Cidades

MEIO AMBIENTE

Em operação contra incêndios no Pantanal, Bombeiros conseguem salvar animais do fogo

Na área onde há chamas desde esta quinta-feira (14) foram localizados jacarés e cobra

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As regiões do Nabileque e do Abobral do Pantanal estão com registros de incêndios há mais de 24 horas. Em uma dessas áreas, em faixa que faz fronteira do Brasil com a Bolívia, equipes dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul estão combatendo incêndios e ainda não houve controle total das chamas. 

Ainda assim, a ação conseguiu preservar a vida de animais silvestres, como jacarés e uma sucuri. Esses animais foram localizados pelas equipes e houve trabalho para evitar que as chamas conseguissem atingir a parte da área onde estavam.

Uma das frentes que está em atuação identificou que ao menos um incêndio começou nesta quinta-feira (14) e até o começo da tarde desta sexta-feira (15) prosseguia. Um desses focos está na região de uma fazenda chamada Olho de Boneca. As equipes foram deslocadas por volta das 20h30 desta quinta para o local e são 12 militares empenhados.

De acordo com nota da corporação, a principal preocupação é resguardar vidas. “Foco de incêndio em local com bastante animais silvestres, tais como sucuri, jacarés, dentre outros. Uma frente desse incêndio foi controlada, a outra se direcionou para região alagada, trabalhos continuam no local. Foi possível salvar sucuri localizada”, detalhou os Bombeiros.

No sistema Pantanal em Alerta, dos Bombeiros com o Ministério Público Estadual, há indicação que existem 126 focos de calor identificados no Pantanal nesta sexta-feira. São áreas de cinco municípios atingidos, com 16 propriedades em monitoramento por conta desses focos de calor. A grande parte desses registros está em área de fronteira do Brasil com a Bolívia, dentro do município de Corumbá (78 focos), atrás do morro Mutum.

Outra área com dezenas de registros fica próximo de região chamada Esperança dos Índios, já no município de Porto Murtinho. No Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro há indicativo de focos de calor, tanto em área dentro do parque como nas redondezas.

No total, os Bombeiros estão com quatro equipes espalhadas no Estado para combater as chamas, sendo que três delas estão focadas só para os incêndios na região do Nabileque. Entre as principais preocupações dessas equipes está o vento forte que passa em algumas regiões, o que ajuda a espalhar o fogo, além da baixa umidade do ar.

Para a região do Pantanal próximo a Corumbá, previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que há chance de chuvas serem registradas a partir deste sábado (16), ao longo de todo o dia.

Os Bombeiros atuam no controle desses incêndios e ainda vão averiguar se há indícios de que as chamas foram iniciadas por causas humanas.

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Histórico

De 01 de janeiro até 11 de julho foram registrados 1.325 focos de calor (satélite referência) em Mato Grosso do Sul contra 1.401 no mesmo período do ano passado, conforme registro no site do INPE. Isso indica redução de aproximadamente 5% no período analisado. Porém, este mês de julho preocupa os Bombeiros diante da seca prolongada no Pantanal e o tempo seco que persiste.

Neste ano já foram realizadas três grandes operações de combate a incêndio florestal. Uma ocorreu em janeiro, no Parque Estadual das Ilhas e Várzeas do Rio Ivinhema; outra em março/abril na região do Passo do Lontra, que fica no município de Corumbá; e no início desse mês a operação Pantanal atuou em outro incêndio, no entorno do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, mesma área que voltou a pegar fogo nesta quinta-feira (14).

 

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FEMINICÍDIO

Mulher é morta por ex-companheiro e é 7ª vítima de feminicídio em MS no ano

Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, estava em casa quando se desentendeu com o rapaz, que chamou a polícia admitindo o crime, mas fugiu logo em seguida

29/03/2025 11h20

Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, foi morta a facadas em MS

Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, foi morta a facadas em MS Foto: Reprodução

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Uma mulher de 30 anos, identificada como Alessandra da Silva Arruda, foi morta a facadas pelo ex-companheiro em Nioaque, município a 183 quilômetros de Campo Grande, e é a sétima vítima de feminicídio no estado em 2025.

O caso aconteceu na manhã deste sábado (29) e, segundo apuração do jornal Jardim MS News, o rapaz ligou para a polícia admitindo o crime e pedindo socorro. Porém, ao chegarem no local, os agentes encontraram o corpo de Alessandra já sem batimento e sem a presença do criminoso.

Ainda, de acordo com informações do Delegado titular da delegacia de Nioaque, Diego Sátiro, tudo começou após um desentendimento do casal, em uma residência localizada na Rua Manoel Ozório, no Bairro São Miguel. 

Ainda sem identificação, o suspeito também tem 30 anos e segue foragido. A faca usada no crime foi encontrada cheia de sangue e confiscada pela perícia. Já o corpo de Alessandra será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O Correio do Estado aguarda mais atualizações sobre o caso.

Feminicídios em 2025

O 1° feminicídio aconteceu no dia 4 de fevereiro, quando Karina Corin, de 29 anos, foi baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, no dia 1° de fevereiro; não resistiu aos ferimentos.

Karina estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Vida de Dourados. Aline Rodrigues, de 32 anos, também estava na loja de celular no momento do ataque e morreu após ser atingida por dois tiros.

Aline era amiga de Karina, e também foi levada para o Hospital da Vida de Dourados em estado grave. Contudo, não resistiu aos disparos, que atingiram a cabeça e o tórax.

O 2° feminicídio registrado foi o da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada a facadas pelo ex-noivo Caio Nascimento. 

Vanessa procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) no dia 13 de fevereiro para denunciar o companheiro por violência doméstica e solicitar uma medida protetiva contra ele, mas, ao retornar para casa, deu de cara com Caio na sua própria residência, momento em que começaram uma discussão e ele desferiu diversos golpes de faca contra o pescoço, peito e barriga.

Os vizinhos ouviram os gritos e acionaram a polícia.

Já o 3° caso, aconteceu em Dourados, quando Juliana Domingues, de 28 anos, foi assassinada com golpes de foice pelo marido, no último dia 18, na comunidade indígena Nhu Porã.

O esposo foi identificado como Wilson Garcia, de 28 anos. Ele cometeu o crime na frente do filho do casal, de 8 anos.

No 4° caso, Mirieli Santos, de 26 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro,Fausto Junior no último sábado, 22 de fevereiro. O casal estava discutindo quando o irmão da vítima ouviu os disparos, ela chegou a ser levada ao hospital por Fausto, mas não resistiu aos ferimentos.

O 5º caso aconteceu no dia 24 de fevereiro, o crime aconteceu no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande.

A vítima teria sido brutalmente atacada pelo seu ex-marido, que, após esgana-la, teria arrastado seu corpo até uma residência e colocado em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural.

No inicio deste mês Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi a 6ª vítima de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul. O crime aconteceu no fim da tarde deste sábado (1°), no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

De acordo com testemunhas, o autor do crime confessou que a agressão foi motivada após uma discussão com a vitima que teria o agredido com três tapas no rosto, momento este em que ele jogou uma pedra na cabeça da mulher. A vítima teve o corpo queimado.

*Colaborou Alicia Miyashiro

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infraestrutura

Estado dá primeiros passos do pacote de obras bancadas pelo BNDES

Programa prevê R$ 2,6 bilhões em pavimentação e editais publicados nesta sexta-feira (28) estimam investimento de R$ 563 milhões em quatro novas rodovias

29/03/2025 10h45

Editais publicados nesta sexta-feira preveem o asfaltmento de quase 150 quilômetros nas regiões sul e leste de Mato Grosso do Sul

Editais publicados nesta sexta-feira preveem o asfaltmento de quase 150 quilômetros nas regiões sul e leste de Mato Grosso do Sul ARQUIVO

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Exatos seis meses depois de assinar como com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a obtenção de empréstimos de R$ 2,3 bilhões para investimentos na área de infraestrutura, o Governo do Estado anunciou nesta sexta-feira a abertura de uma série de licitações prevendo investimento da ordem de R$ 563 milhões em quatro rodovias diferentes, totalizando quase 150 quilômetros de asfalto novo. 

Em edição extra do diário oficial, a administração estadual lançou o edital para pavimentar 63 quilômetros da MS-320, interligando a MS-377 e a BR-158, encurtando o caminho entre Inocência e a região de Três Lagoas. 

A previsão é de que sejam investidos até R$ 276.169.461,16, o que equivale a quase 4,4 milhões por quilômetro. As propostas serão abertas somente em 10 de julho e a empresa que oferecer o menor valor terá de elaborar ainda o projeto básico e executivo da obra que vai beneficiar principalmente as indústrias de celulose de Três Lagoas e a que está sendo instalada em Inocência. 

Também nesta sexta-feira, mas na edição do diário oficial divulgada no começo da manhã, a Agesul já havia divulgado a abertura de uma licitação para asfaltar um trecho de 17 quilômetros da MS-344, nas proximidades de Selvíria. 

A previsão é gastar R$ 39,9 milhões neste trecho, o que equivale a R$ 2,34 milhões por quilômetro. A previsão é de que as propostas sejam abertas em 22 de abril. A obra também será para melhorar a infraestrutura no chamado Vale da Celulose. 

SUL DE MS

Mas o dinheiro do DNBES também será destinado à pavimentação de rodovias no extremo sul do Estado. Um total de R$ 106,1 milhões está previsto para o asfaltamento de 32 quilômetros da MS-289, no município de Amambai. Neste caso, a licitação também será aberta em 22 de abril. 

Outras duas licitações anunciadas na edição extra do diário oficial desta sexta-feira (28) serão para o asfaltamento de pouco mais de 36 quilômetros da MS-380, uma rodovia que liga Ponta Porã até perto de Caarapó. 

A previsão é de que a obra seja licitada em dois lotes, que juntos somam pouco mais de R$ 141 milhões, o que equivale a R$ 3,9 milhões por quilômetro asfaltado. As propostas das duas licitações serão abertas no dia 23 de abril, logo depois do feriado da Páscoa. 

Projeto amplo

Com os R$ 2,3 bilhões do BNDES, o Governo do Estado pretende melhorar 818 km de rodovias estaduais. Para isso, terá de entrar com uma contrapartida de R$ 300 milhões. A previsão é de que sejam 569 quilômetros de novas pavimentações e outros 249 quilômetros  em pistas que serão restauradas.

 

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