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Mercadante comandará ministério da Ciência e Tecnologia

Mercadante comandará ministério da Ciência e Tecnologia

Informações da Folha Online

04/12/2010 - 07h45
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Após ser derrotado na disputa pelo governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante foi convidado ontem  pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia a partir do próximo ano.
Segundo a Folha de S. Paulo, a conversa entre Mercadante e Dilma ocorreu na Granja do Torto, onde a presidente eleita está morando durante a transição. De acordo com informações do jornal, o petista já aparecia na lista de cotados para o posto há semanas e aceitou o convite feito por Dilma.
Com a decisão da presidente, o governador Eduardo Campos (PSB) que faria a escolha do nome para a pasta, deverá ser recompensado com a indicação para a Integração Nacional, um dos ministérios com maior atuação no Nordeste.  
Mercadante é o primeiro dos derrotados nas urnas a ser "socorrido" pela nova mandatária. O senador trocou uma reeleição certa pela disputa ao governo a pedido do presidente Lula. Desde a campanha, no entanto, já se cogitava uma compensação caso ele não conseguisse vencer Geraldo Alckmin (PSDB), que largou em ampla vantagem nas pesquisas e venceu no primeiro turno, por margem bastante estreita.

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Manifestação do MST gera discussão entre deputados e sessão na Assembleia é suspensa

Parlamentares chegar a trocar ofensas e gritaria generalizada fez o presidente da Casa suspender a sessão por três minutos para acalmar os ânimos; Veja o vídeo

29/04/2025 12h00

Deputados discutiram durante sessão desta terça-feira

Deputados discutiram durante sessão desta terça-feira Foto: Reprodução

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A manifestação do Movimento Sem-Terra, que ocupou uma fazenda e bloqueou a BR-060 em Mato Grosso do Sul no domingo e segunda-feira, gerou uma confusão generalizada na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (29). Com deputados trocando ofensas e gritaria, o deputado Renato Câmara, que presidia a sessão, decidiu por suspendê-la por três minutos.

O assunto foi levado ao plenário pelo deputado Zeca do PT, que apresentou uma moção de repúdio a ação da Polícia Militar e aos que autorizaram a ação que retirou os manifestantes da área ocupada de uma propriedade rural de Dourados.

A confusão começou, porém, após fala do deputado Deputado Coronel David (PL), que apresentou uma nota de repúdio contra o Movimento Sem-Terra, pelo bloqueio da rodovia.

"Esta ação criminosa representa uma violação frontal do direito constitucional de ir e vir assegurado a todos os brasileiros. E esse bloqueio causou prejuízos de ordem econômica, social", disse.

Neste momento, o depuado João Henrique Catan (PL) pediu pela ordem e afirmou que gostaria de assinar junto a nota, ao que Zeca do PT se manifestou contrário pela forma como foi feito o pedido.

Neno Razuk (PL) também pediu para assinar junto e criticou a manifestação de Zeca, afirmando que sempre foi permitido pedir o aparte para assinar junto e que o movimento seria uma perseguição do PT com o PL. "Eu acho que é a iminência da derrota e por isso ele se sente dessa maneira", disse.

Ao retomar a palavra, Coronel David disse que, além da nota de repúdio, mandaria um ofício da Casa de Leis para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), solicitando que, em casos de bloqueio em rodovia federal, que seja permitido a atuação do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

A deputada Gleice Jane questionou se a proposta atenderia a situação de quando bolsonaristas foram as ruas e acamparam em frente aos quartéis. "A PM também poderia agir no sentido de atender a população?", questionou.

"A Polícia Militar não tem política, a PM sempre age pela legalidade, não somos um bando como a senhora quer se referir a minha instituição", respondeu David.

Zeca do PT pediu a palavra e disse que não houve legalidade no movimento bolsonarista. "Ficaram quatro meses acampados fazendo baderna, churrascada, enchendo o saco da população e a droga da polícia fez absolutamente nada porque não tinha ordem do governo do Estado".

Coronel David disse que não permitiria que a PM fosse chamada de droga. "Droga é esse partido que ele representa aqui, não admito que venha uma pessoa dizer que a Polícia Militar é uma droga, droga é o senhor".

Catan pediu a palavra novamente e, como muitos deputados já estavam usando o momento para a discussão, o 2º secretário, Pedro Kemp, pediu que o presidente da Casa negasse os pedidos pela ordem, pois o pequeno expediente é o momento para apresentar indicação, requerimento ou projeto de lei, enquanto os debates devem ocorrer no grande expediente.

No entanto, Renato Câmara assegurou a palavra a Catan. "O que não podemos é ter um debate aberto, com um falando e outro falando. Temos que entender que estamos no pequeno expediente, uma manifestação com mais profundidade deve ser feita no grande expediente", disse.

Após a manifestação de Catan, que defendeu o movimento bolsonarista no pós-eleição, Pedro Kemp também pediu a palavra, momento em que se iniciou uma gritaria generalizada entre os deputados, todos falando um por cima do outro e todos pedindo pela ordem para ter direito a palavra.

Com a confusão, Renato Câmara suspendeu a sessão por três minutos para recuperar a ordem. Os ânimos continuaram exaltados por alguns minutos, com deputados se aglomerando em frente ao presidente para acusar uns aos outros pela baderna.

No retorno, a sessão seguiu normalmente, com a votação de projetos que estavam na pauta do dia.

 

 

REVIRAVOLTA

Superfederação deve colocar no mesmo barco em 2026 Capitão Contar e Riedel

O ex-deputado estadual estaria em negociações avançadas para ingressar no PP e disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados

29/04/2025 08h00

O ex-deputado estadual Capitão Contar e o governador Eduardo Riedel podem caminhar juntos

O ex-deputado estadual Capitão Contar e o governador Eduardo Riedel podem caminhar juntos Foto: Montagem

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A “superfederação” entre os partidos PP e União Brasil, que será oficializada na tarde de hoje, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), pode proporcionar algo improvável há três anos no meio político sul-mato-grossense, ou seja, unir, no mesmo barco, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e o governador Eduardo Riedel (PSDB).

De acordo com apuração do Correio do Estado, essa possibilidade ganhou força nas últimas semanas com as negociações avançadas para que Capitão Contar troque o PRTB pelo PP para disputar uma das oito cadeiras de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados nas eleições gerais do ano que vem.

A reportagem ouviu de interlocutores ligados ao ex-deputado estadual que ele teria procurado o partido da senadora Tereza Cristina para negociar sua migração para os progressistas e, dessa forma, ser um dos nomes da legenda para concorrer à Câmara dos Deputados.

Como o arco de aliança do governador Eduardo Riedel para disputar a reeleição no ano que vem inclui o PP e, por consequência, por conta da oficialização da “superfederação”, também contará com o União Brasil, os dois últimos adversários pelo cargo de chefe do Executivo estadual nas eleições de 2022 terão de caminhar juntos em 2026.

No momento, essa futura parceria só não ocorreria caso aconteça um rompimento político entre Tereza Cristina e Eduardo Riedel, algo inimaginável nas atuais circunstâncias políticas em Mato Grosso do Sul e, portanto, já seriam favas contadas que os dois velhos adversários vão se tornar aliados. 

Entretanto, o certo é que Capitão Contar já estaria com os dois pés dentro do barco progressista para as eleições do ano que vem. Para as lideranças do PP no Estado, a presença dele no partido será um trunfo, pois, aliado com a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), a “superfederação”, batizada de União Progressista, terá dois campeões de votos na mesma chapa na disputa por cadeiras na Câmara dos Deputados.

Com isso, as lideranças da União Progressista já trabalham com a probabilidade concreta de eleger três deputados federais, pois, com dois campeões de votos, a chance de a chapa puxar, no mínimo, mais um deputado federal e, no máximo, mais dois deixa de ser um sonho, ficando bem próximo de uma realidade palpável.

Com essa fase das articulações políticas em Mato Grosso do Sul já pacificada, as atenções ficarão voltadas para o destino político do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja, atual presidente estadual do PSDB, pois, para que seja concretizado o arco de aliança para a reeleição do primeiro e a eleição do segundo ao Senado, vai depender de qual decisão eles vão tomar.

Pelas bandas da União Progressista já está tudo encaminhado para a disputa das eleições gerais do ano que vem. Agora a bola está com Riedel e Azambuja, que terão de tomar, logo, uma decisão para que a locomotiva continue nos trilhos. 

Como diziam os romanos, Alea jacta est, que traduzido do latim para o português significa a sorte está lançada.

ADVERSÁRIOS

Nas eleições gerais de 2022, o empresário do agronegócio e ex-secretário estadual Eduardo Riedel (PSDB) e o então deputado estadual Capitão Contar (PRTB) travaram uma disputa acirrada e que só foi decidida no segundo turno do pleito.

Com 100% das urnas apuradas, o tucano obteve no total 808.210 votos, o que corresponde a 56,90% dos votos válidos, contra 43,10% do militar da reserva do Exército, que conseguiu 612.113 votos, uma diferença de 196.097 votos, ou seja, 13,8%.

Enquanto no segundo turno Riedel conquistou o apoio da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, que estava no Patriotas, do candidato a governador derrotado Adonis Marcos, que era do Psol, e de boa parte do PT, Contar recebeu o apoio dos candidatos a governador derrotados André Puccinelli (MDB) e Rose Modesto (União Brasil).

No primeiro turno, Capitão Contar avançou para o segundo turno graças a uma declaração do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) no último debate dos candidatos a presidente, realizado pela Rede Globo.

Bolsonaro pediu para que os eleitores da direita em Mato Grosso do Sul votassem no candidato do PRTB em vez de Riedel, que tinha o apoio da sua ex-ministra Tereza Cristina.

Entretanto, no segundo turno, a então senadora recém-eleita Tereza Cristina pediu para que Bolsonaro, que também tinha ido para o segundo turno para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ficasse neutro.

A estratégia deu certo e o tucano derrotou o militar da reserva do Exército na reta final da campanha eleitoral.

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