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Santo da internet? Carlo Acutis e o poder de evangelizar on-line

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No universo digital, onde likes e seguidores dominam a atenção de milhões, é possível viver a fé com autenticidade? A história de Carlo Acutis mostra que sim. Adolescente, apaixonado por tecnologia e profundamente enraizado em valores cristãos, Carlo transformou a internet em um campo fértil para evangelização. Com apenas 15 anos, desenvolveu um site sobre milagres eucarísticos, provando que a fé e a tecnologia podem – e devem – caminhar juntas. 

Carlo é hoje um ícone que fala diretamente à juventude da era digital. Em meio aos desafios enfrentados por muitos jovens – como a busca por identidade, o uso excessivo das redes e a solidão mesmo em meio à hiperconectividade –, ele aponta uma direção: usar a tecnologia com propósito. Em vez de se perder no mundo virtual, ele o habitou com sentido. Ao invés de buscar fama, apontou para Deus. 

Diante desses dilemas cotidianos da juventude, o exemplo de Carlo ilumina um estilo de vida equilibrado, no qual a fé não é excluída da realidade digital, mas se torna também o seu fundamento. É urgente ensinar que redes sociais não são inimigas da espiritualidade. Com discernimento e valores sólidos, essas plataformas podem ser pontes de esperança. 

Carlo nos inspira a ser “influenciadores do bem”, com coragem, fé e criatividade. E você, como tem usado seu celular? 

ARTIGOS

A decadência ideológica do MST

23/04/2025 07h30

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Todos os anos, no mês de abril, o MST intensifica as ações em busca de maior visibilidade para a agenda da reforma agrária no Brasil. O período é escolhido para relembrar o chamado Massacre de Eldorado do Carajás, que resultou na morte de 21 pessoas. Mas o fato é que, apesar do forte potencial de apelo social, o movimento entrou em um claro processo de decadência ideológica junto à opinião pública e não encontra apoio popular significativo.

Essa percepção foi confirmada por meio de recente levantamento do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data. O resultado mostrou que apenas 32% dos brasileiros declararam estar de acordo ou apoiar as demandas no MST. Por outro lado, 66% afirmaram ser contrários às pautas do movimento, enquanto 2% não souberam ou não quiseram responder.

O Real Time Big Data também quis saber se o governo federal deve ajudar o MST. A essa pergunta, 62% responderam não, enquanto apenas 29% disseram sim e 9% não opinaram. Para finalizar, 70% dos cidadãos consultados acreditam que o apoio do governo ao movimento dos sem-terra não deve ajudar Lula nas eleições presidenciais de 2026. Apenas 22% consideraram que o apoio é eleitoralmente positivo e 8% não responderam.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. No total, 1.200 pessoas foram ouvidas entre os dias 15 e 16 de abril, em todas as regiões do País. Se considerarmos que Lula venceu as últimas eleições com mais de 50% dos votos, na prática, a pesquisa nos mostra que, mesmo para uma camada dos eleitores com perfil ideológico de esquerda, a imagem do MST é negativa.

A falta de apoio popular ao movimento dos sem-terra pode ser explicada por meio da análise de sua evolução histórica. O MST nasceu na década de 1980, defendendo a reforma agrária por meio da distribuição de terras ociosas a trabalhadores rurais. Na teoria, a mensagem era irretocável, mas ela acabou se perdendo na execução prática e as ocupações violentas ocorridas com o passar do tempo conferiram alta carga negativa ao MST.

Ainda estão vivas na memória das pessoas as notícias sobre propriedades invadidas, como, por exemplo, as fazendas da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da empresa Suzano Papel e Celulose.

Além disso, também vieram a público as listas com nomes das pessoas à espera de serem assentadas, manipuladas pelo movimento para participação de atos organizados. Tais erros de estratégia fizeram nascer entre os brasileiros o conceito de que o MST é político e radicalizado.

Mesmo assim, Lula não abre mão de sua ligação com o movimento e tem atuado para beneficiá-lo no atual mandato. Ele acredita que o MST seja um apoio importante para 2026, mas essa pode ser uma jogada arriscada, especialmente quando precisar sair em busca de votos dos eleitores de centro e indecisos. Não estamos mais na década de 1980, os tempos mudaram. E os cidadãos brasileiros sabem disso.

EDITORIAL

O mundo muda, e qual o nosso papel?

Em um mundo em transformação, não cabe mais olhar apenas para dentro. É preciso entender como o que acontece lá fora molda nossas decisões internas

23/04/2025 07h15

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Vivemos tempos de mudanças profundas. A geopolítica global e a economia internacional estão sendo redesenhadas em velocidade inédita. Essa transformação, iniciada de forma mais contundente durante o governo de Donald Trump, ainda reverbera. A tentativa de reequilibrar a balança comercial norte-americana levou o ex-presidente a declarar uma verdadeira guerra tarifária contra países que acumulavam superavit com os Estados Unidos, como China, Canadá e México. Esse movimento desencadeou uma série de reações em cadeia, que ainda hoje reconfiguram alianças comerciais, rotas de exportação e prioridades políticas.
Mas, em meio a esse cenário de rearranjos globais, onde entra um estado como Mato Grosso do Sul?

Distante dos grandes centros de decisão mundiais, o Estado parece, à primeira vista, pequeno demais para ser afetado por essas tensões internacionais. No entanto, como mostramos nesta edição, a realidade é bem diferente. O restante do mundo pode até parecer estar longe, mas seus impactos chegam aqui com força – e, surpreendentemente, com oportunidades.

Um exemplo claro está na reportagem especial que publicamos, que mostra como Mato Grosso do Sul pode se beneficiar do aumento das exportações para a China, em meio à disputa comercial entre Pequim e Washington. Quando gigantes brigam, abrem-se espaços. E o Estado tem encontrado nessa brecha uma chance concreta de ampliar sua presença no mercado asiático, especialmente com produtos do agronegócio e da cadeia da proteína animal.

Mas não é só isso. Há também mudanças estruturais em andamento que reposicionam Mato Grosso do Sul no mapa da logística e do comércio exterior. A construção da Rota Bioceânica, que liga Porto Murtinho ao norte do Chile, passando por Paraguai e Argentina, começa a ganhar um peso estratégico ainda maior. Em um mundo que busca diversificar caminhos e diminuir custos de transporte, essa rota terrestre se torna mais do que uma obra de infraestrutura: ela é um vetor de inserção global.

A razão para esse novo protagonismo está na abertura de uma conexão direta com os mercados asiáticos pelo Pacífico. Em vez de depender exclusivamente de portos do Sudeste ou do Sul do Brasil, produtores sul-mato-grossenses poderão acessar o mundo por um caminho mais curto e eficiente. A Rota Bioceânica não é apenas uma estrada: é uma ponte para um novo tempo econômico, mais integrado e competitivo.

Em função disso, Mato Grosso do Sul se vê diante de uma oportunidade rara. Um momento em que o local e o global se cruzam e em que o Estado pode – e deve – se posicionar com inteligência, estratégia e visão de futuro. A economia regional, os empreendedores, os produtores e os gestores públicos precisam estar atentos. As transformações são intensas, mas também oferecem novas possibilidades.

Por isso, o papel de cada um se torna essencial. Em um mundo em transformação, não cabe mais olhar apenas para dentro. É preciso entender como o que acontece lá fora molda nossas decisões internas. O futuro não espera – e Mato Grosso do Sul precisa estar pronto para fazer parte dele, como protagonista, e não como coadjuvante.

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