

Duas gerações
A cantora britânica Dua Lipa, 27 anos, vencedora de vários prêmios e considerada uma das melhores de sua geração realizou um grande sonho.
Com pouco mais de 7 anos de carreira dividiu o microfone com Elton John, 75 anos (que chama de herói musical) no último show da turnê “Elton John Live: Farewell from Dodger Stadium” cantando Cold Heart, uma combinação de quatro canções do veterano cantor incluindo Rocket Man e Sacrifice (a música feita há um ano, teve gravações separadas eles não dividiram o mesmo estúdio).
Mais: Dua ainda vai estrear nos cinemas, no filme Argylle, dividindo cenas com Samuel L. Jackson, Henry Cavill entre outros. E para terminar o ano de 2022 em alta ela voltou a estrelar nova campanha da Puma e está de namorado novo o rapper americano Jack Harlow.
Novo logotipo
O novo governo já tratou de emplacar seu logotipo e seu slogan “União e Reconstrução”, que tenta passar a ideia de que Lula irá governar para todos os setores da sociedade, apesar da polarização do país.
E tenta sinalizar mudanças no cenário, indicando que o país foi “destruído” por Bolsonaro. A nova marca tem as palavras “governo federal” em preto e “Brasil” nas cores vermelha, azul, amarela, verde e preta.

Melhor prevenir
Nos antigos bondes que circulavam em São Paulo, há muitas décadas, estava escrito nas costas dos bancos:
“Prevenir acidentes é dever de todos”.
A nova ministra do Planejamento, Simone Tebet é adepta da frase.
Depois de anunciada no ministério, ao lado de Lula, ela chamou Fernando Haddad para aparecer junto e avisou jornalistas que “trabalhará em harmonia sempre” com o ministro da Fazenda. É uma largada com prevenção contra ciúmes.
Janja em cena
A nova primeira-dama do Brasil, Rosângela Janja da Silva, foi a coordenadora da festa da posse com sucesso – e alguns exageros, para muitos – e protagonizou nos últimos dias algumas cenas depois espalhadas pelas redes sociais.
Beijou (de língua) o maridão em público, chamando de “my boy” no microfone e teve uma foto sua ajeitando parte apertada de sua calça sem perceber que havia fotógrafo por perto.
A tentativa de acabar com o desconforto virou atração especial na web.
FORTUNA DE PELÉ
Em 2014, a revista Fortune estimou a fortuna de Pelé em US$ 15 milhões, valor que equivaleria hoje a R$ 80 milhões.
Já o site americano Celebrity Net Worth diz que o patrimônio líquido de Pelé está avaliado em US$ 100 milhões (R$ 529 milhões).
É um montante muito menor do que o de Lionel Messi (US$ 600 milhões), Cristiano Ronaldo (US$ 500 milhões) e metade do de Neymar Jr. (US$ 200 milhões).
A Forbes estima que R$ 1,2 bilhão seria o valor que Pelé receberia, caso atuasse profissionalmente nos dias de hoje.
Mistura Fina
Colaboração: Paula Rodrigues