Política

Pós-eleição

Soraya demite funcionários do diretório do União Brasil; acertos não foram pagos

Demissão em massa ocorreu logo depois dos resultados das eleições, após fraco desempenho nas eleições

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A presidente estadual da legenda também está há quatro meses sem pagar jardineiro, empresa de videomonitoramento e empresa de limpeza de piscina

Após fraco desempenho do partido nas eleições gerais deste ano em Mato Grosso do Sul, a presidente estadual do União Brasil, senadora Soraya Thronicke, demitiu, há cerca de duas semanas, todos os funcionários da legenda no estado. 

De acordo com informações obtidas pela reportagem do jornal Correio do Estado, a mandatária máxima da sigla não teve consideração com a equipe e mandou para o olho da rua a copeira, a secretária, a auxiliar de administração e o administrador do Diretório Estadual, sendo que até o presente momento não honrou com nenhum acerto trabalhista.

Além disso, a senadora está sem pagar há quatro meses o jardineiro, que cuidava do paisagismo do imóvel, a empresa Reforce Monitoramento Rastreamento e Acesso, que instalou várias câmeras de vigilância no prédio e fazia o controle para evitar roubos e furtos, e a microempresa Leno, que fazia a limpeza da piscina existente no Diretório do União Brasil. 

Em decorrência da falta de pagamento, as duas empresas já estariam acionando o Diretório Estadual do partido na Justiça para receber os atrasados, enquanto o jardineiro não sabe o quê fazer para receber pelos serviços prestados.

Segundo as mesmas fontes, Soraya Thronicke praticamente “expulsou” do imóvel o presidente municipal do União Brasil, vereador Coronel Alírio Villasanti, que teria sido impedido até de levar os móveis do local para instalar a sede municipal em um outro imóvel. 

No prédio, localizado na Rua Professor Luís Alexandre de Oliveira, 879, no Bairro Vivenda do Bosque, em Campo Grande, também funciona o Escritório de Apoio da senadora da República no estado e, apesar de o Senado Federal destinar recursos para pagar o aluguel do imóvel, a parlamentar faz questão de deixar a despesa para o Diretório Estadual do União Brasil, que sempre teve as finanças combalidas.

Motivo

O motivo para a demissão em massa dos funcionários e a falta de pagamento pelos serviços de videomonitoramento e da limpeza da piscina seria uma “vingança” da presidente estadual do União Brasil pelo fraco desempenho dos candidatos da legenda na disputa pelas vagas no Governo do Estado, no Senado Federal, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. 

Na disputa, o partido só conseguiu eleger o candidato a deputado estadual Roberto Hashioka, sendo derrotado nas outras disputas.

Com a derrota, muitos candidatos anunciaram a saída do União Brasil, começando pela deputada federal Rose Modesto, que disputou o cargo de governadora, sendo seguida pelo ex-secretário estadual de Obras, Marcelo Miglioli, que disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, assim como o candidato a deputado federal mais votado do partido, o advogado Sindoley Morais. 

Os três alegaram falta de apoio financeiro por parte de Soraya Thronicke, que também disputou a Presidência da República e teve uma votação ainda mais inexpressiva em Mato Grosso do Sul, mas gastou R$ 38,5 milhões na sua campanha.

Segundo os três candidatos, a senadora teria prometido recursos para todos os candidatos do partido, pois o União Brasil era o partido com maior fatia do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como “Fundão”, no País. 

No entanto, quando começou a campanha, a realidade foi bem outra e a maioria dos candidatos não recebeu nem metade do que foi prometido, a exceção foi para a candidata a deputada federal Pastora Michela Dutra, que “abocanhou” R$ 3,1 milhões, ou seja, o mesmo montante do candidato a senador pela legenda, ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

O valor milionário destinado a Michela Dutra chegou a causar revolta nos demais candidatos do partido, sendo que alguns ameaçaram propor renúncia coletiva em protesto contra a política de priorizá-la. 

Afinal, os demais colegas de partido e que se candidataram a deputado federal não receberam nem perto desse valor, chegando a levantar suspeita sobre o real motivo de tanto recurso para alguém que nem aparecia como favorita para ser eleita dentro da legenda e o resultado das urnas comprovou isso, pois ela obteve apenas 4.725 votos, o que resultou na candidatura à Câmara Federal com o voto mais caro de Mato Grosso do Sul - cada voto conquistado pela pastora saiu por cerca de R$ 656,08.

Outro lado

É natural que após o período eleitoral ocorra demissões para reestruturação do diretório de acordo com as novas necessidades do partido. Sobre as questões trabalhistas, tudo está ocorrendo dentro do prazo legal e os pagamentos serão realizados.

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presidência

Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg: Lula lidera todos cenários de 1º e 2º turnos

Em um possível segundo turno, Lula aparece com 49% das intenções de voto contra 45% de Tarcísio de Freitas

18/12/2025 07h56

A pesquisa da Bloomberg traz Lula com 53% das intenções de voto contra 41% de Flávio Bolsonaro em um eventual segundo turno

A pesquisa da Bloomberg traz Lula com 53% das intenções de voto contra 41% de Flávio Bolsonaro em um eventual segundo turno

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Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira, 18, mostra que se as eleições gerais de 2026 fossem realizadas hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorrerá à reeleição ao Palácio do Planalto, venceria todos os adversários, tanto no primeiro quanto no segundo turnos.

O instituto traçou vários cenários, incluindo a entrada no páreo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), indicado por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso e inelegível, para representá-lo nas urnas. Neste cenário, no 1º turno, Lula teria 48,1%, Flávio 29,3% e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) 7,2%.

Num cenário ampliado, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a pesquisa mostra Lula com 47,9%, Flávio com 21,3%, Tarcísio com 15% e Caiado com 4,4%. Na disputa com Tarcísio, sem o senador Flávio Bolsonaro, Lula teria 48,8%, o governador de São Paulo 28,3% e Caiado 5,5%.

Na disputa contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), Lula teria 48,8%, Michelle 30% e Caiado 7,5%. Num cenário sem nenhum Bolsonaro ou Tarcísio, Lula pontua 48,8%, Caiado 16,3%, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) 11,7% e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) 9%.

Sobre a escolha de Flávio Bolsonaro por seu pai para ser o candidato da ala bolsonarista à Presidência da República no ano que vem, o instituto indagou entre os eleitores dessa ala política se a escolha foi ou não correta. Do total, 75,2% responderam que concordam, 17,1% discordam e 7,6% disseram não saber.

Sobre quem deveria ser o vice na chapa do senador, caso ele concorra mesmo ao Palácio do Planalto em 2026, as respostas foram: Tarcísio de Freitas 25,8%, Michelle Bolsonaro 23%, Romeu Zema 9,6%, Ronaldo Caiado 9,6%, Ratinho Júnior 8,6% e Cláudio Castro (PL) 8,1%.

Foi testado ainda um cenário onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria o candidato do PT à Presidência da República em 2026. Neste cenário, sem Lula, o ministro aparece com 43,9%, Tarcísio com 28,5%, Caiado com 6,1% e Ratinho Júnior com 4,1%.

Segundo turno

Nos cenários de eventual segundo turno, onde Lula ganharia de todos os concorrentes, a pesquisa mostra: Lula com 49% contra 45% de Tarcísio; Lula com 50% contra 45% de Michelle Bolsonaro; Lula com 53% contra 41% de Flávio Bolsonaro, Lula com 49% contra 39% de Caiado, Lula com 49% contra 39% de Zema e Lula com 49% contra 39% de Ratinho Júnior.

Rejeição

Em uma lista em que consta o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, a AtlasIntel/Bloomberg perguntou em qual político os entrevistados não votariam de jeito nenhum. Bolsonaro lidera com 48,9%, seguido de Lula com 47,8%, Flávio Bolsonaro com 45,6%, Michelle Bolsonaro com 43,3%, Nikolas Ferreira (PL) com 42,9%, Romeu Zema com 39,8% e Tarcísio com 39,3%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 15 de dezembro, com 18.154 pessoas em todo o território nacional, com margem de erro de 1 ponto porcentual para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

A pesquisa foi feita através da metodologia Atlas Random Digital Recruitment (RDR), na qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo - smartphones, tablets, laptops ou Pcs -, segundo o instituto "os procedimentos estatísticos complexos para calibrar amostras robustas, representativas da população-alvo", respondendo o questionário em plena anonimidade, sem temer causar impressões negativas ao entrevistador ou pessoas que possam ouvir a entrevista.
 

DOSIMETRIA

Tereza e Nelsinho votam a favor da redução da pena de Bolsonaro

A senadora Soraya Thronicke votou contra o projeto que reduz as punições aos envolvidos nos atos do 8 de jeneiro. Medida foi aprovada com 48 votos contra 25

18/12/2025 07h36

Soraya foi voto vencido, mas Nelsinho e Tereza ajudaram a aprovar o chamado projeto da dosimetria no Senado nesta quarta-feira (17)

Soraya foi voto vencido, mas Nelsinho e Tereza ajudaram a aprovar o chamado projeto da dosimetria no Senado nesta quarta-feira (17)

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Os senadores sul-mato-grossenses Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) votaram a favor e a senadora Soraya Thronicke (Podemos) contra o projeto de lei que reduz as penas dos condenados por envolvimento nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 e do ex-presidente Jair Bolsonaro.  

O PL 2.162/23 acabou aprovado por 48 votos a favor e 25 contrários na noite desta quarta-feira (17), além de uma abstenção, sendo que agora a matéria segue agora para a sanção da Presidência da República.

O texto foi aprovado pelo plenário ser aprovado hoje mesmo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), após muita discussão e seis horas de reunião. Na Comissão foram feitas alterações com a inclusão de uma emenda do senador Sérgio Moro (União-PR) para limitar a redução de penas somente aos envolvidos nos atos golpistas. 

Este ponto era polêmico porque o projeto aprovado pela Câmara dos deputados poderia criar a possibilidade de a redução de penas beneficiar condenados por outros crimes violentos, como os envolvidos em organizações criminosas e delitos contra a administração pública.

O relator do PL, o senador Esperidião Amin (PP-SC), afirmou que o projeto busca “corrigir distorções” com foco nas condenações dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Amin afirmou que o texto é o primeiro passo para uma futura anistia, e que “traz um alento, sem acirrar os ânimos”. Ele destacou que “há um consenso de que a mão [nos julgamentos] foi muito pesada. A narrativa de se tratar de “blindagem ampla” ou qualquer outra expressão que o valha não é verdadeira”.

Na prática, o projeto reduz a pena final de condenados por diversos enquadramentos dentro do mesmo ato golpista, inclusive nos processos já julgados ou pendentes sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023. É o caso do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a uma pena de mais de 27 anos.

O texto também cria uma regra de redução de pena para situações em que o crime for cometido em contexto de multidão. Nesse caso, quem não tiver financiado ou liderado as ações poderá receber um redutor de um terço a dois terços. A medida distingue quem atuou sem protagonismo de figuras organizadoras ou financiadoras dos atos antidemocráticos.

O projeto promove uma alteração na Lei de Execução Penal, para prever quando o condenado poderá passar para um regime mais brando. Com a mudança, os 16% (ou 1/6) da pena em regime fechado valerão para crimes com ou sem os critérios de violência ou grave ameaça. Além disso, os reincidentes — aqueles que já cometeram crimes — terão que cumprir 20% da pena. Com a legislação atual, os réus primários têm que cumprir 25% da pena em regime fechado, e os reincidentes, 30%.

Remição

Ainda pelo projeto, pessoas em prisão domiciliar poderão considerar o trabalho como forma de reduzir a pena a ser cumprida — a chamada remição. Atualmente, apenas o estudo pode remir a pena na modalidade domiciliar.

(Com informações da Agência Senado)

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