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Aulas ficarão suspensas por pelo menos mais um mês

Escolas particulares pretendiam retomar atividades no fim de julho, mas avanço da Covid-19 frustrou expectativas

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As aulas presenciais nas escolas particulares de Campo Grande ficarão paralisadas por, pelo menos, mais um mês. 

Essa foi a decisão da comissão que vem discutindo essa questão desde junho. O decreto em vigor, tanto municipal quanto estadual, suspende as aulas presenciais até o dia 31.

A reunião teve presença de representantes do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), das escolas particulares da Capital e da prefeitura. 

Ficou decidido que o grupo só voltará a se encontrar no dia 13 de agosto, para, se os números estiverem bons, montar o calendário do retorno às atividades.

De acordo com a promotora de Justiça Ana Cristina Carneiro Dias, que participa do grupo, a decisão foi tomada levando em conta dados apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

“A decisão levou em conta a situação epidemiológica atual. A Secretaria de Saúde acredita que não é hora para o retorno. Estudo atual indica que a segunda quinzena de agosto deve ter número decrescente de casos e, aí, as aulas poderão voltar”, declarou a promotora.

Segundo ela, depois da apresentação dos dados, todas as entidades concordaram que voltar no início de agosto não seria o ideal. 

“As entidades [representantes das escolas particulares] acabaram concordando também. Foi praticamente unanimidade que não era o momento mais seguro para essa discussão”.

A previsão é a de que, caso as estimativas da Sesau se comprovem, no dia 13 as entidades e os órgãos de controle discutam um calendário para a volta das escolas particulares. 

“Se os números estiverem bons, voltamos na segunda quinzena”, declarou o presidente da Associação de Instituições de Ensino Particular de Campo Grande, Lúcio Rodrigues Neto.

A promotora também concorda que, mantendo essa situação de decréscimo em agosto, a volta das instituições deve acontecer ainda no próximo mês. 

As instituições, por sua vez, já começaram a montar um calendário para o regresso às aulas presenciais.

DESCONTOS

Enquanto as aulas continuam sendo dadas via internet na rede particular, as escolas que fecharam acordo com MPMS, Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Procon-MS) seguem aplicando desconto nas mensalidades dos estudantes. 

Ao todo, apenas 120 escolas aderiram a essa ferramenta, que determinava desconto de 25% nas mensalidades do Ensino Infantil não obrigatório e 10% no Ensino Fundamental e Médio.

De acordo com a promotora, para as escolas que não participaram da medida, foi determinado que os Procons municipais façam fiscalização nesses estabelecimentos, para verificar se eles realmente não tinham condições de aplicarem o benefício. 

As vistorias começaram a ser feitas na semana passada e ajudarão a compor futuro processo contra essas instituições.

A DISTÂNCIA

As atividades presenciais em escolas foram paralisadas em Campo Grande no dia 18 de março, por meio de decreto municipal, para as aulas da Rede Municipal de Educação (Reme). 

No dia 23 de março, escolas estaduais e as particulares que seguiram determinação do governo do Estado também paralisaram as atividades presenciais.

Essa medida vem sendo prorrogada desde então, tanto em âmbito municipal quanto estadual. 

O último decreto publicado decreta aulas remotas até o dia 31 de julho nas instituições públicas e privadas. Com esse cenário de possível volta, a paralisação das atividades deve ter nova prorrogação no fim deste mês por 15 dias.

As aulas na Reme e na Rede Estadual de Ensino, porém, ainda não têm previsão para serem retomadas, apesar de tanto a Secretaria Municipal de Educação (Semed) quando a Secretaria de Estado de Educação (SED) já terem criado protocolo para quando isso ocorrer, com a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) para alunos e profissionais.

Em Campo Grande, a pandemia cresceu 324,9% entre junho e julho. No dia 14 do mês passado, eram 1.138 casos confirmados na Capital. Até ontem, eram 4.836 confirmações. 

O aumento também ocorreu em relação ao número de mortes: conforme a Sesau, enquanto em 14 de junho eram apenas 8 óbitos causados pela Covid-19, dados de ontem já apontavam 45.

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (28) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Grande parte do estado terá chuva

28/11/2024 04h30

Tempo nublado em Campo Grande

Tempo nublado em Campo Grande Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta segunda-feira (25), a previsão indica tempo com sol e, ao longo da tarde/noite de quinta e durante o próximo final de semana, espera-se aumento de nebulosidade e chuvas de intensidade fraca a moderada.

Pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento. Essa situação meteorológica ocorre devido ao intenso transporte de calor e umidade, aliado ao deslocamento de cavados. Além disso, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e a aproximação de uma frente fria favorece a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul.

Os ventos atuam do quadrante norte (norte/noroeste) com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 26°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 26°C e 36°C. 
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 28°C e a máxima de 39°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 36°C. Há previsão de chuva.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 24°C e 37°C. Pode chover.
  • Anaurilândia terá mínima de 25°C e máxima de 37°C. Irá chover.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 25°C e máxima de 37°C. Chove.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 25°C e 34°C. Pode chover.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 25°C e máxima de 35°C. H´previsão de chuva.

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Antigo Twitter

Juiz de MS livra empresa de Elon Musk de pagar R$ 190 milhões

Pedido da Adecon-MS para indenizar consumidores pela eliminação da verificação em duas etapas no X não foi aceito por magistrado de Campo Grande

28/11/2024 04h25

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X Arquivo

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O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, rejeitou o pedido da Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Adecon-MS) que pleiteava uma indenização de R$ 190 milhões do X, antigo Twitter, rede social do bilionário Elon Musk.

A sentença, assinada na terça-feira, veio oito meses após o ajuizamento da ação, que ocorreu em março. O magistrado discordou da Adecon-MS e também do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), entendendo que o fim da autenticação em duas etapas para a verificação do usuário ao conectar na plataforma não deixou os usuários do X desamparados no que se refere à segurança.

Quando Elon Musk adquiriu o Twitter, a autenticação em duas etapas, oferecida gratuitamente na maioria das redes sociais, passou a ser paga. O serviço foi incluído no pacote Twitter Blue, disponível mediante assinatura.

O juiz Marcelo Ivo de Oliveira destacou a existência de métodos alternativos de autenticação.

“Mesmo o requerido [X] tendo passado a cobrar por um serviço, não colocou a segurança dos usuários em risco, uma vez que a rede social ainda permite que os usuários ativem a autenticação de dois fatores [2FA] por outros métodos, tais como aplicativos de autenticação, como Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, Duo Mobile e 1Password, os quais são seguros, gratuitos e simples de serem utilizados”, afirmou o magistrado.

Ainda cabe recurso da decisão do juiz de Campo Grande. Quando o X apresentou sua defesa, em abril, a rede social de Elon Musk ainda não havia fechado seu escritório no Brasil. Em maio, para não cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X Brasil fechou suas operações no País. Posteriormente, por conta da desobediência à ordem judicial, a plataforma foi retirada do ar no Brasil nos meses de setembro e outubro, até que a decisão fosse cumprida.

Entenda o caso

A Adecon-MS ajuizou a ação civil pública no dia 22 de março. Na ocasião, a associação alegou que a demanda surgiu com a implantação do serviço Twitter Blue (ou X Blue) no Brasil e o fim da verificação em duas etapas oferecida de forma gratuita.

O serviço começou a ser oferecido em 20 de março de 2023, com assinatura mensal de R$ 60. A Adecon-MS e o MPMS entendem que, ao restringir a autenticação em duas etapas apenas para assinantes do Twitter Blue, a rede social viola o direito do consumidor, deixando os usuários não pagantes mais vulneráveis a clonagens e a ataques de hackers.

“O que causa maior revolta na nova política de segurança da requerida é que a citada autenticação sempre foi disponibilizada para todos os usuários do Twitter e agora, apenas quem tiver condições de pagar o plano Blue é que terá a manutenção de sua segurança na plataforma requerida”, argumentou a Adecon-MS na ação.

A associação também afirmou que os custos com a segurança do usuário deveriam ser arcados pela empresa de Elon Musk, e não transferidos ao consumidor.

“A segurança dos consumidores durante o uso da plataforma da requerida [X] é parte típica e essencial do negócio, risco da própria atividade empresarial que visa o lucro e integrante do investimento necessário que deve ser aportado pela requerida”, defendeu a entidade.

A Adecon-MS estimou o valor da indenização por danos morais coletivos em R$ 10 por usuário do X no Brasil. Segundo um relatório divulgado pela empresa no ano passado, a plataforma tem aproximadamente 19 milhões de usuários no País, justificando o pedido de R$ 190 milhões em indenização.

Por se tratar de uma ação civil pública, a associação praticamente não corre risco de arcar com honorários sucumbenciais em caso de derrota, o que contribui para a justificativa do pedido de alto valor.

Em parecer, o MPMS divergiu da defesa do X Brasil, afirmando que a causa envolve direitos difusos e coletivos, por conta da indivisibilidade do interesse e da proteção de consumidores futuros e virtuais.

O promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida destacou que, antes da introdução do Twitter Blue, a autenticação de dois fatores era gratuita e incentivada pela empresa, tornando a cobrança por esse serviço uma violação dos direitos do consumidor.

“O dano moral coletivo não precisa ser irrefutavelmente comprovado, pois a lesão decorre imediatamente dos eventos lesivos”, argumentou o promotor, que considerou o pedido de R$ 190 milhões “irrazoável” e sugeriu que a indenização fosse fixada em R$ 10 milhões.

O MPMS também recomendou que, em caso de condenação, a indenização fosse destinada ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos dos Consumidores, e não ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, conforme solicitado pela Adecon-MS. Nenhuma das solicitações foi atendida, e o magistrado rejeitou o pedido. Agora, cabe recurso à segunda instância.
 

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