Prestes a sair de Campo Grande em viagem para a Argentina, durante agenda com representantes do governo Estadual e Federal na Capital, a prefeita Adriane Lopes foi questionada sobre quem deverá assumir a gestão da saúde e, apesar de dizer que já sabia o nome a ser indicado desde o princípio, escolheu fazer mistério sobre quem sentará no posto máximo da secretaria.
Cabe lembrar que a Secretaria Municipal de Saúde era comandada pela médica campo-grandense, Rosana Leite, até sua exoneração em 05 de setembro, depois de chegar à Sesau ainda em 2022 como secretária-adjunta, momento em que a pasta era coordenada pelo vereador licenciado Dr. Sandro Benites.
Ou seja, com o comando da Sesau nas mãos de um comitê intergestor há cerca de um mês - que possui um "prazo de validade" de um semestre -, a prefeita Adriane Lopes comenta que têm o nome escolhido desde que surgiu a ideia de reestruturar a Pasta.
Sendo que Adriane Lopes sai de viagem amanhã (07) rumo à Argentina e deve voltar na sexta-feira (10), a prefeita não deu qualquer sinal sobre quem deve assumir a Sesau, escolhendo guardar segredo até mesmo sobre o gênero do nome escolhido.
"A partir do momento que a reestruturação estiver concluída, o comitê continua trabalhando em parceria com a secretária, ou o secretário, que for assumir", afirmou.
Adriane esteve hoje (06) no Centro de Pesquisa e Capacitação (CEPAER), para a entrega de equipamentos da Agraer - acompanhada in loco pela equipe do Correio do Estado - e ressaltou que apesar do prazo de seis meses o Executivo "precisa" e "quer" antecipar o anúncio do novo comando da Sesau.
Questionada se poderia detalhar ao menos se o nome escolhido seria ou não da Câmara Municipal, a prefeita apenas negou e se limitou a dizer que: "quando começou o projeto já tinha o nome".
"Não, já está tudo decidido, eu já tenho o nome, a Câmara tem feito uma sugestão muito responsável, de pessoas muito técnicas, mas quando começamos o projeto de reestruturação, já tínhamos desenhado o começo, meio e fim", disse em complemento.
Esse comitê tem a gestão interina coordenada por Ivoni Kanaan Nabhan Pelegrinelli, formado por outros cinco membros:
- gestora de planejamento e execução estratégia - Catiana Sabadin Zamarrenho;
- gestora jurídica - Andréa Alves Ferreira Rocha;
- gestor de finanças e orçamento - Isaac José de Araújo;
- gestor administrativo - Vanderlei Bispo de Oliveira;
- gestor de contratação - André de Moura Brandão.
Após a exoneração de Rosana, Ivoni Kanaan Pelegrinelli chegou a conversar com exclusividade com o Correio do Estado, afirmando que uma das prioridades do grupo seria colocar o estoque de medicamentos dos postos de saúde em dia e zerar o déficit, que hoje é um dos principais problemas enfrentados pela população.
“Já tivemos uma reunião com o Conselho Municipal de Saúde, com os vereadores e com superintendentes da Sesau, agora vamos sentar e decidir as ações a serem tomadas. A prefeita me pediu para melhorar os serviços, levar uma saúde de melhor qualidade para a população e é o que tentaremos fazer neste período”, declarou ao Correio do Estado.
Saindo em viagem
Sobre a viagem para o País "hermano", Riedel apontou em discurso que o vice-governador também deve viajar para a Argentina junto de outros 20 prefeitos e prefeitas, como seu representante e de Mato Grosso do Sul na discussão sobre a rota bioceânica.
Diferente da expedição teste de exportação pela Rota Bioceânica - quando Campo Grande mandou cerca de 36 caminhonetes e fracassou ao levar quase 13 toneladas de carne até Iquique, no Chile -, quando questionada se adotaria a mesma estratégia da Câmara municipal de ir até o destino em picapes, Adriane tratou logo de descartar essa opção.
"Não, não, não. Eu vou de avião, não tem muito tempo, porque são 1800 quilômetros, é quase dois dias de viagem. Como a gente não pode ficar tanto tempo ausente, tem muitos assuntos acontecendo na cidade, como comitê gestor da saúde, assistência social e obras também que a gente está com um planejamento", disse.
Segundo Adriane, Campo Grande têm papel de protagonista desde o último encontro em Iquique, quando foi constituído o comitê gestor das 24 cidades, e que há novas diretrizes entre os "três maiores e mais importantes" municípios.
"Campo Grande, Jujuy, que tem 350 mil habitantes e Iquique, que é a ponta da lança lá no oceano pacífico, onde nós estamos começando uma associação de municípios entre essas três cidades que vem fortalecer as políticas públicas tanto de logística como na área da saúde e outras... já para quando a rota estiver pronta, as cidades estarem preparadas", explicou a prefeita.
Considerando o encontro "de grande relevância para CG", Adriane Lopes indica que um dos motivos para ir até a Argentina é a apresentação de um aplicativo que contém os dados da Capital, abrindo a possibilidade para as cidades que quiserem fazer adesão na Rota Bioceânica.
"Nós estamos levando também uma novidade de Campo Grande, disponibilizando um aplicativo através da nossa equipe técnica, que foi desenvolvido e lançado num evento que nós tivemos aqui, e lá nós vamos estar colocando à disposição das cidades. Então a gente vai num bate-volta mesmo só para instituir essa associação de municípios junto com o Jujuy e Iquique e já voltamos. Vai uma equipe técnica do parque tecnológico e um servidor da Semades", conclui.


Cida durante sua fala / Foto: Leo Ribeiro


