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Pais devem ficar atentos ao "roubo"

Pais devem ficar atentos ao "roubo"

Redação

18/02/2010 - 06h34
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Um jogo virtual, como a “Colheita feliz”, no qual a prática do roubo é vista como normal e até é estimulada, pode influenciar o mundo real? Para o psicólogo Rômulo Said Monteiro, dependendo da idade do jogador, sim. “No caso de um adulto, acho que pode até não influenciar. Por exemplo, alguém que gosta de game violento, que mostra perseguições e morte, não vai sair por aí repetindo o que vê no jogo, mas para quem está em fase de formação é mais complicado”. Ele acha que os pais precisam estar atentos ao que cerca os filhos, seja na internet ou em outros meios de comunicação. Avalia que, num momento em que os pais passam muito tempo fora de casa, quem repassa os valores às crianças é a mídia. “Educar dá trabalho, por isso, no momento em que os pais estão com os filhos, mesmo que seja por pouco tempo, é importante que estejam atentos a tudo”. O psicólogo, além dos jogos da internet, cita programas como “Big brother” como exemplos de divulgação de volares distorcidos. No caso do “reality show”, aponta que enfatiza relações pessoais marcadas pela competição acirrada, muitas vezes desleal. “São comportamentos nada saudáveis”. Propõe que, a partir do que está sendo mostrado pelos meios de comunicação, se faça reflexão, estimulando possíveis debates e conscientização das pessoas. (OR)

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Alcolumbre marca análise de vetos de Lula após um ano

A leitura do requerimento ainda é vista como uma possibilidade, pois não consta na ordem do dia da próxima terça-feira. (17)

15/06/2025 20h00

Antonio Cruz / Agência Brasil

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), convocou sessão conjunta do Congresso Nacional na próxima terça-feira, 17, para analisar uma série de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Existe ainda a possibilidade de o parlamentar fazer a leitura do requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fraudes no INSS.

A leitura do requerimento ainda é vista como uma possibilidade, pois não consta na ordem do dia da próxima terça-feira. A CPMI para investigar o esquema de descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas contou com o apoio de 223 deputados e de 36 senadores.

Embora a CPM não conste na ordem do dia, Alcolumbre avisou os líderes partidários no dia 22 de maio que eles deveriam se reunir o mais rápido possível para firmar acordos, pois haverá uma sessão do Congresso "para deliberar tudo o que tiver para deliberar: vetos acordados ou não, vetos da lei de diretrizes orçamentárias acordados ou não, e o requerimento da CPMI".

Essa será a primeira sessão do Congresso de análise de vetos presidenciais no último ano. A última vez em que deputados e senadores se reuniram para votar as decisões do presidente Lula sobre leis foi em maio do ano passado.

Confira alguns dos principais vetos que serão analisados pelo Congresso:

- Veto parcial à lei complementar da reforma tributária, que institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).

- Veto parcial à lei institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

- Veto total à lei que classifica diabetes tipo 1 como deficiência.

- Veto total à lei que dá direito a indenização por dano moral e a concessão de pensão especial à pessoa com deficiência permanente decorrente de infecção pelo vírus Zika.

- Veto parcial à lei que mantém por dez anos o nome de pessoas condenadas por pedofilia no Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, após cumprimento da pena.

Na lista de vetos a serem analisados pelo Congresso consta, por exemplo, a decisão de Lula a favor de barrar o "jabuti" que poderia ser usado para reduzir a transparência dos salários do Poder Judiciário e do Ministério Público, conforme revelado pelo Estadão.

Os parlamentares vão analisar 60 vetos, dentre os quais boa pare divide o governo e a oposição. Alcolumbre declarou recentemente que esperava um movimento dos dois lados em prol de um acordo para apreciação dos vetos.

Além dos vetos, serão votados dois projetos de lei do Congresso e duas propostas de resolução. Um dos texto em pauta muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano para possibilitar que as propostas do governo de mudanças no Imposto de Renda de pessoas físicas possam valer por tempo indeterminado, e não mais por cinco anos.

Como revelou o Estadão, foram inseridos dois "jabutis" no texto para atrelar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês ao aumento do número de deputados na Câmara e à recuperação de verbas do orçamento secreto que haviam sido canceladas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

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G7 tem volta de Trump e presença de Lula, com conflito Irã-Israel e tar

Além do Brasil, Austrália, Ucrânia, Coreia do Sul, México e Índia foram convidados para participar da cúpula do G7 neste ano

15/06/2025 19h00

Agência Brasil / Reprodução Internet

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A Cúpula do Grupo dos Sete (G7) começa neste domingo, no Canadá, com tensões elevadas em razão da escalada do conflito entre Israel e o Irã e da ameaça de uma guerra comercial global, faltando menos de um mês para o fim da trégua tarifária anunciada em abril pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença na semana passada e deve chegar amanhã à noite para participar do encontro dos países mais ricos do mundo

Além do Brasil, Austrália, Ucrânia, Coreia do Sul, México e Índia foram convidados para participar da cúpula do G7 neste ano O encontro acontece entre hoje e terça-feira, em Kananaskis, Alberta, no Canadá. Essa é a 50ª reunião do grupo, formado por EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

Será a primeira vez que Lula e Trump estarão na mesma mesa de negociações desde a posse do republicano, em janeiro. O presidente brasileiro deve aproveitar a alta cúpula global para encontros bilaterais, em especial com Trump. Uma das reuniões já pré-acordadas deve ser com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, que busca apoio para a guerra contra a Rússia. Se realizada, será a segunda reunião entre ambos. A primeira ocorreu durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2023, em Nova York, após a tentativa frustrada de um encontro durante o G7 daquele ano, no Japão.

O petista confirmou sua participação na cúpula somente na semana passada, após convite formal feito pelo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, durante telefonema, a poucos dias do evento nas montanhas canadenses. A presença de Lula na cúpula do G7, contudo, já era prevista. Em visita a Paris, o brasileiro fez, inclusive, uma brincadeira sobre o assunto e disse que iria ao Canadá enquanto os Estados Unidos não anexassem o país vizinho. "Vou participar do G7 antes que os EUA anexem o Canadá como estado americano. Aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano", disse Lula, na ocasião.

Para a vice-diretora do Centro de Geoeconomia do Atlantic Council, Ananya Kumar, o convite do G7 a países como o Brasil ocorre em meio ao maior peso dessas nações na economia global, em detrimento da menor representatividade das mais desenvolvidas Em 1992, quando a Rússia participou pela primeira vez do G7, as economias combinadas dos cinco países fundadores do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) respondiam por menos de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) global, enquanto o Grupo dos Sete concentrava 63%. "Hoje, a participação do G7 é de 44% do PIB mundial e a dos membros fundadores do Brics mais que dobrou, chegando a quase 25%", destaca Kumar.

Neste ano, a cúpula do G7 deve ser marcada pela escalada de novos conflitos entre Israel e o Irã, com reflexos na segurança e na economia mundial devido ao salto nos preços do petróleo. A renovada tensão no Oriente Médio tende a pautar parte da reunião, consumindo a agenda dos líderes para outros assuntos. Os membros do G7 devem tentar persuadir Trump, único líder com real influência sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Israel solicitou ao governo americano que se juntasse à guerra contra o Irã para eliminar o programa nuclear de Teerã, segundo a imprensa estrangeira.

Fim da trégua tarifária

As atenções com os conflitos no Oriente Médio dividem o palco com as tarifas de Washington, faltando menos de um mês para o fim da pausa das novas taxas, anunciadas em abril. Há expectativa de avanço nos acordos entre os EUA e países como Japão e Canadá durante a cúpula. Até o momento, os americanos selaram acordo apenas com o Reino Unido e avançaram em tratativas preliminares com a China.

O primeiro-ministro do Canadá afirmou que uma reunião bilateral com Trump, à margem do encontro do G7, será determinante para avaliar o quão próximos os dois países estão de um acordo sobre tarifas dos EUA. "A cúpula do G7 em Alberta será importante por várias razões", disse Carney, em entrevista à emissora Radio-Canada.

Em comunicado, o G7 lista três prioridades para 2025: proteção mundial, com o combate à interferência estrangeira e a melhoria de respostas conjuntas a incêndios florestais; segurança energética e aceleração da transição digital; e parcerias para ampliar os investimentos privados, com a geração de empregos mais bem remunerados. "A Cúpula de Líderes do G7 em Kananaskis é um momento para o Canadá trabalhar com parceiros confiáveis para enfrentar os desafios com união, propósito e força", diz o primeiro-ministro do Canadá, em nota do bloco.

O G7 se reúne anualmente para debater as principais questões econômicas e políticas globais. O grupo foi criado em 1975, quando a França convidou os líderes, juntamente com a Itália, para a primeira cúpula oficial. No ano seguinte, o Canadá juntou-se ao bloco dos países mais ricos do mundo, criando o G7. A União Europeia também participa das reuniões, mas não é considerada membro oficial.

Nos últimos anos, grandes mercados emergentes têm sido convidados para participar da cúpula, a exemplo de Brasil, Índia, México, África do Sul e até mesmo a China, cujo papel na economia global tem sido debatido no bloco. "O comunicado dos líderes do ano passado foi especialmente crítico em relação à China, que foi mencionada vinte e nove vezes?", observa Kumar, do Atlantic Council. A Rússia foi suspensa em 2014, devido à anexação da Crimeia.

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