Política

ELEIÇÕES 2024

Câmara de Campo Grande teve renovação de 50%, mas nem tanto

Dos 29 vereadores eleitos na Capital, 15 são novas caras quando comparadas com a última eleição, mas cinco já ocuparam o cargo em oportunidades passadas

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Além deste domingo (6) ter definido as candidatas para o segundo turno para a prefeitura, foram eleitos os vereadores que irão representar seu partido e a população na Câmara Municipal de Campo Grande, dos quais 29 foram eleitos e 15 são caras novas, mas nem tanto.

O mais conhecido do povo campo-grandense nesta eleição para vereador, Marquinhos Trad (PDT) foi o mais votado para o pleito, com 8.567 votos, e volta ao cargo que ocupou de 2004 a 2006, após sair para concorrer a Deputado Estadual de Mato Grosso do Sul, mas sem sucesso. Como é de conhecimento da maioria da população, Marquinhos foi prefeito de Campo Grande (2017 a 2022), deputado estadual (2010 a 2016) e já tentou ser governador na última eleição, mas não foi eleito.

Outro que volta a ser vereador da Capital é Herculano Borges (Republicanos), eleito com 4.119 votos. Ocupou o mesmo cargo de 2008 a 2014, representando o Partido Social Cristão (PSC), agora incorporado ao Podemos (PODE). Também já foi Deputado Estadual por Mato Grosso do Sul, eleito em 2018, do qual não conseguiu reeleição em 2022. De fevereiro a abril deste ano, foi diretor-presidente da Fundesporte.

Na sua quinta candidatura para vereador, o Veterinário Francisco (União), antes conhecido como Chico do CCZ, foi novamente eleito vereador, com 6.371 votos. Em 2016, representando o PSB, Francisco foi eleito, após duas tentativas sem sucesso, em 2008 e 2012, e em 2020 tenta novamente para vereador e não consegue. Em 2022 também tentou para deputado estadual, mas não obteve sucesso.

André Salineiro (PL) foi o 13º mais votado para vereador, com 4.782 votos, e é outro que volta ao cargo, após seis anos. Em 2016, foi candidato pelo PSDB e eleito o vereador mais bem votado na cidade, após fracassar em 2014, quando tentou para deputado estadual, do qual também fracassaria novamente em 2018.

Por último dentre aqueles que voltam a ser vereadores, Lívio Viana de Oliveira Leite, conhecido somente como Doutor Lívio (União), foi eleito com 3.636 votos. Essa é a quinta eleição (três para vereador e duas para deputado estadual) que ele tenta, mas só em 2016 obteve sucesso, do qual não conseguiu reeleição em 2020. Em maio deste ano, foi o suplente escolhido para substituir Claudinho Serra (PSDB).

Dos 29 vereadores que atualmente têm mandato, apenas o Professor André Luís (PRD) não tentou a reeleição, enquanto os outros 28 se candidataram. Tiago Vargas teve a candidatura anulada sob júdice, mas mesmo assim teve 2.895 votos. A maioria dos eleitos é do sexo masculino, sendo apenas duas mulheres eleitas: Luiza Ribeiro (PT) e Ana Portela (PL).

Confira todos os vereadores eleitos em Campo Grande:

  • Marquinhos Trad (PDT)
  • Rafael Tavares (PL)
  • Carlão (PSB) - reeleição
  • Silvio Pitu (PSDB) - reeleição
  • Veterinário Francisco (União Brasil) - reeleição
  • Fábio Rocha (União Brasil)
  • Professor Riverton (PP) - reeleição
  • Junior Coringa (MDB) - reeleição
  • Dr. Victor Rocha (PSDB) - reeleição
  • Professor Juari (PSDB) - reeleição
  • Flávio Cabo Almi (PSDB)
  • Luiza Ribeiro (PT) - reeleição
  • André Salineiro (PL)
  • Papy (PSDB) - reeleição
  • Ana Portela (PL)
  • Neto Santos (Republicanos)
  • Maicon Nogueira (PP)
  • Delei Pinheiro (PP) - reeleição
  • Wilson Lands (Avante)
  • Herculano Borges (Republicanos) 
  • Beto Avelar (PP) - reeleição
  • Dr. Jamal (MDB) - reeleição
  • Landmark (PT)
  • Clodoilson Pires (Podemos) - reeleição
  • Jean Ferreira (PT)
  • Dr. Lívio (União Brasil)
  • Ronilço Guerreiro (Pode) - reeleição
  • Leinha (Avante)
  • Otávio Trad (PSD) - reeleição

Vereadores que se candidataram mas não foram reeleitos:

  • Ayrton Araújo (PT)
  • Betinho (Republicanos)
  • Coronel Vilassanti (União Brasil)
  • Dr. Loester (MDB)
  • Dr. Sandro Benites (PP)
  • Edu Miranda (Avante)
  • Gian Sandim (PSDB)
  • Gilmar da Cruz (PSD)
  • Prof. João Rocha (PP)
  • Marcos Tabosa (PP)
  • Valdir Gomes (PP)
  • William Maksoud (PSDB)
  • Zé da Farmácia (PSDB)
  • Tiago Vargas (PP)

*Colaborou Glaucea Vaccari

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CAMPO GRANDE

Nem dinheiro nem tempo de TV conseguiram salvar tucano

Terceiro colocado, Beto Pereira gastou 189% mais e teve o triplo do tempo no horário gratuito na comparação com a primeira colocada, a prefeita Adriane Lopes

07/10/2024 10h50

Embor tenha conquistado pouco mais de um quarto dos votos válidos em Campo Grande, Beto Pereira acabou ficando em terceiro lugar

Embor tenha conquistado pouco mais de um quarto dos votos válidos em Campo Grande, Beto Pereira acabou ficando em terceiro lugar Marcelo Victor

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Nem a quantidade de tempo no horário eleitoral gratuito nem o dinheiro foram decisivos para definir o rumo das eleições para a prefeitura de Campo Grande neste domingo (06). O candidato tucano, que ficou em terceiro, gastou 189% mais e teve o triplo do tempo na TV na comparação com a primeira colocada.

Embora as declarações oficiais nem sempre sejam condizentes com aquilo que realmente é gasto na campanha eleitoral, os números do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostram que o custo per capito de cada voto obtido pelo candidato Beto Pereira (PSDB) foi 253,6% maior que o custo do voto da candidata Adriane Lopes (PP) na disputa pela prefeitura de Campo Grande. 

Cada voto de Beto Pereira custou R$ 77,10. A primeira colocada, Adriane Lopes, gastou R$ 21,8 por voto. Rose Modesto, que ficou em segundo lugar e foi para o segundo turno, gastou R$ 46,50 por voto, conforme os números divulgados até agora no site do TRE, que ainda são passíveis de alteração.

Conforme dados disponíveis no site da Justiça Eleitoral, o tucano Beto Pereira gastou R$ 8,911 milhões e conseguiu 115.616 (25,96%) votos neste domingo (6). Os gastos da candidata Rose Modesto (União) foram um pouco menores, de R$ 6,118 milhões, os quais garantiram 131.525 votos (29,96).  

Enquanto isso, a primeira colocada declarou desembolsos de R$ 3,081 milhões e ao final da apuração os dados do TRE mostraram que havia conseguido 140.913 votos (31,67%). A quarta colocada, Camila Jara (PT), por sua vez, informou ter investido R$ 1,261 milhão na campanha e acabou conquistando 41.966 (9,46%) votos, o que equivale a R$ 30,00 por voto.

HORÁRIO GRATUITO

No caso do horário eleitoral gratuito, o cenário foi muito parecido. Enquanto que Beto Pereira tinha 4 minutos e 58 segundos, a candidata Adriane Lopes teve apenas um minuto e 17 segundos. Rose Modesto conseguiu um pouco mais, um minuto e 35 segundos. A quarta colocada, Camila Jara, dispunha de um minuto e 45 segundos. No segundo turno, que começa na sexta-feira (11) os tempos serão iguais, de cinco minutos. 

A principal explicação para a diferença é que o tucano conseguiu apoio de partidos como PL, MDB,  Podemos, Republicanos, PSB e PSD. Todos com grande representatividade na Câmara dos Deputados. 

Adriane Lopes, que na última hora perdeu o PL, teve apoio apenas do Avante e PRD, além do seu próprio partido, o PP.  Algo parecido ocorreu com a candidata Rose Modesto. Além do União Brasil, teve apoio somente do PDT. A petista Camila Jara contava também com o PCdoB e PV, que pouco acrescentaram no tempo de rádio e TV. 


 

Eleições 2024

Número de prefeitas sobe de cinco para 13 em MS

Além dos doze municípios com mulheres eleitas, Campo Grande tem duas mulheres disputando o segundo turno

07/10/2024 09h45

Gerolina da Silva Alves, do PSDB, foi a única a ser reeleita

Gerolina da Silva Alves, do PSDB, foi a única a ser reeleita Reprodução: Redes sociais

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Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 12 tiveram mulheres eleitas prefeitas, e como Campo Grande tem duas candidatas disputando o segundo turno, já é possível afirmar que o estado terá 13 mulheres no comando do executivo municipal - número que corresponde a 16,4% do total.

Nas eleições municipais passadas, apenas cinco candidatas haviam sido eleitas: Rhaiza Matos (PSDB), em Naviraí; Gerolina da Silva Alves (até então do PSD), em Água Clara; Clediane Matzenbacher (DEM), em Jardim; Ilda Salgado Machado (PSD), em Fátima do Sul; e Marcela Ribeiro Lopes (PSDB), em Corguinho.

No entanto, atualmente, oito mulheres são chefes do executivo municipal, sendo que duas delas eram vice-prefeitas e assumiram o cargo no meio da gestão: Adriane Lopes (PP), em Campo Grande, a vice de Marquinhos Trad, que deixou o cargo em abril de 2022 para concorrer como governador; e Zenaide Espíndola Flores (MDB), em Laguna Carapã, vice de Ademar Dalbosco, que assumiu o cargo em 2023, após o até então prefeito morrer.

Já Vanda Camilo (PP) se tornou prefeita de Sidrolândia em 2021, após o prefeito eleito, Daltro Fiúza, ter sido impugnado. Vanda era presidente da Câmara do município, e assumiu inicialmente como prefeita interina, cargo que ocupou por 6 meses. Depois, foi eleita em eleições suplementares

Sendo assim, pode-se afirmar que de 2024 para 2025, o número de prefeitas em atividade no estado saltará de oito para 13.

Prefeitas Eleitas

Das prefeitas já em atuação citadas acima, apenas Gerolina da Silva Alves (PSDB) foi reeleita, e irá continuar no cargo em Água Clara.

Além dela, Adriane Lopes (PP) também pode conquistar a reeleição em Campo Grande, caso vença o segundo turno, que será disputado no dia 27 de outubro contra Rose Modesto (União Brasil).

Dentre as mulheres, a mais votada foi Wanderleia Caravina, em Bataguassu, que recebeu 75,8% dos votos. Confira a lista completa:

Água Clara

  • Gerolina (PSDB) - 74,82% - reeleita

Aral Moreira

  • Dra. Elaine (MDB) - 54,80%

Bataguassu

  • Wanderleia Caravina (PSDB) - 75,81%

Bodoquena

  • Girleide (MDB) - 73,97%

Brasilândia

  • Márcia Amaral (PSDB) - 61,30%

Campo Grande

  • 2º turno - Adriane Lopes (PP) 31,67% e Rose Modesto (União Brasil) 29,56%

Caarapó

  • Professora Lurdes (PL) - 55,33%

Coronel Sapucaia

  • Niágara Kraievski (PP) - 42,10%

Douradina

  • Nair Branti (PSD) - 53,96%

Eldorado

  • Fabiana (PP) - 51,37%

Jateí

  • Cileide Cabral (PSDB) - 50,05%

Mundo Novo

  • Rosária (PSDB) - 56,18% 

Sonora

  • Clarice (MDB) - 59,93%

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