Política

CAMPO GRANDE

Projeto de lei sobre vistorias em pontes é aprovado na Câmara

Projeto vai à sanção do prefeito Marcos Trad

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O descaso do poder público em vistorias pontes, viadutos e pontilhões assusta os campo-grandenses principalmente quando acontece acidentes em âmbito nacional. E para tentar forçar o Executivo Municipal tomar providencias como vistorias e reparos os vereadores aprovaram o projeto que dispõe sobre a realização de perícia anual em pontes e viadutos integrantes do sistema viário da Capital. O projeto foi aprovado por unanimidade na sessão desta terça-feira (3) na Câmara Municipal. 

O Correio do Estado já publicou que em sete meses a Prefeitura de Campo Grande só vistoriou o pontilhão da Avenida Afonso Pena sobre a Rua Ceará passou por recuperação superficial. A prefeitura garante que duas das nove estruturas existentes receberão algum tipo de reparo até 2020. 

Segundo o projeto de Lei que foi aprovado na sessão desta terça-feira, fica instituída a obrigatoriedade de realização anual de perícia técnica e acompanhamento das condições referentes à construção civil e à engenharia de materiais utilizados em pontes, pontilhões, passarelas e viadutos integrantes do sistema viário de Campo Grande, com a respectiva elaboração e divulgação de laudos técnicos. Ainda segundo o projeto essa vistoria pode ser realizada por meio de acordos e convênios firmados pelo Poder Público com entidades governamentais ou não governamentais. 

De acordo com o vereador William Maksoud (PMN), o projeto foi elaborado pela necessidade de fazer vistorias nas pontes e pontilhões de Campo Grande. “Essas pontes ficaram muito tempo sem ser vistoriados e nós precisamos cuidar da nossa população”, explica o parlamentar.  

Para o vereador João César Matogrosso (PSDB), essa legislação nada mais é que garantir a segurança dos usuários que passam pelos viadutos e pontes. " Com a legislação terá um cronograma de manutenção preventiva desses instrumentos. Nada mais é que acompanhar uma legislação nacional" explica o tucano.

Segundo o projeto, os relatórios completos das vistorias técnicas serão publicados no sítio eletrônico oficial da Prefeitura, de forma acessível, clara e precisa, contendo dados sobre a construção, a manutenção e eventuais reparos dos locais vistoriados, contendo a identificação do responsável técnico pela vistoria. O Poder Executivo deverá regulamentar esta Lei no prazo de 60 dias, contados da data de sua publicação. 

As despesas decorrentes com a execução da presente Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, ou suplementadas se necessário.  

O projeto é de autoria dos vereadores João Cesar Matogrosso, Veterinário Francisco (PSB) e Wiliam Maksoud (PMN).

Política

Deputados pedem que Câmara negue licença a Eduardo Bolsonaro e declare abandono de mandato

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai pedir licença do cargo para viver nos Estados Unidos

19/03/2025 21h00

Deputados do PSOL pediram que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro seja negado

Deputados do PSOL pediram que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro seja negado Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

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Deputados do PSOL pediram nesta quarta-feira, 19, à Mesa Diretora da Câmara que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro (PL) seja negado e que a Casa declare abandono de mandato. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que vai pedir licença do cargo para viver nos Estados Unidos "para buscar sanções aos violadores dos direitos humanos".

"O representado claramente abusa das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional, utilizando-se da licença parlamentar não para tratar de questões estritamente particulares, mas para fugir da jurisdição brasileira e desempenhar atividades políticas no exterior, configurando, portanto, abandono de mandato", afirmam os psolistas.

O pedido é assinado por Chico Alencar (RJ), Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ), Tarcísio Motta (RJ), Sâmia Bomfim (SP), Luiza Erundina (SP), Ivan Valente (SP), Célia Xakriabá (MG) e Fernanda Melchionna (RS).

Os parlamentares argumentam que, apesar de o deputado ter pedido licença para tratar de interesse particular sem remuneração, as declarações do filho do ex-presidente indicam que sua permanência nos país norte-americano tem motivação política e estratégica, e não razões pessoais.

"Tal conduta viola o princípio da moralidade administrativa, tendo em vista que, como funcionário público, o deputado só pode solicitar licença prevista em lei, o que não é o caso, já que não existe previsão constitucional nem tampouco regimental para esse tipo de afastamento que, de acordo com suas próprias declarações, não tem como fim o interesse pessoal e sim político", diz o pedido.

Eduardo Bolsonaro afirmou em uma postagem publicada nas redes sociais que é alvo de perseguição, e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a Polícia Federal, chamando de "Gestapo", polícia secreta da Alemanha nazista.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, parlamentares podem se licenciar por tratamento de saúde, missões diplomáticas ou interesse particular.

Nos dois primeiros casos, os deputados continuam recebendo seus salários normalmente. No entanto, quando o afastamento ocorre por interesse particular, como no caso de Eduardo, a licença é concedida sem remuneração.

A legislação prevê que um deputado pode se afastar sem remuneração por até 120 dias. Caso a licença de Eduardo exceda esse período, o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) assume o posto.

Política

Tribunal de Justiça mantém suspensão do aumento salarial de Adriane Lopes

A Lei previa um aumento de 66% no salário da líder do Executivo e dos servidores. Com a decisão do TJMS, o salário da prefeita continuará sendo de R$ 21.263,62, e o da vice-prefeita, R$ 15 mil

19/03/2025 17h53

Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul formou maioria pela manutenção da suspensão do reajuste de 66% no salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).

Foram três votos contra a suspensão do reajuste salarial, mas prevaleceu o voto do relator, o desembargador Vilson Bertelli.

Com isso, ficou mantida a decisão de que o reajuste só deve ser concedido a partir do próximo mandato, conforme o entendimento do então procurador-geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, que considerou o aumento ilegal e inconstitucional.

Os salários ficaram definidos da seguinte forma:

  • Adriane Lopes: R$ 21.263,62
  • Vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (PP): R$ 15 mil
  • Secretários municipais: R$ 11,6 mil

Com a decisão, o aumento que faria o salário da prefeita “saltar” de R$ 21.263 para R$ 35.462 não ocorrerá mais.

Desenrolar do fio

A primeira tentativa de subir o salário da prefeita foi barrada no dia 10 de fevereiro, momento em que, o órgão especial do TJMS suspendeu tanto o aumento da prefeita quanto de outros servidores do funcionalisto público.

A decisão correspondia a lei 7.005/2023, assinada em fevereiro de 2023 pelo então presidente da Câmara Municipal Carlão Borges (PSB), e elevava não somente o salário de Adriane Lopes, mas também o de vice-prefeito para R$ 37.658,61, bem como o salário dos dirigentes de autarquias para R$ 35.567,50.

Como o comando da Câmara já temia esta possibilidade naquela ocasião, colocou em votação dois aumentos, mas em projetos separados. Com o primeiro derrubado, restou a Lei 7006/2023, que previa aumento para R$ 41,8 mil, que também foi derrubada

Em março de 2023, conforme acompanhou o Correio do Estado, com o reajuste, Adriane Lopes teria o maior salário entre os prefeitos brasileiros, de R$ 41,8 mil.

Na ocasião, a prefeita enviou representantes à Câmara de Vereadores para negociar um acordo que reduziria esse valor para cerca de R$ 35 mil.

Por fim, a prefeita ingressou na Justiça com um pedido de liminar para revogar a medida, alegando que a lei era inconstitucional porque não continha um estudo de impacto financeiro sobre os cofres públicos.

O TJMS, por sua vez, derrubou, por meio de uma liminar, a lei que previa um aumento de aproximadamente R$ 20 mil no salário da líder do Executivo.

** Colaborou Alison Silva e Neri Kaspary

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