Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Impunidade para colarinho branco e corruptos poderosos

Impunidade para colarinho branco e corruptos poderosos

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“Impunidade para colarinho branco e corruptos poderosos”
Procurador Deltan Dallagnol sobre o significado do fim da prisão após 2ª instância

Reforma só deve ser promulgada em dezembro
A reforma da Previdência, que o Congresso Nacional levou quase nove meses para aprovar, apesar de sua importância central na retomada do crescimento do Brasil, somente será promulgada em dezembro, se depender da vontade do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), que aliás nunca demonstrou ter pressa nesse assunto. A data ainda será definida com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

Dê lá, toma cá
A demora na emenda da Previdência tem a ver com um antigo cacoete de dificultar projetos caros aos governantes para vender facilidades.

Quando eles querem...
Para “mandar recado” ao Planalto, Rodrigo Maia fez aprovar em duas horas uma emenda prejudicial ao governo. Já a Previdência...

Donos do papel
Para entrar em vigência, a reforma não precisa da sanção presidencial. A promulgação da emenda é prerrogativa do Congresso.

Já confirmaram
A promulgação marcada para dezembro foi confirmada a assessores do presidente Jair Bolsonaro pela secretaria-geral da Mesa do Senado.

Armas não-letais, spray e taser continuam proibidos
Parece contrassenso, mas apesar de o governo federal ter flexibilizado a posse e o porte de armas de fogo, a aquisição de armas não-letais como tasers e até spray de pimenta, continua ilegal. O uso é restrito a forças de segurança e Detrans. O ponto ficou esquecido no Planalto, que explicou que as tratativas, quando houver, serão concentradas no Ministério da Justiça e Segurança Pública, do ministro Sérgio Moro.

Oportunismo de plantão
O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) fez projeto para liberar compra de armas não letais a maiores de 18 anos, desde que sejam mulheres.

Piada pronta
Em 2011, durante o governo Agnelo (PT), o Detran-DF comprou 260 tasers por R$ 500 mil, mas as armas só foram usadas em 2016.

A quem interessa
Proibir armas não-letais e liberar as armas de fogo fez a alegria dos fabricantes. Afinal, quanto menor a concorrência, melhor.

Boquinha provisória
Petista quando se aboleta em cargo provisório não quer mais largar o osso. Ocupante de um cargo DAS-4, o diplomata Audo Faleiro foi substituído por um colega de confiança do governo e logo surgiram críticas, chamando de “técnico” um cargo em comissão.

Suor do trabalho
Além de confirmar quedas seguidas no desemprego desde o primeiro trimestre do ano, o IBGE confirmou haver 93,6 milhões de pessoas que estão ocupadas e não procuram emprego, o maior número desde 2012.

Show só melhora
O deputado Bibo Nunes (RS), da tropa de choque de Eduardo Bolsonaro, muito agressivo contra a direção do partido, será o coordenador de plenário da bancada do PSL. Promete emoções fortes.

O piloto sumiu
O Nordeste encontra-se em um “estado de emergência” não declarado, com o petróleo venezuelano emporcalhando nossas praias, mas o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), preferiu dar no pé para bem longe: está na Alemanha. E sua agenda sumiu do portal da prefeitura.

Economia
Itaipu Binacional anunciou, sob gestão do general Silva e Luna, economia de R$ 600 milhões com corte de gastos não essenciais, como compra de passagens aéreas e deslocamento de empregados.

Apoio à reforma
A margem de apoio do governo Bolsonaro no Senado no 2º turno da reforma da Previdência foi de 76%; 60 de 79 votos. Na Câmara, a proposta teve 370 votos contra 131. São as maiores margens de apoio a uma reforma da Previdência desde a minirreforma de 2005 de Lula.

Casa de Mãe Joana
Se o Greenpeace emporcalhasse a frente da Casa Branca, como no Planalto, seriam levados pela orelha para a cadeia. E teriam de pagar, além de fiança, os custos de limpeza e multa por crime ambiental.

Faltou dividir
A Petrobras anunciou R$ 9 bilhões de lucro líquido no terceiro trimestre do ano, melhor resultado em mais de cinco anos. Desde janeiro já são R$32 bilhões, mas o povo, acionista majoritário, não vê a cor da grana.

Pensando bem...
...o STF suspendeu o julgamento, mas manteve acesas as esperanças dos corruptos encarcerados na Lava Jato.

PODER SEM PUDOR

Que bela derrota!
O governador de São Paulo, Lucas Nogueira Garcez, impôs em 1953 a candidatura de Francisco Cardoso (PSP) à prefeitura paulistana. Adhemar de Barros não gostou, mas, bom cabrito, não reclamou. Candidato a presidente, ele era vaiado sem piedade, sempre que aparecia nos comícios de Cardoso. Jânio Quadros ganharia para prefeito, o que não seria lamentado pelos adhemaristas. Erlindo Salzano, fiel seguidor de Adhemar, desabafou: “Foi a mais bela derrota entre todas as vitórias que tivemos.”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

www.diariodopoder.com.br

EDITORIAL

Ceva: a isca que atrai a tragédia

Soa como oportunismo legislativo uma reação emocional a um fato grave, sem o necessário distanciamento para análise eficaz da política pública a ser implementada

28/04/2025 07h15

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A prática da ceva de animais silvestres é proibida no Brasil – e, naturalmente, em Mato Grosso do Sul. Ainda assim, ela persiste de forma clandestina, alimentada por um misto de ignorância, descaso e conveniência. Recentemente, essa prática voltou aos holofotes após a morte trágica de um caseiro atacado por uma onça-pintada no Pantanal, a poucos metros de um pesqueiro onde, segundo autoridades, havia indícios recorrentes de ceva.

É impossível ignorar a conexão direta entre o comportamento da fauna e as ações humanas. Oferecer alimento a animais selvagens rompe o delicado equilíbrio do ecossistema e os condicionam a buscar comida fácil, mesmo em áreas habitadas, o que aumenta exponencialmente o risco de ataques. No caso do Pantanal, trata-se do maior predador das Américas: a onça-pintada, um ícone da biodiversidade brasileira que, quando provocada ou atraída, age por instinto.

O ataque que chocou o mundo todo precisa ser compreendido como consequência, e não como exceção. A proposta de endurecer as penas para quem praticar a ceva surge em resposta direta a esse episódio. Em parte, cumpre um papel educativo importante e pode, sim, contribuir para prevenir novas tragédias. Por outro lado, soa como oportunismo legislativo – uma reação emocional a um fato grave, sem o necessário distanciamento para análise eficaz da política pública a ser implementada.

Pergunta-se: esse é o melhor momento para propor uma lei punitiva? Talvez não. O calor do momento pode comprometer o debate racional. O ideal seria que a comoção não ditasse os rumos da legislação, e sim um plano sério e permanente de fiscalização ambiental. Afinal, não é de hoje que a ceva ocorre em áreas pantaneiras. Há cinco anos, denúncias foram feitas exatamente na região do ataque recente. Houve alguma punição? Alguma ação concreta?

Enquanto os holofotes da imprensa iluminam o caso, muito se fala em soluções. Mas é justamente quando os holofotes se apagam que a fiscalização costuma falhar. E é aí que mora o perigo. A proteção da vida humana e da fauna não pode ser casuística. Precisa ser sustentada por políticas contínuas, investimentos em fiscalização e campanhas de conscientização que cheguem até quem vive e trabalha nas áreas de risco.

Oferecer comida a animais selvagens é um ato de irresponsabilidade grave. Eles deixam de caçar, perdem o medo do ser humano e passam a encará-lo como fonte de alimento. Isso não só põe em risco quem vive no entorno como também compromete a integridade do animal. Ao torná-lo dependente da ação humana, corremos o risco de nos tornarmos uma presa.

O episódio no Pantanal é um alerta. Não é hora de legislar com pressa, mas de agir com firmeza. O que se espera do poder público é menos reatividade e mais permanência: na fiscalização, na educação ambiental e na proteção de quem vive junto à natureza. Afinal, tragédias assim não devem ser repetidas – nem esquecidas.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Desde quando a Justiça pode ser usada para mandar recados?"

Deputado Carlos Jordy (PL-RJ) sobre prisão de Fernando Collor ser 'recado à Bolsonaro'

28/04/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Tensão Moraes-Espanha pode afetar caso Ábalos

A tensão entre Alexandre de Moraes e o governo da Espanha, cuja embaixadora no Brasil o ministro do STF convocou a se explicar, virou motivo de apreensão para investigadores espanhóis e brasileiros que apuram o caso do ex-ministro de Transportes do governo socialista espanhol José Luis Abalos. Ex-nº 2 do Psoe, o Partido Socialista Operário Espanhol, Ábalos é suspeito em esquema de fraude na compra de máscaras na pandemia que envolve lavagem de dinheiro no Brasil.

Reação

Após ser negada a extradição de Oswaldo Eustáquio, jornalista exilado, Moraes mandou à prisão domiciliar um traficante foragido da Espanha.

Atraso é derrota

Após ser informado que o traficante não tinha domicílio, Moraes revogou a própria decisão, mas o receio é que o caso contamine a cooperação.

‘Covidão’

Para piorar, o ministro do Interior do atual governo socialista, Fernando Grande-Marlaska, é acusado por Ábalos no mesmo esquema.

Esquema resumido

Segundo as investigações, empresas de fachada teriam sido usadas para ganhar contratos no governo espanhol e desviar o dinheiro.

Correios voltam a atrasar o repasse do FGTS

Com grana de sobra para bancar a cota master de patrocínio da turnê do cantor Gilberto Gil, em R$4 milhões, os Correios, em vias de insolvência, como admitido pelo presidente Fabiano Silva dos Santos, atrasaram o depósito de abril do FGTS dos servidores. Extratos obtidos pela coluna mostram que repasses que deveriam ser realizados até o dia 20, foram descontados dos servidores, mas sem repasse ao fundo de garantia.

Constituição ignorada

O calote dos Correios mostra desrespeito à legislação (lei 14.438/2022), que estabelece o dia 20 de cada mês como dia do recolhimento do FGTS

Sem desculpas

A legislação prevê inclusive casos como o deste mês, quando o limite do repasse não cai em dia útil. Aí o depósito precisa ser antecipado.

Deus lhe pague

Os atrasos são de tal gravidade que há depósitos de fevereiro sendo realizados apenas em abril. Os de março nem aparecem no horizonte.

Que Constituição?

O STF deu sobrevida à discussão do marco temporal, já sacramentado na Constituição pelo Congresso, mas o STF não está nem aí para o Legislativo e quer impor “solução negociada”. Já foram 19 audiências.

Holofote garantido

A Comissão de Segurança do Senado discute nesta terça (29) a alegada ameaça de morte a Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, do próprio ministro, como noticiou a Folha. Ele é convidado.

Sem redes

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, Carmen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin não têm contas oficiais nas redes sociais. Há apenas “contas-paródia”, que fazem sucesso na internet.

Só vendo

Deputados garantem que a semana, mesmo com feriado na quinta (1), terá expediente na Câmara, inclusive presencial. O PT trabalha até com instalação da comissão que vai analisar a reforma do imposto de renda.

Não é mais ‘abuso’?

Orlando Silva (PCdoB-SP), ex-ministro de Lula que pagava até tapioca com cartão corporativo, em 2016 chamou de “abuso” a Polícia Federal prender o ex-ministro Guido Mantega no estacionamento do hospital onde se encontrava acompanhando a mulher em um procedimento. 

Ausência quase garantida

No centro do furacão das denúncias de roubalheira bilionária no INSS, o ministro Carlos Lupi (Previdência) tem agenda marcada na Câmara para explicar “planos e estratégias” do ministério. Mas é convite, pode faltar.

Senhor da guerra

O ucraniano Volodymyr Zelensky chegou a Roma para o funeral do Papa Francisco e tentou articular coletiva de imprensa das nações aliadas, incluindo EUA, para pedir apoio (com armas e dinheiro) à Ucrânia.

Nem na esquerda

Presidente do partido PCO, de extrema-esquerda, Rui Costa Pimenta condenou a intimação de Bolsonaro na UTI: “Você esperaria isso de uma ditadura ferrenha, não de um Judiciário num país que seria democrático”.

Pensando bem...

...trem da alegria até em funeral.

PODER SEM PUDOR

Homem do diálogo

Ao conversar com amigos, certa vez, o governador paranaense Roberto Requião rejeitava a crítica de que não vinha conversando muito com os próprios secretários. Ele fez sua melhor expressão de seriedade e explicou: “Antes de tomar qualquer decisão, por exemplo, eu converso com o meu secretário de Segurança Pública...” O governador Requião também era secretário de Segurança. Acabou aposentado pelo povo paranaense.

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