Política

ELEIÇÕES 2026

Valdemar Costa Neto reafirma apoio a Riedel e aliança com Centrão no Estado

O presidente nacional do PL reforçou que cumprirá acordo e não lançará candidato a governador em Mato Grosso do Sul

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Na segunda-feira, em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o presidente da comissão executiva nacional do PL, Valdemar Costa Neto, descartou que o partido terá candidato a chefe do Executivo em Mato Grosso do Sul, reforçou o apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel (PP) e anunciou aliança com partidos do Centrão no Estado para as eleições de 2026.

Durante uma conversa com a reportagem, ele assegurou que o PL no Estado, que deve ser comandado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) a partir da primeira quinzena de setembro, cumprirá o acordo firmado com Riedel e com Azambuja no ano passado, quando decidiu apoiar a candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) a prefeito de Campo Grande.

“Lógico que vamos apoiar a reeleição do governador Riedel, pois ele é nosso candidato aí em Mato Grosso do Sul. Nós já tínhamos definido isto na aliança que fechamos no ano passado para disputar a Prefeitura de Campo Grande, com ele estando filiado ao PL ou não”, garantiu Valdemar Costa Neto ao Correio do Estado.

O presidente nacional do PL também fez questão de negar que o partido vai buscar expulsar a ala de centro para se tornar 100% ideológico e conservador. 

“Pelo contrário, é uma furada essa história que saiu na mídia nacional. Nós temos deputados federais do perfil mais pragmático, ligados ao centro, e vamos continuar com eles”, declarou, completando que, nesse sentido, pretende, aqui no Estado, fazer alianças com partidos do centro para as eleições de 2026.

No entanto, ele assegurou que cada vez mais o partido pretende se firmar como conservador e de direita, porém, isso não inviabiliza aproximação com partidos de centro e de centro-direita, a exceção é e continuará sendo não se aproximar da esquerda jamais.

MALAS PRONTAS

Depois de comunicar, no dia 19, a saída do PSDB ao presidente nacional do partido, Marconi Perillo, para ingressar no PL, o ex-governador Reinaldo Azambuja revelou que deve assinar a fichar de filiação na primeira quinzena de setembro.

“Alinhei com o Perillo que os três deputados federais do PSDB, Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, vão continuar na sigla para disputar a reeleição em 2026”, informou Azambuja ao Correio do Estado.

No entanto, ele disse que os deputados estaduais filiados ao PSDB devem trocar de legenda para tentar a reeleição no próximo ano. “Por enquanto, quem está certo de me acompanhar é a deputada estadual Mara Caseiro, que sairá candidata a deputada federal. Os demais não definiram ainda”, revelou.

Sobre os prefeitos, Azambuja contou que alguns devem acompanhá-lo, outros vão permanecer na legenda e os demais vão para outros partidos, até para darem suporte aos vereadores, que não terão janela partidária até 2028.

Os planos do ex-governador no PL são tentar a eleição para o Senado e aumentar a bancada de deputados federais do partido, que hoje tem apenas os parlamentares Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, e o projeto de Azambuja é chegar até pelo menos três.
O acordo firmado entre Azambuja e o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) no ano passado tem como objetivo principal eleger senadores e deputados federais para aumentar a força do partido no Congresso Nacional.

A finalidade, com isso, é ajudar na Câmara dos Deputados uma possível administração da direita no Palácio do Planalto e ter maioria no Senado para afastar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro entende que, dominando o Congresso Nacional, também pode controlar o Poder Executivo, pois, apesar de o Brasil ter um regime presidencialista, guarda muitos trejeitos de um parlamentarismo.

No entanto, o foco do ex-presidente é ter força nas duas Casas de Leis para aprovar uma anistia irrestrita aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

Política

Pollon apresenta atestado e julgamento no Conselho de Ética é adiado

Advogado designado pela Câmara para defender o deputado sul-mato-grossense desistiu de representá-lo em julgamento sobre ocupação da Mesa Diretora e ofensas a Hugo Motta

12/12/2025 15h30

Deputado federal Marcos Pollon

Deputado federal Marcos Pollon Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

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A ameaça ao advogado designado pela Câmara dos Deputados e a apresentação de atestado médico pelo deputado Marcos Pollon (PL) adiou mais uma vez o julgamento dele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Em reunião do colegiado na manhã de hoje (12) as testemunhas agendadas não foram ouvidas após aliados argumentarem que a ausência do parlamentar impediria os trabalhos.

Foram mais de duas horas e meia de debates sem que nenhuma das nove pessoas previstas na pauta dessem o seu depoimento sobre a ocupação da Mesa Diretora e ofensas ao presidente da Casa, Hugo Motta, em agosto deste ano, até que o vice-presidente do colegiado, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que comandou os trabalhos, encerrou a reunião após o advogado designado pela Casa para defender Pollon dizer que não o representaria. 

Clebson Gean da Silva tomou essa decisão após falar pelo celular com o deputado sul-mato-grossense e foi ameaçado de processo.

“Eu aqui estou sobre autoridade da Casa e do advogado chefe. Eu recebi orientação para seguir as prerrogativas da advocacia e manifestar realmente que não tenho condições de continuar na defesa do representado. O representado me ligou me ameaçando de representação. Eu creio que no exercício do serviço público da função de advogado da Casa, não vou ficar submetido a uma ameaça desse jaiz", declarou ao ser questionado pela segunda vez se teria condições de defender Pollon.

Pouco antes ele disse que o fato de não ter conversado com o parlamentar poderia comprometer a defesa.

O advogado foi designado pela Casa após renúncia do representante de Pollon. Trata-se de um advogado ad hoc que fica à disposição do colegiado, exatamente para assumir temporariamente a parte que aparecer sem defesa.

Este argumento foi usado após não prosperar as justificativas de alguns parlamentares presentes e de Marcel van Hattem (Novo-RS), que responde pela mesma acusação, de que a reunião deveria ser suspensa pelo fato de Pollon estar afastado por nove dias por decisão médica. Foram citados trechos do Regimento Interno, legislação nacional e até acordos internacionais para tentar barrar o andamento dos trabalhos.

Logo no começo da reunião Van Hattem apresentou um requerimento para interromper as oitivas, mas Freitas não acatou o pedido alegando que estava embasado no regimento interno por isso ouviria as testemunhas, destacando que não se encontravam prejudicados os princípios do contraditório e que todos teriam direito a ampla defesa, “presentes ou não” na reunião.

Mesmo com a recusa, por diversas vezes o parlamentar gaúcho e outros deputados insistiram que os trabalhos deveriam ser interrompidos pela ausência de Pollon. Todas às vezes Freitas negou o pleito.

O deputado sul-mato-grossense apresentou o atestado após passar mal na reunião do colegiado de ontem, quando os trabalhos foram suspensos depois de ser retirada da sala do colegiado e ser atendido pelo departamento médico da Casa.

Pollon responde processo por se sentar na cadeira do vice-presidente da Câmara e por ofensas contra o presidente da Câmara, que tem como punição prevista 90 dias de suspensão. Respondem em conjunto van Hattem e Zé Trovão (PL-SC).

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