Gilmar Olarte, contador e ex-prefeito de Campo Grande, acumula agora mais uma condenação em sua ficha, desta vez por improbidade administrativa, junto do ex-secretario Valtermir Brito, por prática de nepotismo no Executivo Municipal de Ahanduí.
Segundo denúncia registrada pelo Ministério Público, Olarte e Brito - que chefiou a pasta da Administração durante a gestão do ex-prefeito -, nomearam a esposa, o cunhado e o sobrinho de Tomatsu Mori.
Vale ressaltar que, na época, Tomatsu ocupava o cargo de coordenador da Central de Atendimento ao Cidadão no Distrito de Anhanduí, chegando ao cargo por nomeação do ex-prefeito
Diante disso, Adélia Souza de Amorim; Hélio Souza Amorim e Everaldo Coelho da Silva chegaram aos cargos comissionados com o "empurrãozinho" de Mori.
Ainda no dia 22 deste mês, o juiz Alexandre Corrêa Leite, responsável da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos foi quem assinou a condenação por improbidade administrativa.
“O robusto conjunto probatório contido nos autos direciona, de forma uníssona, à conclusão de que os réus, em confluência de esforços, praticaram ato de improbidade administrativa tipificado e expressamente previsto no art. 11, inciso XI, da Lei de Improbidade Administrativa”, explica o magistrado.
Alexandre ressalta que, Brito confirmou ser responsável por nomear os parantes, junto de Gilmar Olarte.
"E deixou explícito que o provimento dos cargos advinha de indicações, tendo havido interferência direta do réu Tamotsu Mori, enquanto coordenador de órgão distrital, na nomeação de seus parentes em cargos comissionados vinculados a mesmo órgão de lotação, onde, inclusive, exercia cargo de chefia em relação aos demais, hierarquicamente subordinados”, expõe ainda o juiz em decisão.
Bola de neve
Importante frisar que, Mori, Brito e Olarte devem pagar multa no valor de 10 vezes o salário bruto, atualizado com juros e correção monetária.
Também, todos três ficam proibidos de firmarem contratos, por um período de quatro anos, com a administração pública.
Nesse contexto, também vale lembrar que Gilmar Olarte já cumpre condenação pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em primeiro momento, a pena do ex-prefeito ficou fixada em 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. Atualmente ele cumpre pena na Gameleira.
Mais recente, em 17 de outubro, Gilmar Olarte voltou às manchetes locais após gravar vídeo, supostamente de dentro da prisão, declarando apoio ao então candidato ao governo do Estado, Capitão Contar.
Depois disso, a decisão do juiz Albino Coimbra Neto fixou que, por essa razão, Gilmar - que chegou a ter pena reduzida por prestação de serviços - teria de voltar ao regime fechado.