Três meses após ter sido aventada a possibilidade de sair do PSD na janela partidária de março de 2026, para tentar a reeleição por outra legenda por causa da incapacidade de o partido formar uma chapa competitiva para o pleito do próximo ano, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto assegurou que vai permanecer na sigla.
Em entrevista ao Correio do Estado, ele reconsiderou a intenção de sair da atual legenda, após participar de reunião das lideranças do PSD com o governador Eduardo Riedel (PP) para tratar de aliança política nas eleições de 2026.
“Eu pretendo continuar no PSD. Não tenho mais vontade de mudar de partido, pois a executiva estadual vai montar chapas competitivas para disputar as cadeiras da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Deputados”, declarou.
Pedrossian Neto revelou que, na reunião dele, do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, do senador Nelsinho Trad e do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Elias Verruck, com Riedel, ficou alinhado que o PSD terá o apoio do governador, servindo até como uma opção para abrigar os parlamentares federais e estaduais que pretendem deixar o PSDB, mas não querem ir para PL, PP ou União Brasil.
O vice-governador Barbosinha confirmou ao Correio do Estado que o PSD pretende montar chapas fortes para deputados federais e estaduais. “Estamos dialogando e buscando o fortalecimento do partido. Para isso, só tem um caminho, montar chapas de deputados”, declarou.
MAIS UMA OPÇÃO
Na prática, ao informar que ajudará na composição de chapas competitivas de deputados federais e estaduais, o chefe do Executivo estadual deu sinal verde para que o PSD faça parte da ampla aliança montada para a sua reeleição no próximo ano.
O ingresso da legenda nesse arco de aliança partidária para reeleger Riedel é bem-vindo, afinal, a sigla tem um robusto Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o famoso Fundo Eleitoral ou Fundão, e muito tempo de rádio e TV para a propaganda eleitoral, mas não tem nomes fortes para puxar votos.
Agora, com aval do governador, o PSD vira mais uma opção de partido para os deputados estaduais e federais que estão no ninho tucano, mas já demonstraram intenção de mudar de ares. Tais como Paulo Corrêa, Lia Nogueira, Zé Teixeira, Mara Caseiro, Jamilson Name, Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende.
Além disso, ainda tem o deputado estadual Paulo Duarte, que está no PSB, mas dificilmente continuará na legenda, pois isso significaria um risco muito grande de não conseguir a sonhada reeleição, assim como o deputado estadual Lucas de Lima, que vive imbróglio com o PDT.


