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"O Brasil é brega, do começo ao fim. Sertanejo, pagode, forró e funk. Tudo é brega"

de SIDNEY MAGAL // 72 anos, ídolo brega agora descoberto pelos mais jovens, que vai ganhar uma cinebiografia

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Mais dados divulgados sobre os gastos com o cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro em seus quatro anos de governo: o Capitão desembolsou R$ 111 no período, com livros e jornais.

Mais: Foram R$ 94 pagos numa banca em São Paulo e R$ 17 na livraria do aeroporto de Salvador. Ele também nunca entrou na biblioteca do Alvorada, que havia sido reformada no governo de Lula – que também nunca foi lá ver.

In – Sorvete de morango flocado

Out – Sorvete de abacate

Caindo fora

Depois da vitória de Lula no primeiro turno, o general da reserva Augusto Heleno propôs ao derrotado: “Vamos para o pau”. Ele não chegou a detalhar sua intenção. Alguns parlamentares, na mesma ocasião, queriam que Jair Bolsonaro adotasse alguma medida contra o TSE.

Um deles foi o senador Magno Malta (PL-ES), que queria uma atitude enérgica do então presidente. O ex-ministro Gilson Machado (Turismo), sanfoneiro que embalava as lives de Bolsonaro, achava que alguma coisa deveria ser feita”. O Capitão tirou o corpo fora: alegou que ele acabaria sofrendo as consequências sozinho.

Volta

No final do mês ou antes disso, a volta de Jair Bolsonaro ao país promete ser complicada. Ele acha que poderá ser “carregado nos braços do povo”, lembrando Getúlio Vargas, se houver uma multidão à sua espera. Estimando que, realmente poderá haver muita gente (seus filhos se encarregarão de avisar seguidores), o Galeão já pensa num esquema de segurança. Valdemar Costa Neto, dono do PL, já pensou em alugar um jatinho, mas os recursos do partido foram bloqueados.

Nada de novo

Analistas estão considerando que a estratégia do ministro Fernando Haddad de iniciar o equilíbrio das contas públicas evitando o tradicional corte de gastos não chega a ser novidade.

Foi renegociando o indicador que corrigiu a dívida do município de São Paulo, quando era prefeito da cidade, que levou a capital paulista de uma situação delicada à conquista de grau de investimentos. Os mais realistas acham que depois de supostos cortes, vira um “pacotão” de aumentos.

Mais provas

Procuradores federais com trânsito com o PGR Augusto Aras acham que a minuta de Estado de Defesa encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pode incriminar Jair Bolsonaro, mas o documento não seria considerado uma “bala de prata”.

Esse documento pode ser incluído em amplo contexto acusatório contra Bolsonaro por tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, mas para incriminar o ex-presidente seriam necessárias outras provas e mais documentos.

Anti-vacina

O Ministério da Saúde prepara uma campanha de vacinação em massa contra a covid-19. Merecerão atenção especial o período e número de doses enviadas para cada região, o que já começa a ser discutido com as Secretarias Estaduais. Antes, a Pasta lançará uma intensa divulgação publicitárias para conscientizar a população sobre a necessidade das doses de reforço.

O alvo é o contingente de brasileiros que se recusam a cumprir todo o esquema vacina contra a doença. Há mais de 60 milhões de pessoas em atraso com a primeira dose de reforço e outros 30 milhões em atraso com a segunda dose.

A todo vapor

Na semana passada foi dada a largada do tapete vermelho neste ano com a 80ª edição do Golden Globe Awards. Nesta semana foi a vez do tapete ser estendido no Fairmont Century Plaza Hotel para 28ª edição do Critics’ Choice Awards.

O campeão da noite foi o filme Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, que levou 5 prêmios, entre eles, o de melhor filme e melhor direção para longas de cinema, das 14 indicações que teve.

Entre ganhadores, apresentadores, concorrentes e convidados passaram por lá, da esquerda para direita, Cate Blanchet, que levou o prêmio de melhor atriz, pelo filme Tár; Viola Davis, que também concorria na mesma categoria; Angela Basset, que levou a estatueta de melhor atriz coadjuvante de filme de cinema por Pantera Negra: Wakanda Para Sempre; Amanda Seyfried, vencedora de Melhor Atriz em Série Limitada ou Filme Feito para Televisão; Julia Roberts que também concorria na mesma categoria e foi considerada a mais elegante da noite; e Elle Fanning que desfilou sua juventude num vestido esvoaçante.

Sapiossexual é a nova onda

Bella Gil, agora separada, avisou que agora é “sapiossexual”. Algumas amigas não entenderam, outras mais ou menos. O Google esclarece que sapiossexualidade é um termo de espectro assexual que caracteriza pela atração sexual ou romântica às pessoas, baseando-se em sua inteligência ou mesmo em sua educação.

A definição geralmente limita a atração, seja ela física ou emocional, puramente ao intelecto das pessoas. Ou seja: sapiossexual é quem sente atração sexual ou interesse amoroso com base na inteligência da outra pessoa que – detalhe – pode até ser feia. A BBB Key Alves também se definiu como sapiossexual.

“Se o cara é muito inteligente, estilo nerd mesmo, meu olhinho fica brilhando, apaixonado. E tem de ser mais velho, tipo 20 anos a mais que eu”.

Ficou no passado

Parece que o mal entendido entre a atriz Marina Ruy Barbosa e a cantora Anitta ficou no passado. As duas tinham rompido relações em 2019 após “supostamente” a cantora ter vazado um áudio num grupo de WhatsApp, que apontava que a atriz era o pivô da separação de José Loreto, seu par romântico na novela.

O Sétimo Guardião, e Deborah Nascimento. O encontro das duas aconteceu no domingo (18), durante o Ensaio da Anitta (preparação para o bloco da cantora para o Carnaval 2023), no Memorial da América Latina, na Barra Funda em São Paulo. As duas conversaram bastante com direito a alguns cochichos e até posaram para os fotógrafos.

Maior controle

A invasão de golpistas no domingo (8) inspiraram Lula a fazer uma reforma radical nas Forças Armadas. Parlamentares com acesso ao núcleo do poder trabalham com a informação de que a intenção é o maior controle dos meios militares, livrando-os da influência de Bolsonaro e realmente colocando os quartéis a serviço do novo governo. Para tanto, Lula conta com a posição de comandante-em-chefe das Forças Armadas que lhe dá a Presidência.

A volta do AI-5

Muitos bolsonaristas que quebraram (e roubaram) prédio públicos, sonham com a volta do AI-5 (incluindo Bolsonaro, pelo que se deduz).

O Ato Institucional nº 5 foi o mais duro golpe da ditadura militar contra direitos fundamentais no Brasil. Marcou o início dos anos de chumbo e serviu como pilar da legislação autoritária do regime militar. De cara, dissolveu o Congresso e deu ao presidente da República poder de intervenção nos governos estaduais, além de cassação de direitos dos cidadãos.

Outro puxadinho

O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, trabalha para esticar a área de atuação da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) ao Pará, seu estado.

No governo Bolsonaro, o senador Davi Alcolumbre conseguiu estender a estatal até o Amapá, sua terra natal. O orçamento da Codevasf é um dos mais cobiçados para verbas parlamentares e outros penduricalhos do gênero.

Pelo WhatsApp

No domingo da quebradeira, o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) estava desesperado com a inércia da polícia (o governo do DF estava à deriva) e resolveu recorrer a Lula, que estava em Araraquara. Conversaram sobre as alternativas jurídicas possíveis e o presidente optou pela intervenção federal. Aí, surgiu um problema: “Flavio, com eu assino?”. O ministro orientou o chefe do Governo a imprimir o documento, autografá-lo à mão e enviar uma foto pelo celular. Hoje, o ministro lembra: “Fizemos uma intervenção pelo WhatsApp.

APOSTA ERRADA

Outro projeto de Paulo Guedes vai para a gaveta. O governo Lula decidiu suspender o processo de venda as loterias instantâneas da Caixa Econômica, a Lotex. A iniciativa foi um grande fracasso da gestão Guedes. Em 2020, o governo Bolsonaro chegou a leiloar a Lotex. Só que a italiana IGT (International Game Technology) e a norte-americana SGI (Scientific Games International), que formaram o consórcio vencedor devolveram a empresa à Caixa: falta de acordo para a distribuição das loterias.

MISTURA FINA

DEPOIS de Lula avaliar que houve ineficiência na proteção ao Palácio do Planalto no ataque bolsonarista, o governo decidiu mudar os planos e fazer uma grande renovação no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de onde saiu o discutido general Augusto Heleno. Dos 80 cargos de confiança do órgão de 1.100 servidores, apenas sete foram trocados na passagem do governo de Bolsonaro para Lula, o que aumentou a desconfiança do presidente. Na véspera da invasão à praça dos Três Poderes, o GSI dispensou o reforço da Guarda do Palácio.

DE um lado, o governador (suspenso por 90 dias) Ibaneis Rocha do DF tem dado um jeito de se encontrar, em sua casa, com alguns secretários: não quer perder o controle da situação. De outro a substituta Celina Leão, que está gostando da nova atividade, já começou a trabalhar para continuar na cadeira até 2026. Organizou novo grupo de comunicação para tentar se manter na mídia a favor – e surpresa – está fazendo sinais para o presidente Lula.

CAMILO Santana (Educação) está invadindo a jurisdição do ministro Fernando Haddad (Fazenda). O ex-governador batalha pela nomeação da economista cearense Silvana Parente, funcionária de carreira do Banco do Nordeste para a presidência da instituição. Depois da Caixa e do Banco do Brasil seria mais um banco federal comandado por uma mulher e de carreira. Lula gosta da ideia.

UM dos mais respeitados juristas do Brasil, Ives Gandra Filho disse que não acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro assinaria o documento que decretaria o estado de defesa em uma minuta que foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres (preso no sábado, 14).

PESSOAS mais próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão bem preocupados com a prisão do ex-ministro Anderson Torres. Tudo porque Torres já mandou recado de que está se sentindo abandonado. Há quem acredite que se não mudar, ele poderá partir para uma delação, antes mesmo de ser preso em definitivo.

O GOVERNO Lula, por conta do esforço de cortar gastos do ministro Fernando Haddad (Fazenda) vai segurar o reajuste adicional do salário-mínimo e manter o piso em R$ 1.302. O objetivo é evitar um custo extra de até R$ 7,7 bilhões, que precisaria ser acomodado mediante cortes em outras áreas. Durante a transição, auxiliares do petista, indicaram a possibilidade do mínimo ser reajustado de novo para R$ 1.320. havia verba de R$ 6,8 bilhões reservada para isso no Orçamento.

O VALOR da tabela da chamada “cota Big” de patrocínio do BBB23, depois da saída da Americanas, que deverá ser assumida pelo Mercado Livre (tem negociação e desconto), é de R$105,1 milhões. Garante visibilidade máxima no BBB, com exposição do nome na disputa das provas, festas e outras dinâmicas. A presença da marca patrocinadora também contempla o Multishow e as mídias digitais do programa.

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CLÁUDIO HUMBERTO

"À turminha dos 'direitos humanos': não encham o meu saco!"

Governador Cláudio Castro (PL-RJ) sobre operação policial após ataque a delegacia

18/02/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Condicionantes enfraquecem inquérito do ‘golpe’ 

O uso impressionante de expressões condicionantes ao longo das 884 páginas do relatório final do “inquérito do golpe”, da Polícia Federal, revela uma certa insegurança sobre a narrativa oficial. Palavras como “possível” e suas variantes são vistas 207 vezes no documento. Somente a expressão “possibilidade” pode ser lida 47 vezes. “Teria” ou “teriam”, usadas pelos que não têm certeza sobre a ocorrência de algum fato, aparecem 107 vezes. “Hipótese” ou “hipotética”, 25 significativas vezes.

Lembrando Porcina

A palavras “golpe” é a mais usada no inquérito que tenta incriminar Jair Bolsonaro. A referência àquilo que foi sem ter sido aparece 372 vezes. 

Parece, mas não é

Por 25 vezes a PF usou “suposta”, “suposto” ou “supostamente” no inquérito. “Que parece que” ou “ao que parece”, três vezes. 

Só do Judiciário

Curiosamente, a palavra “ditadura” foi citada apenas uma vez, e para se referir a “ditadura do Judiciário”.

Nomes ao vento

O sobrenome Bolsonaro acumula 535 registros. É mais do que “Lula”, 190 vezes, e “Alexandre de Moraes”, 189 repetições.

Governo já torrou R$27 milhões com viagens em 2025

As contas públicas estão no vermelho, mas o governo Lula (PT) não se acanha e já conseguiu torrar somente até 7 de fevereiro, portanto, nos primeiros 38 dias do ano, R$26,96 milhões com passagens aéreas e diárias pagas a suas excelências que tanto viajam, e alguns até turistam. Até a última atualização, pouco mais da metade das despesas foi destinada ao pagamento dessas diárias. O total de despesas com viagens inclui mais de R$3,8 milhões com viagens internacionais.

Na nossa conta

O governo do PT bateu recordes seguidos de gastos com viagens: R$2,3 bilhões em 2023 e R$2,2 bilhões em 2024, os maiores da História.

Ministro gastão

Em 2025, até agora, o campeão em gastos com viagens é o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Já torrou mais de R$33 mil.

Nas asas do erário

Deputado licenciado do PT-SP, Paulo Teixeira privilegia viagens às suas bases, claro. Em janeiro, chegou chegando em Piracicaba (SP).

Posição clara

Jair Bolsonaro desmentiu a teoria de que é contra o impeachment do presidente Lula (PT) como estratégia para “sangrar” o petista. “Se cometeu crime, tem que pagar agora”, disse o ex-presidente à CNN, e garante: “se pintar um clima, estamos na rua pró-impeachment”.

Antipropaganda

A Secom está em alerta com as agendas públicas de Lula esta semana. Com ressaca do devastador Datafolha, há expectativa de que o petista derrape em declarações incendiárias e gere nova crise.

Por nossa conta

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) cobra explicações de Marina Silva (Meio Ambiente) sobre o vai-e-vem de servidores do Ibama às custas do pagador de impostos. A coluna revelou domingo 10 mil viagens em 2024.

‘Institucional’

Lula irá nesta quarta (19) ao convescote com ministros do Supremo, reforçando um tipo de relação que não se vê mundo afora. A boca livre será oferecida pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.

Importunação de emas

É perto de zero a chance de dar alguma coisa, mas Kim Kataguiri (União-SP) acionou a PGR contra Lula após o petista dizer que come ovos de ema. O deputado vê “confissão de crime ambiental” de Lula.

Deixa que eu deixo

A Fazenda não acredita em votação do Orçamento até 22 de março, quando deveria divulgar o primeiro relatório de receitas e despesas. Se o Congresso não votar, o governo não precisa divulgar o documento.

Carnaval logo ali

Líderes partidários têm reunião nesta terça (18) com Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, para tratar do rateio das presidências das comissões permanentes da Casa, onde o ano ainda nem começou.

Os nossos, não

Donald Tusk, primeiro-ministro da Polônia, umas das nações que mais pediu interferência da Otan na Ucrânia, avisou que seu país não enviará tropas para a guerra. Apenas apoio “humanitário, logístico e militar”.

Pensando bem…

…pesquisa ruim vira prenúncio ou anúncio.

PODER SEM PUDOR

Seguro contra maus espíritos

Quando era diretor do Banco da Amazônia, o engenheiro Orion Klautau precisava tomar uma decisão importante, quando se lembrou de que sua secretária era médium. Mesmo sendo católico fervoroso, pediu ajuda à assessora para “incorporar” o espírito do presidente John Kennedy, de quem é admirador. Mas suplicou: “Fique aqui por perto, porque pode baixar o Barata...” Referia-se a Magalhães Barata, ex-governador do Pará.

ARTIGOS

A crise da propriedade intelectual: o direito autoral e a IA no Brasil

17/02/2025 07h45

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Há 26 anos, em 19 de fevereiro de 1998, era promulgada a Lei nº 9.610, a Lei de Direitos Autorais (LDA), marco regulatório que até hoje orienta a proteção de obras intelectuais no Brasil. Chegando a outro aniversário da legislação brasileira, é inevitável refletir sobre como a inteligência artificial (IA), enquanto tecnologia disruptiva, tensiona os princípios básicos da legislação autoral: autoria, originalidade, materialidade, suporte da obra, entre outros. A propriedade intelectual clássica e tradicional está em crise?

A LDA, elaborada em um contexto pré-digital, não previa a complexidade trazida pelas tecnologias emergentes. Apenas os autores, como escritores, pintores, músicos, etc., eram considerados criadores de obras intelectuais, nos modelos da Convenção de Berna de 1886, primeiro instrumento internacional que aborda o assunto e ainda vigente.

Porém, o progresso tecnológico, especificamente o da IA, é capaz de gerar textos, imagens, músicas e até softwares de forma autônoma, colocando, assim, em xeque noções centrais da lei, como a figura do “autor humano”.

No Brasil, a legislação exige que a obra seja fruto de uma “criação do espírito”, atribuída a uma pessoa física. Mas quem é o autor quando um algoritmo produz uma música baseada em milhões de dados? A falta de clareza que gera insegurança jurídica para artistas, empresas e desenvolvedores é real. Embora exista um entendimento na doutrina nacional de que as obras criadas por IA não ganham proteção no âmbito da legislação vigente, esse cenário deve mudar com o posicionamento da tecnologia na vida cotidiana.

Outro ponto crítico é o uso de obras protegidas para treinar modelos de IA. Sistemas como os large language models (LLMs) consomem vastos volumes de dados, muitas vezes sem consentimento dos titulares de direitos. Embora a LDA permita o uso de obras para fins de estudo ou crítica (limitações e exceções), o treinamento de IA não se enquadra claramente nessas hipóteses. Empresas argumentam que se trata de “mineração de dados”, enquanto autores defendem que é violação de direitos morais e patrimoniais.

A falta de regulamentação específica deixa o Brasil em desvantagem frente a países que já discutem diretrizes para IA e direitos autorais. A União Europeia, por exemplo, incluiu no AI Act obrigações de transparência sobre conteúdos gerados por IA e o uso de dados protegidos. No Brasil, projetos como o PL n° 21/2020, que propõe a Lei Geral de IA, ainda não abordam profundamente a questão autoral, focando em ética e responsabilidade civil.

Iniciativas isoladas tentam preencher essa lacuna. O Projeto de Lei nº 2.338/2023, em tramitação no Congresso, propõe a criação de um marco legal para obras geradas por IA, sugerindo que sejam de domínio público ou atribuídas a quem operou o sistema. Entidades como o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) defendem a necessidade de remuneração justa aos autores cujas obras alimentam bancos de dados de IA.

O debate também envolve a economia criativa. De um lado, startups brasileiras de IA pressionam por flexibilidade para inovar, de outro, artistas temem desvalorização de seu trabalho. Em 2023, o caso de uma plataforma que usou livros de autores nacionais para treinar algoritmos sem autorização reacendeu a discussão sobre a necessidade de licenciamento e compensação.

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