Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Não atende ao país e não tem votos suficientes para ser aprovada"

Deputado Evair Mello (PP-ES) sobre a PEC que fura-teto e explode os gastos públicos

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“Não atende ao país e não tem votos suficientes para ser aprovada”

Deputado Evair Mello (PP-ES) sobre a PEC que fura-teto e explode os gastos públicos

J&F contrata advogado de Lula contra Joesley

Após delatarem meio mundo na Lava Jato, os irmãos Joesley e Wesley Batista recrutam advogados de políticos poderosos. Eles se aproximaram de Frederick Wassef, da confiança da família Bolsonaro, e a investida mais recente é Cristiano Zanin, defensor de Lula na Lava Jato, inclusive das acusações do próprio Joesley.

Agora, a tarefa de Zanin é abater a multa de R$10 bilhões da leniência da J&F no Ministério Público Federal, aliás, usada para reduzir a multa na negociação com a justiça americana.

Recuo esperto

Foi só sair o acordo nos EUA, para que a dupla voltasse atrás no acordo com o MPF, que já se manifestou contra a redução da multa bilionária.

Incômodo

Na delação, o advogado de Lula alegou que Joesley mentiu ao citar uma conta de US$150 milhões no exterior para pagar propinas a Lula e Dilma.

Denúncia fake

O site pessoal de Lula, que hoje quer distância dos Batista, publicou texto recentemente alegando que a acusação não passa de “fake news”.

‘Incomprovável’

Joesley nada provou: o procurador Ivan Cláudio Marx chamou a versão de Joesley de “incomprovável”, sem apresentação de documentos.

Invasor de mercado é político profissional no CE

Cabeça do movimento baderneiro que invadiu um supermercado em Fortaleza, exigindo cestas básicas sob ameaça de depredação, disputou o Governo do Ceará nas últimas eleições.

Serley Leal é filiado ao Unidade Popular, sigla de extrema esquerda com ideias radicais contra o sistema financeiro, e já disputou três eleições. Perdeu todas.

Serley Leal e sua companheira, também adepta de invasões ilegais, adoram destinos internacionais. Exibem no Instagram click romântico em Buenos Aires.

Aspirações

O “militante” tentou ser vereador pelo PT em 2012, vice-prefeito (2020) e governador (2022), ambos pelo UP. O eleitor o reprovou todas as vezes.

Pobre de fachada

Serley é proprietário de confortável apartamento de 116m² no bairro de Fátima, um dos mais tradicionais da capital cearense.

Socialista de iphone

Apesar de o partido ser contra o capitalismo, Serley acumula ações no “repulsivo” mercado de ações. Tem ainda uma previdência privada.

País capturado

O Brasil não “está quebrado”, como alega o PT, mas com certeza foi capturado pelo setor público, como tem dito o ex-ministro Delfim Netto: aumentaram ontem em 19,25% os salários de valores já siderais do Senado, onde há parlamentares ganhando menos que seus assessores.

Censura paga

Novo “Arquivos do Twitter”, série de denúncias que revelam a relação promíscua entre essa rede social, a imprensa e a esquerda nos EUA, mostra que o governo de lá pagou US$3,4 milhões por censura.

Todos na roda

Segundo o dono do Twitter, Elon Musk, outras redes também receberam dinheiro do governo dos EUA para promover a censura de políticos, celebridades etc., especialmente aquelas alinhadas à direita no país.

Impunidade

Como de hábito, a greve-chantagem anual ignora a determinação da Justiça do Trabalho de garantia de funcionamento de 90% dos voos. Ignora porque nada acontece.

A multa fixada, desta vez de R$200 mil ao dia, é sempre perdoada. Ou nunca é paga. E tudo fica por isso mesmo.

Dívida resgatada

O governo do Distrito Federal iniciou nesta terça-feira (20) as obras da reforma do Teatro Nacional, em Brasília, uma das promessas de campanha do governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB).

Vaidade e ousadia

Segundo o senador Carlos Viana (PL-MG), após a “decisão vaidosa” do ministro Luís Roberto Barroso (STF) de mandar o Senado instalar a CPI da Covid, as decisões do Supremo estão “cada vez mais ousadas”.

Na gaveta

De saída da Câmara, Paulo Eduardo Martins (PL-PR) apresentou há meses uma PEC para “limitar poderes do STF”, com o fim de decisões monocráticas e número mínimo de votos para partido acionar a Corte.

Crise no horizonte

Um dos maiores bancos de financiamento imobiliário do mundo, o Nationwide anunciou uma previsão de queda de 5% no valor dos imóveis no Reino Unido, para 2023. É a crise, mas já está precificada.

Pensando bem...

...o STF acabou o “orçamento secreto”, mas não o gasto dos R$19,4 bilhões, que agora serão rateados entre os salivantes parlamentares.

PODER SEM PUDOR

Conversa indesejável

Governador da Paraíba nos anos 1970 e aliado do regime militar, Ernane Satyro não era dado a amabilidades. Certa vez, num voo para Brasília, instalou-se na primeira fila e enterrou o rosto num livro aberto, para evitar conversas indesejáveis.

Um passageiro sentou-se ao lado. “Eis uma ótima chance para conversar com o senhor, governador!” Satyro fechou o livro, levantou-se, olhou o homem e despachou: “Boa oportunidade para o senhor, não para mim.” E foi procurar outro lugar.

ARTIGOS

Lutem por nós!

14/02/2025 10h45

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento Foto: Divulgação

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A Vanessa Ricarte, minha conterrânea de Três Lagoas, era jornalista, tinha 42 anos. Agora, todos os verbos sobre a sua vida, aqueles que ela e nós conjugávamos no presente, serão passado, porque ela foi morta por alguém que se julgava dono da sua existência. Ela fugiu do cárcere privado, pediu medida protetiva e, mesmo conseguindo, foi assassinada pelo noivo que não aceitava o rompimento. Que julgava ser o seu dono. E que achava ter o direito de matá-la.

Nos meus tempos de vice-governadora e senadora, construímos com o governo federal  a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande e muitas no Brasil, que hoje acolhem, orientam e garantem acolhimento humanizado às vítimas de violência; votamos a criação do crime de feminicídio, aumento de pena para estupro e tantas outras leis relacionadas à violência contra a mulher. Mesmo assim, continua o martírio de tantas mortes, tantos estupros, tanta violência, tanta covardia.

Lembrei-me de uma crônica; “A gente se acostuma a abrir o jornal e ler sobre a guerra. Aceita mortos, e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler, todo dia, da guerra, dos números, da longa duração.”

Não! Nunca aceitamos! Jamais aceitaremos! Continuamos e continuaremos a nos indignar e a lutar contra esta barbárie da violência contra as mulheres. Mas esta luta poderá ser inglória, se lutarmos sozinhas. Precisamos de um movimento também liderado pelos homens. São milhões de homens, de  brasileiros,  que não aceitam e se indignam. 

Falta gritar! Falta lutar por nós! Gritem e lutem conosco, por nossas vidas, pelo nosso direito de continuarmos a viver. Viver sem violência. Viver com dignidade.

ARTIGOS

Alterações da ANS para proteger beneficiário geram dúvidas

14/02/2025 07h30

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Tendo em vista as frequentes alterações nos serviços de saúde pelas operadoras de forma repentina, pegando os beneficiários desprevenidos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, no fim de dezembro de 2024, a Resolução Normativa (RN) nº 585. Trata-se de uma resolução para regular o assunto de forma sistemática, visando evitar maiores prejuízos aos beneficiários. Embora as operadoras de planos de saúde possam alterar a rede de hospitais e serviços de saúde que oferecem, infelizmente, elas têm feito isso de forma desmedida, desobedecendo ao comando do art. 17 da Lei de Planos de Saúde e desrespeitando seus clientes.

Como forma de regulamentar o artigo 17 da Lei de Planos de Saúde, a RN nº 585 estabelece os critérios para substituição dos serviços de saúde em relação a hospitais, trata da redução da rede hospitalar do plano, da suspensão temporária do atendimento de hospital conveniado, do direito à portabilidade e das formas como essas situações devem ser comunicadas ao usuário dos serviços.

Para quem está de fora e aplica olhar superficial, pode-se imaginar que a iniciativa por parte da ANS demonstra uma sensibilização com o beneficiário de plano de saúde. Isso é possível, diante das notícias de descredenciamentos de redes de hospitais pegando o consumidor desprevenido, como foi o caso recente em São Paulo, quando grande operadora descredenciou vários serviços de saúde na região da zona norte, e outro no Rio de Janeiro, em agosto de 2024.

Entretanto, quando se analisa o conteúdo, fica claro que a norma é contraditória quando exige do hospital substituído certificado de qualidade de saúde de mesmo nível do substituto, mas permite à operadora contratar hospital substituto com certificado de acreditação de nível inferior ao do substituído.

E pior: caso não seja possível à operadora contratar hospital substituto com atributo de qualificação inferior, poderá substituir por outro sem certificado de qualificação.

Para quem não é leigo, fica cristalino o quanto isso é prejudicial para o beneficiário de plano de saúde. Od termos redigidos contrariam o princípio da norma, principalmente quando ele paga mais caro para contar com hospital já amplamente reconhecido pelo nível de qualidade dos atendimentos que presta e que lhe transmite mais segurança. Certamente, a operadora não reduzirá os preços das mensalidades por isso.

Para contornar essa situação que não deveria existir, o beneficiário que se sentir prejudicado com a alteração na rede de hospitais pela operadora poderá fazer uso da chamada portabilidade de carências, sem ter que atender ao tempo de permanência no plano de saúde atual ou faixa de preço semelhante.

Outra questão importante que a regra deixou de esclarecer é a que a operadora deve bancar as despesas de transporte com o tratamento do beneficiário, caso ela indique atendimento em hospital situado em município longe daquele que o beneficiário tinha antes.

O que a sociedade – aqui entendida como o conjunto de 55 milhões de cidadãos que aderiram à saúde suplementar – espera é que a ANS cumpra o seu papel de fiscalizar tais situações, fazendo valer a presente norma para tornar a relação entre o beneficiário e a operadora mais transparente e equilibrada. Nesse sentido, pode o consumidor de planos de saúde ainda reclamar na ANS sobre o descumprimento destas regras. Caso não se resolva, a saída mesmo será por meio do Judiciário.

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