Quem quiser ser candidato a vereador ou prefeito nas eleições do ano que vem pelo PSL vai ter que passar por uma sabatina que vai de coleta de informações nas redes sociais até declarações de nada consta nas justiças estaduais e federais. Pelo menos é o que diz o deputado federal Loester Trutis, que é secretário geral da sigla em MS.
Lembrando que o PSL do presidente Jair Bolsonaro que saiu de partido nanico e quase sem representação no Congresso para uma das siglas que mais cresce no Brasil, se envolveu em um suposto esquema de uso de candidatas laranjas para concorrer a cota de 30% de mulheres. Nas denúncias essas candidatas recebiam “ajudas” financeiras para fazer campanha política e teriam devolvido o valor aos dirigentes da sigla.
Diante de tudo isso, o PSL em Mato Grosso do Sul vai fazer uma seleção criteriosa dos seus pré-candidatos a vereadores e prefeitos para concorrer nos 79 municípios do Estado. “Nós vamos coletar informações pelas redes sociais. A gente vai coletar depoimentos de internet sobre essas pessoas. Vamos fazer um filtro e se essas pessoas que demonstrarem interesse em disputar desde a liderança ao cargo a prefeitura vão ter um processo seletivo criterioso com executivas passando pelas municipais depois as estaduais.”, explica Trutis.
O parlamentar explicou que primeiramente vai ser somente coleta de informações nas redes sociais que deve ser feita pela municipal em um segundo estágio já na Estadual vão ser feitos levantamentos dos pré-candidatos que estão com alguma pendência judicial.
Loester Trutis explica que ter ficha limpa não é critério para ser pré-candidato pelo PSL e sim obrigação.” Quando eu fui candidato falaram muito em ficha limpa. Isso não é critério de seleção é obrigação do pré-candidato ser ficha limpa. Hoje para ter uma vaga de concurso de carteiro você vai mexer com cartão de crédito das pessoas, talão de cheques. Você não pode ter processo criminal, então porque ser pré -candidato, ou pior eleito poderia ter algum processo de improbidade administrativa por exemplo, não faz o menor sentido. Esse é o tipo de lógica que faz a diferença no PSL”, explica.
No diretório estadual do PSL, o vice-presidente da sigla Danny Fabrício Cabral Gomes é réu em um suposto processo por lavagem de dinheiro na Justiça Federal do Espírito Santo.
Atualmente, o partido conta com 4467 mil eleitores em todo estado e possui dois deputados federais Luís Ovando e Loester Trutis e dois deputados estaduais Coronel Davi e Capitão Contar, além da senadora Soraya Thronicke.