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Campo Grande completa hoje 20 dias sem chuvas e com altas temperaturas

Previsão não indica precipitação pelo menos até o dia 14 na Capital e especialista alerta para doenças respiratórias

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No dia 17 de junho deste ano foi registrada a última precipitação em Campo Grande, com isso, hoje a cidade completa 20 dias sem que uma gota de água tenha caído do céu. A situação, no entanto, deve permanecer assim até pelo menos o dia 14 deste mês, segundo a meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo com a especialista, a falta de chuva, além de ser uma característica da estação, é causada por bloqueios atmosféricos que comumente acontecem no inverno. Esses bloqueios, segundo Ramos, impedem a entrara dos sistemas frontais (que geralmente são compostos de uma frente fria, frente quente e centro de baixa pressão na superfície chamado ciclone).  

“Funciona como um tampão na área central do País. Enquanto não houver sistemas frontais que quebrem esses tampões, vai continuar assim”, disse a meteorologista.  

Isso acontece porque a Capital está localizada ao centro de Mato Grosso do Sul, ou seja, mais ao centro do País, porém, para a região sul do Estado há a possibilidade de incursão de sistemas frontais, com a chegada de nebulosidade e chuva durante a estação.

Nessas condições, a massa de ar seco e quente que está sobre Campo Grande causa a amplitude térmica, que favorece baixas temperaturas durante a manhã e termômetros elevados durante a tarde. Ontem, por exemplo, a mínima chegou a 18°C pela manhã, enquanto a máxima foi de 30°C, à tarde.

“É característica do inverno esse bloqueio atmosférico, isso permite que não haja formação de nuvens de chuva, pode haver nebulosidade em alguns dias, mas sem força para precipitação”, disse Ramos.

No restante do Estado, a maior amplitude térmica foi registrada no município de Água Clara, onde pela manhã a temperatura era de 11°C e às 15h chegou a 33°C. Em Rio Brilhante, a mínima foi a mesma, mas a máxima chegou a 32,3°C. Já em Três Lagoas a temperatura oscilou entre 16,2°C e 32,8°C.

PREVISÃO

Os próximos dias devem ser de céu com poucas nuvens, sol predominante e temperaturas acima de 30°C. Hoje o dia deve começar com mínima de 16°C, mas à tarde a temperatura atinge os 31°C. No sábado (9) e no domingo (10), a máxima fica em 32°C e a menor temperatura será de 18°C e 19°C, respectivamente.

O mesmo deve ocorrer na segunda-feira (11), com a elevação de 1°C na máxima. Porém, a partir de terça-feira (12) haverá uma queda de temperatura, com a máxima não ultrapassando 24°C, de acordo com dados do Inmet.  

“A mínima deve ser de 18°C, mas, no decorrer do dia, com a entrada da massa de ar, a temperatura não se altera muito. Pode trazer nebulosidade, mas sem previsão de chuva”, explicou Ramos.

Esses números, entretanto, não ficarão por muito tempo, já que na quinta-feira (14) as condições atuais devem ser retomadas.

UMIDADE

Por causa da grande mudança entre as temperaturas mínimas e máximas, a umidade relativa do ar também é afetada. Segundo a meteorologista, pela manhã, ela varia de 60% a 70%, entretanto, à tarde, fica entre 20% e 25%, porcentual considerado de atenção.

“No decorrer do inverno, essa situação deve ocorrer frequentemente, mas em agosto a tendência é de umidade abaixo de 20%”, afirmou a especialista.  

De acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade relativa do ar considerada boa fica acima dos 60%. De 21% a 30% é de atenção; de 12% a 20% é de alerta; e abaixo de 12% é emergencial.

Essas condições de calor, seca e umidade baixa causam problemas para a saúde humana. De acordo com o pneumologista Ronaldo Perches Queiroz, o clima seco e as alternâncias de temperatura são os grandes causadores de irritação nas vias aéreas, o que leva muitas pessoas aos postos de saúde.

“O clima seco e essa variação provocam uma grande irritação nas vias aéreas superiores das pessoas, nariz muito ressecado, garganta ressecada. Às vezes, o nariz chega a sangrar de tão seco. E essa irritação diminui a resistência nas vias aéreas das pessoas, favorecendo o surgimento das síndromes gripais. Nesta época do ano é comum termos as doenças de inverno, o resfriado, que é provocado pelo rinovírus, as gripes, e quem tem asma e rinite sofre mais ainda, porque pode ter crise”, afirmou o médico.

Queiroz frisou que essas infecções respiratórias podem provocar pneumonia e, em alguns casos, ela pode ser grave. “É por isso que está ocorrendo esse grande fluxo de pessoas que estão procurando os pronto-atendimentos públicos e privados. O risco de pneumonia é sempre maior nas crianças e nos bebês, que têm ainda o sistema de defesa em construção, e nos idosos, que já têm alguma deficiência imunológica e baixas defesas”.

O pneumologista também ressalta que ainda há circulação da Covid-19 e que os sintomas atuais são muito parecidos com os das gripes comuns.

“Essa variante que está circulando desde janeiro, a Ômicron, é muito transmissível, porém, ela tem baixa patogenicidade, é menos agressiva e não atinge os pulmões, só as vias aéreas superiores. E os sintomas são: garganta raspando, nariz escorrendo, tosse seca, dor de cabeça e febre baixa. Ou seja, os mesmos sintomas das gripes comuns e dos resfriados. Então a população tem de ficar muito atenta, se passar de dois dias com esses sintomas, precisa fazer o teste de Covid-19”, declarou.

QUEIMADAS

Apesar do tempo seco dos últimos dias, Campo Grande não foi impactada pelo aumento das queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do dia 18 de junho até a noite de ontem, apenas dois focos de incêndio foram registrados na Capital. No ano, a cidade acumula 14 focos. 

O município com o maior número de queimadas no Estado este ano é Corumbá, que tinha até ontem 467 focos, um aumento de 26,8% em relação a 2021, quando foram registrados 284.

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

Campo Grande

Vereadores derrubam isenção e Consórcio Guaicurus voltará a pagar imposto milionário em 2026

Projeto de lei apresentado pela prefeitura municipal obteve 15 votos contrários e 10 favoráveis

18/12/2025 18h30

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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No "apagar das luzes" de 2025, a Câmara Municipal de Campo Grande rejeitou a isenção sobre o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) para o Consórcio Guaicurus, renúncia que neste ano foi de aproximadamente R$ 9,5 milhões aos cofres municipais.

Na prática, a cobrança sobre este tipo de imposto é de responsabilidade da prefeitura municipal, repasses os quais o consórcio é isento de pagar desde 2013, ano em que a concessionária assumiu o transporte público da Capital. Anualmente, a administração encaminha o projeto de lei à Câmara, que aprova ou rejeita a possibilidade de cobrança, que voltará a ser feita em 2026.

De autoria do executivo municipal, o Projeto de Lei 12.229/2025 foi rejeitado nesta quinta-feira (18) por 15 vereadores, e aprovado por 10, nesta que foi a última sessão sessão legislativa do ano. Em justificativa, a prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que a isenção fiscal vigente, permite que a concessionária isente diversos passageiros de pagar a taxa de transporte público, atualmente em R$ 4,95. 

"Ressaltamos que ainda que o benefício fiscal proposto também é satisfatório para fazer as empresas prestadoras de serviços de transportes de pessoas em Campo Grande, pois minimiza os custos financeiros arcados por elas, em contrapartida a não cobrança das passagens à diversos usuários decorrentes de ajustes com o município, acarretando uma maior majoração do preço tarifário, portanto, entendemos que no final, o grande beneficiário, é o munícipe", destacou Adriane. 

Durante a sessão, o presidente da Câmara Epaminondas Neto, "Papy" (PSDB), disse compreende a rejeição ao projeto apresentado pela prefeitura, declaração dada em meio à greve dos motoristas. "Isso é um sinal para a cidade de que o parlamento está esgotado em relação ao Consórcio Guaicurus, que demonstra repetidas vezes as mesmas falhas. E o pior, sem uma iniciativa clara do que quer mudar. (O consórcio) está sempre justificando algumas coisas, mas, na prática, com ações que demoram demais para acontecer", avaliou. 


Favoráveis: Beto Avelar (PP), Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Dr. Jamal (MDB), Victor Rocha (PSDB), Herculano Borges (Republicanos), Leinha (Avante), Neto Santos (Republicanos), Otávio Trad (PSB), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (PP), Rafael Tavares (PL), Ronilço Guerreiro (Podemos), Silvio Pitu (PSDB) e Veterinário Francisco (União).

Contrários: André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Fabio Rocha (União), Flávio Pereira Moura, o Flávio Cabo Almi (PSDB), Jean Ferreira (PT), Landmark Ferreira (PT), Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP), Marquinhos Trad (PDT) e  Wilson Lands (Avante).

Saiba*

Após quatro dias de paralisação os motoristas do consórcio voltarão integralmente ao trabalho na manhã desta sexta-feira (19). A antecipação do repasse, anunciada pelo Governo do Estado durante a manhã, caiu na conta e a suspensão da greve foi decidida nesta tarde, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT24).

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