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GIBA UM

"Fiquei comovida. Nós entramos no Planalto depois de seis anos. Ainda não entramos no Alvorada..."

"... mas um dia vamos entrar para matar a saudade", de DILMA ROUSSEFF // que sofreu impeachment em 2016, na posse de Lula.

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  • O impacto do reajuste salarial para a elite do serviço público (R$ 28 bilhões) nas contas públicas é maior do que o extra que a PEC reservou para o Ministério da Saúde bancar programas da Farmácia Popular (R$ 22,7 bilhões).
  • Mais: e quase oito vezes o extra para o pagamento do Auxílio Gás, que atende 5,5 milhões de famílias carentes. No Senado, terá um impacto de R$ 1,25 bilhão e no Judiciário, outros R$ 13,6 bilhões.
  • Esforço

    Há mais de duas semanas, aliados de Jair Bolsonaro tentaram convencê-lo a reconhecer o resultado do processo eleitoral, argumentando que o gesto esvaziaria os acampamentos golpistas espalhados pelo país.

    Bolsonaro tratou de pular fora, eximindo-se da responsabilidade e dizendo que “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada”.

    Essa mesma resposta foi usada, mais uma vez, na última live de Bolsonaro quando dedicou parte de sua falação aos integrantes das manifestações perto dos quartéis para os quais foi uma grande decepção.

    Os mais irritados até chamaram o ex-presidente de “covarde”.

    Repeteco

    Apesar de elogiada atuação, o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles deverá reviver – e agora como vítima – o artificio que o levou ao cargo.

    Ele foi reeleito em 29 de novembro para ficar à frente do Sebrae até 2026, mas o novo governo quer anular, já em janeiro, a recondução. Exatamente como aconteceu quando João Henrique Sousa, eleito em novembro de 2018 para presidir o Sebrae e que seria substituído no início do governo Bolsonaro – e por Carlos Melles.

    Choro geral

    Em Orlando, o ex-presidente Jair Bolsonaro chorou ao ver a multidão que lotava a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na posse de Lula (considerada maior do que populares presentes na posse do ex-mandatário em 2019).

    Por outro lado, os acampamentos às portas dos quartéis também choravam o fim das manifestações que pediam socorro às Forças Armadas quando barracas eram desmontadas.

    E até a ex-presidente Dilma Rousseff chorou muito ao colocar seus pés outra vez no Planalto, de onde foi retirada pelo impeachment.

    Olho em Piquet

    O nome do novo presidente do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, ainda não está definido.

    Só que o novo governo já está em campo para esmiuçar o contrato de prestação de serviços entre o Inmet e a Autotrac, empresa de rastreamento de frotas do ex-piloto de F1 Nelson Piquet, bolsonarista de carteirinha.

    A Autotrac foi contratada sem licitação, em 2019 e vem recebendo aditivos. O contrato prevê seguidas renovações até 2026. Nas eleições, Piquet doou R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro.

    SOS

    O prefeito de Araraquara, interior de São Paulo, Edinho Silva (PT) precisa de R$ 80 milhões para reconstruir parte da cidade, atingida por fortes chuvas, que transformaram suas ruas em verdadeiros rios.

    E isso apenas por demandas emergenciais, mais solidariedade às vítimas. Gilberto Kassab, secretário do Governo de Tarcísio de Freitas, já se colocou à disposição e o novo ministro da Articulação, Alexandre Padilha, também.

    Ciro Nogueira (PP) ex-Casa Civil, alegou não estar mais no poder. Recursos, contudo, ainda não apareceram.

    Olhando para o futuro

    A atriz, bailarina, produtora teatral e apresentadora, Claudia Raia, que completou 56 anos no dia 23 de dezembro, mostrou que está toda entusiasmada com sua terceira gravidez (a primeira com Jarbas Homem de Mello), e dezenove anos após sua segunda gravidez de Sophia, que completará 20 anos agora em janeiro de seu relacionamento com Edson Celulari, com quem também teve Enzo de 25 anos.

    Estes dias publicou em suas redes sociais uma foto totalmente nua (cobrindo locais estratégicos) com a simples legenda: “Olhando pro futuro, desnuda de tudo!”.

    Vaidosa ela disse que algumas coisas mudaram com a gravidez:

    “Algumas coisas mudaram, como só poder retocar a raiz do cabelo com henna. Existem produtos para pele que não posso mais usar, a depender do ativo, mas a rotina no geral continua a mesma”.

    Ela que garante que cuida bem do seu corpo, porque ele também é seu instrumento de trabalho, conta qual é sua principal dica de beleza: água e não só na hora do banho.

    “Eu bebo muita água mesmo, isso é fundamental”.

    Efeito Haddad

    A Bolsa caiu, o dólar subiu e Lula prorrogou a cobrança de alíquota zero de impostos federais sobre combustíveis, contrariando anúncio feito há dias pelo novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que colecionou derrotas em seu primeiro dia no comando da economia.

    Pior: Haddad nem foi consultado da decisão de Lula e teve de engolir, lembrando episódios anteriores que aconteciam com Paulo Guedes, quando estava no Ministério da Economia (ele falava uma coisa e Jair Bolsonaro falava outra).

    Haddad, hoje, é considerado o mais “presidenciável” dos ministros do novo governo, embora seu discurso de posse tenha provocado o primeiro desastre.

    Ele lê os discursos, não fala de improviso e é um tanto monocórdico, na contramão de seu comportamento longe do microfone, o que lhe dá a fama de “arrogante” e “pai da verdade”.

    Mais: a metralhadora giratória de Lula disparada em seu discurso de posse sobrou para Arthur Lira (presidente da Câmara), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e até para a ex-presidente Dilma Rousseff, sentada numa das primeiras fileiras do plenário.

    Lula criticou a destruição da Amazônia, referindo-se a Jair Bolsonaro, mas foi na gestão de Dilma como ministra da Casa Civil e também como presidente que foram construídas as hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, consideradas como grandes desastres para a floresta.

    Duas gerações

    A cantora britânica Dua Lipa, 27 anos, vencedora de vários prêmios e considerada uma das melhores de sua geração realizou um grande sonho.

    Com pouco mais de 7 anos de carreira dividiu o microfone com Elton John, 75 anos (que chama de herói musical) no último show da turnê “Elton John Live: Farewell from Dodger Stadium” cantando Cold Heart, uma combinação de quatro canções do veterano cantor incluindo Rocket Man e Sacrifice (a música feita há um ano, teve gravações separadas eles não dividiram o mesmo estúdio).

    Mais: Dua ainda vai estrear nos cinemas, no filme Argylle, dividindo cenas com Samuel L. Jackson, Henry Cavill entre outros. E para terminar o ano de 2022 em alta ela voltou a estrelar nova campanha da Puma e está de namorado novo o rapper americano Jack Harlow.

    Novo logotipo

    O novo governo já tratou de emplacar seu logotipo e seu slogan “União e Reconstrução”, que tenta passar a ideia de que Lula irá governar para todos os setores da sociedade, apesar da polarização do país.

    E tenta sinalizar mudanças no cenário, indicando que o país foi “destruído” por Bolsonaro. A nova marca tem as palavras “governo federal” em preto e “Brasil” nas cores vermelha, azul, amarela, verde e preta.

    • IN - Iogurte caseiro
    • OUT - Iogurte vegano

    Melhor prevenir

    Nos antigos bondes que circulavam em São Paulo, há muitas décadas, estava escrito nas costas dos bancos:

    “Prevenir acidentes é dever de todos”.

    A nova ministra do Planejamento, Simone Tebet é adepta da frase.

    Depois de anunciada no ministério, ao lado de Lula, ela chamou Fernando Haddad para aparecer junto e avisou jornalistas que “trabalhará em harmonia sempre” com o ministro da Fazenda. É uma largada com prevenção contra ciúmes.

    Janja em cena

    A nova primeira-dama do Brasil, Rosângela Janja da Silva, foi a coordenadora da festa da posse com sucesso – e alguns exageros, para muitos – e protagonizou nos últimos dias algumas cenas depois espalhadas pelas redes sociais.

    Beijou (de língua) o maridão em público, chamando de “my boy” no microfone e teve uma foto sua ajeitando parte apertada de sua calça sem perceber que havia fotógrafo por perto.

    A tentativa de acabar com o desconforto virou atração especial na web.

    FORTUNA DE PELÉ

    Em 2014, a revista Fortune estimou a fortuna de Pelé em US$ 15 milhões, valor que equivaleria hoje a R$ 80 milhões.

    Já o site americano Celebrity Net Worth diz que o patrimônio líquido de Pelé está avaliado em US$ 100 milhões (R$ 529 milhões).

    É um montante muito menor do que o de Lionel Messi (US$ 600 milhões), Cristiano Ronaldo (US$ 500 milhões) e metade do de Neymar Jr. (US$ 200 milhões).

    A Forbes estima que R$ 1,2 bilhão seria o valor que Pelé receberia, caso atuasse profissionalmente nos dias de hoje.

    Mistura Fina

    • LULA só decidiu usar o veterano Rolls Royce em seu percurso pela Esplanada dos Ministérios praticamente em cima da hora.

      Sua segurança (40 agentes correndo ao lado do automóvel), coordenada pelo delegado Andrei Rodrigues, novo diretor-geral da PF, insistia que Lula usasse um carro blindado – e colete à prova de balas. Não topou as duas medidas.
    • A DEPUTADA Flávia Arruda, ex-ministra da Secretaria do Governo na gestão Bolsonaro (o ex-presidente chamou-a de “minha melhor ministra”) e candidata derrotada na corrida ao Senado por Damares Alves, desligou-se do PL e deu grande abraço em Lula, no domingo em meio à grande aglomeração de parlamentares em torno dele.

      Numa rápida conversa quase ao pé do ouvido, Flávia avisou o novo mandatário: “Estou do seu lado”.
    • OBSERVADORES atentos às nomeações de Lula já fizeram uma lista dos que trabalharam na campanha e “ficaram de fora”.

      Entre outros, estão nela Emidio de Souza, Marco Aurélio Carvalho, Rui Falcão, Randolfe Rodrigues, Marcelo Freixo, Juliano Madeiros, Paulinho da Força, André Janones e Guilherme Boulos, que só pensa nas eleições municipais de 2024 (acha que se elege com facilidade).
    • O NOVO ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT) quer avançar mais algumas jardas de poder no governo Lula.

      Tenta emplacar o futuro vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, em substituição a Renato Naegele. O titular do cargo está sentado sobre uma dinheirama (leia-se carteira de crédito rural do BB) acima dos R$ 300 bilhões.
    • DE Luiza Trajando (Magazine Luiza) a Abílio Diniz (Carrefour), muitas personalidades de peso da indústria e comércio não deram o ar da graça na posse do Lula.

      Estariam de viagens marcadas para as festas de fim de ano. Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, estava lá e também Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, permaneceu em Miami, no feriado prolongado.

      Dia 10, ele vai encarar a Assembleia Geral Extraordinária quando pequenos sindicatos estão dispostos a pedir sua cabeça.
    • OI, Novonor (ex-Odebrecht), Grupo Paranapanema e Gol estão entre as empresas que estão em campo nas últimas semanas para conseguirem negociação nas dívidas (a Gol quer mudar o vencimento de R$ 425 milhões que vencem em 2024), que somam mais de R$ 40 bilhões.

      Motivo: altas taxas de juros no Brasil e no exterior no desempenho financeiro e operacional das companhias, bem como no apetite dos bancos.

      Analistas estimam que é apenas o começo de um novo ciclo de rolagem de dívida e pedidos de recuperação judicial.

     

    Colaboração: Paula Rodrigues

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CLÁUDIO HUMBERTO

"Governo Lula está completamente doido"

Presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, suposto 'aliado' de Lula e do PT

11/02/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Haddad teve de desmentir mentira que não disse

O Planalto se apressou em desautorizar a bravata infantil, atribuída ao Ministério da Fazenda, de que estaria preparando retaliação aos Estados Unidos em caso de taxação do aço e outros produtos, e que avaliaria até se antecipar a Donald Trump, taxando de véspera os produtos norte-americanos. Era fake news de aliados do PT na imprensa, tentando “dar idéia” ao governo. Sobrou para Fernando Haddad a tarefa de negar a mentira a fim de não provocar a onça, Donald Trump, com vara curta.

Ninho de víboras

Há muito não se ouviam tantos palavrões de Lula. Mas, na Casa Civil, houve ímpetos de soltar foguetes por mais esse desgaste para Haddad.

Tratativas por um fio

A notícia mentirosa poderia sustar as negociações que o Brasil tentava estabelecer com Trump, para evitar uma guerra de taxações.

EUA têm até isenção

O Brasil admitiu rever taxas de mais de 50%, mas lembrou ao governo Trump que produtos como etanol de milho, dos EUA, têm alíquota 0%.

Melhor negociar

Formado e doutorado em negociação, Lula sabe que o Brasil não está em condições de fazer bravatas: melhor um acordo que um mau negócio. 

Deputado espera que o País sobreviva ao Lula

A situação atual e as perspectivas para o Brasil são tão ruins que resta esperar que o governo Lula “acabe rápido e o País sobreviva”, disse o Thiago Manzoni (PL-DF) em entrevista ao podcast Diário do Poder. Segundo o deputado distrital, a população brasileira é conservadora nos costumes e não aguenta mais a “cultura woke”, o identitarismo da esquerda brasileira, e que a reação se refletiu nos resultados das eleições municipais de 2024. “Foi traduzido para a política”, afirmou.

Papel claro

Manzoni também criticou a contaminação política no Supremo Tribunal Federal: “o papel do Judiciário é aplicar a Lei, não fazer política”.

Punição

Ele criticou também as tentativas do governo Lula de extinguir o Fundo Constitucional do DF: “o PT quer punir Brasília” por não votar no PT.

Vingativo

Para Manzoni, a esquerda tem raiva porque Brasília não é de esquerda. Iniciativas para prejudicar o DF, para ele, são “tentativa de vingança”.

Eleições unificadas

Novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA) promete votação e não gaveta para projetos. Ele defende a proposta que unifica as eleições: “Se o Congresso não acabar com a eleição de 2 em 2 anos, a eleição acaba com o Congresso”.

Freddy Kruger?

Lula reapareceu com intrigante atadura no cotovelo. Como não dá mais para contar a lorota de acidente cortando unhas do pé, a versão oficial é que ele foi “arranhado” na refrega com eleitores na Bahia. Deve ter sido um arranhão padrão Freddy Kruger ou mereceria apenas um band-aid.

Ministro blindado

O relatório da CPI da Manipulação de Jogos será conhecido nesta terça (11) sem apreciar 21 requerimentos, incluindo um do relator, senador para ouvir o ministro dos Esportes, André Fufuca.

Ora, o trabalho

A previsão do senador Plínio Valério (PSDB-AM) é que a distribuição dos comandos e membros das comissões do Senado será feita até a próxima semana, a poucos dias da pausa para o Carnaval.

Sem comissões

Apenas a Comissão Mista de Orçamento está instalada no Senado, mas não se reúne. Todas as outras ainda aguardam a definições das articulações de partidos e blocos partidários.

Elite da elite

Com só 45 anos, o PT de Lula passou mais de um terço da vida (15 anos 284 dias) no poder, em Brasília. Desde a Constituição, é quase o dobro de anos do 2º colocado, MDB (9 anos 126 dias). PSDB é bronze: 8 anos.

Começo devagar

A Câmara dos Deputados tem novo presidente e Mesa Diretora, mas a sessão do plenário marcada para esta terça-feira (11) é “semipresencial” e só duas comissões têm reuniões agendadas.

Reguffe no Irajá

Antonio Reguffe se filiou agora ao Solidariedade, depois de passar por vários partidos, na tentativa de ressuscitar politicamente no Distrito Federal. O problema é que o ex-senador parece ter perdido o bonde.

Pensando bem...

...democracia é gastar R$40 mil em gravatas de luxo.

PODER SEM PUDOR

Duelo à brasileira

Diplomata competente e cavalheiro fino, Orlando Leite Ribeiro era respeitável pé-de-valsa, por isso não resistiu ao bolero da orquestra em um clube social de Lima (Peru), onde foi embaixador do Brasil, nos anos 1950: localizou a mais bela dama do salão e a convidou para dançar, sem saber que era casada e que o maridão estava por perto. Enciumado, dizendo-se desrespeitado, o marido peruano o desafiou para um duelo de honra: “Escolha as armas! Pistola? Espada?” O embaixador fez a sua escolha, olhando firme o desafiante: “Granada a doze passos”. O homem amarelou: “Como assim? Essa arma não é normal…” Leite Ribeiro esclareceu: “É a única que sei usar, minha especialidade no Exército.” Não se falou mais em duelo.

ARTIGOS

Às portas do Judiciário o eterno endividamento dos empréstimos

10/02/2025 07h45

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Enquanto os inocentemente endividados esperavam por mudanças que coibissem ou ao menos dificultassem a nefasta fábrica de empréstimos bancários, eis que entra em vigor uma nova regra que em nada colabora com essa expectativa, mas, antes, elastece ainda mais esse mal, que amplia o prazo de parcelamento.

Sob a justificativa de que isso facilita o pagamento de empréstimo, o Ministério da Previdência Social anunciou o aumento do prazo dos consignados de 84 meses para 96 meses, como se isso fosse trazer, de fato, algum benefício para o já sofrido aposentado ou beneficiário de prestação continuada.

Há tempos vem sendo denunciado, pelos que prezam pela informação de utilidade pública, o crime de se realizarem empréstimos bancários fraudulentos (seja diretamente pelo banco ou por intermédio de terceiros), que põem o já tão vulnerável consumidor em difícil situação, a ponto de aviltar a sua condição financeira.

Incontáveis são os casos que, diariamente, batem às portas do Judiciário, em que se questiona a "mirabolante" efetivação de descontos nos proventos de aposentadorias e de pensões, já tão sofrivelmente conquistadas, após longos e duros anos de trabalho.

Com o advento dos chamados "contratos virtuais", o sem número de casos ultrapassou os limites do imaginável, pois os bancos tentam se valer da vulnerabilidade das vítimas para lhes empurrar contratos por eles feitos (direta ou indiretamente), sem que a pactuação tenha sido celebrada com todos os requisitos legais de que se deve revestir.

Depois de criados e passarem a gerar seus anuláveis efeitos, esses contratos começarão a trazer terríveis pesadelos para aqueles que "sofrerão no bolso" com os descontos, que costumam levar muito tempo para serem freados ou, mais tarde, definitivamente cancelados.

Embora tais contratos possam ser anulados de forma administrativa, na própria instituição financeira que nele figura como credora, os casos, quase inteiramente, acabam sendo levados ao Poder Judiciário, que, salvo diminutas exceções, como órgão jurisdicional, nunca pode ser excluído de apreciação dessas questões.

Somente nos casos em que o consumidor lesado optar pela solução extrajudicial do conflito, a exemplo do juízo arbitral, é que não mais poderá rediscutir o mérito da solução, tendo em vista que a própria lei assim reconhece como válida e eficaz a sentença proferida pelo árbitro.

Afora esse meio de solução, um dos caminhos ainda pouco percorridos por quem é vítima dos golpes de empréstimos é a reclamação a ser formulada junto ao Banco Central, que, enquanto autarquia federal, tem como atribuição a supervisão das atividades bancárias e das instituições financeiras.

Não solucionado o problema por aquele meio extrajudicial ou esse canal de reclamação (mas sem necessidade de se esgotar a tentativa de solução administrativa, advirta-se), o consumidor lesado pode ingressar com uma ação judicial requerendo o cancelamento do contrato, sem prejuízo do ressarcimento do que já foi descontado.

Comumente, inclui-se entre esses pleitos a serem formulados judicialmente um pedido de reparação por danos morais. Contudo, o deferimento dessa pretensão dependerá de algumas nuanças, atinentes à própria forma como se promoveram os descontos, se revestidos ou não de má-fé, por exemplo.

De toda forma, essa "agonia" de que muitos são vítimas bem que deveria ter ocupado espaço nas discussões sobre empréstimos, principalmente envolvendo os aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS em geral, até porque já houve casos de participação de funcionários da autarquia na prática de fraudes, como publicamente se sabe.

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