Política

SAÚDE PÚBLICA

Parlamentares a favor da indústria de fumo e contra aditivos em cigarros

Parlamentares a favor da indústria de fumo e contra aditivos em cigarros

DA REDAÇÃO

06/11/2010 - 08h38
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Parlamentares ligados aos fumicultores e à indústria do fumo no Brasil se mobilizam para impedir a proibição de adição de alguns produtos aos cigarros, entre eles o açúcar e a amônia. Esses produtos são utilizados pelos fabricantes para tornar o cigarro mais atrativo e menos irritante aos fumantes. Os médicos, no entanto, alertam para os perigos desses aditivos.

O Canadá está pressionando os participantes da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 4) a impor limites a essa adição. A conferência será realizada de 15 a 20 de novembro, em Punta del Este, no Uruguai.

O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária, espera que os representantes do governo brasileiro na conferência levem ao encontro uma posição oficial que não prejudique os fumicultores.

A proibição da adição de substâncias ao cigarro prejudicará diretamente 50 mil produtores do fumo tipo burley do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina. Esse tabaco, como é curado ao ar livre, perde os açúcares naturais. Com isso, a fumaça do cigarro se torna mais irritante e o sabor do tabaco mais forte. Para tornar esse tabaco mais atrativo, é necessário adicionar açúcar.

Entretanto, a médica Tânia Cavalcante, alerta para o perigo do açúcar nos cigarros. "O açúcar, quando queimado, se transforma em acetaldeído. E o acetaldeído é uma substância neurotóxica e cancerígena que tem o efeito de aumentar o poder da nicotina de causar a dependência", ressalta.

Segundo a médica, essa atuação nociva está descrita em vários estudos científicos. "Por isso, países como o Canadá e os Estados Unidos já adotaram medidas para proibir os aditivos nos cigarros."

Tânia Cavalcante atua na coordenação da Secretaria Executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro do Controle do Tabaco - um grupo interministerial.

Política

Carlos Bolsonaro renuncia ao mandato de vereador no Rio para disputar vaga ao Senado por SC

O filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro, discursou na abertura da sessão da Câmara Municipal do Rio nesta quinta-feira (11)

11/12/2025 22h00

Caio César / CMRJ

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O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta quinta-feira, 11, que vai renunciar ao mandato para disputar uma vaga ao Senado por Santa Catarina.

"Eu amo o Rio de Janeiro. É aqui que cresci. É aqui que construí uma história. É aqui que deixo uma parte importante de quem eu sou. Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas também com a serenidade de quem sabe que está atendendo uma missão maior, da qual sempre fiz parte", afirmou Carlos.

"Vou para Santa Catarina para cumprir um chamado que eu não poderia realizar aqui, pois fiz uma escolha sempre guiada pelo coração. Não é uma fuga, é a continuidade de uma luta", acrescentou.

O filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na abertura da sessão da Câmara Municipal do Rio nesta quinta-feira e se emocionou ao falar sobre a prisão do pai.

"Hoje enfrenta uma vida injusta fruta de um processo recheado de contradições, vícios e interpretações políticas", disse com a voz embargada.

Vereador há 24 anos no Rio de Janeiro, Carlos planeja, pela primeira vez, deixar o Estado berço do bolsonarismo para se candidatar a um cargo fora dos limites cariocas.

O plano de Jair Bolsonaro é que Carlos seja candidato ao Senado por Santa Catarina, onde ele venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições presidenciais e onde mantém um dos governadores que são seus aliados.

Bolsonaro quer aproveitar o recall eleitoral em Santa Catarina, onde obteve 69,27% dos votos válidos no segundo turno nas eleições de 2022, contra 30,73% de Lula, para emplacar a candidatura de Carlos. Vereador mais votado da capital fluminense na eleição municipal de 2024, com 130.480 votos, Carlos não terá espaço para a disputa das duas vagas ao Senado pelo Rio.

Em 2026, Santa Catarina terá duas vagas para a Casa. Aliados do ex-presidente afirmam que ele entrou com contato com a deputada federal Júlia Zanatta (PL), que pretendia se lançar ao Senado pelo partido, para avisá-la que Carlos deverá ser candidato pelo Estado, o que foi confirmado pela parlamentar.
 

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Política

Lula defendeu paz no continente em conversa com Maduro por telefone na semana passada

Diálogo foi feito de forma secreta e só foi divulgado pelo governo brasileiro nesta semana

11/12/2025 21h00

Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, na semana passada. O diálogo foi feito de forma secreta e só foi divulgado pelo governo brasileiro nesta semana, após ter sido revelado pela imprensa.

Na conversa que, segundo o Palácio do Planalto, foi rápida, Lula defendeu a paz na América do Sul e do Caribe, diante das investidas militares dos Estados Unidos na região.

A conversa entre Lula e Maduro divulgada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

Nesta quarta-feira, 10, o governo americano anunciou a apreensão de um navio petrolífero na costa venezuelana, aumentando a tensão entre Washington e Caracas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alega que a investida militar contra a Venezuela busca combater cartéis de drogas que seriam lideradas por Maduro.
 

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