Política

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Candidatos a deputado escondem seus governadores nestas eleições

Políticos que disputam vaga na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa não mostram quem apoiam para o governo

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A campanha eleitoral começou ontem (16), e nas redes sociais é possível verificar que muitos candidatos a deputado estadual e a federal estão “escondendo” os seus postulantes a governador e até mesmo a senador.  

Os mais fiéis até então são os aliados de Eduardo Riedel (PSDB). Muitos deles fazem questão de citar o nome do tucano e da candidata a senadora Tereza Cristina (PP). O que não acontece na propaganda dos postulantes a uma vaga na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados da chapa ligada ao ex-governador André Puccinelli (MDB) e ao ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD).

No PT, não é diferente. Um caso específico é o do deputado federal Vander Loubet, que busca a reeleição. Ele postou foto apresentando Lula como seu candidato a presidente. Mas se “esqueceu” de citar o nome da candidata a governadora do partido, Giselle Marques, e do candidato a senador, Tiago Botelho.  

Diferentemente agiu o deputado estadual Pedro Kemp, que postou vídeo pedindo votos para Lula, Giselle e Botelho.  

Outro exemplo é o deputado estadual Renato Câmara (MDB). Ele ignorou André Puccinelli já no início de sua campanha eleitoral. Câmara focou só em seu nome. Tampouco lembrou-se da senadora Simone Tebet, candidata a presidente pelo seu partido.  

Há informações de bastidores acerca da insatisfação do deputado no MDB, tanto é que vetou a indicação de sua esposa para ser vice de André e representar a região da Grande Dourados. André acabou optando por Tânia Garib.

O candidato a senador pelo PSD, Odilon de Oliveira, também não apresentou Marquinhos Trad como seu candidato a governador. Mas o deputado federal Fábio Trad, que concorre à reeleição, como era de se esperar também, fez questão de destacar o nome do irmão em sua propaganda nas redes sociais.

Até um parceiro de longos anos de Marquinhos, o vereador Pitu (PSD), não se “lembrou” de mostrar o nome dele como candidato a governador.  

O fato é que muitos dos candidatos não querem associar a sua imagem à de Marquinhos Trad após as acusações de crimes sexuais. Mas há quem escancara apoio ao ex-prefeito, como o vereador Coringa (PSD), que concorre ao cargo de deputado estadual.

O vereador João Rocha, que saiu do PSDB depois de 23 anos de filiação, disputa vaga na Assembleia Legislativa pelo PP. Porém, em sua postagem na rede social não mostra o nome de Eduardo Riedel, candidato do seu antigo partido para governador, tampouco o nome de Tereza Cristina, candidata da sua nova sigla ao Senado.

Já o deputado estadual Marçal Filho, outro que trocou o PSDB pelo PP, também não se “lembrou” de colocar o nome de Riedel em suas primeiras postagens. Mas, no decorrer do dia, apareceu outra postagem com o nome do candidato a governador.  

Marçal chegou a ser cogitado para ser vice de Riedel, mas a vaga acabou ficando com o seu colega de partido, de Assembleia Legislativa e douradense, Barbosinha.

O dr. Flávio Renato, candidato do União Brasil a deputado federal, não mostra Rose Modesto como candidata a governadora pelo seu partido.

553 candidatos a deputado

Em Mato Grosso do Sul, nestas eleições, há 393 candidatos a deputado estadual e 160 candidatos a deputado federal. 

CRISE POLÍTICA

Permanência do PT na administração do governador Riedel divide o partido

Provável presidente da sigla, o deputado federal Vander Loubet defende que legenda mantenha os cargos no governo estadual

08/04/2025 08h00

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto Foto: Giovanni Colett/Divulgação

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A publicação feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) nas suas redes sociais, defendendo a anistia irrestrita aos presos do 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), causou uma divisão dentro da executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul.

Uma ala do partido defende a imediata saída da legenda da administração estadual, entregando os vários cargos que ocupa e até o comando da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), enquanto outro grupo atende que o PT deve continuar na gestão de Riedel como uma forma de marcar presença até, pelo menos, que ele decida para qual partido vai migrar ou se vai continuar no ninho tucano.

Entre os que defendem a permanência no governo Riedel, está o deputado federal Vander Loubet (PT), que informou sobre a reunião da executiva estadual do partido na manhã de ontem, em Campo Grande.

“Na reunião, não houve nenhum tipo de decisão no sentido de que o PT vá deixar a base ou vai abandonar de vez o governo Riedel”, revelou ao Correio do Estado.

O parlamentar explicou que tanto ele quanto outras lideranças do partido, como o deputado estadual Zeca do PT, já se manifestaram contra a posição do governador sobre a questão da anistia aos presos que depredaram os prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“No entanto, o fato de haver divergência a respeito desse tema não significa que o PT tenha que abandonar o governo Riedel, ou ainda pior, cortar relações. Muito pelo contrário, entendemos que o governo estadual continua sendo um governo em disputa, ou seja, que o PT precisa ocupar os espaços dentro dele para conseguir colocar em prática as políticas públicas”, argumentou. 

Para ele, o partido entende que a implantação de políticas públicas é importante, principalmente as voltadas para a questão da agricultura familiar, que envolve os assentados da reforma agrária, bem como a questão dos povos indígenas e dos quilombolas, que é uma pauta importante para o PT.

Ainda em relação à permanência ou não do PT na base de apoio do governo Riedel, ocupando cargos e espaços na gestão estadual, Loubet entende que ainda há muitos outros fatores, sendo necessário o partido aguardar para tomar qualquer tipo de decisão.

“É necessário aguardar para ver para que partido o governador Eduardo Riedel vai migrar, se vai continuar no PSDB, se vai para alguma outra legenda. Isso é um elemento que pode pesar em uma decisão dessas, portanto, ainda temos muitas questões para se aguardar e, só depois, analisar uma decisão como essa”, explicou ao Correio do Estado.

CONTRÁRIOS

Entre os que são favoráveis à debandada do PT do governo Riedel está o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que defendeu que o partido precisa deixar a base aliada da gestão estadual.

“Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, declarou.

O parlamentar defendeu que o compromisso do PT em Mato Grosso do Sul é com a reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições gerais do ano que vem.

“O atual governo lidera um projeto de combate às desigualdades sociais, defesa da democracia e crescimento sustentável. Precisamos apresentar uma proposta coerente com essa visão. Sem anistia para golpistas. Golpe nunca mais. Democracia sempre”, reforçou.

Além de criticar a fala de Riedel, a deputada estadual Gleice Jane (PT) também defendeu que o partido se retire da base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). De acordo com ela, a posição do governador gera preocupação, indignação e questionamentos, tendo em vista que, após os atos de vandalismo, Riedel foi até Brasília e caminhou com o presidente Lula ao pedir justiça pelos atos.

“Permitir que os responsáveis por atos de violência, destruição e ameaças à democracia sejam isentos de punição representa um retrocesso perigoso para o povo brasileiro, e a postura adotada pelo chefe do Executivo sul-mato-grossense coloca em risco a segurança do povo. Por isso, reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, finalizou.

Saiba - Executiva critica Riedel e prioriza reeleger Lula

A executiva estadual do PT considerou inaceitável a manifestação do governador Eduardo Riedel em favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. A direção cobrou coerência dele, tendo em vista que o PT apoiou a candidatura dele no segundo turno das eleições de 2022.

As consequentes medidas políticas decorrentes dessa posição serão tomadas em consonância com a base, levando em conta a prioridade de reeleger o presidente Lula, com ampliação das bancadas e a conquista de uma das vagas ao Senado.

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Política

Trump diz que EUA estão em 'conversas diretas' com Irã e confirma reunião bilateral

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca

07/04/2025 20h00

Deputados de MS acompanham posse de Trump

Deputados de MS acompanham posse de Trump Reprodução redes sociais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda, 7, que seu governo está em "conversas diretas com o Irã" e classificou como "muito importante" uma reunião bilateral prevista para o próximo sábado "Prefiro que cheguemos a um acordo com o Irã", disse, sem revelar o local do encontro. "Não posso falar mais desse encontro, nem onde será", acrescentou.

O tom, no entanto, foi ambíguo. Apesar de demonstrar otimismo ao afirmar que espera que as "conversas com o Irã sejam muito positivas", Trump foi rígido ao dizer que, se não houver avanços, "será um péssimo dia para eles". Ele também reiterou uma das principais exigências dos EUA na questão nuclear: "Posso falar que o Irã não pode ter armas nucleares."

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. "Eles não podem ter armas nucleares", concordou o premiê, que afirmou ter conversado com Trump sobre tarifas, reféns e Gaza. Segundo ele, os dois países trabalham em "outro acordo sobre Gaza para derrotar o Hamas" e em uma nova troca de reféns. Trump também comentou a situação no território: "Seria ótimo ter uma força americana controlando parte da Faixa de Gaza", disse. "Gaza é um ótimo local, mas que ninguém quer viver ali agora."

Em meio ao alinhamento diplomático, Netanyahu sinalizou disposição para avançar em questões comerciais com Washington. "Reconheço que precisamos ter relações comerciais justas com os EUA. Vamos eliminar o déficit comercial e barreiras comerciais", afirmou. Mesmo com a promessa de Netanyahu, Trump destacou que não deve eliminar as tarifas aplicadas sobre importações de Israel aos EUA.

Em paralelo, o governo dos EUA intensificou a retórica contra os Houthis. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que "foram três péssimas semanas para os Houthis e isso vai piorar". Segundo ele, Washington foi "muito claro ao Irã para que não apoiem os Houthis ainda mais" e prometeu aumentar a pressão. Trump reforçou a mensagem: "Nosso exército está muito poderoso e continuará assim."

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