Polícia Civil aguarda o resultado do laudo necroscópico do corpo da médica veterinária, de 29 anos, que surtou e saiu correndo de um motel, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, na noite de ontem (16). Ela teria deitado embaixo de um caminhão parado e morrido ali, antes da chegada do socorro. Testemunhas dizem que ela espumava pela boca e estava muito agitada.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Ricardo Meirelles, da 3ª Delegacia de Polícia da Capital, este laudo será crucial para afunilar o linha investigativa do caso. “Nós estamos vendo se ela tinha alguma doença pré-existente, associada, ou se foi feito o uso de alguma substância; não podemos apontar necessariamente que foi feito o uso de substância entorpecente, poderia ter sido feito o uso de algum uso de alimentação e alguma reação alérgica; reação tóxica, nada está descartado”, revelou ele.
De acordo com ele, a dupla ficou cerca de três horas dentro do motel, até que ela saiu, em surto, do local. “Não foram alguns minutos.. [Eles não] ‘chegaram ali e algo não deu certo; não, [eles] passaram horas naquele quarto”, afirmou ele.
Meirelles disse que quatro funcionários do motel e alguns moradores que presenciaram toda a ação foram ouvidos informalmente e devem prestar depoimentos em breve. Segundo ele, a mulher estava em um “alto grau de agitação” e saiu correndo de dentro do local. Testemunhas disseram que a vítima saiu correndo e espumando pela boca, gritando o tempo todo, se jogando e rastejando pelo chão até entrar embaixo de um caminhão.
Na perícia, as autoridades encontraram quatro latas de cerveja, um frasco de descongestionante nasal e uma porção de cocaína. O caso inicialmente foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro, onde o advogado do empresário esteve no local. Porém, até o momento da entrevista, na tarde de hoje, ninguém havia procurado o delegado responsável.