Política

CASO EXCEPCIONAL

Presidente interino do TCE, Jerson Domingos confirma eleição dia 16

Afastamento dos três conselheiros pelo Superior Tribunal de Justiça não está previsto na Lei Orgânica e, portanto, poderão ser convocados substitutos para dar o quórum necessário

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Apesar da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de afastar por 180 dias os conselheiros Iran Coelho das Neves (presidente), Ronaldo Chadid e Waldir Neves (leia todos os detalhes na página 6), a eleição para a escolha do presidente, do vice-presidente e do corregedor-geral do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) está mantida para o dia 16 de dezembro.

A garantia foi dada ao Correio do Estado pelo presidente interino da Corte de Contas, o conselheiro Jerson Domingos, o qual explicou que a Lei Orgânica do TCE-MS não impede a realização do pleito por ser um fato excepcional.

Pelo § 3º, “somente os conselheiros titulares, ainda que em gozo de férias ou licenciados, podem participar da eleição para os cargos compreendidos nas disposições deste artigo”.

Como três dos sete conselheiros foram afastados e o quórum mínimo é de cinco conselheiros, a eleição estaria comprometida, porém, Jerson Domingos frisou à reportagem que a Lei Orgânica não veda a convocação de um dos três auditores de conselheiros substitutos – Célio Lima de Oliveira, Leandro Lobo Pimentel e Patrícia Sarmento dos Santos – neste caso específico.

“Os trabalhos da Corte de Contas não podem ser suspensos até o fim do afastamento dos três conselheiros e, nesse sentido, serão convocados os auditores de conselheiros substitutos Célio Lima de Oliveira, Leandro Lobo Pimentel e Patrícia Sarmento dos Santos para continuarem as análises dos processos que estavam sob as jurisdições do Iran Coelho, Waldir Neves e Ronaldo Chadid”, detalhou o presidente interino.

Ele confirmou que um dos três auditores será convocado apenas para compor o quórum de cinco conselheiros, mas não terá direito a voto na eleição.

“O TCE-MS não pode parar por 180 dias, não pode ficar acéfalo por todo esse período. Além disso, o regimento interno não trata sobre esse caso excepcional, permitindo a convocação do substituto apenas para a formação do quórum”, reforçou Domingos.

Questionado a respeito do fato de ter feito consulta jurídica junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) sobre como proceder no caso da eleição interna, Jerson Domingos falou que não se faz necessária neste momento porque é uma circunstância nova.

O conselheiro Flávio Kayatt também foi ouvido pela reportagem e concorda que precisa ser mantida a eleição programada para o dia 16 de dezembro.

“Tem de haver, porque quem assumiu o comando do TCE-MS foi o vice-presidente, e o mandato dele também acaba no dia 31 de dezembro”, destacou.

"O Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul não pode parar por 180 dias, não pode ficar acéfalo por todo esse período”

-Jerson Domingos, presidente interino do TCE-MS 

Candidatos

Com a manutenção da eleição, o conselheiro Jerson Domingos passa a ser o candidato de consenso, pois o seu concorrente conselheiro Ronaldo Chadid está afastado do cargo por 180 dias e, portanto, não pode participar do pleito do dia 16.

Até a operação deflagrada por determinação do STJ, o nome de consenso seria do conselheiro Flávio Kayatt para evitar a disputa entre os conselheiros Jerson Domingos e Ronaldo Chadid.

No entanto, como Chadid foi retirado do páreo por motivo de força maior, a presidência do TCE-MS praticamente cai no colo de Jerson Domingos, que tem sete anos na Corte de Contas e é o atual vice-presidente.

Ele já levava uma certa vantagem sobre Ronaldo Chadid por conta da larga experiência adquirida nos anos em que atuou na Assembleia Legislativa, onde chegou a presidir a Casa de Leis.

Além disso, em razão de já ter 72 anos de idade, essa será a sua última chance de presidir o Tribunal, pois, conforme a Emenda Constitucional nº 88, resultante da chamada PEC da Bengala, 75 anos é a idade limite para a aposentadoria compulsória, impossibilitando que ele tente o cargo novamente no fim de 2024.

“Mais um motivo para que eu seja o escolhido, para que possa encerrar meu mandato na Corte de Contas tendo no currículo a presidência. Estou à disposição para contribuir com o crescimento do Tribunal, respeitando a sociedade sul-mato-grossense, que cobra um comprometimento de quem ocupa um cargo público”, declarou.

 

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Política

Isa Marcondes incomoda servidores ao expor suposta "zona" na saúde em Dourados

A fiscalização da vereadora eleita pelo Republicanos, em resposta a denúncias da população nas UPAs, acendeu alerta entre os funcionários da saúde

24/11/2024 08h30

Reprodução redes sociais

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A vereadora eleita Isa Marcondes (Republicanos), popularmente conhecida como Cavala, tem incomodado alguns servidores públicos, que expressaram preocupação em grupos de WhatsApp.

Após tirar alguns dias de descanso, Marcondes retornou a Dourados e, atendendo a denúncias da população, esteve fiscalizando o atendimento nas UPAs, o que tem gerado desconforto em parte dos servidores da saúde.

O teor das conversas chegou ao conhecimento de Isa, nas quais os profissionais chegaram a mencionar que ela estaria promovendo  “discurso de ódio”.

A vereadora eleita rebateu, alegando que estava apenas relatando a verdade sobre a situação da saúde oferecida aos munícipes de Dourados.

Na conta dela no Instagram diariamente recebe várias reclamações de pessoas falando desde falta de médicos a destrato por parte de alguns servidores no atendimento. 

As mensagens recebidas são publicadas no story, preservando a identidade de quem enviou. 

Durante a campanha, a principal bandeira defendida pela "Cavala do povo douradense" foi justamente a luta pela melhoria no atendimento da saúde pública do município.

Para pôr fim ao burburinho, Isa publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirmou que os servidores que destratam a população são uma minoria e que esses devem mudar de atitude. Ela ressaltou que, no próximo ano, em janeiro, será diplomada vereadora e seguirá com o trabalho de fiscalização.

"Servidores públicos, eu não sou contra vocês. Estou fazendo este vídeo para explicar certinho. Vocês estudaram, passaram no concurso para servir o povo", pontuou Marcondes, e completou:

"Porque é o povo que paga o salário de vocês. O ano que vem serei uma funcionária pública, servirei o povo. O que acontece com o povo de Dourados é muito triste."

Ela também frisou que a maioria dos funcionários públicos trabalha corretamente, enquanto uma minoria "faz o que quer" com a população.

"São esses aí que eu vou fiscalizar, porque é o povo que paga nosso salário. Então, vocês, minoria, que estão fazendo conversas em grupo, só precisam mudar [a forma] de atendimento ao povo. Vocês que estão preocupados, não estou perseguindo ninguém, não. Vocês que são a minoria, mudem porque vou fiscalizar e levar as denúncias ao prefeito e ao Ministério Público. Comecem a mudar."

Zona na saúde?

Com o slogan da campanha "Dourados está uma zona e de zona eu entendo", para demonstrar a insatisfação da população, Isa chegou a publicar outro vídeo com merendeiras que afirmaram já foram maltratadas ao procurar atendimento médico em Upas.

Incomodando muito antes da diplomação, Isa pontuou que, a partir de 2025, será uma “autoridade" e que aqueles que não se enquadrarem serão expostos nas mídias sociais.

Além disso, reforçou que tomará providências dentro do âmbito da lei.

 

 

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Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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