Política

CONSEQUÊNCIAS

Presidente da Câmara Municipal se irrita com discurso golpista de vereador, que pode ser cassado

Carlão (PSB) disse que Sandro (Patriota) faltou com decoro ao pedir intervenção militar

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Após o vereador de Campo Grande, Sandro Benites (Patriota), participar dos atos antidemocráticos bolsonaristas, o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlão (PSB) disse que o parlamentar faltou com decoro ao pedir intervenção militar.

Em áudio que começou a circular nas redes sociais na manhã de hoje, o presidente da Casa de Leis disse ao parlamentar que é preciso respeitar a democracia.

“A Câmara é um poder legislativo que respeita a democracia. Se eu estou na Câmara é porque fui eleito e os outros respeitaram minha eleição. Respeitaram a sua também”, afirmou no áudio.

Em vídeo postado nas redes sociais do próprio Sandro, ele aparece em cima de uma trio elétrico estacionado em frente ao Comando Militar do Oeste, onde bolsonaristas insistem em questionar os resultados das eleições.

Com o microfone na mão, o parlamentar pede que "socorro" porque não aceitam ser govrnados por um ladrão, se referindo ao presidente eleito Lula (PT). A declaração é seguida em uníssono pelos manifestantes presentes.

“Nós, campo-grandenses, patriotas, humildemente, pedimos socorro nos livre desse mal, e juntos não aceitamos ser governados por um ladrão, por um narcotraficante, nos ajude general”, afirmou. 

De acordo com a apuração do Correio do Estado, após o áudio supostamente ser vazado de um grupo do WhatsApp, o presidente da Casa de Leis encerrou a sessão desta quinta-feira (3) às pressas para fazer uma reunião e gerenciar a crise.

Ainda de acordo com a nossa reportagem, a Câmara Municipal estipulou um prazo até terça-feira (8) para que o parlamentar se retrate e evite um pedido de cassação de seu mandato.

O vereador André Luiz (REDE), informou que irá fazer uma representação na Casa de Leis para pedir a cassação do parlamentar por crime federal.

“Vou fazer uma representação junto com Tribunal Superior Eleitoral, ao Tribunal Regional Eleitoral de MS  e ao Ministério Público Federal e vou pedir uma representação na comissão de ética da Casa”, afirmou o parlamentar.

E completou:”Fiquei indignado com a situação porque uma coisa é você apoiar o presidente e outra coisa é você pedir uma intervenção militar”, concluiu.

Na sessão de hoje a vereador e deputada federal eleita, Camila Jara, disse que a Câmara precisa cobrar posições dos demais de poderes em relação à quem pede intervenção militar

“Precisamos deixar claro que democracia se faz com mais democracia”, afirmou Camila.

Até o fechamento desta reportagem, o parlamentar não se posicionou em relação às suas falas antidemocráticas. O vereador também não compareceu à sessão parlamentar desta quinta-feira (3).

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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