Política

ELEIÇÕES 2020

A+ A-

Facebook, Instagram e WhatsApp fecham cerco a políticos que apostam em fake news

Nestas eleições, usuários poderão optar por não visualizar propaganda política nas redes sociais; Whats App lança ofensiva contra disparos em massa

Continue lendo...

O Facebook, proprietário de três das quatro maiores redes sociais em operação no Brasil, fechará o cerco contra os políticos que dependem de notícias falsas e disparos em massa para fazer propaganda eleitoral e obter votos nas eleições.  

Em ano de pandemia, em que a campanha será majoritariamente nas plataformas virtuais, a gigante de tecnologia – controladora de três das quatro principais redes sociais e aplicativos de mensagens em território brasileiro: Facebook, Instagram e o WhatsApp – estabelecerá limites para impedir que os usuários sejam expostos a propaganda política indesejada. A empresa também apertou ainda mais as restrições aos disparos em massa, prática ocorrida nas eleições de 2018 e que levou à abertura de várias investigações.  

O Facebook também ampliou a parceria com veículos de imprensa (o Correio do Estado é um dos parceiros) e com consórcios de checagem de informações, como o Projeto Comprova, do qual o Correio também faz parte.  

 

Opção

No Facebook e no Instagram, são duas as principais novidades. A primeira delas, é a criação do termo “pago por” ou “propaganda eleitoral”, que aparecerá logo acima da publicação. A intenção é deixar explícito para o usuário que se trata de um ato de campanha.

O usuário do Facebook e do Instagram que não desejar ver propaganda política também terá um botão específico, no qual poderá definir que anúncios de candidatos não apareçam em sua linha do tempo (timeline).  

O Facebook ainda vai aumentar a transparência sobre as informações referentes à campanha eleitoral. O usuário agora poderá clicar em um botão de contexto que, entre outras coisas, fornece informações sobre artigos no feed de notícias, se a página mudou de nome, e avisa se a publicação foi feita há mais de 90 dias.  

 

Carimbo de fake news

Facebook e Instagram vão inserir rótulos acima das publicações que apresentarem notícias falsas. A ferramenta vai começar a funcionar em outubro.  

Agências independentes de checagem, como Projeto Comprova e Aos Fatos, entre outras, vão atribuir o selo de falso à notícia, que será borrada e trará um aviso de que a informação não procede.  

A publicação com o selo de falso ainda contará com um link por meio do qual a agência parceira do Facebook desmentirá a fake news. Se ainda assim um usuário tentar compartilhar a notícia improcedente, um pop-up vai alertá-lo de que o conteúdo que ele quer replicar não é verdadeiro. 

WhatsApp

Outro aplicativo que permite o compartilhamento de mensagens e promete impedir ao máximo a propaganda eleitoral ilegal nestas eleições é o WhatsApp. A principal iniciativa do maior aplicativo de mensagens do planeta, que tem 2 bilhões de usuários no mundo, 120 milhões deles no Brasil, foi a criação de ferramentas que impedirão disparo em massa de mensagens, como os que ocorreram em 2018 e foram objeto de investigação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal Federal (STF).  

As restrições acompanham a tendência iniciada em 2018. Em 2019, o compartilhamento de mensagens em massa foi reduzido a no máximo 30 e neste ano a no máximo 5.

Também há dois selos para mensagens cuja autoria não é do titular da conta. Uma flecha que funciona como símbolo de compartilhamento indicará que ela ainda foi pouco compartilhada. Quando houver duas flechas, significa que as mensagens foram alvo de compartilhamentos massivos.  

Desde que estas ferramentas que reduzem a viralidade foram validadas, o compartilhamento simples de mensagens caiu 30% no Brasil, e das mensagens de flecha dupla até 70%, informa Dario Durigan, diretor de Políticas Públicas do WhatsApp.  

 

Lupa

O WhatsApp também vai permitir que o usuário cheque a veracidade da notícia que for compartilhada. Uma lupa, que aparecerá ao lado da mensagem, abrirá caminho para uma pesquisa da notícia.  

“Para isso, nós estabelecemos uma parceria com as principais agências de checagem do Brasil e renovamos, por exemplo, a parceria com o Comprova, o que me alegra muito”, conta o diretor de Políticas Públicas do WhatsApp.  

Durigan também ressalta que a criptografia de ponta a ponta, uma das principais características de segurança da plataforma de comunicação, continua intocada. “Somente quem envia e recebe uma mensagem tem acesso ao conteúdo desta mensagem. Nenhum terceiro externo pode acessar ou moderar este conteúdo”, explica Durigan.  

 

Banimento

Durigan também explica que o WhatsApp incentiva os usuários a denunciarem o compartilhamento de notícias falsas e os disparos em massa. Segundo ele, há espaços específicos nas configurações, que permitem fazer as denúncias.  

Por isso, ele ressalta que o usuário é o maior fiscal do aplicativo e da propaganda eleitoral que é veiculada nele. “O usuário tem de ser parte deste processo. Quando se compartilha informação com seus amigos, com os grupos de pessoas mais próximas, é importante checar a informação para não compartilhar conteúdo que tenha nítido carácter de desinformação”, conclui, acrescentando que qualquer pessoa que compartilhar fake news na plataforma pode ser banida dela.

NÚCLEO POLÍTICO

Riedel demonstra força e confirma mais da metade dos prefeitos de MS em evento

Os gestores municipais participarão do lançamento do Programa Municipalismo Ativo na próxima segunda-feira

19/04/2024 08h00

O governador Eduardo Riedel reunirá os prefeitos de MS na Capital Foto: Arquivo / Correio do Estado

Continue Lendo...

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), promoverá na próxima segunda-feira (22), o evento mais abrangente de sua administração, desde que ela teve início, em janeiro de 2023. 

Até ontem à tarde, 75 dos 79 prefeitos do Estado já haviam confirmado presença no evento, que será realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. 

O evento em questão é o lançamento do programa MS Ativo Municipalismo. 

O evento que será liderado por Eduardo Riedel resulta de centenas de reuniões e encontros que o governador de Mato Grosso do Sul teve com prefeitos, vereadores e outras lideranças comunitárias, para alinhar as diretrizes do programa. 

O Municipalismo Ativo começou a ser construído por Eduardo Riedel quando o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) comandava a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) no ano passado, e foi concluído neste ano, já sob a liderança do atual secretário Rodrigo Perez. 

Ao contrário dos outros programas que usavam o termo municipalismo, lançados na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), antecessor de Eduardo Riedel, a versão atual do programa chega repaginada. 

Ela não tem o foco ajustado apenas para a realização de obras, mas para investimentos em áreas diversificadas. 

No programa que será lançado na próxima segunda-feira, Riedel espera espalhar para os municípios o conceito que vem aplicando em sua administração e que virou um mantra entre os servidores e secretários: o da transversalidade. 

O Municipalismo Ativo contemplará investimentos em educação, saúde, em áreas sociais, além da própria infraestrutura. 

A ajuda do governo também não é de graça, é preciso uma contrapartida, que não é financeira: os prefeitos devem se comprometer a melhorar os indicadores de seus municípios, e a fiscalização da melhoria dos indicadores e do acompanhamento dos processos é feita pelo próprio governo, tendo como líder neste processo a Controladoria Geral do Estado. 

Mas o evento, claro, vai muito além da técnica. Riedel tem tudo para reunir quase todos os prefeitos de Mato Grosso do Sul na próxima segunda-feira no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, a partir das 16h30. 

Nos bastidores, se comenta que para um gestor que é criticado por setores do próprio partido que ainda tem dificuldades na questão política, não é nada mal. 

A data do evento, no fim do mês de abril, também é simbólica. 

Muitos destes prefeitos estão em busca da reeleição ou de fazer seus sucessores, e a aproximação com o governo de Mato Grosso do Sul é importante para os dois lados na troca de apoio político

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

Justiça

STF reafirma que todas as decisões da Corte são fundamentadas

Declaração é em resposta a comitê da Câmara dos Deputados dos EUA

18/04/2024 22h00

Marcelo Casal/ Agência Brasil

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as decisões tomadas pela Corte são fundamentadas. A manifestação foi feita após um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos divulgar notificações do ministro Alexandre de Moraes direcionadas à rede social X, antigo Twitter.

Na quarta-feira (17), os documentos, que estão em segredo de Justiça, foram divulgados pela comissão, que tem parlamentares ligados ao ex-presidente Donald Trump no comando dos trabalhos.

As notificações fazem parte de diversas determinações para retirada de conteúdos considerados ilegais por Moraes. A remoção das postagens são consideradas como censura pelos críticos do ministro.

Ao se manifestar sobre a divulgação do comitê, o Supremo rebateu acusações de que as decisões não foram fundamentadas.  Segundo o STF,  os documentos que foram divulgados são ofícios enviados às plataformas para cumprimento das decisões.

A Corte declarou ainda que todas as partes envolvidas em processos têm acesso à fundamentação das decisões.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", afirmou a Corte.

A ofensiva contra o Supremo e Alexandre de Moraes nos Estados Unidos começou após o ministro incluir o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, no inquérito que investiga atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no país.

 

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).