Política

REVIRAVOLTA

Após federação ser abatida em pleno voo, tucanos já estão de olho no Republicanos

Presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja vê possibilidade com bons olhos e põe em dúvida deixar o ninho

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Pouco mais de uma semana após o PSDB realizar uma convenção nacional que aprovou a incorporação do Podemos, as duas legendas decidiram encerrar as negociações e descartaram fazer qualquer tipo de união, por falta de acordo sobre com quem ficaria o comando nacional do “novo” partido.

Diante dessa reviravolta política, o Correio do Estado procurou o presidente estadual tucano e tesoureiro nacional da sigla, o ex-governador Reinaldo Azambuja, para saber quais os caminhos que serão tomadas de agora em diante. O cacique do PSDB disse que ficou satisfeito com o ocorrido, revelando o novo foco da legenda.

“Vida que segue! Agora, vamos concentrar todos os nossos esforços para formar uma federação com o Republicanos”, declarou Azambuja à reportagem, explicando que é um consenso da executiva nacional do partido mirar essa nova federação, que ainda pode incluir o MDB e o Solidariedade.

“Quem sabe ainda até o próprio Podemos, já que, diferentemente de uma incorporação, haveria menos necessidade de disputa para o comando da nova estrutura”, analisou o ex-governador, que sairá candidato a senador da República no pleito do próximo ano em Mato Grosso do Sul.

Apesar de Azambuja não confirmar se ficará ou sairá do PSDB com essa nova possibilidade de ampla aliança com até quatro partidos, a chance de que ele e o governador Eduardo Riedel permaneçam no ninho tucano cresceu exponencialmente.

No entanto, tal fato pode frustrar os planos do PP, da senadora Tereza Cristina, e até do PL, do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, já que a parlamentar sul-mato-grossense dá como certa a filiação de Riedel, enquanto o segundo também conta com Reinaldo para as eleições de 2026.

A nova estratégia do PSDB é apostar em uma federação, que, diferentemente de uma fusão ou incorporação, pode ser desfeita após quatro anos e mantém a estrutura e a autonomia dos comandos internos de cada partido, ainda que seja preciso que as legendas tenham as mesmas posições nas eleições e no Congresso
Nacional.

Uma federação permite somar os resultados nas eleições para deputado federal de todos os partidos que a compõem, o que facilita ao grupo cumprir os requisitos da cláusula de desempenho, que limita quem pode ter Fundo Partidário e tempo de propaganda no rádio e na televisão.

VELHOS ADVERSÁRIOS

Na eventualidade de a federação com o Republicanos contar também com o MDB, Reinaldo Azambuja terá, pela primeira vez, o ex-governador André Puccinelli do mesmo lado na disputa pelo comando da Governadoria, já que, nas outras eleições para governador, os dois sempre estiveram em equipes antagônicas. 

Em 2014, quando Azambuja foi eleito para o primeiro mandato, André ficou do lado do ex-prefeito Nelsinho Trad (MDB), que não conseguiu avançar para o segundo turno, enquanto no pleito de 2018, quando o tucano foi reeleito, Puccinelli lançou o então deputado estadual Junior Mochi (MDB).

Já em 2022 o ex-governador lançou Riedel, que tirou o emedebista de ir para o segundo turno e acabou por derrotar também outro adversário, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

É fato que ambos estavam no mesmo barco na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, porém, nesse caso, o candidato de ambos, o deputado federal Beto Pereira (PSDB), acabou nem chegando ao segundo turno, perdendo para a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que acabou sendo superada pela atual prefeita Adriane Lopes (PP).

SAIBA

Atualmente, o PSDB está em uma federação com o Cidadania, mas, por discordâncias em inúmeros estados, essa união será desfeita quando perder a validade, ou seja, no começo de 2026. Dessa forma, o partido poderá formar uma nova federação com outros partidos, sem nenhum impedimento por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Política

Jair Bolsonaro diz que "é apaixonado" por Donald Trump

O ex-presidente afirmou que recebia tratamento de "irmão" por parte do presidente dos Estados Unidos

15/07/2025 17h00

Alan Santos / PR

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (15), que é "apaixonado" pelo presidente Donald Trump, pelos Estados Unidos e pela política norte-americana.

A declaração foi feita durante entrevista ao portal Poder360, na qual Bolsonaro também comentou a recente decisão do governo norte-americano de aplicar tarifas de 50% aos produtos brasileiros.

"O que passa na cabeça do Trump, eu não sei. Eu gosto dele, sou apaixonado por ele, pelo povo americano, pela política americana, pelo país que são os Estados Unidos", disse Bolsonaro.

Mais cedo, Trump disse que não é amigo de Bolsonaro, mas voltou a criticar a investigação sobre a tentativa de golpe contra o ex-presidente brasileiro.

PGR pede condenação de Bolsonaro

A entrevista aconteceu após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentar, na noite de segunda-feira (14), o pedido de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por cinco crimes:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça;
  • contra o patrimônio da União;
  • considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

O parecer de Gonet tem 517 páginas e também pede a condenação do deputado Alexandre Ramagem, do almirante Garnier Santos, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e dos ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno.


O parecer de Gonet também pede a condenação do deputado Alexandre Ramagem; do almirante Garnier Santos; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e dos ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno.

Nas mais de 500 páginas do documento, o procurador diz que Bolsonaro é o "líder da organização criminosa" denunciada, "por ser o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito".

Segundo o PGR, o ex-presidente "instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, um esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório".

"Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias. A sua atuação, pautada pela afronta à legalidade constitucional e pela erosão dos pilares republicanos, teve por objetivo último sua continuação ilegítima no comando do país e o enfraquecimento das instâncias públicas, em negação do princípio da alternância democrática, da soberania popular e do equilíbrio entre os Poderes", diz o procurador-geral nas alegações finais.
 

** Com Agência Estado

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Riedel e Adriane vão investir R$ 120 milhões em obras para o aniversário de Campo Grande

O anúncio deve ocorrer no dia 4 de agosto, onde serão anunciados os detalhes da programação para o dia 26 de agosto e as obras

15/07/2025 16h45

Reunião entre Riedel e Adriane deve aprovar presente de aniversário de R$120 mi para a Capital

Reunião entre Riedel e Adriane deve aprovar presente de aniversário de R$120 mi para a Capital Divulgação

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A reunião que aconteceu na noite de ontem (14) no gabinete da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) teve como foco principal a agenda comemorativa dos 126 anos da Capital do estado, que é celebrado no dia 26 de agosto. 

O Correio do Estado apurou que, no encontro, foram discutidos assuntos que tratam do investimento de aproximadamente R$ 120 milhões em infraestrutura na Cidade Morena. 

O investimento faz parte de obras que fazem parte do “pacote” de aniversário da cidade, com investimentos nas áreas de lazer, saúde, educação, mobilidade e, principalmente, infraestrutura. 

O anúncio oficial dos investimentos para o aniversário da cidade está previsto para acontecer no dia 4 de agosto, em uma agenda pública entre os representantes. 

Como noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, Adriane Lopes já havia se reunido com seu secretariado para definir as prioridades para a celebração.

Ficou acertado que as prioridades da data serão a reabertura da Morada dos Baís, o retorno da “Noite da Seresta”, a reinauguração do Teatro do Paço Municipal José Octávio Guizzo, revitalização do CRAS Guanandi, inauguração do CRAS Dom Antônio Barbosa e revitalização de mais de 100 praças públicas. 

Na época, Adriane disse que a data é mais que uma celebração, mas “um momento de prestar contas à população.” 

“Teremos retomada de projetos e ações tradicionais que vão impactar diretamente a vida das pessoas. Somos uma metrópole vibrante, que abre os braços e recebe com afeto todos que aqui chegam para somar e construir. Capital brasileira com menor índice de desocupação, o progresso acontece em cada esquina, transformando sonhos em concreta realidade”, afirmou a prefeita. 

Segundo ela, Campo Grande chega aos 126 anos com ascensão econômica e socialmente, tendo como principal característica, a conexão entre a natureza e a qualidade de vida. 

 Sobre a reunião da noite de ontem, Adriane afirmou que se tratou de uma visita institucional, uma “cortesia”. Foi a primeira vez em que Adriane e Riedel se reúnem institucionalmente em 2025, em seu primeiro mandato como chefe municipal. 

Ela também ressaltou que está dialogando com o governador para que possam se reunir em breve na Câmara de Vereadores e o Poder Executivo sobre assuntos como o MS Ativo, o programa do Governo do Estado que estabelece a liberação de demandas municipais em colaboração com os gestores estaduais. 
 

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