Política

TRANSPORTE

Câmara esfria CPI e dá 60 dias para Consórcio solucionar problemas

Comissão Permanente de Transporte será responsável por analisar conduta do concessionário

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A Câmara Municipal de Campo Grande tem procurado alternativas para esfriar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande. 

Conforme apurado, a Casa de Leis aposta todas as fichas na Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, que tem 60 dias para solucionar os problemas que envolvem o serviço. A medida é benéfica também para o consórcio, que terá um prazo maior para apresentar resoluções.

Como noticiado, foi apresentado durante a primeira sessão do segundo semestre, no dia 3 de agosto, um requerimento com as assinaturas necessárias para a instauração de CPI, entretanto, a Procuradoria-Geral da Câmara Municipal de Campo Grande não aprovou a investigação.

Após algumas semanas, a ação parece ter perdido força. O documento com o pedido para a instauração da CPI foi entregue pelo vereador Marcos Tabosa (PDT), que aponta que agora cabe à Comissão Permanente de Transporte e Trânsito analisar a situação do transporte coletivo da Capital. 

“Acordamos o prazo de 60 dias para a Comissão de Transporte apresentar soluções e melhorias para o transporte coletivo de Campo Grande. Eles têm a responsabilidade de resolver essa situação”, apontou Tabosa.

O documento apresentado para investigar o serviço de transporte contava com três pontos centrais, sendo: má prestação do serviço, descumprimento do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) e balanço financeiro da empresa.

Para o vereador André Luis Soares, o Professor André (Rede), é necessário aguardar para que haja mudanças e cabe à comissão responsável o seguimento dos trabalhos, até mesmo para “prestigiar a Casa de Leis”, disse. 

“Estamos aguardando que se tenha uma mudança, vamos dar esse voto de confiança à Comissão de Transporte, até mesmo por questão de prestígio para a Câmara Municipal. Queremos ter resultado, até mesmo em razão da confiança que tivemos atrás do voto”, defendeu.

O parlamentar frisa que, se a situação não for solucionada nos próximos dois meses, um novo requerimento deve ser entregue na Casa de Leis para uma nova tentativa de instaurar a CPI.

“Essa situação precisa ser resolvida, não queremos apontar culpados, mas, sim, termos resultados. Vamos aguardar o prazo de dois meses, se a promessa não sair do papel, vamos colher novas assinaturas para dar continuidade aos trabalhos”, afirmou.

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COMISSÃO

Em entrevista ao Correio do Estado no dia 11, o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), afirmou que, se a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito encontrasse pelo menos um fato determinante, a Câmara se reuniria com o colegiado para instaurar a CPI do Transporte, contudo, o início de uma CPI parece não estar nos planos da comissão.

O parlamentar Coronel Alírio Villasanti (PSL), presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, apontou que entre as medidas necessárias para solucionar os problemas no transporte coletivo da Capital estão: adoção de um sistema inteligente; implantação do centro de controle; estudo de algumas linhas; e reavaliação do tombamento histórico da Avenida Afonso Pena, para a implantação de um corredor exclusivo de ônibus.

É importante destacar que Campo Grande conta com obras em execução para a implantação de corredores de ônibus em diversas regiões da cidade, o que tem sido motivo de polêmica entre a população.

Outra alternativa apontada para solucionar os problemas que envolvem o transporte coletivo da Capital é o escalonamento do horário do comércio e das escolas para que o fluxo de usuários nos horários de pico seja diminuído.

“Vamos apresentar um relatório com as ações já realizadas pela comissão nos próximos dias, mas ainda estamos discutindo o que será feito para termos mudanças no transporte coletivo. Em um primeiro momento, não pensamos em notificar a empresa de transporte, estamos analisando a melhor maneira para dar continuidade aos trabalhos”, destacou o parlamentar.

Quando questionado sobre o descumprimento das cláusulas impostas no contrato de concessão, o presidente da Comissão Permanente de Transporte destacou que a fiscalização é obrigação da Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Campo Grande (Agereg).

“O descumprimento do contrato cabe à agência reguladora do município analisar. Durante algumas reuniões já foi apontado que eles estão analisando algumas melhorias para o serviço, esse é um assunto delicado”, apontou.

O Consórcio Guaicurus ganhou o direito de explorar o serviço por 20 anos, podendo o contrato ser prorrogado por mais 10 anos.

A reportagem entrou em contato com o presidente da Casa de Leis para mais esclarecimentos sobre o assunto e o futuro da investigação, mas não teve retorno até fechamento da edição.

CONTRATO

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a empresa responsável pelo serviço de transporte coletivo da Capital descumpre, pelo menos, quatro cláusulas do contrato de concessão em vigor, pactuado em 2012 com a Prefeitura de Campo Grande.

Em razão disso, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), disse que o Consórcio Guaicurus poderá ser penalizado caso seja constatado descumprimento de contrato.

“Evidentemente que todo contrato tem direitos e tem deveres. Se de fato existirem essas cláusulas, deve-se aplicar a sanção estabelecida nos contratos que foram licitados, fiscalizados, aprovados e confirmados pelos órgãos de controle desde 2012”, apontou o chefe do Executivo.

Lotação

O Consórcio Guaicurus foi notificado judicialmente pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, em razão da superlotação dos veículos com o retorno das aulas presenciais. O órgão cobra que mais ônibus circulem na Capital, visto que o aumento do fluxo de pessoas no transporte coletivo tem causado transtornos para a população.

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nova gestão

Prefeita inicia anúncio do secretariado e promete concluí-lo até o dia 10

Os nomes são Márcia Helena Hokama (Sefaz), Andréa Alves Rocha (Semadi), Ademar Silva Junior (Semades) e Leandro Basmage (Agetec)

04/01/2025 08h00

Márcia Hokama (Sefaz), Ademar Jr. (Semades), Andréa Rocha (Semadi) e Leandro Basmage (Agetec) foram os nomes anunciados

Márcia Hokama (Sefaz), Ademar Jr. (Semades), Andréa Rocha (Semadi) e Leandro Basmage (Agetec) foram os nomes anunciados Montagem

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No fim da tarde de sexta-feira, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), iniciou o anúncio dos nomes dos primeiros integrantes do seu secretariado para os próximos quatro anos do segundo mandato à frente do cargo e revelou ao Correio do Estado que até o dia 10 de janeiro concluirá a tarefa.

Como a reportagem já tinha adiantado na segunda-feira, a primeira leva não trouxe surpresas, incluindo quatro gestores que faziam parte da administração municipal e continuarão liderando secretarias e órgãos estratégicos. 

Uma delas é Márcia Helena Hokama, que assume a Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) e estava à frente da extinta Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin). Para a Secretaria Municipal de Administração e Inovação (Semadi), a nomeada é Andréa Alves Ferreira Rocha, que comandava a também extinta Secretaria Municipal de Gestão (Seges).

Já Ademar Silva Junior será o titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico (Semades), criada a partir da reestruturação da antiga Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), enquanto na Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec) permanece Leandro Basmage como diretor presidente.

Adriane disse que os demais nomes para as secretarias e as autarquias municipais serão anunciados gradualmente nos próximos dias.

“Poderemos ter muitas surpresas, mas não posso adiantar ainda. Hoje [sexta-feira], fiz as nomeações para as pastas essenciais, para começar a fazer as nomeações necessárias para a máquina pública não parar”, declarou.

A prefeita citou como exemplo os nomes de Márcia Okama, que será a responsável por abrir o exercício financeiro, e de Andréa Rocha, para cuidar da parte administrativa do Executivo municipal.

“O Leandro é imprescindível para a parte de TI da prefeitura, bem como o Ademar, cuja Pasta é primordial para a parte de liberação de alvarás”, argumentou.

Ela completou que nesta segunda-feira fará o anúncio de mais nomes. “Até o dia 10 de janeiro, na próxima sexta-feira, teremos o nosso secretariado completado. Os que já foram anunciados, os termos de compromisso individuais, e quando o time estiver completo, vamos fazer a assinatura do contrato de gestão, com prazos, metas e avanço dos indicadores da administração pública”, revelou, acrescentando que todos os secretários e chefes de autarquias terão de assinar o contrato de gestão.

Do chamado “núcleo duro” da prefeita ainda faltam os nomes de Marco Aurélio Santullo (Governo e Relações Institucionais), Marcelo Miglioli (Infraestrutura e Serviços Públicos), Lucas Bitencourt (Educação), Thelma Nogueira Lopes (Casa Civil) e Ulisses Rocha, que deve cuidar da relação com a imprensa e com os meios de comunicação.

CONHEÇA O PERFIL

Márcia Helena Hokama é formada em Ciências Contábeis e pós-graduada em Auditoria e Contabilidade Pública, com MBA em Gestão Pública, enquanto Andréa Alves Ferreira Rocha é advogada formada, pós-graduada em Direito Processual Civil, Formação Docente para o Ensino Superior e Direito e Gestão Municipal.

Ademar Silva Junior é médico veterinário com especialização em agronegócios e tem uma ampla trajetória no setor agropecuário e na gestão pública. 

Leandro Basmage é formado em Engenharia Mecatrônica, com mestrado em Inteligência Artificial, e atuou em cargos de liderança em grandes empresas do setor sucroalcooleiro e em instituições de ensino de Campo Grande, tanto como docente quanto coordenador de cursos. 

REFORMA

Com a reforma administrativa para o novo mandato, o objetivo é reduzir custos e otimizar a gestão pública, resultando em uma estrutura mais enxuta e dinâmica. Ao todo, são 18 órgãos municipais que integram a estrutura básica da administração direta.

A nova estrutura é composta pela Procuradoria-Geral do Município, que atua na consultoria jurídica e representação judicial, e a Casa Civil, responsável pela coordenação das ações do Executivo. A Secretaria de Governo e Relações Institucionais fortalece a articulação política, enquanto a Controladoria-Geral do Município assegura a transparência e a eficiência dos atos administrativos. 

Outras pastas, como a Secretaria da Fazenda, de Administração e Inovação e Infraestrutura e Serviços Públicos, garantem o funcionamento integrado das áreas financeira, administrativa e urbanística.

A nova estrutura também abrange a Secretaria de Saúde, Educação, Assistência Social e Cidadania, que permanecem como pilares na prestação de serviços essenciais. Já as secretarias-executivas da Mulher, da Juventude e da Cultura consolidam políticas públicas voltadas para segmentos específicos da população. 

No campo do desenvolvimento sustentável e urbano, a Secretaria de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico reforça o compromisso com o progresso sustentável.

No âmbito das autarquias e das fundações, a reorganização inclui o Instituto Municipal de Previdência, que gerencia a previdência dos servidores; as agências municipais de Transporte e Trânsito, Tecnologia da Informação e Meio Ambiente, que promovem avanços nas áreas de mobilidade, inovação e urbanismo; além das fundações de Esporte e Trabalho, que priorizam o lazer e a geração de emprego.

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Executivo Municipal

Sem novidades, Adriane Lopes anuncia secretários para nova gestão

Com nomes conhecidos, o anúncio foi feito nesta sexta-feira (03), e os próximos "serão divulgados gradualmente"

03/01/2025 17h44

Imagem Divulgação

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A prefeita Adriane Lopes (PP) anunciou nesta sexta-feira (03) os primeiros quatro nomes que irão compor o novo secretariado. A nomeação ocorre exatamente três dias após a posse para o segundo mandato.

Como bem acompanhou o Correio do Estado, inicialmente, a chefe do Executivo Municipal chegou a afirmar, no dia 27 de dezembro de 2024, que o anúncio seria feito no dia 30 do mesmo mês. A nomeação, no entanto, acontece no terceiro dia após a posse

Sem grandes surpresas, os nomes apresentados integraram a equipe na gestão anterior. São eles:

  • Márcia Helena Hokama - Secretaria de Fazenda (Sefaz);
  • Andréa Alves Ferreira Rocha - Secretaria de Administração e Inovação (Semadi);
  • Ademar Silva Junior - Secretaria de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico (Semades);
  • Leandro Basmage - Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec).


Outros nomes serão anunciados progressivamente. Ainda segundo a prefeita Adriane Lopes, os secretários irão assinar um contrato de gestão, comprometendo-se com metas e o avanço dos indicadores da administração pública.

Rostos conhecidos


Márcia Helena Hokama, que assumiu a Sefaz, esteve à frente da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin) de 2021 a abril de 2022. A secretária é graduada em Ciências Contábeis, pós-graduada em Auditoria e Contabilidade Pública, e possui MBA em Gestão Pública.

Ela tem experiência como auditora do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, onde exerceu a função de diretora de Contabilidade, Orçamento e Finanças.

Ademar Silva Junior, titular da Semades, assumiu a secretaria criada após a reforma administrativa, sucedendo a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro).

Ele é médico-veterinário com especialização em agronegócio e vasta experiência no setor agropecuário e na gestão pública. Já foi presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), e do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS).

Também atuou como vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). No âmbito estadual, foi secretário-adjunto da Semadesc e diretor-presidente da Fundação do Trabalho de MS (Funtrab).

“Sem dança das cadeiras”, Leandro Basmage continua à frente da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), pasta que comanda desde julho de 2024. Ele é graduado em Engenharia Mecatrônica, com mestrado em Inteligência Artificial.

Leandro já comandou empresas do setor sucroalcooleiro e instituições de ensino em Campo Grande, onde atuou como docente e coordenador de cursos.

Andréa Alves Ferreira Rocha, que assumiu a Semadi, foi chefe da Assessoria Jurídica na Secretaria de Assistência Social de 2017 a 2022. Em 2022, deixou o cargo para se dedicar à assessoria jurídica do gabinete da prefeita e, em julho de 2024, assumiu a Secretaria Municipal de Gestão.

Ela é formada em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco e pós-graduada em Direito Processual Civil, Formação Docente para o Ensino Superior, e Direito e Gestão Municipal. Atuou como professora universitária entre 2002 e 2017, lecionando Direito Processual Civil.

Reestruturação

A reforma impacta nas atribuições das secretarias municipais, algumas extintas, outras readequadas, além da criação de novas pastas.

A reforma foi sancionadapor meio de publicação no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), o Projeto de Lei nº 41 do Executivo Municipal, que reestrutura a administração da  Prefeitura Municipal de Campo Grande, a partir de 1º de janeiro de 2025. 

Na nova configuração, a Procuradoria-Geral do Município atua na consultoria jurídica e representação judicial, enquanto a Casa Civil é responsável pela coordenação das ações do Executivo.

Funções das outras pastas

  • Secretaria de Governo e Relações Institucionais: Fortalece a articulação política.
  • Controladoria-Geral do Município: Assegura a transparência e eficiência dos atos administrativos.
  • Secretaria da Fazenda, Administração e Inovação, e Infraestrutura e Serviços Públicos: Garantem o funcionamento integrado das áreas financeira, administrativa e urbanística.
  • Secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social e Cidadania: Permanecem como pilares na prestação de serviços essenciais.
  • Secretarias Executivas da Mulher, Juventude e Cultura: Consolidam políticas públicas voltadas a segmentos específicos da população.
  • Secretaria de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico: Reforça o compromisso com o progresso sustentável.
  • Instituto Municipal de Previdência: Gerencia a previdência dos servidores.
  • Agências Municipais de Transporte e Trânsito, Tecnologia da Informação e Meio Ambiente: Promovem avanços em mobilidade, inovação e urbanismo.
  • Fundações de Esporte e Trabalho: Priorizam o lazer e a geração de emprego.

** Colaborou Alison Silva e Alanis Netto

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