Polícia

COVID-19

Advogado de Mato Grosso do Sul vai ao CNJ contra juíza mineira que defende aglomerações

"Inconsequente", disse José Belga Trad sobre magistrada de Minas Gerais que defendeu aglomerações em plena pandemia

Continue lendo...

O advogado campo-grandense José Belga Trad representou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí (MG), por publicações dela nas redes sociais, em defesa de festas onde há aglomeração de pessoas.  

José Belga Trad alega que a magistrada cometeu infração ético-disciplinar quando se manifestou contra as recomendações das autoridades sanitárias. A representação foi protocolada no sábado (2).  

As punições previstas na representação feita por Belga Trad contra a juíza, caso sejam aceitas pelo Conselho Nacional de Justiça, vão desde uma simples advertência, a aposentadoria com vencimentos proporcionais ao período de contribuição.

“Eu penso que ela não foi moderada, tampouco guardou o decoro e o respeito aos doentes, às vítimas e familiares, ao incentivar e exaltar aglomerações, num momento em que a epidemia está em franco crescimento. Tampouco foi respeitosa com o Judiciário, que desde o início da pandemia não está funcionando com a sua plena capacidade, em prejuízo até da atividade jurisdicional, justamente para seguir as recomendações sanitárias de distanciamento”, alega José Belga.  

A juíza mineira usou seu perfil no Twitter durante viagem a Búzios, e publicou fotografias impulsionando a hashtag #AglomeraBrasil ao defender eventos com aglomeração de pessoas, mesmo em meio à escalada da pandemia.

Nas postagens, Ludmila Lins Grilo chega afirmar que a cidade fluminense não se entregou “docilmente ao medo, histeria ou depressão”, e complementou afirmando que o município de Búzios resiste à “estupidez”. 

Acompanhe as últimas notícias

“Inconsequência”

José Belga Tad, em sua representação, ainda argumenta que as unidades judiciárias devem zelar pela observância das orientações dos órgãos de saúde, especialmente o distanciamento físico, enquanto na outra ponta, a juíza incentivava as aglomerações.  

“Eu penso que as manifestações inconsequentes e irresponsáveis dela depõem contra a seriedade do Poder Judiciário”, disparou o advogado.  

Belga Trad também lembra que, além do prejuízo à saúde e à vida da população, a pandemia também prejudicou o andamento dos processos no Poder Judiciário.  

“Eu como advogado tive inúmeras audiências que já estavam marcadas desde muito antes da pandemia canceladas. Isso causou atraso aos processos, mas acho que foi uma contingência da pandemia e o Judiciário agiu corretamente ao cancelá-las”, disse.

O advogado campo-grandense afirmou que, diante de todo este contexto, resolveu agir. “Quando eu vi a manifestação dela, incentivando aglomerações (...) eu vi nisso um grande desserviço ao Judiciário e à sociedade e tomei a providência que estava ao meu alcance”, concluiu.

Em dezembro, a Justiça do Rio chegou a proibir a entrada de turistas, o acesso às praias e a circulação de táxis, carros de aplicativo e ônibus intermunicipais em Búzios na tentativa de evitar a disseminação do novo coronavírus no período de festas de fim de ano, quando o fluxo de viajantes na região é mais intenso. A liminar acabou derrubada pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Cláudio de Mello Tavares.

A reportagem entrou em contato com a juíza através do seu perfil na rede social, com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e com a Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí, mas não recebeu uma resposta até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto a manifestações. (Com Estadão Conteúdo)

Consequências

Especialistas temem que, por causa das festas de fim de ano, o número de casos e, consequentemente, de internações, aumente.  

Desde o início da pandemia, foram 7,7 milhões de casos no Brasil, e 196.018 mortes.  

Em Mato Grosso do Sul, somente nesta segunda-feira (4), foram contabilizadas 26 novas mortes. Há 566 pessoas hospitalizadas com a Covid-19, 286 em leitos de UTI.  

Em Campo Grande, a ocupação de leitos de UTI é de 99%.  

Em todo o Estado, o coronavírus já infectou 136.250 pessoas, sendo o mês de dezembro foi o com maior número de infecções: 34.700.  

A doença matou 2.398 em MS, sendo que dezembro foi o mês mais letal, com 563 vítimas.  

 

OPERAÇÃO BREAK OFF

Receita e Polícia Federal desmantelam mega-esquema de contrabando em MS

Organização criminosa contratava agentes de segurança pública para realizar o transporte de mercadorias, com o intuito de evitar a fiscalização estatal

28/11/2024 08h25

Operação Break Off, da Receita Federal e Polícia Federal

Operação Break Off, da Receita Federal e Polícia Federal DIVULGAÇÃO/PF

Continue Lendo...

Polícia Federal (PF) e Receita Federal desarticulam um mega-esquema de fornecimentos de eletrônicos importados de forma clandestina, nesta quinta-feira (28), durante a operação Break Off.

Conforme apurado pela reportagem, 76 policiais federais e 20 auditores-fiscais da Receita Federal cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Sonora (MS), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Barra do São Francisco (ES).

A Justiça também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de valores em contas bancárias dos envolvidos.

Operação Break Off, da Receita Federal e Polícia FederalAgentes de Polícia Federal e Receita Federal. Foto: divulgação/PF

Os mandados foram emitidos pela 5ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso. Os delitos foram identificados a partir da deflagração da operação Sign Off.

De acordo com a Polícia Federal, as apurações revelaram um intrincado esquema de fornecimento de eletrônicos provenientes do Paraguai e dos Estados Unidos, que eram revendidos no mercado informal em todo o Brasil.

O objetivo é desarticular três grupos de fornecedores que contratava agentes de segurança pública, para realizar o transporte de mercadorias, com o intuito de evitar a fiscalização estatal

Eles responderão pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As penas poderão passar de 20 anos de prisão.

OUTRA OPERAÇÃO

Polícia Civil prendeu um suspeito de contrabando, na fronteira Brasil/Paraguai, nesta semana, durante a Operação Renorcrim.

Operação Break Off, da Receita Federal e Polícia FederalDepartamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Foto: Marcelo Victor

Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) prendeu um homem de 40 anos, nesta terça-feira (26), em Ponta Porã, município localizado a 312 quilômetros de Campo Grande. Ele é suspeito de praticar crimes de contrabando na região de fronteira com o Paraguai.

Em 5 de setembro de 2024, ele foi flagrado transportando uma grande quantidade de cigarros contrabandeados de forma clandestina. Na ocasião, ele foi preso por contrabando, mas recebeu liberdade provisória.

Em 2 de outubro de 2024, ele foi flagrado por policias rodoviários federais transportando agrotóxico. Na ocasião, foi preso em flagrante, mas depois foi libertado novamente.

BANDIDAGEM

Trio faz casal refém, rouba caminhonete e leva veículo para Bolívia

Um foi preso e os outros dois comparsas seguem foragidos

26/11/2024 12h00

Joias, celulares, documentos e sapato apreendidos na casa do bandido

Joias, celulares, documentos e sapato apreendidos na casa do bandido Divulgação/Polícia Civil - MS

Continue Lendo...

Trio armado fez casal de refém, os manteve em cativeiro e roubaram caminhonete, joias, documentos e celulares, nesta segunda-feira (25), no Jardim Tarumã, em Campo Grande.

O veículo foi levado para a Bolívia. Um foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (26) e os outros dois fugiram para a fronteira.

Conforme apurado pela reportagem, homem de 37 anos e mulher de 35 anos foram abordados pelo trio de bandidos, armados, quando chegavam em casa, nesta segunda-feira (25), no bairro Tarumã.

O casal foi levado para uma área de mata e foram mantidos em cativeiro, até que seu veículo, uma caminhonete GM/S-10, fosse transportada até a Bolívia.

Eles foram liberados assim que houve a confirmação de que o automóvel tinha atravessado o país vizinho.

De acordo com a Polícia Civil, além da caminhonete, foram subtraídos três aparelhos celulares e algumas joias.

Após serem liberados, procuraram a Polícia Civil, que imediatamente iniciou investigação para identificar e localizar os criminosos.

E.T.S., de 19 anos, foi preso em flagrante, mas os outros dois comparsas seguem foragidos.

As investigações continuam para apurar a participação de outros envolvidos e localizar os outros dois autores.

CASO SEMELHANTE HÁ 1 ANO

Em 24 de novembro de 2023, dois homens, morreram em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMChoque) em Campo Grande, após roubarem caminhonete e manterem vítimas em cativeiro.

Os criminosos haviam assaltado duas pessoas e levado aparelhos celulares. Em seguida, se deslocaram em direção ao centro e renderam um senhor, que estava parado no semáforo em uma caminhonete Hilux, no cruzamento das avenidas Afonso Pena/Rui Barbosa.

Os ladrões tomaram posse do veículo e a vítima foi rendida, amarrada, feita de refém e levada para um cativeiro.

Dois criminosos permaneceram no cárcere privado e outro fugiu com a caminhonete em direção a Bolívia, via BR-262. A intenção era manter a vítima por cinco horas no cativeiro, até que a Hilux chegasse no país vizinho.

Os militares localizaram o veículo nas proximidades do Indubrasil e abordam o criminoso, que se entrega, é preso e confessa onde estaria a vítima e os outros dois comparsas.

O Batalhão de Choque se deslocou para o local e fez o cerco policial. Os ladrões saíram armados, um com simulacro e outro com arma de fogo, resistiram a abordagem e começaram a atirar contra a equipe policial, que revidou e baleou os bandidos.

Eles foram socorridos e encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Mônica, mas não resistiram e faleceram no local.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).