Cidades

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Açougue que vendia carne sem procedência armazenava o produto irregularmente

Com utensílios e carne jogados no chão, presença de insetos, o estabelecimento foi interditado durante a "Operação Bandeirantes"

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O testemunho de uma munícipe, que relatou comercializar vaca para frigoríficos e realizar vendas em leilão, levou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) a interditar um mercado de carnes em Bandeirantes.

A mulher, de 58 anos, relatou que conhece o proprietário do estabelecimento e que, em setembro deste ano, ele a procurou, demonstrando interesse na compra de uma vaca negociada por R$ 290,00.

O animal foi abatido na fazenda dela, com auxílio do filho, e entregue ao proprietário. Como acompanhou o Correio do Estado, durante a “Operação Bandeirantes”, cujo mercado Mercado dos Primos foi alvo, escancarando a condição precária em que a carne era manipulada.

Insalubridade

Conforme o parecer da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), verificou-se que o local de manipulação da carne não obedecia aos Procedimentos Operacionais Padronizados. Entre os indícios encontrados estavam:

  • ambiente insalubre;
  • ausência de circulação adequada de ar;
  • falta de iluminação.

O local, construído em alvenaria, apresentava carnes em bacias deixadas no chão, sujo de sangue. As portas e janelas não possuíam instalação de telas.

"Chama atenção a quantidade de moscas em todos os ambientes e a péssima condição de limpeza do local. Muita água empoçada, restos de sangue e sujeira acumulada. No momento da fiscalização, muitos utensílios e alimentos foram encontrados armazenados diretamente sobre o piso do estabelecimento ou superfícies imundas, com grande presença de insetos", apontou o Iagro.

Além disso, não havia vedação nem climatização adequadas, e a circulação de pessoas ocorria sem qualquer controle.

"Há desorganização com relação aos alimentos e equipamentos. Muitos alimentos e utensílios armazenados de forma empilhada, alimentos e utensílios no chão, equipamentos em péssimas condições de higiene e manutenção", diz o parecer do Iagro.

 

Fiscalização

Segundo a investigação da Decon, a comercialização de carne sem comprovação de origem está se tornando recorrente em todo o Estado, em razão do abate clandestino de animais.

Esse tipo de prática, em que o animal não passa pela vistoria dos órgãos responsáveis, coloca em risco a saúde da população, além de contribuir para a sonegação fiscal por parte dos comerciantes e para o descarte irregular de resíduos.

Outro ponto levantado é a concorrência desleal, já que, ao adquirir carne de forma clandestina, ela é vendida por um preço bem abaixo do praticado por estabelecimentos que seguem todas as normas sanitárias.

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MATO GROSSO DO SUL

Ex-vereador assume superintendência na Casa Civil

A nomeação foi publicada em resolução da Secretaria de Estado de Governo com efeito imediato

08/12/2025 10h30

Athayde coleciona quatro mandatos como vereador em Campo Grande e presidiu a Fundação Municipal de Cultura entre 2010 e 2011

Athayde coleciona quatro mandatos como vereador em Campo Grande e presidiu a Fundação Municipal de Cultura entre 2010 e 2011 Reprodução: Redes Sociais

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O governo de Mato Grosso do Sul oficializou, nesta sexta-feira (5), o retorno de Athayde Nery de Freitas Júnior, 61 anos, ao quadro da administração estadual. Ele passa a ocupar o cargo de Superintendente I da Secretaria de Estado da Casa Civil, função estratégica que envolve articulação política e apoio direto às demandas internas da pasta.

A nomeação foi publicada em resolução da Secretaria de Estado de Governo (Segov), com efeito imediato. Athayde assume a vaga deixada por Fábio Alexandre de Castro, exonerado no fim de novembro. O cargo é de confiança, com símbolo CCA-04, conforme previsto na Lei nº 6.036/2023.

Com trajetória reconhecida na política e na área cultural, Athayde coleciona quatro mandatos como vereador em Campo Grande. Também tem passagem pela direção estadual do então PPS (Partido Popular Socialista), atual Cidadania, e atualmente é filiado ao PSDB. Nas eleições municipais de 2024, tentou voltar à Câmara da Capital, mas obteve apenas 2.272 votos.

Além da atuação política, Athayde mantém carreira como poeta e escritor, tendo lançado obras como Estrelas Líquidas. É filho do desembargador aposentado Athayde Nery de Freitas, que morreu em 2021, aos 90 anos, e que também teve relevância política em Corumbá.

Com a chegada à superintendência da Casa Civil, Athayde retorna à gestão pública em uma função que exige interlocução permanente com diferentes setores do governo e acompanhamento de pautas estratégicas do Executivo.

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CAMPO GRANDE

Táxis que completaram 10 anos poderão rodar por mais 6 meses

Medida tem caráter excepcional e temporário, com vigência limitada ao exercício de 2026

08/12/2025 10h20

Marcelo Victor

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Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) prorrogou o tempo de vida útil dos táxis de Campo Grande.

Os táxis que completaram 10 anos – idade limite – poderão rodar por mais 6 meses em ruas e avenidas da Capital. Após esse período, o veículo deve ser trocado.

A medida tem caráter excepcional e temporário, com vigência limitada ao exercício de 2026.

Durante o período de prorrogação:

  • Os veículos beneficiados deverão passar por vistoria técnica a cada dois meses, para verificação das condições do veículo
  • A reprovação em vistoria implicará imediata retirada do veículo de circulação como táxi, sem prejuízo do alvará do permissionário, que poderá substituí-lo por outro veículo em conformidade com a legislação
  • As vistorias deverão ser agendadas e registradas em sistema próprio da Agetran

Estima-se que, em Campo Grande, há cerca de 23 veículos de táxi com 10 anos.

A portaria nº 04, autorizando a prorrogação, foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) nesta segunda-feira (8).

A decisão leva em consideração:

  • a dificuldade econômica do País, marcada por taxas de juros elevadas que dificultam a substituição imediata da frota
  • o pedido do Sindicato dos Taxistas (SINTAXI-MS), solicitando a prorrogação da vida útil dos veículos que completaram 10 anos em 2025
  • a necessidade de preservar a continuidade e qualidade do serviço público de transporte individual de passageiros, sem prejuízo à segurança viária

Táxi, automóvel destinado ao transporte de passageiros e provido de taxímetro, foi monopólio até março de 2015 em Campo Grande. Com a chegada do transporte por aplicativo, concorre com Uber, 99 POP, Indrive e Urban há 10 anos consecutivos.

Desde então, o número de alvarás e o movimento caíram proporcionalmente à chegada do transporte por aplicativo na Capital e interior.

De acordo com o presidente do sindicato dos taxistas, Flávio Panissa, existem 400 alvarás de táxis ativos em Campo Grande no ano de 2025. Na Capital, o veículo é padronizado da cor branca.

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