O ano de 2025 trouxe com ele a geração beta, denominação dada às pessoas que nascerem até o ano de 2039, os filhos dos millennials e dos mais velhos, da geração Z. Segundo Mark McCrindle, futurista especializado em tendências geracionais, a previsão é de que, em 2035, esse grupo, que será moldado pela cultura digital e pelo impacto do uso da tecnologia no dia a dia, represente até 16% da população mundial.
Assim como aconteceu com a Z e alfa, essa nova geração deve impactar profundamente o modelo de aprendizagem tradicional, exigindo abordagens mais flexíveis, digitais e centradas nos estudantes. Nesse contexto, as escolas precisam estar preparadas para transformar a maneira de ensinar, equilibrando o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.
Os desafios que estão por vir: toda mudança geracional traz desafios para as escolas e os educadores. Porém, com a chegada da geração beta, isso tende a ser ainda mais complexo. As instituições terão de adaptar rapidamente o modelo de aprendizagem, a forma de avaliar e de preparar os estudantes para um futuro imprevisível e altamente tecnológico.
Para driblar essas dificuldades, os professores e coordenadores deverão desenvolver continuamente novas competências pedagógicas, com abordagens inovadoras que promovam a saúde emocional dos estudantes e os adaptem para o mundo. Por essa razão, a educação tradicional e a digital precisarão andar juntas.
As mudanças necessárias: a geração beta será a primeira a crescer totalmente imersa na era da inteligência artificial (IA) e de outras inovações tecnológicas, como a realidade aumentada e virtual. Por isso, a implementação dessas ferramentas no modelo de aprendizagem é imprescindível.
Além de uma experiência imersiva, o uso eficaz dessas tecnologias tem o enorme potencial de se adaptar às necessidades, ritmos e interesses individuais, o que torna o processo mais relevante, envolvente e assertivo, e prepara os estudantes para um futuro dinâmico.
Com isso em mente, a integração de habilidades socioemocionais no currículo também deverá ser uma prioridade nas instituições de ensino no Brasil e no mundo. Isso porque, por mais tecnologicamente avançado que esse grupo será, as competências emocionais e sociais continuarão sendo um desafio.
Portanto, promover programas com o objetivo de desenvolver esse aspecto serão fundamentais para garantir que os estudantes se tornem cidadãos preparados para lidar com a complexidade da vida adulta, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
Relação escola e família: as famílias, por sua vez, têm um papel ativo e essencial no desenvolvimento educacional da geração beta. Ao criar um ambiente de apoio emocional, incentivar a aprendizagem contínua e promover o uso responsável da tecnologia, elas podem contribuir significativamente para o sucesso acadêmico e pessoal dessas crianças. É essa parceria sólida com as escolas que vai garantir que esse novo grupo esteja adequadamente preparado para enfrentar os desafios de um ambiente em constante desenvolvimento.
De modo geral, a geração beta vai trazer grandes transformações para o modelo de aprendizagem, que não deve se limitar apenas aos conteúdos acadêmicos. As escolas terão de utilizar criatividade e empatia e explorar suas capacidades de adaptação para garantir a melhor e mais eficaz experiência de aprendizagem aos estudantes do futuro.