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Giba Um

"O Brasil tem jeito, não vamos desistir do Brasil. Nossa história está começando agora"

de Gusttavo Lima, apontado por pesquisa como o nome mais competitivo para enfrentar Lula em 2026

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Áudios e fotos espalhados pela internet, incluindo YouTube, Facebook e Instagram, agora tem se empenhado em diversificar em atrações femininas bem sensuais, incluindo ‘modelos’ trans. Quem gostar da especialidade é só procurar um pouco. 

Mais: de um lado, tem bonitas jovens modelos seminuas com corpos aplaudidos e manutenção de ‘instrumentos’. Há também áudios de iniciação à categoria lésbica. E há um procurado setor onde desfilam modelos de 50, 60 e até 70 anos, com lingerie (ou nuas) num bloco chamado “love mature”. 

Mulheres fortes

A atriz Isadora Cruz, que está na pele de ‘Roxelle’ na novela ‘Volta por cima’, seu terceiro papel na tv depois de viver a doce Candoca em ‘Mar do sertão’,  garante que não se sentiu desprestigiada de ganhar um papel secundário depois de viver uma protagonista. Sobre suas personagens de estilos bem diferentes Isadora compara as duas: “Ambas são mulheres de muita personalidade, fortes e que têm plena consciência do seu poder. Usam deste poder para ajudar vários personagens da trama e resolver conflitos de diversos núcleos. Mulheres confiantes com ideias feministas e a frente do seu tempo. A Candoca tinha uma leveza e doçura naturais, sem perder a autenticidade. Já a Roxelle é mais impulsiva e inconsequente, sem perder o charme e a simpatia”. Apesar de pouco tempo de carreira a atriz afirma que se dedica bastante para tornar seu personagem bem real. Ainda este ano poderá ser vista na telenovela criada para a plataforma de streaming Globoplay Guerreiros do Sol, no qual descreve como desafiador: “Foi o projeto mais desafiador da minha carreira até então. A minha personagem Rosa, narradora da história, passa por muitos lutos ao longo da trama e tem uma narrativa mais densa e dramática. Isso exigiu que eu me envolvesse muito emocionalmente, fisicamente e espiritualmente; resgatando processos profundos de ancestralidade das mulheres sertanejas”.

Lula competitivo divide a direita

Apesar da queda de popularidade, registrada na pesquisa Genial/ Quaest, novos resultados do mesmo levantamento mostram que Lula se mantém como o nome mais cotado para disputa do Planalto em 2026. Ele lidera em todos os cenários e vence simulações de segundo turno. Os mais chegados, dizem que o presidente voltou a sorrir. A pesquisa é recheada de surpresas. O terceiro colocado é o cantor Gusttavo Lima encostado no governador de São Paulo Tarcísio de Freitas em segundo (diferença de 1%). E Lima comemora: “Só Deus pode parar um sonho”. Em quarto – quem diria – também com 1% atrás está Pablo Marçal. No segundo turno, Lula bate em Eduardo Bolsonaro, Ciro Gomes e dois ‘lanterninhas’, Romeu Zema e Ronaldo Caiado. Esses dois governadores tem os mais altos índices de desconhecimento do eleitorado: 68% dos entrevistados não sabem quem são eles. E mesmo Tarcísio não é conhecido por um terço dos entrevistados.

Rejeição

Para os mais conhecidos, rejeição é o maior problema. Gusttavo Lima e Michelle Bolsonaro são rejeitados por 50% do eleitorado, o que também acontece com Jair Bolsonaro (53%) e seu filho Eduardo (55%). Nomes da direita também ficam distantes do potencial de voto alcançado pelo ex-presidente citado como opção de voto por 41% dos entrevistados. Bolsonaro acha que ganha anistia até as eleições e Ronaldo Caiado não acredita na pesquisa: “É fantasiosa”. 

Rainha aos 65 

Quem diria que a cantora e agora também influenciadora Gretchen, precisaria sair do seu estado natal, o Rio de Janeiro, conhecido como um grande berço do carnaval, para ser convidada para ser rainha de bateria. A cantora estará a frente da bateria da Escola Independente de Eucalipto, de Linhares (ES), que tem como  enredo Vem da Cidade das Águas, a Delícia Mundial, Linhares a Terra do Cacau!. “Fui convidada com 65 anos ser rainha de bateria, quando esse posto normalmente é de mulheres bem novinhas, né? Acredito que com isso, estou mostrando que a mulher, independentemente da idade dela, pode fazer e ser o que ela quiser. Estar onde quiser”. Seguindo uma dieta com muito arroz, feijão, pizza, macarrão, conta como será sua fantasia: “A fantasia será pelada! Linda, como eu. Pele de fora, corpo, é Carnaval. E é isso que acho legal, poder me mostrar do jeito que eu quiser na minha idade”.

Divulgação diária

Depois da falta de transparência sobre seus compromissos no Planalto, fora dele representando Lula e especialmente quanto gasta de dinheiro público, a primeira-dama Janja da Silva autorizou seus assessores (são seis, os mais próximos) a divulgar que doravante e diariamente. Nas plataformas, Janja antecipou sua participação na sessão diária de abertura do ano judiciário. E no mesmo dia, conversou com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, sobre o evento, em Roma, para tratar da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza (ela representará o presidente lá).

“Veto”

É falso o “veto” de Lula à participação do banqueiro André Esteves na reunião do governo federal com banqueiros para tratar de mudanças nos empréstimos consignados, no esforço do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de criar factoide que limpe a barra. No governo e no PT, ouvem-se queixas de que o declínio da popularidade de Lula tem a ver com as medidas e os fracassos da equipe econômica. Em sua escalada, o BTG deve ressuscitar o Banco Econômico, além de incorporar operações do Julius Baer, de investimentos. A incorporação do Julius Baer, que deixa o Brasil, fez a carteira de ativos das famílias, sob custódia do BTG, saltar para mais de R$ 100 bilhões. 

PÉROLA

“O Brasil tem jeito, não vamos desistir do Brasil. Nossa história está começando agora”

de Gusttavo Lima, apontado por pesquisa como o nome mais competitivo para enfrentar Lula em 2026.

Olho na Margem

No primeiro encontro entre Lula e os novos presidentes do Senado e Câmara, respectivamente Davi Alcolumbre e Hugo Motta, repleta de sorrisos, promessas e apertos efusivos de mão, ficou garantido que o governo aprovará pesquisa para explorar Margem Equatorial. É uma área que se estende por mais de 2,2 mil km, do Rio Grande do Norte até o Amapá, estado de Alcolumbre, onde existem reservas de 30 bilhões de barris de petróleo. A região é uma aposta da Petrobras para a produção de petróleo e gás, em meio a grandes descobertas de reservas na Guiana e Suriname, próximos ao norte do Brasil. 

Ruralistas em campo

A bancada ruralista já fixou o preço de seu apoio à eleição de Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado). A frente Parlamentar de Agropecuária articula junto os dois novos presidentes do Legislativo uma operação-trator para provar ainda neste semestre safra de pauta de seus interesses. Uma das questões mais polêmicas é o projeto de lei que impõe mudanças no processo de demarcação de Terras Indígenas, estabelecendo restrições à criação de novas áreas. 

Excesso ‘gordo’

Sem que os deputados precisassem bater um prego sabão em janeiro, a Câmara seguiu firme com a gastança. Só quem janeiro, mês de recesso, a Casa gastou quase meio bilhão de reais, R$ 466,28 milhões para funcionar cerca de 6,42% do orçamento para 2025. Desse bolo, R$ 287,6 mil foram gastos com “auxílio-moradia” para parlamentares em férias. Exatos R$ 4,1 milhões foram gastos para ressarcir ‘despesas’ variadas dos deputados. Dois deputados viajaram em “missão oficial” para dois destinos, Espanha e Arábia Saudita, pelo preço de R$ 32,3 mil. Foram a um evento em Riade e seis dias em uma feira de turismo em Madri. 

“Nada é tão ruim”

Lula não pode errar na reforma até porque cresce em flecha a reprodução de Lula entre seus próprios eleitores e nordestinos. A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria Geral do Planalto fez muitos lembrarem uma das famosas ‘Leis de Murphy’: “Nada é tão ruim que não possa piorar”. Gleisi, segundo até petistas da cúpula, se alimenta da própria capacidade de gerar antipatias e cizânias. E os seus desafetos já comemoram sua saída da presidência nacional do PT.

Não deu certo

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-todo poderoso da Globo e figura fundamental da história da TV, acha que a saída do filho Boninho da emissora dos Marinhos, não deu certo, no que se refere especialmente ao BBB25. Desde o começo, Boni deixou claro seu ceticismo sobre o formato. Agora, está preocupado com o conteúdo gerado pelos participantes, influenciados por excesso, notadamente de álcool. As duplas também não lhe agradaram: complicou o formato original. E deixou de lado estilos como jazz e MPB sendo eclipsados por músicas mais comerciais. E prefere não falar sobre cada participante.

“Fraquinho”

Aos 93 anos, Benedito Ruy Barbosa, um dos mais consagrados autores da teledramaturgia brasileira, vive uma nova etapa de sua vida. Reconhecido por clássicos como ‘Cabocla’, ‘O Rei do Gado’, ‘Terra Nostra’ e ‘Pantanal’, ele deixou recentemente seu sítio em Sorocaba, no interior de São Paulo, para morar na capital paulista junto à família. A decisão foi motivada pela necessidade de cuidados integrais, conforme revela sua neta Paula Barbosa, que enfatizou o desejo de sua família em oferecer o suporte necessário pelo patriarca. A neta diz que o avô está bem, mas “fraquinho”. 

MISTURA FINA

Com a gestão que prejudicou os Correios, saindo do lucro de R$ 3,7 bilhões (2021) a prejuízo de R$ 2 bilhões (2024), o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, deve ser um dos demitidos na esteira da reforma ministerial. A avaliação é que não tem como contornar o prejuízo somado ao escândalo do confisco do 13º de parte dos funcionários. Fabiano tem circulado em Brasília: fala com políticos para tentar se manter.
 
Um dos mais cotados para substituir Fabiano é Paulo Penha, que virou diretor de operações com a simpatia do União Brasil. Funcionários garantem que Penha vem conversando com o presidente do União Brasil. Antônio Rueda. O MDB diz que não precisa de mais ministérios, mesmo sabendo que os Correios têm um orçamento de R$ 20 bilhões anuais e tem uma capilaridade que interessa ao partido. 
 
A Lavvi, subsidiária da Cyrela voltada ao público de alta renda, tem adotado uma postura agressiva na compra de terrenos em bairros nobres de São Paulo. Os concorrentes dizem que a empresa está inflacionando o mercado tamanho seu apetite. Sua meta é chegar a um landmark de R$ 10 bilhões – hoje, seus ativos somam R$ 8 bilhões. Mais: a Lavvi vem do melhor trimestre de sua história. Em 2024, atingiu um VCV (valor geral de vendas) de R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhões apenas entre setembro e dezembro. No ano passado, a grande aquisição foi a compra de um terreno no Brooklin, com VCV potencial de R$ 3,5 bilhões. 
 
O Grupo Zelo não se finge de morto. Está mais que vivo no mercado garimpando a compra de novos cemitérios. A empresa pretende fechar três aquisições neste semestre. O apetite é decorrência da captação de R$130 milhões no ano passado (um de seus maiores acionistas é a Crescera Capital). O Grupo Zelo é uma máquina de M&As: foram mais de 50 aquisições desde 2017, entre empresas de serviços funerários, crematórios e cemitérios. Em 2024, seu faturamento chegou perto dos R$ 600 milhões. 

In – Iluminação do banheiro com pendentes
Out – Iluminação do banheiro com lustres   
 

CLÁUDIO HUMBERTO

"Eu não espero nada deles, nada"

Marisa Deppman, cujo filho foi executado por um "dimenor" a 3 dias de completar 18 anos, sem esperança de que o Congresso reduza a maioridade penal

18/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Planalto gasta R$56 mil/dia com cartões corporativos

O ano mal começou , mas o ritmo dos gastos com cartões corporativos do governo Lula (PT) não diminuiu. Só nos dois meses e meio de 2025 foram realizadas cerca de 2.300 compras com cartão corporativo, no total de R$4,2 milhões, média diária de R$56 mil em gastos que nem podem ser auditados ou fiscalizados. Após ganharem fama na primeira gestão petista, quando o então ministro Orlando Silva (Esporte) se esbaldava na regalia, os cartões já custaram aos brasileiros R$17,2 milhões este ano.

Gastos são secretos

Praticamente todas as despesas dos cartões corporativos vinculados à Presidência da República recebem o carimbo de “sigilosas”.

Tudo entra

Cartões custeiam despesas diversas de autoridades e funcionários do poder Executivo; do pão de queijo ao aluguel de frotas de carros.

Comparação

O Ministério da Justiça é o segundo órgão que mais usa os cartões do governo (R$3,2 milhões), seguido pela Defesa (R$2,5 milhões).

Trump dá exemplo

Se no governo Lula a farra não para, nos EUA, impedido pela Justiça de extinguir esses cartões, Donald Trump limitou o gasto a apenas 1 dólar.

Eldorado: nova arbitragem contra J&F será em Paris

Pode ser definido em 60 dias o pedido da Paper Excellence para instaurar arbitragem em Paris contra a J&F, no caso Eldorado. As partes já indicaram dois árbitros, que, se não forem impugnados, nomearão o presidente do tribunal para decidirem sobre a instauração da arbitragem. A Paper busca indenização pelos prejuízos causados por atos “desleais e abusivos” da J&F, de Joesley e Wesley Batista, para não entregar o controle da Eldorado Celulose, que venderam em 2018 por R$15 bilhões.

Perdas bilionárias

Os prejuízos causados pelos factoides e manobras protelatórias foram estimados em US$3 bilhões (R$17,5 bilhões) pela Paper Excellence.

Árbitros ameaçados

Derrotada na arbitragem brasileira, J&F ameaçou árbitros e sobrecarrega a Justiça coma ções para não cumprir contrato de venda da Eldorado. 

Litigância de má-fé

A J&F foi condenada por litigância de má-fé e a ministra Rosa Weber, do STF, chamou atenção da J&F pelo abuso do direito de recorrer.

Este manda bem

André Mendonça é o único ministro do STF que tem sido visto encarando os cidadãos que viajam em classe econômica, nos voos comerciais. Os colegas preferem “pegar carona” na mordomia dos jatinhos da FAB.

Estranhos odores

A Natura do bilionário lacrador Guilherme Leal, que já foi vice de Marina Silva e maior financiador de Tábata Amaral (PSB) na campanha de 2024, perdeu R$5 bilhões em valor de mercado. Pediu recuperação nos EUA.

E a transparência?

As novas regras para o pagamento de emendas parlamentares já estão em vigor, mas ainda não foi registrada uma transferência sequer no Portal da Transparência do governo federal.

Otimismo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) é um otimista incorrigível, inclusive quanto ao projeto que anistia os condenados pelo 8 de janeiro: “Saindo da Câmara para o Senado, será aprovado com folga”, diz ele.

Previsibilidade

Com a condenação já definida dos acusados de suposto “golpe”, advogados que atuam em tribunais superiores mencionam, com ironia, que o STF alterou até o velho entendimento de que “da cabeça de juiz, da barriga e mulher e da bunda de bebê ninguém sabe o que vai sair”.

Psol vs. STF

Aliado do governo Lula (PT), o Psol acionou o STF para derrubar as novas regras das emendas parlamentares. Quem supervisionou as novas regras foi o ministro do próprio STF Flávio Dino.

Ainda existe

O ministro do STF André Mendonça rejeitou ação contra Silvye Alves (União-GO) por calúnia. A deputada estava protegida pela imunidade parlamentar ao fazer acusações contra outro deputado nas redes sociais.

Governo quer?

O senador Mecias de Jesus (RR), líder do Republicanos, quer endurecer a pena de traficantes flagrados com armas fogo. Ou sejam, todos eles. A proposta não agrada o governo, onde seu partido ocupa ministério.

Pensando bem...

...não é novidade alguma Lula querer mais álcool (na gasolina).

PODER SEM PUDOR

Papo reto

A “guerra tarifária” provocada pelas decisões de Donald Trump faz lembrar como europeus em geral, franceses em particular, são folgados. E não é de hoje. Certa vez, em 1960, o general Charles de Gaulle decidiu retirar a França da Otan e aproveitou encontro em Paris com Dean Rusk, secretário de Estado do governo John Kennedy, para comunicar sua decisão e solicitar que todos os militares americanos fossem retirados do país. A reação de Rusk foi cortante: "Isso inclui os que estão enterrados aqui?" Referia-se, claro, aos muitos soldados americanos que tombaram em combate para libertar a França da ocupação nazista. Nunca mais De Gaulle falou no assunto.

ARTIGOS

40 anos da Nova República: ela ainda existe?

17/03/2025 07h45

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Há exatas quatro décadas, em 15 de março de 1985, com a posse de José Sarney na Presidência da República, encerrava-se o penoso período de 21 anos do regime militar. Era o início do que se convencionou chamar de Nova República, a tão decantada volta à democracia no Brasil, que se iniciava com a posse do primeiro presidente civil desde João Goulart (1961-1964).

Sarney não foi eleito diretamente pelo povo. Aliás, nem sequer para presidente ele recebeu voto. Ele fora consagrado vice na chapa que tinha como titular Tancredo Neves, que se adoentara na véspera da posse e faleceria em 21 de abril daquele ano sem nunca ter assumido a função. Ambos se elegeram indiretamente em 15 de janeiro de 1985 pelo Colégio Eleitoral – um artifício da ditadura para dar ares de “legalidade”. Receberam 480 votos, ante 180 de Paulo Maluf (PDS), o candidato oficial.

Como quase sempre na história, a mudança de regime foi feita por cima e sem muita consulta ao povo. Tancredo, do oposicionista PMDB, só se elegeu com apoio de boa parte do PDS (Sarney, inclusive era presidente do partido) e com a benção dos inquilinos de saída: os militares.

O governo Sarney foi caótico do ponto de vista social e econômico, mas cumpriu o seu papel de conduzir o Brasil na transição democrática convocando a Constituinte, legalizando partidos, pondo fim na Censura e instaurando um novo arcabouço legal no País, limpando quase a totalidade do entulho autoritário. A democracia plena mesmo tivemos somente a partir de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello (PRN), o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo desde 1960.

Nesses 40 anos, passamos por oito presidentes, dois deles que sofreram impeachment (Collor e Dilma), além de sucessivas crises econômicas e políticas. Recentemente, nossa jovem democracia sofreu solavancos que quase a derrubaram. Ela sobreviveu por pouco, mas ainda está aqui.

Mas a base que formou a Nova República começou a ruir com as manifestações de rua de 2013 e a queda se acentuou com a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) ao poder. O perfil da sociedade brasileira mudou – e isso aliado às novas ferramentas de comunicação e as suas consequências, como as fake news, além do surgimento da nova direita mundial, o que feriu a estrutura construída a partir da posse de Sarney.

A polarização política aumentou muito e se calcificou, pontes de diálogo foram dinamitadas e a praxe agora é a desestabilização de governos. É o poder pelo poder, mesmo que isso implique rupturas institucionais.

A Nova República continua a existir por um fio. E o mais irônico disso é que o grande fiador dela é um político que foi seu opositor em seu início com fortes críticas: Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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