Política

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Em busca do gol

Em busca do gol

Redação

04/05/2010 - 07h05
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 Márcio Maio, TV Press

A um mês do fim do primeiro semestre, a Band apresenta sua nova grade com poucas novidades se comparada aos anos anteriores. No lugar de grandes contratações, 2010 parece ser mesmo um ano voltado para a exibição da Copa do Mundo e também para uma mudança estratégica que vem sendo usada pelas concorrentes SBT e Record: tentar batalhar pela vice-liderança na audiência com séries importadas às 20h, quando a concorrente Globo exibe a novela das oito. “Nós brigamos com todas por esse espaço, não é com uma e com outra. Acho que as séries já são uma tendência na programação de muitos países e são cada vez mais bem aceitas aqui”, avalia Hélio Vargas, diretor artístico e de programação da emissora.

Os investimentos, da ordem de mais de R$ 400 milhões, garantem, no primeiro semestre, a estreia de dois programas e uma nova temporada do humorístico “É tudo improviso”, que se saiu bem mantendo a audiência de segunda-feira no período de férias do “CQC – custe o que custar”. E por falar neste, dois de seus “Meninos de preto” passam a ter jornada dupla na emissora. Rafinha Bastos encabeça o time de escolhidos para serem quase cobaias dos temas abordados em “A liga”, formato importado da produtora argentina Cuatro Cabezas. No programa, ele, Thaíde, Débora Vilalba e Rosanne Mulholland vivenciam situações como morar na rua e enfrentar problemas derivados de variações climáticas, por exemplo. “Assim que eu vi a versão original, disse para a direção da Band que, se quisessem fazer por aqui, eu queria participar”, entrega Rafinha. Já Marco Luque está escalado para o “talk show” “O formigueiro”, ainda sem definição de estreia. “Não sei ainda o que posso adiantar sobre o projeto”, desconversa.

No pacote de séries para o horário nobre, os grandes destaques são as elogiadas internacionalmente “A família soprano” e “Band of Brothers/Irmãos de Guerra”, superproduções da HBO. Além delas, estreiam na grade “Bones” e “Dark Angel/Gangues da noite”, da Fox; “Complete Savages/Que dureza”, realizada pelos mesmos produtores de “Os Simpsons”; e “Leverage/Acerto de contas” e “Burn Notice/Queima de arquivo”, ambas inéditas na tevê aberta. Mas uma série nacional, gravada no Rio e escrita por Domingos de Oliveira, já está em produção. Trata-se do “sitcom” “Anjos do sexo”. “É um retrato divertido das dificuldades que existem nas relações entre as pessoas”, adianta Carolina Aguiar, que protagoniza o projeto.

A contratação mais relevante feita em 2009 para ser lançada em 2010 parece ser mesmo a do jornalista Marcelo Rezende. Depois de passagens pela Record, Rede TV! e Globo, o apresentador media discussões a respeito de crimes polêmicos e já resolvidos pela Justiça sob o olhar policial. Algo bem semelhante ao que fez em sua passagem pela Globo, à frente do policial “Linha direta”. Mas ele jura que os dois projetos são diferentes, mesmo diante de coincidências como a mistura de dramaturgia com jornalismo para descrever os crimes. “No ‘Linha direta’, os atores nem falavam”, tenta justificar.
Para a Copa, a grande aposta da emissora é a apresentadora Renata Fan. Como só a Band e a Globo têm os direitos de exibição dos jogos mundiais entre as redes abertas, os detalhes que diferenciam a cobertura de ambas ganham cada vez mais importância. E no caso da ex-assistente de palco de Milton Neves, o olhar feminino pode ser um trunfo na hora de ancorar o evento direto da África. “Futebol não é só acompanhar a bola, é um espetáculo maior. Vou tentar trabalhar isso enquanto estiver lá”, analisa a ex-miss Brasil 1999.

Outros novos programas estão previstos, mas também sem definições em relação às datas. “Busão do Brasil” é um “reality” produzido em parceria com a Endemol Brasil que confina 12 jovens em um ônibus, percorrendo o País. Já “Polícia 24 horas” promete explorar o cotidiano da Polícia Militar e Civil de São Paulo. Algo bem parecido com o que a Rede TV! faz no “Operação de risco”, exibido às segundas. Outros três novos projetos serão apresentados a Daniella Cicarelli e Adriane Galisteu e as duas vão escolher qual deles preferem apresentar. Adriane, que só volta à grade da emissora em outubro, depois de dar à luz seu bebê, deve optar pelo game “The Phone”. Já Cicarelli ainda não sabe seu futuro. Só não pretende ficar fora do ar por muito tempo. “É claro que eu não fico confortável, tenho vontade de voltar, mas sei que a empresa está pensando nisso com cuidado”, entrega.

Política

Adriane Lopes entra na Justiça para reverter aumento de 96% do próprio salário

A prefeita de Campo Grande ingressou, nesta quarta-feira (15), com um pedido de suspensão da lei que aumenta o salário dela de R$ 21,2 mil para R$ 41,8 mil a partir de fevereiro

16/01/2025 17h00

Arquivo Correio do Estado

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Após ter um aumento de salário de 96,8%, por meio de medida aprovada no dia 28 de fevereiro de 2024 na Câmara Municipal de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) ingressou na Justiça com uma ação na tentativa de barrar o reajuste.

Como acompanhou o Correio do Estado, a medida foi aprovada no ano anterior por 26 votos favoráveis e dois contrários. Com isso, no primeiro mês do segundo mandato, o salário da prefeita passará de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,48.

Além do salário dela, todo o primeiro escalão e vários servidores de diversas secretarias também terão direito ao reajuste salarial. Com a enxurrada de críticas, a chefe do Executivo Municipal chegou a se opor ao próprio aumento e sugeriu que recorreria à Justiça para tentar impedir o reajuste.

Caso não conseguisse, pretendia manter o salário atual de R$ 21.263,62 e doar o restante para instituições das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.

No texto da ação direta de inconstitucionalidade, foi apresentado o projeto de autoria da Mesa Diretora da Câmara, que também aumenta os seguintes salários:

  • Prefeito(a): R$ 41.845,48
  • Vice-prefeito: R$ 37.658,61
  • Secretários Municipais: R$ 35.567,50
  • Dirigentes de autarquias: R$ 35.567,50

"É importante destacar que o projeto de lei que fixou os subsídios é de competência exclusiva da Câmara Municipal de Campo Grande, conforme previsão contida no artigo 23, inciso VII, da Lei Orgânica do Município, e no inciso V, do parágrafo único do art. 152, do seu Regimento Interno."

Embora a Constituição Federal permita que os subsídios de prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais sejam fixados por lei da Câmara Municipal, a alegação é de que não houve estudo sobre o impacto orçamentário-financeiro.

"Como se vê no documento anexado à f. 13 do Projeto de Lei n.º 10.879/2023, ele não traz qualquer informação sobre a estimativa do impacto orçamentário-financeiro do aumento dos subsídios no exercício de 2025, considerando a sua vigência a partir de 1.º deste ano, e muito menos dos dois anos subsequentes. Isso caracteriza expressamente o vício apontado, uma vez que o documento anexado não cumpre o regramento do artigo 113 da ADCT."

Ainda, segundo o procurador-geral do município, Marcelino Pereira da Silva, o intuito da medida cautelar contra o aumento salarial tem como base os prejuízos que podem acabar sendo causados à economia do município, afetando desde a reestruturação de órgãos municipais até a aplicação de verbas em outros setores de interesse da população.

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PREFEITURA

Com pouco dinheiro em caixa, Dourados pode atrasar salários

O prefeito prometeu conseguir recursos para quitar a folha deste mês até o dia 30, ou seja, antes do 5º dia útil de fevereiro

16/01/2025 08h00

O prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), enfrenta problemas com as despesas do município

O prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), enfrenta problemas com as despesas do município Foto: Divulgação

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Com quase 10 mil servidores públicos, entre ativos e inativos, a prefeitura municipal de Dourados não tem até o momento recursos necessários para honrar os R$ 52 milhões referentes à folha de pagamento deste mês do funcionalismo – que tem de ser quitada até o quinto dia útil do mês que vem.

“Hoje, não tem dinheiro para pagar, mas vou conseguir. Não vou deixar atrasar o salário e pretendo pagar dentro deste mês ainda”, disse ontem o prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), ao Correio do Estado, revelando que pegou o Executivo municipal com o cofre praticamente vazio.

Para honrar o compromisso, o gestor tucano deve deixar de pagar os fornecedores e, além disso, suspendeu todas as contratações e exonerou mais de 600 comissionados: “A verdade é o seguinte, não precisa desse número enorme de comissionados que tinha. Isso é fato”.

Segundo ele, “o serviço público, de uma forma geral, se acostumou a tratar a prefeitura como se fosse a ‘Casa da Mãe Joana’”.

“Todo mundo vai para lá, mesmo não tendo serviço, mesmo não tendo trabalho, só para ganhar o salário no fim do mês, indicado por fulano ou por ciclano. Isso na minha administração não vai existir”, avisou o prefeito.

Outra medida para equilibrar as contas do Executivo municipal será a revisão de projetos da antiga gestão e de contratos de empréstimo, como os que foram feitos com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).

COFRE VAZIO

O Correio do Estado apurou que, atualmente, a prefeitura de Dourados tem no cofre cerca de R$ 15 milhões, ou seja, há um deficit de R$ 37 milhões. Portanto, para conseguir saldar a folha deste mês do funcionalismo, o chefe do Executivo terá de levantar o restante com a arrecadação própria.

A princípio, Marçal Filho espera boa parte desse montante via pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da parcela que o governo estadual repassa do pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Com esses recursos, o prefeito espera depositar o pagamento do salário deste mês dos servidores até o dia 30 para ser sacado no dia seguinte, mesmo tendo até o dia 7 de fevereiro para efetuar o pagamento.

A reportagem levantou que o montante de R$ 15 milhões poderia ser maior, porém, o Executivo municipal teve de pagar, na terça-feira, R$ 7.812.726,30 para a Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), que administra o Hospital da Vida e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas.

Parte do dinheiro foi usado para pagar a folha de dezembro do ano passado dos 712 servidores, mais médicos e prestadores de serviço – cerca de R$ 1,6 milhão –, enquanto o restante – R$ 6,2 milhões – foram para o custeio das duas unidades de saúde e compra de insumos.

O Correio do Estado apurou que o ex-prefeito de Dourados Alan Guedes (PP) teria deixado para o atual prefeito cerca de R$ 160 milhões de dívidas para serem pagas a curto prazo, incluindo restos a pagar, como encargos previdenciários e consignados, bem como a Funsaud.

No caso específico da Funsaud, a atual gestão municipal teve de habilitar os novos responsáveis junto às instituições financeiras e ao Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), caso contrário, os servidores, os médicos e os prestadores de serviços continuariam sem receber a folha de dezembro.

De acordo com levantamento da reportagem, a dívida da Funsaud estaria em torno de R$ 100 milhões e, por isso, o prefeito deve solicitar uma auditoria para verificar o número de servidores necessários, bem como o rombo existente.

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