Política

SUCESSÃO PRESIDENCIAL

Quase metade dos brasileiros nunca votaria em Lula para presidente, diz pesquisa

Quase metade dos brasileiros nunca votaria em Lula para presidente, diz pesquisa

R7

23/02/2017 - 18h15
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Apesar de líder nas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial de 2018, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o mais rejeitado entre os brasileiros. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Paraná, 45,7% da população nunca votaria no petista em uma eleição presidencial.

Na sequência da lista de rejeição na pesquisa estimulada — quando o nome dos possíveis candidatos é citado pelo entrevistador — aparecem o senador do PSDB Aécio Neves (25%), o presidente Michel Temer (24%) e o deputado Jair Bolsonaro (17,9%).

Marina Silva (12,3%), Roberto Justos (9,9%), Geraldo Alckmin (9,9%), Ciro Gomes (9%) e Joaquim Barbosa (7,3%) completam a lista de nomes que nunca seriam votados.

Entre os entrevistados, outros 6,5% disseram que nunca votariam em nenhum e 4,4% não souberam responder ao questionamento.

Além de mais rejeitado, o nome do ex-presidente aparece à frente em uma pesquisa realizada pelo próprio Instituto Paraná no começo de fevereiro. De acordo com o levantamento, o nome de Lula é o preferido de 22,6% da população. No levantamento, o petista é seguido por Aécio (12,9%), Marina (12,6%) e Bolsonaro (12%).

O diretor do instituto de pesquisas, Murilo Hidalgo, explica que o ex-presidente possuí uma forte base eleitoral que o colocaria no segundo turno do pleito de 2018, mas reforça que a rejeição em torno do petista o traria dificuldade para vencer a eleição e voltar à Presidência.

— Ele [Lula] seria favorito em qualquer primeiro turno se as eleições fossem logo, mas teria uma imensa dificuldade de vencer em um eventual segundo turno.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas com 2.020 eleitores entre os dias 12 e 15 de fevereiro de 2017. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

REVIRAVOLTA

Superfederação deve colocar no mesmo barco em 2026 Capitão Contar e Riedel

O ex-deputado estadual estaria em negociações avançadas para ingressar no PP e disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados

29/04/2025 08h00

O ex-deputado estadual Capitão Contar e o governador Eduardo Riedel podem caminhar juntos

O ex-deputado estadual Capitão Contar e o governador Eduardo Riedel podem caminhar juntos Foto: Montagem

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A “superfederação” entre os partidos PP e União Brasil, que será oficializada na tarde de hoje, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), pode proporcionar algo improvável há três anos no meio político sul-mato-grossense, ou seja, unir, no mesmo barco, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e o governador Eduardo Riedel (PSDB).

De acordo com apuração do Correio do Estado, essa possibilidade ganhou força nas últimas semanas com as negociações avançadas para que Capitão Contar troque o PRTB pelo PP para disputar uma das oito cadeiras de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados nas eleições gerais do ano que vem.

A reportagem ouviu de interlocutores ligados ao ex-deputado estadual que ele teria procurado o partido da senadora Tereza Cristina para negociar sua migração para os progressistas e, dessa forma, ser um dos nomes da legenda para concorrer à Câmara dos Deputados.

Como o arco de aliança do governador Eduardo Riedel para disputar a reeleição no ano que vem inclui o PP e, por consequência, por conta da oficialização da “superfederação”, também contará com o União Brasil, os dois últimos adversários pelo cargo de chefe do Executivo estadual nas eleições de 2022 terão de caminhar juntos em 2026.

No momento, essa futura parceria só não ocorreria caso aconteça um rompimento político entre Tereza Cristina e Eduardo Riedel, algo inimaginável nas atuais circunstâncias políticas em Mato Grosso do Sul e, portanto, já seriam favas contadas que os dois velhos adversários vão se tornar aliados. 

Entretanto, o certo é que Capitão Contar já estaria com os dois pés dentro do barco progressista para as eleições do ano que vem. Para as lideranças do PP no Estado, a presença dele no partido será um trunfo, pois, aliado com a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), a “superfederação”, batizada de União Progressista, terá dois campeões de votos na mesma chapa na disputa por cadeiras na Câmara dos Deputados.

Com isso, as lideranças da União Progressista já trabalham com a probabilidade concreta de eleger três deputados federais, pois, com dois campeões de votos, a chance de a chapa puxar, no mínimo, mais um deputado federal e, no máximo, mais dois deixa de ser um sonho, ficando bem próximo de uma realidade palpável.

Com essa fase das articulações políticas em Mato Grosso do Sul já pacificada, as atenções ficarão voltadas para o destino político do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja, atual presidente estadual do PSDB, pois, para que seja concretizado o arco de aliança para a reeleição do primeiro e a eleição do segundo ao Senado, vai depender de qual decisão eles vão tomar.

Pelas bandas da União Progressista já está tudo encaminhado para a disputa das eleições gerais do ano que vem. Agora a bola está com Riedel e Azambuja, que terão de tomar, logo, uma decisão para que a locomotiva continue nos trilhos. 

Como diziam os romanos, Alea jacta est, que traduzido do latim para o português significa a sorte está lançada.

ADVERSÁRIOS

Nas eleições gerais de 2022, o empresário do agronegócio e ex-secretário estadual Eduardo Riedel (PSDB) e o então deputado estadual Capitão Contar (PRTB) travaram uma disputa acirrada e que só foi decidida no segundo turno do pleito.

Com 100% das urnas apuradas, o tucano obteve no total 808.210 votos, o que corresponde a 56,90% dos votos válidos, contra 43,10% do militar da reserva do Exército, que conseguiu 612.113 votos, uma diferença de 196.097 votos, ou seja, 13,8%.

Enquanto no segundo turno Riedel conquistou o apoio da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, que estava no Patriotas, do candidato a governador derrotado Adonis Marcos, que era do Psol, e de boa parte do PT, Contar recebeu o apoio dos candidatos a governador derrotados André Puccinelli (MDB) e Rose Modesto (União Brasil).

No primeiro turno, Capitão Contar avançou para o segundo turno graças a uma declaração do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) no último debate dos candidatos a presidente, realizado pela Rede Globo.

Bolsonaro pediu para que os eleitores da direita em Mato Grosso do Sul votassem no candidato do PRTB em vez de Riedel, que tinha o apoio da sua ex-ministra Tereza Cristina.

Entretanto, no segundo turno, a então senadora recém-eleita Tereza Cristina pediu para que Bolsonaro, que também tinha ido para o segundo turno para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ficasse neutro.

A estratégia deu certo e o tucano derrotou o militar da reserva do Exército na reta final da campanha eleitoral.

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Política

Não haverá transição energética sem a presença do Estado, diz presidente do BNDES

Executivo reforçou que sem um Estado forte o Brasil não consegue enfrentar os problemas trazidos pelos extremos climáticos

28/04/2025 20h00

Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante

Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante Reprodução

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, voltou ao Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, 28, um ano depois da inundação que destruiu parte do Estado. Em evento promovido pela Assembleia Legislativa de Porto Alegre, o executivo reforçou que sem um Estado forte o Brasil não consegue enfrentar os problemas trazidos pelos extremos climáticos.

"Não haverá transição energética sem a presença do Estado. O Estado é fundamental para suportar e reverter as condições extremas climáticas. Quando a enchente chegou (no Rio Grande do Sul), batemos recorde de volume de crédito que ofertamos", disse Mercadante, ressaltando que apesar da tragédia que tirou quase 200 vidas, após a ajuda do governo federal a economia do Estado cresceu 4,9% no ano passado. "Lula é o único presidente da República que já morou em uma casa que foi alagada. Ele veio cinco vezes ao RS e acelerou a ajuda ao Estado", recordou.

Segundo Mercadante, passado um ano da tragédia, dois terços das empresas afetadas já conseguiram crédito com o banco, ao juro de 1% ao mês, com a condição de retomar o mesmo número de empregados que tinham antes das enchentes.

Para as que não conseguiram crédito, Mercadante acenou com uma possível postergação de prazos. "Se for necessário o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode prorrogar um pouco esse prazo para não ser uma medida punitiva, acho muito mais difícil votar uma nova lei", explicou. "Vamos chamar as centrais sindicais para juntos a gente ver como supre essa deficiência e evita punir o empresário", complementou.

Seca

Mercadante ressaltou que após as enchentes, o Rio Grande do Sul passa agora por uma seca no centro do Estado, que já prejudicou a safra da soja. Ele informou que para reduzir o impacto da falta de chuvas, o banco está trabalhando com a Embrapa na "Operação 365", que visa apoiar o desenvolvimento sustentável da agricultura, especialmente no Rio Grande do Sul, através de financiamentos e assistência técnica.

O executivo alertou que o País precisa se reindustrializar, "porque o setor que mais gera qualidade e inovação tecnológica é a indústria". Se nós não tivermos inovação, não vamos ter como competir em meio à neo industrialização... Uma delas é a Inteligência Artificial, precisamos correr nesse desafio, o Brasil tem que criar uma LLM (Large Language Mode), que é a base de dados da pesquisa da IA", avaliou.

Mercadante falou também sobre a turbulência trazida pelo governo norte-americano com a tarifação, que para ele foi "errática e improvisada". "Quem virou a grande manufatura global foi a China ao longo dos últimos anos, e nós, da América Latina e da Europa e Estados Unidos ficam prisioneiros do modelo de financeirização da economia e do chamado consenso de Washington, onde basta abrir a economia e ter um Estado mínimo. Não existe mais consenso de Washington e agora eles estão desesperados buscando uma resposta, que eu achei errática e improvisada que foi a tarifa...você vê que não teve uma reflexão profunda", afirmou.

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