O ex-candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro, o general da reserva Walter Braga Neto, também quer que o PL providencie alguns benefícios, como os estruturados para o presidente que se despede.
Mais: quer que o partido continue pagando o que ele recebia como assessor de Bolsonaro nos últimos tempos e alugue uma casa para ele morar em Brasília com a família. e quer três assessores (Bolsonaro terá oito, por lei) pagos pela sigla.
“O que nós vamos fazer na Câmara é o esforço da sensatez para diminuir um pouco esses valores em benefícios e, quem sabe, encontrar um equilíbrio fiscal futuro que deve ser sempre buscado”,
de AÉCIO NEVES (PSDB) // deputado federal, após a aprovação da PEC da Transição.
In – Balanço infantil externo: cadeirinha
Out – Balanço infantil externo: casulo

Vergonha de ser menina
A cantora e compositora Shania Twain, 57 anos, revelou numa entrevista ao jornal britânico The Sunday Times, que quando era jovem, aos 10 anos, sofreu abuso sexual de seu padrasto. Isso fez com que ela tomasse uma atitude inesperada e surpreendente: esconder os seios. “Eu me escondia e achatava meus seios. Eu usava sutiãs pequenos demais, usava até dois, para diminuir os seios até não haver nada feminino em mim. Era mais fácil para passar despercebida. Eu tinha vergonha de ser menina”. Ela conta também que não saiu de casa porque não queria ficar longe da mãe, tinha medo de que seu padrasto tentasse matá-la. Ela também disse que uma vez quando padrasto tentou agarrá-la ela arremessou uma cadeira nele, mas confessa que foi mais por raiva do que por coragem. Ela que teve uma infância difícil, com dois anos seu pai biológico abandonou a família (ela, sua mãe, e sua irmã mais velha). E aos 22 anos perdeu sua mãe e o padrasto num acidente de carro, quando um trator cheio de madeira vinha em contramão. Com a colisão eles morreram na hora. Não é a primeira vez que Shania fala disso, já contou a história no livro From This Moment (lançado em 2011) e no documentário da Netflix Shania Twain: Not just a girl, que foi lançado este ano.
Da tradição à insubordinação
Os comandantes militares estão recuando da ideia de deixarem suas posições e serem substituídos pelos escolhidos do novo governo, mesmo nomeados por Jair Bolsonaro, antes da posse do presidente eleito. As primeiras conversas era de que, supostamente, eles se sentiriam melhor (por terem sido nomeados pelo atual presidente) fora seus comandos e com os novos titulares já empossados. Nos últimos dias, começaram a declinar da iniciativa até por conversas com outros chefes militares que lembravam que a tradição mandava que, no começo de um novo governo, é que seriam nomeados os novos comandantes e alguns imaginaram que a mudança de rota poderia ser entendida como insubordinação. Mais: o recuo da posição dos três atuais comandantes militares ainda não foi acertado. O comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, é a favor da permanência no posto. O comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Jr, o mais bolsonarista, acha que a mudança poderia ocorrer no dia 23 próximo e o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, deve acompanhar a do Exército e teme que a mudança poderia provocar “uma situação constrangedora”. Praticamente confirmado como Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, conversará com eles nas próximas horas.

Estilo de vida
A atriz Cláudia Ohana, que completará 60 anos, no ano que vem fora das novelas desde 2019 está pronta para seu novo trabalho a trama Vai na fé, de Rosane Svartman, próxima novela das 19h que substituirá Cara e Coragem no início do ano que vem. Em plena forma, com um corpo de causar inveja diz que não consegue ficar parada, por isso pratica pelo menos uma hora e meia de exercícios por dia (corrida na esteira, musculação, natação ou ioga). “A sorte é que eu sempre valorizei um estilo de vida saudável. Durmo nove horas por noite, sigo uma alimentação equilibrada e acredito em atividade física diária. Não passo um dia sequer parada”. E conta que ainda sonha: “São os sonhos que nos motivam. Pessoalmente, hoje, meu sonho é ter uma casa na praia bem grande para poder reunir a família e receber os amigos”.
Incomodado
O encontro entre o presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual, André Esteves com o presidente Eleito Lula, na semana passada, foi organizada por Nelson Jobim, ex-ministro da Justiça, hoje membro do colegiado do BTG. Esteves está procurando uma aproximação com Lula, mas o petista está incomodado com pesquisas que foram feitas pelo BTG que indicavam a reeleição de Jair Bolsonaro. Mais: num encontro com empresários, antes do segundo turno, Lula, ainda irritado, citou Esteves: “Perguntam ao André como é sair da cadeia”.

O mesmo Jobim
Mesmo não aceitando participar do ministério do governo Lula, foi também Nelson Jobim, ex-ministro da Justiça e de Defesa e ex-presidente do STF que, em nome de Lula, teve conversas preliminares com militares do Alto Comando das três Forças Armadas para medir a aceitação do nome de José Mucio Monteiro para a Pasta da Defesa. Para o ex-presidente do TCU, os consultados só tiveram elogios.
Nada de golpe
As lágrimas derramadas por Jair Bolsonaro, nesses dias, no Clube Naval, onde participava da confraternização anual das Forças Armadas (e cumprimentou oficiais-generais recém promovidos e não fez discursos, foram traduzidas pelos analistas de plantão como um aumento de seu transtorno emocional desde que foi derrotado nas urnas. O ainda presidente estaria mais abatido porque, nos últimos dias, caiu a ficha e ele, finalmente, se deu conta de que não haverá golpe e que está próximo de perder o cargo – e o foro privilegiado.
DECLARAÇÃO
Por conta da demonstração de sua emoção, com direito a lágrimas, em evento militar em Brasília, esta semana, Ciro Nogueira (Casa Civil) se solidarizou com Jair Bolsonaro. “Durante quatro anos, tentaram desumanizar o presidente @jairbolsonaro”, publicou Nogueira em seu Twitter. “Tentaram retirar o que mais tem: sensibilidade, simplicidade, humildade. Conteve as emoções dentro de si. Livre, agora Bolsonaro pode ser como ele é”. Nas redes sociais, os mais irônicos disseram que “só faltou Nogueira chorar junto”.
Recado à Lula
Nas primeiras conversas que estão tendo com interlocutores do novo governo, os militares estão avisando que o presidente eleito deve assumir alguns compromissos. Lula, do seu lado, já avisara que não mexeria nas regras aprovadas pelo Congresso em 2019 para a aposentadoria dos militares. E que os petistas não mexam no Estatuto dos Militares, em vigor desde 1980. Resumo da ópera: não querem intromissões em assuntos de natureza interna.
MEMÓRIA
Para quem tem memória curta: atrás da exigência de nenhuma intromissão, está um trauma de um decreto editado em 2015 pelo então ministro da Defesa de Dilma Rousseff, hoje senador, Jaques Wagner (PT-BA) que queria transferir para si a competência de promover e reformar oficiais, prerrogativas dos comandantes. Na época, a reação das Forças Armadas foi tão grande que Dilma e Wagner tiveram de recuar. Hoje, os militares também esperam que Lula garanta verbas orçamentárias, mesmo diante de enxugamento de gastos.
Ponto negativo
Gilberto Kassab, futuro secretário do Governo na gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no governo de São Paulo, quer emplacar o atual ministro do Trabalho e Previdência Social, José Carlos Oliveira, na Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho no governo paulista. Oliveira atuou ao lado de Freitas na formulação do modelo do Auxílio Caminhoneiro. Em contrapartida, carrega um ponto bastante negativo: durante sua gestão no Ministério, a fila de pedidos de aposentadorias parados no INSS explodiu, saindo de dois milhões para mais de cinco milhões.
Quatro “nãos”
A futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja se envolveu de corpo e alma na campanha do marido Lula. Se aproximou de muitos políticos e principalmente de artistas. Por isso o presidente eleito a deixou responsável por escolher o futuro ocupante do Ministério da Cultura (que será recriado), e de preferência um artista. Janja ficou toda empolgada com a missão e assim que foi confirmada a vitória de Lula ela procurou quatro artista que julgava ser perfeitos para o cargo, só que recebeu a negativa dos quatro. Eles alegaram que o setor está “destruído” e para reconstruí-lo seria necessário alguém com uma certa experiência, para enfrentar os obstáculos e reerguer à área.
VACINAS PERDIDAS
Logo em janeiro, o governo Lula terá de enfrentar grave problema na área da saúde. Há cerca de 20 milhões de doses de vacinas contra covid-19 nos estoques do Ministério da Saúde com validade até 31 de janeiro. Essa quantidade equivale a quase 10% da população e poderá ser perdida, se não for aplicada nesse período. Tomando-se como custo médio de cada dose para o governo de cerca de R$ 30, significa dizer que perto de R$ 600 milhões podem escorrer ralo abaixo.
MISTURA FINA
A PM do Distrito Federal e a equipe de segurança de Lula reforçaram a segurança em torno do hotel em que o presidente eleito está hospedado em Brasília. Além do aumento do efetivo, foram instalados gradis na entrada do prédio para evitar a aproximação de visitantes inoportunos. Esta semana, pessoas contrárias a Lula realizaram protestos em frente ao hotel do petista, gritando que “Lula não subirá a rampa do Planalto” em 1º de janeiro, repetindo grito delirante do sargento lotado no GSI.
ANTES de sua posse no próximo dia 19, o brasileiro Ilan Goldfajn, ex-BC, eleito presidente do BID, visitará os outros quatro países que lançaram candidatura para concorrer ao comando do banco – México, Argentina, Chile e Trinidad e Tobago. O caso mais delicado é o do México. O governo de Manuel López Obrador desponta como o principal foco de resistência à gestão de Goldfajn (indicação de Jair Bolsonaro).
AINDA Ciro Nogueira: mesmo licenciado da presidência do PP, ele quer que o partido seja oposição a Lula. só que as bancadas da Câmara e do Senado querem independência – e quem sabe aproximação – novo governo. Arthur Lira, presidente da Câmara e candidato à reeleição da Casa está deixando a porta aberta. No passado, Lula e PP foram grandes aliados.
EM anos anteriores, presidentes também compareceram à confraternização de final de ano das Forças Armadas, onde Jair Bolsonaro chorou nesses dias. Em 2010, os de melhor memória, lembram que Lula resolveu mudar o roteiro e arriscar uma piada. Disse que havia descoberto que o jato presidencial chamado de “AeroLula”, não pertencia mais a ele. “Agora, vai virar AeroDilma. Perdi meu avião”.
O MINISTÉRIO Público do Trabalho tem recebido denúncias acerca de péssimas condições de trabalho em minas de granito e caulim no Rio Grande do Norte, de propriedade de pequenas mineradoras que atuam no estado. Há suspeitas de que algumas dessas empresas operem, inclusive, sem licenciamento ambiental. Existem relatos ainda de níveis de radiação dessas minas muito acima do permitido, com graves riscos à saúde dos trabalhadores.
A CHINA poderá anunciar, ainda neste ano, o fim do embargo a mais três frigoríficos brasileiros. No começo do mês, Pequim retirou a suspensão de um abatedouro da Aurora em Xaxim (SC) e outro da Minuano em Lajeado (RS). Ainda há sete impedidos de exportar para os chineses (suspeitas de contaminação de carne pelo coronavírus). A punição mais longa é sobre a BRF: a unidade de Marau (RS) está proibida de vender para a China há um ano.