Política

CORREIO EXPLICA

Saiba quem é: Eduardo Riedel, candidato ao governo de MS

Conheça o perfil pessoal, histórico profissional, repercussões midiáticas e questões jurídicas da vida de cada concorrente ao cargo de governador

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Eduardo Corrêa Riedel, 53 anos, é candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB) e tem como vice Barbosinha (57), do Partido Progressista (PP).  

Natural do Rio de Janeiro (RJ), formou-se em ciências biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou, também, mestrado em zootecnia na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal (SP).

Casou-se em 1994 com Mônica Morais e hoje possui dois filhos: Marcela e Rafael.  

Em 1995, o então candidato assumiu a gestão da propriedade rural da família, em Maracaju, adquirindo experiência em gestão. Desde então, passou a assumir cargos relacionados à administração.

Histórico

Segundo informações de sua biografia no site oficial de campanha, Eduardo Riedel foi presidente do Sindicato de Maracaju em 1999 e, posteriormente, foi vice-presidente na Federação da Agricultura e Pecuária de MS e, posteriormente, foi diretor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Em 2015, Riedel se afastou do cargo de diretor presidente da Famasul (2012-2014), ficando à frente da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, sob o governo de Reinaldo Azambuja, cargo em que permaneceu até 2021. 

Durante a pandemia da Covid-19, em 2020, o Governo de Mato Grosso do Sul, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), criou o Programa de Saúde e Segurança na Economia (PROSSEGUIR), que tinha como objetivo informar dados e indicadores à sociedade, bem como desenvolver ações mais eficientes aos impactos da Covid-19 em nosso Estado. 

Para coordenar e administrar esse projeto, o governador Reinaldo Azambuja nomeou, em julho de 2021, Eduardo Riedel como presidente do Comitê Gestor do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir).

Após cerca de 7 anos de parceria, Azambuja passa o bastão para Riedel na corrida eleitoral deste ano para o cargo de governador.

Questões jurídicas

  • Campanha eleitoral antecipada

Ao realizar buscas no buscador Google e no JusBrasil, acerca do passado jurídico de Eduardo Corrêa Riedel, encontramos processos nas comarcas de Mato Grosso do Sul e São Paulo. 

Dentre eles estão duas denúncias de  irregularidades em propaganda eleitoral, registradas no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), datadas nos dias 26 de agosto (25ª Zona Eleitoral) e 1º de setembro (51ª Zona Eleitoral), ambas de autoria do Denunciante Pardal.

Em pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral, localizamos uma publicação no Diário da Justiça Eletrônico, do dia 11 de julho de 2022, em que o Órgão de Direção Estadual do Partido Agir - AGIR/MS entrou com uma representação eleitoral contra Eduardo Riedel e Dulcelino Arruda, candidato a deputado estadual pelo Republicanos. 

Foi alegado que o vídeo publicado por Arruda demonstrava Riedel promovendo uma “reunião política em apoio ao pré-candidato Dulcelino Arruda e durante o evento, regado a bebida alcoólica e comida, o pré-candidato a governador passou a pedir votos para si e para outros candidatos que estavam presentes". 

Ao analisar o vídeo, o TSE concluiu que houve pedido explícito de votos, descumprindo as regras eleitorais. O conteúdo havia sido excluído na data da publicação, deixando de existir perigo de dano e tendo indeferido o pedido de tutela de urgência sobre a remoção do conteúdo. 

Por Eduardo Riedel ter entrado com contestação, Dulcelino Arruda recebeu prazo de dois dias para apresentar defesa. Já na publicação do dia 26 de julho de 2022, no Diário da Justiça Eletrônico do TSE, a contestação de Riedel é de que não existiu propaganda por ter como única prova o vídeo, que não tem a informação de hora, data e local da gravação, forma da divulgação, meios de divulgação, destinatário do vídeo e conduta irregular a fim de adquirir benefício próprio do candidato a governo. 

 Em contestação, Dulcelino Arruda afirma que Riedel apenas manifestou seu apoio e que tratou-se apenas de uma manifestação voluntária de apoio, o que não é proibido neste período, sem assumir característica de propaganda antecipada, sendo respaldada pelo artigo 3º da Resolução TSE n. 23.610/19. 

Por fim, a Procuradoria Regional Eleitoral entendeu que há procedência na representação e concluiu que Eduardo Riedel e Dulcelino Arruda apresentaram conduta de propaganda eleitoral antecipada. 

Outros

Entre outras questões envolvendo a Justiça Eleitoral e o candidato a governador esteve uma multa de R$ 5 mil reais por ter feito uma espécie de showmício durante sua festa de aniversário. Segundo o juiz do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelo caso, Ricardo Gomes Façanha, existem provas de que Riedel aproveitou o evento realizado na casa noturna Lord Pub CG para promover sua campanha eleitoral. 

A denúncia partiu do partido Agir apontando que Riedel “realizou o evento supramencionado sob o pretexto de comemorar seu aniversário; entretanto, dadas as circunstâncias e características da comemoração, teria restado incontroverso tratar-se de showmício ou evento assemelhado”. 

Outra questão com a Justiça Eleitoral aconteceu devido a representação do partido Agir contra Eduardo Riedel e Reinaldo Miranda Benites - Reinaldo Piti, prefeito de Bela Vista (MS) - por suposta campanha eleitoral antecipada na 50ª Exposição Agropecuária de Bela Vista (Expobel), no dia 15 de julho de 2022. 

Conforme apresentado no Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral, o representante alega que durante show de abertura do evento, o prefeito da cidade, Reinaldo Piti (PSDB) atribuiu o mérito do evento a Riedel durante seu discurso. 

A justiça acatou o pedido de remoção do conteúdo compartilhado sob pena de R$ 5 mil reais diários por dia descumpridos. 

Repercussões na mídia

Em live transmitida no dia 5 de agosto de 2020, Riedel havia se posicionado contra o pedido judicial feito pela Defensoria Pública, para que fosse determinado um lockdown em Campo Grande. O pedido, uma ação pública, deu 72h para a prefeitura se posicionar.

Riedel ainda destacou em sua fala que "o maior inimigo na pandemia é a perda de bom senso e a capacidade de dialogar e articular ações diretas e concretas, mesmo que não convergentes", dando sequência com uma crítica à Defensoria.

"Não acreditamos na judicialização extrema e generalizado como ferramenta de solução. Na hora que começamos a pensar que a caneta de um magistrado pode dar a solução, a covid-19 está dando um passo adiante com relação às consequências da vida das pessoas e economia", concluiu.

Em dado momento, o secretário adotou fala confusa ao afirmar que é um equívoco a afirmação de que o Governo do Estado defende o lockdown, já que existia apenas uma orientação de paralisar apenas as atividades consideradas não essenciais na época.

Durante esses anos e principalmente neste período, Riedel implementou o programa “Mais Social”, que atende mais de 100 mil famílias no Estado, através de cartão social com o auxílio de R$300 mensais. Riedel também ajudou na implementação da "CNH MS Social” que arca com todos os custos da primeira carteira de habilitação de alguns cidadãos.

Entre as ações de governo estão várias parcerias público-privadas estabelecidas, como a Infovia Digital, a da Sanesul, pavimentação de rodovias e projetos. Riedel também executou a reta final das obras do Aquário do Pantanal, que teve seu conceito ampliado para Bioparque.  

Antes de ingressar de forma intensa na pré-campanha, Eduardo Riedel falou ao Correio do Estado sobre o que fez no governo, entre os feitos, Riedel comentou sobre a parceria público-privada da energia renovável.

Por que explicamos

O Correio Verifica investiga conteúdos suspeitos sobre eleições em Mato Grosso do Sul que viralizam nas redes sociais. Já o Correio Explica é uma ferramenta utilizada para que os leitores entendam um conteúdo que está viralizando midiaticamente. 

Como estamos a pouco tempo das eleições, apresentaremos o perfil de cada candidato - em sorteio definido por ordem alfabética (segundo nome de candidatura dos concorrentes) -, informando aos leitores um pouco da vida pessoal e principalmente a carreira política daqueles que concorrem ao governo do Estado, a fim de desfazer boatos, para que a sociedade tenha direito de votar com base em informações verídicas.

O governo de MS é disputado por 7 candidatos, maior número desde a criação do Estado, em 11 de outubro de 1977, ano quando teve o território separado do vizinho Mato Grosso.

Além de Eduardo Riedel, do PSDB, em suas publicações a equipe do Correio Verifica já publicou os perfis dos candidatos Adonis Marcos, André Puccinelli e Capitão Contar

Ainda vamos publicar os perfis do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD; da deputada federal Rose Modesto, do União Brasil; de Giselle Marques, do PT. 

Anteriormente, o ex-candidato Magno de Souza, do PCO também teria o perfil divulgado, porém sua candidatura foi barrada pelo TRE, conforme já noticiado pelo Correio do Estado.

Ficha do Candidato

  • Nome: Eduardo Correa Riedel
  • Vice: Barbosinha (PP)
  • Partido: PSDB
  • Idade: 53 anos
  • Data de nascimento: 05/07/1969
  • Ocupação: Empresário
  • Grau de Instrução: Superior Completo
  • Estado Civil: Casado
  • Município de nascimento: Rio de Janeiro (RJ)

Saiba mais sobre o Correio Verifica 

Entre algumas checagens que já realizamos estão: PSDB-MS não apoia Simone Tebet, ao contrário do que ela afirmou em entrevista ao Jornal Nacional; e agência de Iara Contar não recebeu R$90 milhões em propagandas políticas, ao contrário do que afirma vídeo

 

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INVESTIGAÇÃO

Beto assina o pedido para prorrogação da CPMI do INSS por mais quatro meses

A comissão termina seus trabalhos em 28 de março de 2026, mas poderá chegar até julho com a possibilidade de alongamento

20/12/2025 08h20

O deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB) é membro titular da CPMI do INSS

O deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB) é membro titular da CPMI do INSS Waldemir Barreto/Agência Senado

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Em razão da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira e que resultou nas prisões de Romeu Antunes – filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS – e de Éric Fidelis – filho do ex-diretor de Benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) André Fidelis –, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve ser prorrogada por mais 120 dias.

A informação é do deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB), membro titular da CPMI do INSS, que assinou, na quinta-feira, o pedido de alongamento dos trabalhos, em função dos desdobramentos dos últimos dias.

“Assinei o pedido proposto pelo deputado federal Marcel van Hattem [Novo-RS] e acredito que a CPMI do INSS será prorrogada por mais 120 dias”, declarou.

O parlamentar explicou ao Correio do Estado que os novos fatos têm de ser fiscalizados pela Câmara dos Deputados e o Senado.

“Essa ação é necessária para que possamos desvendar e entregar à população o fim dos descontos aos aposentados e pensionistas de uma vez por todas”, pontuou.

Beto Pereira ainda apresentou o paradoxo de que o cidadão comum para aposentar enfrenta uma burocracia sem tamanho e para as empresas poderem aplicar descontos há uma facilidade sem precedentes. 

“Para aposentar é tão difícil, pois o trabalhador tem de apresentar tantos documentos, entretanto, para descontar é tão fácil, não precisa nem enfrentar nenhuma fila”, ironizou.

ASSINATURAS

A oposição ao governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já conseguiu obter o número mínimo de assinaturas para prorrogar os trabalhos da CPMI do INSS. Foram obtidas, até esta sexta-feira, as assinaturas de 175 deputados federais e 29 senadores.

Segundo o deputado Marcel van Hattem, não houve assinatura de petistas dessa vez. “Em menos de 24 horas conseguimos obter todas as assinaturas”, disse o parlamentar pelas redes sociais.

“Protocolamos esse requerimento ainda nesta sexta-feira, para que nós possamos submeter à leitura do presidente do Congresso Nacional para que os trabalhos não parem”, declarou.

A CPMI do INSS termina seus trabalhos em 28 de março de 2026, mas, com a possibilidade de prorrogação, ela poderia se estender até julho do próximo ano.

A operação da PF mirando o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e as revelações ligando Fábio Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula, ao esquema de roubo de aposentadorias deram um novo fôlego ao colegiado. Tanto que o relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), pediu a convocação de Lulinha.

Durante a operação de quinta-feira, foram presos o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, o ex-chefe de gabinete de Weverton Rocha Romeu Carvalho Antunes, o filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e Éric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis.

Como mostramos, a CPMI do INSS apontava o senador Weverton Rocha como um dos chamados “peixes grandes” no esquema.

O outro nome na mira da comissão é o do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT). Sobre Weverton, a esperança da CPMI era de que a PF pudesse desdobrar eventuais relações dele com o empresário Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor do senador.

Ele é apontado não somente como homem de confiança de Rocha, mas como quem teria assinado um documento que dava amplos poderes ao consultor Rubens Oliveira Costa, apontado pela PF como o “carregador de mala” do Careca do INSS.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

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