Cidades

CóRREGO CEROULA

Área de preservação perderá 10 mil hectares de proteção ambiental

De acordo com a Planurb, a mudança deve ser feita em razão de um estudo apresentado em plano de manejo do Ceroula

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Protegida como área de preservação ambiental (APA) desde 2001, a região onde fica localizado o Córrego Ceroula, junto do Morro do Ernesto e da Cachoeira do Inferninho, pode perder hectares de proteção ambiental.

Um ofício foi encaminhado para a Câmara Municipal de Campo Grande solicitando a alteração dos limites originais da APA da Bacia do Córrego Ceroula.

Segundo consta no documento, ao qual o Correio do Estado obteve acesso, a área demarcada em 2001 com 66.954 hectares (ha) passará a ter 56.580 ha, tendo uma diminuição de 10.374 ha do espaço que é preservado atualmente.

Procurada pela reportagem, a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), responsável pela regulamentação da área de preservação, informou os motivos pelos quais levaram a proposta de readequação da área, por meio da diretora de Planejamento Ambiental, Mariana Massud.

Segundo ela, um plano de manejo da APA do Ceroula, feito em parceria com a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em 2021, delimitou um novo perímetro de proteção ambiental a partir de diversas pesquisas relacionadas ao seu ecossistema.

“O plano de manejo feito com a UCDB identificou, de fato, qual é a área do mapa de preservação para a Bacia do Ceroula, já que no primeiro decreto, feito em 2001, foi observado que não havia uma pesquisa feita com área delimitada por meio de mapeamento, por isso está em processo essa adequação”, declarou Mariana Massud.

Em entrevista para o Correio do Estado, a diretora da Planurb também explicou que o trabalho de manejo para definir quais são as atividades que podem ser feitas na área a ser preservada vem sendo utilizado pela própria agência municipal como base para o desenvolvimento de ações na APA do Ceroula.

Conforme descrito no documento técnico, o plano de manejo tem diversos objetivos futuros, entre os quais, recuperar, proteger e conservar os cursos d’água que compõem a Bacia do Córrego Ceroula, além de proteger os ecossistemas locais, resguardar e valorizar aspectos culturais e históricos associados às comunidades da região e desenvolver programas, projetos e ações de manejo da área que contribuam com a sustentabilidade.

VALOR AMBIENTAL

Dados da pesquisa feita pela UCDB a respeito da área ambiental apontam que o local vinha sofrendo desmatamento sistemático, resultando na exposição do solo e em sua rápida erosão, o que traz consequências para o fluxo das águas, principalmente em Campo Grande, tais como assoreamento dos rios e perda de fertilidade dos solos na bacia.

Em matéria publicada pelo Correio do Estado, em 2021, também foi revelado que o local vinha sofrendo com o desequilíbrio ambiental causado pelo descarte indevido de lixo próximo à nascente do Córrego Ceroula.

Em setembro daquele ano, cerca de 1,3 tonelada de lixo foi retirada apenas da APA do Ceroula, por meio de um mutirão realizado no Dia Mundial da Limpeza. Na região, também foram instaladas lixeiras para conscientizar a população local.

A ação, que também resultou na limpeza visual dos corpos d’água, teve como maior objetivo a conscientização da população para a quantidade de lixo jogada nos rios e os impactos que o descarte irregular têm no meio ambiente.

AÇÕES FUTURAS

O documento técnico do plano de manejo da Planurb ainda apresenta seis programas ambientais destinados à APA do Ceroula, os quais têm a finalidade de especificar as ações básicas necessárias para manter a preservação da área.

Mariana Massud confirmou que a Prefeitura de Campo Grande pretende transformar a região do Ceroula em uma área com atividades turísticas e esportivas.

“O programa ambiental prevê atividades turísticas e esportivas, como ciclismo e corrida, dentro do território de zoneamento”, disse a diretora.

O plano de manejo destaca também que a Cachoeira do Inferninho, uma das principais atrações turísticas da área, tem um salto de aproximadamente 30 metros, apresentando características que favorecem a prática de atividades de esportes radicais em ambientes naturais, como rapel, caminhadas e escaladas.

Além disso, haverá a recuperação do manejo de recursos naturais a fim de incentivar e estimular a conservação, proteção, manutenção e recuperação com os proprietários rurais da área.

Programas de educação ambiental já estão sendo implementados pela Prefeitura de Campo Grande a fim de estimular a participação da comunidade local e dos visitantes e difundir o conhecimento ecológico, com sensibilização ambiental e para atitudes mais sustentáveis.

BODAS DE CIPRESTE

Casal de MS completa 76 anos de casamento e revela segredo para relação durar

Idosos formaram uma família gigantesca ao logo de sete décadas de amor: são 12 filhos (9 vivos e 3 mortos), 20 netos, 10 bisnetos e 4 tataranetos

04/10/2024 12h00

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anos

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anos MARCELO VICTOR

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Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos completaram 76 anos de casados, bodas de Cipreste, na última quarta-feira (3).

São pouco mais de sete décadas de amor, companheirismo, união, carinho, paciência, amizade, paixão e o mais importante de tudo: muito respeito.

Ao longo de sete décadas, ambos formaram uma família gigantesca: são 12 filhos (9 vivos e 3 mortos), 20 netos, 10 bisnetos e 4 tataranetos.

Eles se conheceram em setembro de 1948, na Fazenda Várzea Alegre, em Nioaque, município localizado a 183 quilômetros de Campo Grande. Ela tinha 15 anos e ele 17. 

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosSr. e Sra. Sacamota. Foto: Marcelo Victor

Dona Lídia nasceu em 3 agosto de 1933 e Seu Gabriel nasceu em 18 de março de 1930, ambos em Nioaque. Lídia morava na fazenda e Gabriel trabalhava como cozinheiro no local.

Foi amor à primeira vista: o primeiro beijo aconteceu na fazenda. Não demorou muito para se apaixonarem e muito menos se casarem: surpreendentemente, um mês depois, juntaram as escovas de dente.

Anos depois, se mudaram para a Aldeia Limão Verde, em Aquidauana. Em seguida, vieram para Campo Grande, onde moraram no Piratininga e atualmente moram na Moreninhas III, com três filhos. Desde então, nunca mais se largaram e estão juntos até hoje.

Questionada pela reportagem o que dona Lídia viu nele, ela respondeu "é um homem trabalhador, cozinhava para os peões da fazenda". Já seu Gabriel respondeu que se interessou por ela porque era "novinha". 

Vivem em harmonia e são unidos, a ponto de um tirar a comida do prato para dar para o outro, mas, como todo casal, dão “choque” as vezes, principalmente quando um puxa a coberta na cama à noite.

São unidos até na escolha do cardápio do almoço: arroz, carne, feijão, salada e verdura. “Gostamos de comida forte, que sustenta”, ressaltou dona Lídia.

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosRegistro da festa de Bodas de Vinho, 70 anos de casados. Foto: Marcelo Victor

Eles ainda revelaram, à reportagem, qual é o segredo e a receita para manter um casamento duradouro: compreensão.

“O segredo é a compreensão, um entender o outro, entender o companheiro, eu entender ele e ele me entender. É por isso a gente está junto até hoje”, revelou. O respeito sempre foi a base do casamento do senhor e senhora Sacamota.

O hobby preferido do casal é dormir e assistir televisão juntinhos. Ambos não gostam de sair de casa, mas adoram receber visitas.

Nesses 76 anos de casados, a matriarca deixou uma declaração para o amado. “Eu quero dizer que eu amo ele e desejo muitos anos de casados para nós”, disse a snehora, emocionada.

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosCasal só começou a usar alicanças aos 70 anos de casados. Foto: Marcelo Victor

O casal só passou a usar alianças aos 70 anos de casados, quando os filhos se reuniram para comprar os anéis aos pais.

A primeira e única festa para comemorar aniversário do casal ocorreu aos 70 anos, bodas de vinho, com direito a missa, churrasco e bolo para 100 pessoas. O próximo festão acontecerá nas bodas de Carvalho, quando completarem 80 anos de casados.

Filhos, netos, bisnetos e tataranetos estão espalhados pelo Brasil (Curitiba [PR], São Paulo [SP] e São José do Rio Preto [SP], Costa Rica [MS] e Campo Grande [MS]), mas, no fim do ano, todos se reúnem para comemorar as festividades com a matriarca e patriarca da família.

A filha, Adelaide Sacamoto, parabenizou os pais pelas bodas de Cipreste. “Que Deus abençoe e prolongue essa união que é tão linda, que hoje tá tão raro de se ver. Parabéns, felicidade para eles, que passem de 100 anos de casados. É um exemplo para todos nós”, disse.

Sr e Sra Sacamota: que nem a morte os separe.

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosFilha do casal, Adelaide Sacamota. Foto: Marcelo Victor

PREVISÃO DO TEMPO

Chuva passa longe de Campo Grande, mas deve chegar a partir de quarta-feira

Sem chuvas na última semana, capital deve enfrentar temporal nos próximos dias

04/10/2024 11h35

Chuva, trovoadas e ventos fortes devem atingir todo o Estado a partir de quarta-feira

Chuva, trovoadas e ventos fortes devem atingir todo o Estado a partir de quarta-feira Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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De modo contrário a previsão meteorológica, Campo Grande viveu dias de intenso calor e sem chuvas na última semana. No entanto, segundo o Climatempo, mudanças bruscas de temperatura, chuvas e trovoadas devem voltar a partir da próxima quarta-feira (09). 

Conforme a previsão, a onda de calor em Campo Grande deve se prolongar até terça-feira (08), com temperaturas elevadas e índices de umidade baixos. A partir de quarta-feira, a chegada de uma frente fria no sul do estado deve alcançar a capital e provocar mudanças significativas no tempo, com previsão de chuva e trovoadas.

De acordo com o meteorologista Natalio Abrahao, as temporada de chuva e trovoadas deve durante todo o fim de semana, com fim previsto somente para a segunra-feira (14).

Confira:

Ano mais quente da história

A capital sul-mato-grossense enfrenta uma onda de calor sem precedentes. Com diversas altas temperaturas registradas nos últimos meses, Campo Grande já possui a maior média anual desde que os registros começaram, em janeiro.

O pior, no entanto, ainda está por vir  uma vez que historicamente os meses finais do ano são os mais quentes, com outubro, novembro e dezembro concentrando as temperaturas mais elevadas

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