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Honda anuncia recall de mais de 2 milhões de carros; 390 no Brasil

Honda anuncia recall de mais de 2 milhões de carros; 390 no Brasil

uol

06/08/2011 - 00h00
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A Honda anunciou nesta sexta-feira (5) um recall de 2,26 milhões de veículos, entre eles, o sedã Accord e o crossover CR-V, dois dos modelos mais populares da marca japonesa em mercados cruciais, como os Estados Unidos. No Brasil, em princípio, foram atingidos 390 Accord LX de ano/modelo 2005.

Os chassis destes vão de 3HGCM56305G00001 a 3HGCM56305G500390. Mais informações podem ser obtidas no telefone 0800-775-5346, ou no site da Honda. Os reparos começam a ser feitos no próximo dia 10.
 
Nos EUA, 1,5 milhão de carros deverão ter o software da transmissão automática atualizado -- mesma medida a ser aplicada aos Accord do Brasil. Segundo o fabricante, o risco é que, numa troca rápida entre as posições do câmbio, um dos rolamentos da transmissão acabe quebrando.

O comunicado da Honda brasileira, publicado nesta sexta na mídia impressa, joga a "culpa" no motorista: o risco de danos viria de uma "utilização equivocada da alavanca seletora de marchas pelo condutor".

O aviso enviado às redações é mais descritivo. Afirma que "a reprogramação [da ECU] é necessária pois, caso o condutor faça repetidamente a mudança da alavanca seletora da transmissão entre as posições R (ré) e D (drive) com a rotação do motor ainda elevada, além das rodas em movimento, a ação poderá forçar um dos rolamentos da transmissão, provocando sua quebra".

Como lembrou o Wall Street Journal, tal manuseio da transmissão pode ser necessário em situações de atolamento na lama ou na neve -- o que não configura um "uso equivocado" da transmissão (mas que, de fato, é mais comum nos EUA e na China).

Os Accord afetados (inclusive no Brasil) são os de motor 2.4 de quatro cilindros fabricados entre 2005 e 2010. Já os CR-V vão de 2007 a 2010. O SUV Element, que não é vendido por aqui , também deve ser revisado -- dele, foram chamadas unidades fabricadas entre 2005 e 2008.

Na China, a Guangqi Honda Automobile, parceria da marca japonesa com a fabricante local Guangzhou Automobile, anunciou o recall de 605.025 Accord produzidos entre 2004 e 2009, além de 151.489 unidades da minivan Odyssey feitas no mesmo período. Outra parceria da Honda, esta com a Dongfeng, faz o recall de 4.001 Spirior, variação chinesa do Acura TSX também equipada com o motor de 2,4 litros.

EM XEQUE
O megarrecall da Honda nada tem a ver com o terremoto e o tsunami no Japão, ocorridos em março último -- basta notar que todos os carros foram fabricados antes da tragédia. Ele reflete, principalmente, a política de usar o mesmo trem de força (motor e transmissão) em diferentes modelos.

Mas é um novo golpe na credibilidade e confiabilidade de uma marca automotiva oriental. A Toyota já passou por isso com os sucessivos recalls globais de carros como os best-sellers Corolla e Camry, no ano passado. Alguns acidentes que resultaram em morte foram atribuídos a defeitos no acelerador.

Um presságio de que uma turbulência poderia atingir a Honda surgiu ainda nesta semana, quando o Civic 2012 deixou de ser recomendado pela respeitada publicação Consumer Reports. Na semana passada, mais de 100 mil Honda Civic brasileiros foram chamados para ajustes na bomba d'água.

De acordo com a Honda, nenhum acidente grave causado pelo eventual defeito na transmissão foi registrado até agora, e o caráter do recall é 100% preventivo.

'NOVAS POSSIBILIDADES'

Ponte Bioceânica nem está pronta e 'Murtinho' já entra na rota do tráfico

Policiais rodoviários federais interceptaram caminhonete na BR-267 e apreenderam quase duas toneladas de entorpecentes

01/11/2024 11h19

Na S/10 fruto de roubo conduzida com placas falsas, foram localizados diversos tabletes de substância análoga à maconha. 

Na S/10 fruto de roubo conduzida com placas falsas, foram localizados diversos tabletes de substância análoga à maconha.  Reprodução/PRF-MS

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Através do trabalho de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Porto Murtinho, quase duas toneladas de entorpecentes foram apreendidos na madrugada de hoje (1º), em trecho BR-267, o que mostra que a rodovia ligada a tão falada Rota Bioceânica já apresenta sinais característicos de tráfico, antes mesmo das obras da ponte estarem prontas.

Informações da Polícia Rodoviária Federal mostram, com uma operação, foi coibido não somente o tráfico de drogas, já que o veículo, uma caminhonete Chevrolet/S10, também era produto de roubo/furto.

Conforme a PRF, durante a madrugada desta sexta (1º) um homem conduzia a S/10 no trecho da BR0267 que era fiscalizado pelos agentes, desobedecendo à ordem de parada dos agentes rodoviários federais. 

Com isso foi dado início a uma perseguição, feito com acompanhamento tático da caminhonete, até o ponto em que o conduzir desistiu do veículo e começou uma tentativa de fuga a pé. 

Importante frisar que essa tentativa foi frustrada, com o indivíduo sendo alcançado e preso, posteriormente encaminhado para a Polícia Civil de Porto Murtinho. 

Na caminhonete S/10, que era conduzida com placas falsas por ser fruto de roubo, foram localizados diversos tabletes de substância análoga à maconha. 

Ainda que não tenha apontado aos policiais onde conseguiu a droga, ou mesmo de onde o carregamento seria entregue, os policiais conseguiram retirar de circulação 1.800 kg totais da substância. 

Longe de acabar

Inicialmente com entrega prevista para novembro de 2025, a conclusão das obras da ponte no trecho sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho teve prazo prorrogado para fevereiro de 2026, como bem abordou o Correio do Estado ainda no começo do mês de outubro. 

Com custos orçados em aproximadamente 95 milhões de dólares, ao todo essa ponte sobre o Rio Paraguai terá 1,3 mil metros, sendo que pouco mais de 60% dos trabalhos já foram concluídos. 

Mesmo assim, atraso na entrega da ponte não deve atrasar a implementação da Rota Bioceânica, uma vez que as obras de acesso - de quase meio bilhão de reais - mal começaram e devem ser concluídas apenas ao fim de 2026, isso se o cronograma for cumprido à risca. 

Em agenda na sede da Federação das Indústrias, em Campo Grande, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi questionada pela equipe do Correio do Estado sobre o início das obras de acesso, que até aquele 20 de setembro ainda não tinha começado. 

“Eu fiz questão de vir hoje aqui na Fiems, porque é pé quente. Exatamente hoje começou a obra da alça dos 13 quilômetros. É importante lembrar que é uma alça, ela é suspensa tanto no início quanto no final da ponte, então ela tem uma complexidade. A ordem de serviço a gente deu em dezembro e a previsão era que as obras começassem em março. Mas o importante é que hoje iniciou”, afirmou Simone na ocasião. 

Ainda no fim de 2023 o Correio do Estado explicou: por que 13 km de asfalto e aduana vão custar meio bilhão de reais?, que você confere CLICANDO AQUI, sendo R$ 472 milhões bancados integralmente pelo governo federal, com previsão de ser entregue em até dois anos, com visita de Lula prevista para inauguração em Porto Murtinho antes do fim de seu terceiro mandato. 

 

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Referência Global

Ureia desenvolvida em Campo Grande tem fórmula única e é exportada para 17 países

A ureia é conhecida mundialmente como a fonte mais econômica de proteína para ruminantes; inovação desenvolvida em Campo Grande coloca o Brasil no mapa da inovação agropecuária

01/11/2024 10h30

Divulgação

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Uma empresa campo-grandense se tornou referência global na suplementação proteica para rebanhos com o desenvolvimento de uma ureia extrusada com fórmula exclusiva. Atualmente, o produto, que é único no mercado, é exportado para 17 países.

A Amireia Pajoara, empresa com quase 30 anos de mercado, desenvolveu o produto inicialmente de forma empírica, ou seja, baseado em observações e experiências. O maquinário próprio para a produção da receita também foi desenvolvido pela empresa.

O atual CEO da empresa e filho do criador da fórmula da ureia extrusada, João Paulo M. Piotto, revelou que a forma com que o produto foi desenvolvido chega a ser inexplicável, porque o pai tinha muito "feeling" durante o trabalho.

“A gente nem sabe explicar direito, mas ele identificava pelo toque, pelo cheiro; foi desse jeito que tudo começou. Hoje, a Amireia 200 S, que é um produto único, tem alta tecnologia fabril e atende a suplementação proteica do rebanho, elevando a capacidade digestiva dos ruminantes e minimizando o custo de produção”. O produto, além de trazer segurança para o uso durante todo o ano, é uma fonte de Nitrogênio Não Proteico (NNP) protegida e garantida.

A ureia, que é conhecida mundialmente como a fonte mais econômica de proteína para ruminantes, serviu como ponto de partida para a empresa, que se dedicou a pesquisar alternativas de lenta degradação.

Após uma extensa investigação, a Amireia Pajoara encontrou na tecnologia STAREA uma resposta promissora. A tecnologia, desenvolvida na Universidade Estadual de Kansas, nos Estados Unidos, combina a extrusão da ureia com o milho, resultando em um produto altamente estável, seguro e com lenta degradação no organismo dos animais.

Com esse avanço, a Amireia Pajoara tornou-se a primeira empresa no mundo a produzir industrialmente ureia extrusada, utilizando essa tecnologia.

A fórmula única e pioneira desenvolvida em Campo Grande, coloca o Brasil no mapa da inovação agropecuária, reafirmando o potencial do país na produção de tecnologias eficientes e sustentáveis para a nutrição animal.

Para o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Ademar Silva Junior, a empresa exemplifica o espírito inovador e empreendedor do campo-grandense.

“Temos muitas empresas aqui em Campo Grande, que são modelo para outras, por isso é tão importante termos políticas públicas que fortaleçam esses empresários, que transformam a cidade. Dentro da cidade já implementamos a Lei da Liberdade Econômica, a Lei das Franquias e seguimos trabalhando para aprimorar a Lei Municipal da Inovação, por exemplo”, ressalta.

Outra iniciativa importante é fortalecer as relações entre os países e fomentar o mercado exterior. Para isso, desde agosto de 2022 foi inaugurado em Campo Grande o Escritório Internacional CGR Business. Desde então, passaram por lá, autoridades e empresários das mais diversas cadeias produtivas de 43 países. O gestor do CGR Business, Paulo César Fialho, explica que o principal objetivo do Escritório Internacional é conectar a Capital aos mais relevantes centros de desenvolvimento político e econômico globais.

Em 2024, as exportações de Campo Grande somam US$ 320,416 milhões de dólares. Já as importações somam US$ 233,980 milhões de dólares. A corrente de comércio atinge US$ 554,397 milhões e o saldo comercial chega a US$ 86,436 milhões.

Em relação aos países integrantes da Rota de Integração Latino-Americana (RILA) – Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai –, o comércio exterior de Campo Grande com estes países atingiu US$ 14,387 milhões em agosto de 2024 (cerca de 17,9% do movimento total da capital). O comércio entre Campo Grande e os países da RILA continua positivo para a capital, com saldo comercial de US$ 9,825 milhões no mês, demonstrando o grande potencial comercial, bem como de serviços e turismo que a integração com estes países está proporcionando. No ano, Campo Grande já acumula US$ 101,665 milhões transacionados com os países da RILA.

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