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Regulamentação das apostas esportivas: impactos e desafios para um mercado em crescimento

Mesmo antes da legalização das apostas, eles já investiam em publicidade aqui no País e já se via, ainda que de forma discreta e indireta, a presença dessas marcas nos intervalos comerciais de partidas e campeonatos

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O assunto do momento tem sido a regulamentação das apostas esportivas no Brasil e a promessa de que tal norma específica seja publicada ainda neste ano. A expectativa em torno da regulamentação dessa atividade deve ser recebida de forma consciente e prática, levando em consideração o cenário atual e os potenciais impactos que a entrada em vigor de regramentos específicos pode gerar ao setor.

O mercado de esportes no Brasil, especialmente o de futebol, é marcado pela paixão e pelo comprometimento dos torcedores.

A paixão dos fãs atravessa barreiras e gerações, cria vínculos indissociáveis e é capaz de transformar o futebol em produto hiper-rentável. É o torcedor e sua paixão que fazem com que uma partida vire um produto com alcance mercadológico inacreditável, e o futebol, uma indústria que movimenta cifras avassaladoras.

Não é de se estranhar, portanto, que os operadores de apostas esportivas tenham no mercado brasileiro, principalmente o futebolístico, um grande alvo.

Mesmo antes da legalização das apostas, eles já investiam em publicidade aqui no País e já se via, ainda que de forma discreta e indireta, a presença dessas marcas nos intervalos comerciais de partidas e campeonatos. Essa publicidade tinha como objeto os sites de estatísticas, e não, propriamente, os de apostas.

A partir de dezembro de 2018, quando a Lei nº 13.756 legalizou essa atividade – ainda que sob a modalidade específica de loteria de apostas por quota fixa, serviço exclusivo da União que pode ser concedido ou autorizado a entidades privadas –, o mercado, de forma geral, se sentiu mais à vontade para “receber” essas empresas, que passaram a aparecer nas camisas dos times, como patrocinadoras, nos gramados e de forma mais ostensiva nos veículos de comunicação.

Sob a perspectiva dos clubes e entidades esportivas, parece óbvio o seu interesse na manutenção dos operadores de apostas no Brasil, na medida em que o investimento dessas empresas no País tem sido cada vez maior, e campeonatos e times que antes não geravam interesse nos grandes conglomerados de mídia agora se mostraram atraentes para as plataformas de apostas.

A atuação dessas plataformas no País é apenas mais uma mudança no mercado esportivo, que, ao lado de tantas outras, traz novas possibilidades de negócios não apenas para os grandes e pequenos clubes, mas para vários setores da economia.

Por exemplo, se antes se falava apenas em exclusividade da TV aberta, pouco tempo depois apareceu a TV fechada, o pay-per-view, as plataformas de streaming e, hoje, os streamers e as plataformas de apostas, que pulverizam a audiência e criam novos focos de geração de receita, seja via licenciamento de marca e imagem, captação e produção de sinal dos jogos, incremento tecnológico, utilização de inteligência artificial e tantos outros.

Ou seja, apesar da falta de regulamentação específica, esse é um mercado que tem crescido exponencialmente nos últimos anos. O que existe hoje é um limbo legislativo que permite a exploração do mercado brasileiro pelos operadores de apostas esportivas sediados fora do País, mas ainda sem regras específicas de compliance, proteção de dados, publicidade, fiscais, entre outros.

A regulamentação dessa questão confere segurança jurídica e, consequentemente, incremento potencial de negócios. Entender as regras do jogo, em qualquer situação, traz previsibilidade, possibilidade de adaptação e, portanto, confiabilidade.

No entanto, essas novas regras devem ser viáveis e sustentáveis para atrair e manter os investimentos que têm sido feitos no setor. Caso contrário, o risco é de manutenção da situação atual, quais sejam, de empresas sediadas fora do Brasil explorando o mercado brasileiro amparadas em lacuna legislativa sobre o assunto e da nova legislação se transformar em letra morta.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Parece vídeo repetido, mas não é"

Jair Bolsonaro sobre a volta das balsas por falta de investimento em infraestrutura

07/01/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Giros de deputados na gringa custam R$2,8 milhões

Sem a menor piedade do pagador de impostos, deputados apresentaram amarga fatura que passa dos R$2,8 milhões só com viagens internacionais em 2024. A título de “missão oficial”, as excelências rodam mundo afora e ainda engordam os vencimentos com pagamentos de diárias. As três viagens individuais mais caras são de Hugo Leal (PSD-RJ), R$44,3 mil (Estados Unidos); Felipe Carreras (PSB-PE), R$39,5 mil (Portugal); e André Figueiredo (PDT-CE), R$39,1 mil (Espanha).

Milhas 

Como as passagens são reembolsadas, o valor parece não ser questão. Para ir à Nova Iorque (EUA), Hugo Leal pagou R$32,1 mil nos bilhetes.

Em família

Pai e filho, Eduardo da Fonte (PP-PE) e Lula da Fonte (PP-PE) curtiram três dias na Venezuela, em maio, ao custo de R$28 mil.

Comunismo de araque

Orlando Silva (PCdoB-SP) fez três “missões oficiais”, todas na Europa, claro. Foi duas vezes para a Espanha e uma outra para Portugal.

Gasta mesmo

Com Estados Unidos, França, Itália, Azerbaijão e Cuba no passaporte, Zé Vitore (PL-MG) foi quem mais nos custou: R$78,9 mil pelas “missões”.

Advogada de ação contra militar de Israel doou ao PT 

A vergonhosa ação na Justiça brasileira que persegue o soldado de Israel Yuval Vagdani é encabeçada por uma advogada ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Maira Pinheiro aparece como doadora para a campanha de Tamires Sampaio (PT), que tentou ser vereadora de São Paulo (2020), sem sucesso após receber só 0,22% dos votos.  Dois anos depois a situação da advogada foi diferente, além de doar, aparece como contratada para trabalhar na campanha da petista para deputada federal.

O jogo virou

Em 2022, a doação deu uma minguada, caiu de R$1 mil para R$10. Mais do que isso, a advogada embolsou R$5,4 mil por trabalhar para Tamires.

Boquinha garantida

Tamires tentou ser deputada federal, com 0,11% dos votos, não se elegeu. Maíra trabalhou como coordenadora da agenda da candidata.

Dá em nada

A ação tem pouca chance de dar alguma coisa para o soldado, que nem mesmo está no Brasil. Meteu o pé após abertura do processo.

Rádio corredor

À boca miúda, cresce a expectativa de mudanças na Caixa Econômica Federal com a saída de Arthur Lira (PP-AL) da presidência da Câmara. O deputado é o padrinho de parte dos chefões do banco.

Mudança na Secom

Sidônio Palmeira deve desembarcar hoje (7) em Brasília para reunião no Palácio do Planalto. Se nada sair do script, o marqueteiro vai azeitar as condições para substituir Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação.

Problema no futuro

O mercado financeiro já está de olho em 2027 e prevê alta da inflação. Pela quinta semana consecutiva, o Boletim Focus registra elevação no marcador, agora foi para 3,90%. Há quatro semanas era 3,58%.

Agenda

Já na cadeira de presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo finalmente mudou a agenda, só com “despachos internos” desde a posse. Recebeu o ministro Vinícius de Carvalho (CGU), ontem (6).

De volta

Após quase um mês sem pisar no Planalto, Lula voltou nesta segunda-feira (6) a despachar do palácio. A última vez em que esteve no Planalto foi em 9 de dezembro, quando se sentiu mal e passou por cirurgia.

Primeira do ano

Tida como urgente, a troca na Secom deve ocorrer antes de uma reforma ministerial ampla. A gestão de Paulo Pimenta desagrada a Lula. Outras trocas ficam para depois da mudança no comando da Câmara e Senado. 

Justiça tardia

Alexandre de Moraes (STF) levou quase um ano, mas finalmente soltou um morador de rua, preso após o 8 de janeiro de 2023. O homem foi a um acampamento de manifestantes pedir comida e acabou no xadrez.

Números

Desaprovadas pela maioria do País, as duas regiões com o maior registro de apoio às invasões do dia 8 de janeiro de 2023 são Nordeste (8%) e Sul (8%). O levantamento é da Quaest.

Pensado bem...

Lula não ir à posse de Maduro, mas mandar representante, é como a anedota do marido que, flagrada traição na sala, decide vender o sofá.

PODER SEM PUDOR

Bajulação perdedora

Armando Falcão era candidato do PSD ao governo do Ceará, em 1954, mas precisava da bênção do chefe do partido. Falcão foi à casa do velho:
- Senador, precisamos definir o vice. Entendo que deve ser o dr. Crisanto.
- Quem?
- Dr. Crisanto Pimentel, seu filho...
O velho deu um murro na mesa e se levantou, irritado:
- Chega de puxa-saquismo!
Falcão perdeu o vice e a eleição para Paulo Sarazate (UDN).

ARTIGOS

Férias: como lidar com as birras das crianças?

06/01/2025 07h45

Arquivo

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Lidar com as emoções instáveis das crianças é uma missão difícil em qualquer fase do crescimento. 
Porém, em período de férias escolares prolongadas, o desafio pode ser ainda maior, pois a criança ociosa exige atenção que os pais trabalhadores nem sempre conseguem dar. Além disso, “gente grande” tem dificuldade de aceitar o choro ou o comportamento que julga inconveniente. 

Nas famosas birras, o descontentamento da criança piora quando seus sentimentos são menosprezados e/ou ignorados. No entanto, reconhecer que há uma mensagem sendo transmitida por trás de todo movimento da criança nos permite chegar mais perto das possíveis causas do desequilíbrio, facilitando a condução respeitosa da situação.

E atenção: validar o sentimento do pequeno não significa validar o comportamento inadequado dele, e acolher o que a criança está sentindo não quer dizer que a atitude dela está sendo acolhida. Dizer “filho, eu estou aqui com você, sei que está frustrado porque queria muito aquilo, eu também fico frustrada quando não consigo algo que quero muito! Mas, essa forma de agir não é aceitável” mostra que você acolhe a criança, acolhe o que ela sente e, ainda assim, não aprova suas atitudes.

Não há uma receita a ser seguida. Algumas crianças não querem ouvir nada no momento da raiva. Mas se mostrar presente e tranquilo é o único movimento possível para ajudá-la a retornar à calma. A raiva, como qualquer outra emoção, é legítima. Às vezes, vem como uma onda pequena e, às vezes, como um tsunami. E o cérebro infantil precisa de ajuda para atravessar essa onda com segurança.

Quando se sentem frustradas, com raiva ou com medo, a parte do cérebro responsável pelas atitudes instintivas se sobrepõe à razão e os pequenos só pensam em atacar, fugir ou bater – é o instinto de sobrevivência.

Há estratégias que ajudam a razão a tomar de volta o seu lugar, como beber um copo de água, contar até 10, dançar, escutar uma música, apertar o travesseiro, ler um bom livro, ganhar um abraço afetuoso, etc. Essas atitudes afetam positivamente o cérebro, liberam hormônios “do bem” e desaceleram o corpo e a mente.

Todavia, a grande resposta para a questão “como ajudar as crianças a encontrarem o equilíbrio em momentos de raiva?” mora na regulação emocional dos pais e dos responsáveis. Adultos desregulados não conseguem inspirar a segurança que elas tanto precisam nos momentos desafiadores.

Regular-se não é um movimento fácil e rápido. É um acertar e errar diário. É preciso persistência. É necessário acreditar que a calma precisa transbordar do adulto em momentos de repreensão, para que a criança se sinta segura e saia do modo de sobrevivência.

Talvez uma ordem de “engole o choro” ou “pare de bobeira” seja mais fácil e resolva instantaneamente o problema, mas a raiva fica guardada lá em um cantinho e, em algum momento, volta a dar seus sinais.

Educar tendo em mente as limitações da criança e tudo que ela é e sente promove a saúde de qualquer ser. Está cientificamente comprovado. E educar respeitosamente é uma decisão difícil, porque representa um esforço diário de redescoberta e evolução, mas é o maior ato de amor que pais e mães podem dar aos filhos.

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