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CLÁUDIO HUMBERTO

"Quando deixamos o governo as portas do inferno se abriram"

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre flexibilização para porte da maconha e aborto

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Palácio voador’ de Lula pode custar R$700 milhões

O governo quer aproveitar o incidente com o Aerolula, após decolar do México nesta terça (1º), para “descongelar” a compra de outra aeronave, como Lula (PT) quer: zerada, maior, mais confortável e muito mais cara. Ainda sem nada por dentro, o novo “palácio voador” pode custar mais de US$80 milhões, quase R$500 milhões. Para instalar acomodações e “decoração”, a previsão é de R$200 milhões a mais. A estimativa leva em conta o Airbus A-330/200, que o governo quase adquiriu há um ano.

Sem esperar muito

Encontrado na Suíça, o Airbus A-330/200 era o único disponível no mercado para entrega imediata. E Lula não precisaria esperar muito.

Como um xeique

Usado por xeiques e príncipes árabes, o “palácio voador” tem suíte com chuveiro, gabinete privado, sala de reuniões e 100 assentos de 1ª classe.

Excesso contido

A compra quase foi fechada em setembro de 2023, mas o déficit primário até então de R$71 bilhões e o medo das críticas “congelaram” o negócio.

Medo presidencial

O avião com Lula e mais 15 pessoas voou em círculos por 5 horas, só com uma turbina e descartando querosene. Houve pânico a bordo.

Deputado aciona TCU contra ‘expresso da alegria’

A viagem de duas servidoras da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autorizadas a passar oito dias em Paris (França), sob justificativa de participar de curso de “liderança” e “gestão”, levantou suspeição na Câmara: o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para passar pente-fino no ‘tour’ europeu. Ele questiona a moralidade e a legalidade dos gastos do governo Lula enquanto o País é devastado por incêndios.

Um escárnio

“Servidores da Capes curtindo viagens luxuosas em meio a uma crise econômica sem precedentes. É um escárnio para a República!”, diz Evair

Obscuro

A fatura ainda não entrou na Transparência, mas a viagem, que iniciou em 28 de setembro e ainda está rolando, vai até domingo (6).

Capes explica

A Capes disse que o curso está vinculado às atividades das servidoras e que a qualificação no exterior segue normas exigidas pelo governo.

Rua zero

Se confirmada, a caminhada que Boulos marcou para sábado (5) “com Lula (PT)” será apenas o segundo dia de campanha do qual participará o petista com deputado de extrema-esquerda em São Paulo.

Torcida pela censura

É quase certeza no governo Lula que a rede ‘X’ só voltará a funcionar no Brasil após o primeiro turno das eleições municipais. Mas a expectativa (e torcida) é que fique fora do ar até depois do segundo turno, dia 27.

Meta já era

As contas do governo nem de perto lembram o déficit zero prometido por Fernando Haddad (Fazenda) para 2024. Em 12 meses, as contas do governo central acumulam déficit de R$227,5 bilhões, quase 2% do PIB.

Derrota (óbvia) anunciada

O próprio ministro das Relações Institucionais de Lula, Alexandre Padilha, admitiu (em entrevista!) que prevê a avaliação do petista no final do terceiro mandato abaixo daquela no final dos primeiros mandatos.

M’ nacional

O boné com ‘M’ do candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal faz sucesso até em Brasília. Dois foram avistados, dias atrás, em restaurante no Lago Sul, bairro de boa parte dos ricos e poderosos da capital federal.

Crise na Lacrolândia

O enrolado André Janones (Avante-MG) é o novo cancelado na ‘Lacrolândia’. O deputado achou que era uma boa ideia empunhar um chicote e açoitar um carro em comício. Acabou acusado de racismo.

Nem aí

O genro de Lula parece que deu uma banana para a Justiça Eleitoral e continua com campanha para virar prefeito de Barra dos Coqueiros (SE). A candidatura foi impugnada em razão do parentesco com o presidente.

Ideia rejeitada

Enquete promovida pela plataforma change.org mostra que a maioria dos votantes é contra o retorno do horário de verão. Nas primeiras horas no ar, foram quase 10 mil votos contrários e só 3,4 mil favoráveis.

Pensando bem...

...não é só incêndio que provoca ‘calor’ na Praça dos Três Poderes.

PODER SEM PUDOR

Sem lugar para ladrões

José Calixto, primo de Leonel Brizola, fundou no noroeste do Rio Grande do Sul, em 1961, o Movimento dos Sem Terra. Ao saber que os militares não queriam a posse de João Goulart, com a renúncia de Jânio Quadros, ele reuniu cinco mil homens e marchou para Porto Alegre. No meio do caminho, com dificuldades para alimentá-los, disse em voz alta: “Vou dar uma chance de vocês roubarem um pouco. Quem quiser roubar, dê um passo à frente.” Apresentou-se uma centena de manifestantes dispostos a “roubar”. “Eu só queria saber quem eram os ladrões. Quem deu um passo à frente, fora da tropa! Ladrão não luta pela Pátria!”. E seguiu viagem.

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Consequências da reforma tributária para o agro

Por Eduargo Berbigier, advogado tributarista

01/10/2024 07h45

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A regulamentação da reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional tem sido alvo de intensos debates, especialmente no que tange aos reflexos para o agronegócio, um setor vital para a economia brasileira. É crucial analisar as possíveis mudanças e seus impactos à luz dos textos propostos, também com foco nas alíquotas e na estrutura tributária. Embora a reforma tenha como objetivo simplificar o sistema de impostos sobre consumo, as consequências para o agronegócio podem ser severas.

Atualmente, o agronegócio desfruta de uma situação diferenciada no sistema tributário brasileiro. Muitos dos tributos que incidem sobre o setor – como IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS – têm alíquotas reduzidas ou até mesmo zeradas. Além disso, o setor ainda conta com a possibilidade de recuperar créditos tributários em espécie ou compensá-los com outros tributos. No entanto, com a substituição desses impostos pelos novos tributos – Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) –, além do Imposto Seletivo (IS), as alíquotas tendem a aumentar significativamente.

O ponto central da preocupação reside no fato de que a alíquota média paga pelo agronegócio gira hoje em torno de 3% a 4%, mas com a nova estrutura proposta essa alíquota pode saltar para mais de 11%, representando um aumento de praticamente três vezes. E isso pode ser ainda mais elevado: o pedido do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a alíquota em mais 1,47% – e que pode levar o porcentual total para 28% – coloca o Brasil no patamar das maiores alíquotas de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do mundo, comparável à Hungria.

Por outro lado, a dita simplificação tributária está cada vez mais distante, com uma série de regras específicas, e a concomitância de dois sistemas distintos anda encarecendo ainda mais o staff de empresários que já usam muitas horas para a apuração de seus tributos.

Esse aumento pode impactar negativamente a competitividade do agronegócio brasileiro. O setor já enfrenta desafios significativos, como altos custos logísticos e trabalhistas, que são alguns dos mais elevados globalmente. A carga tributária majorada poderá inviabilizar a capacidade do agro em competir no mercado internacional, especialmente em um cenário em que outros países, como Estados Unidos, França e Suíça, oferecem subsídios substanciais para seus produtores.

Outro ponto que merece atenção é o impacto sobre os pequenos produtores. A reforma prevê que produtores que faturam até R$ 3,6 milhões anuais precisarão se tornar pessoas jurídicas para ter acesso ao crédito presumido, essencial para manter 
a competitividade. Isso pode criar barreiras adicionais, dificultando a sobrevivência desses pequenos produtores no mercado e, por consequência, prejudicando toda a cadeia produtiva do agro.

Além disso, a dívida tributária já existente no Brasil, que ultrapassa R$ 12,5 trilhões, evidencia um sistema falido. O aumento da carga tributária pode agravar essa situação, tornando o cumprimento das obrigações fiscais ainda mais difícil para os empresários honestos e que já lutam para se manter em dia com o Fisco.

A velocidade com que a reforma está sendo aprovada também é motivo de preocupação. A Câmara dos Deputados aprovou o texto em tempo recorde, sem a devida discussão nem análise aprofundada das centenas de emendas apresentadas. Agora, cabe ao Senado examinar com mais calma e atenção, evitando que decisões precipitadas prejudiquem ainda mais 
o setor agropecuário.

A Frente Parlamentar da Agropecuária, as entidades representativas do agro e os agricultores precisam se mobilizar intensamente para que sejam apresentadas soluções ao texto, com o objetivo de mitigar os impactos negativos da reforma. Embora o pior cenário já esteja delineado, ainda há espaço para ajustes que possam preservar a competitividade do setor e, por extensão, a estabilidade econômica do País.

Em suma, a reforma tributária em discussão tem potencial para trazer mudanças profundas para o Brasil, mas é preciso cautela para evitar que o agronegócio, responsável por uma fatia significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e do saldo positivo da balança comercial brasileira, sofra prejuízos irreparáveis. A sociedade deve estar ciente de que as decisões tomadas agora poderão afetar o País por décadas, e é necessário um esforço conjunto para garantir que o novo sistema tributário seja justo e eficiente, sem sacrificar um dos setores mais importantes da nossa economia.

Artigos

Mulheres no mercado de trabalho

Por Byanca de Farias, advogada trabalhista

01/10/2024 07h30

Caminhos da vida

Caminhos da vida Arquivo

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Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que, em 2023, o número de mulheres ocupadas no mercado de trabalho alcançou um recorde histórico, totalizando 43.380.636, superando os 42.675.531 registrados no ano anterior.

Não é à toa que a diversidade e a inclusão no ambiente laboral se tornou um tema bastante relevante no País nos últimos anos, especialmente no que diz respeito à equidade salarial entre homens e mulheres e ao acesso a cargos de alta gestão.

Como resposta, várias empresas têm adotado políticas para promover a igualdade de gênero e aumentar a participação das mulheres em diversos setores, entre elas a contratação exclusiva de mulheres. Porém, essa prática levanta questões sobre a sua legalidade.

De acordo com a legislação brasileira, a contratação exclusiva de mulheres é permitida desde que vise reduzir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho e estimule a maior participação feminina. Essa ação, quando justificada de maneira razoável e destinada a promover a igualdade real, não é considerada discriminatória. Pelo contrário: a Lei nº 14.611/2023 reforça essa posição, ao garantir a igualdade entre os gêneros, estabelecida pelo artigo 5º da Constituição Federal, e ao prever instrumentos de transparência e averiguação interna para identificar e corrigir desequilíbrios salariais e critérios de remuneração.

Podemos citar como exemplo o setor de tecnologia. Por muitos anos, era um ambiente predominantemente masculino, mas agora grandes empresas e startups têm criado vagas exclusivamente para mulheres, buscando reduzir a desigualdade e incentivar a presença feminina nesse campo. Nesse caso, a prática tem amparo da lei.

Entretanto, se a contratação exclusiva de mulheres for utilizada para promover estigmas de gênero, como a imposição de padrões de beleza para determinadas vagas, pode ser considerada discriminatória.

Não é só com o índice de participação das mulheres no mercado de trabalho que as empresas devem se preocupar. Outro tema bastante relevante e que merece atenção é a equidade salarial. Ainda há um longo caminho a percorrer nesse tópico. A edição de 2022 do estudo “Estatísticas de gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que essa evolução ainda está nos estágios iniciais. Contudo, espera-se que a edição de 2025 já reflita os impactos positivos das medidas legais implementadas a partir de 2023.

A implementação de programas de diversidade, ações afirmativas e parcerias estratégicas são passos fundamentais para alcançar maior equidade feminina no mercado de trabalho. Além de atender às exigências legais, essas iniciativas trazem benefícios tanto para a sociedade quanto para o sucesso das empresas.

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