Durante a manhã desta segunda-feira (10) o corpo do legislativo de Campo Grande se reuniu, na Câmara Municipal, com os parlamentares que representam a bancada federal sul-mato-grossense, para liberação de R$ 110 milhões para obras em viadutos e a criação de comissão para acompanhar os trabalhos.
Segundo o atual presidente da Casa de Leis de Campo Grande, Epaminondas Vicente Silva Neto (conhecido como Papy), a criação de uma comissão (que inicialmente deve ser composta por três parlamentares) foi, inclusive, sugestão do Senador Nelson Trad Filho, que servirá para fiscalizar e acompanhar as emendas destacadas pelos parlamentares.
Já Nelsinho Trad destacou que, são os vereadores os agentes políticos demandados sobre os problemas da Capital, no caso, portanto esse alinhamento entre as partes se torna essencial.
"Nada mais justo que nós que estamos lá em Brasília ouvir aqueles que recebem as demandas de pronto e fazer com que, numa articulação com a Prefeitura e com o Governo do Estado, isso possa chegar na ponta. A nossa reunião foi para afinar isso aí, para fazer com que isso possa ser otimizado e produtivo", disse.
Obras contempladas
Do reflexo da reunião na vida do cidadão, Papy complementa dizendo que, entre o que deve ser contemplado no por vir, aparece um projeto que prevê o asfaltamento para linhas de ônibus nos bairros, além de poder contemplar as demandas vindas pelo Executivo de Campo Grande.
"Individualmente falando aqui, a gente tem um pensamento a respeito de algumas legislações que precisam ser revogadas em relação ao centro de Campo Grande, para dar competitividade ao lojista do centro, discutido aqui dentro mas ainda sem conexão com Brasília", afirma Papy.
A Senadora Soraya Thronicke esclarece que, dos quase R$ 600 milhões em emendas de bancada, obrigatoriamente o alvo desse destacamento devem ser obras estruturantes.
"O que não demanda tanto recurso, como as afirmativas, cultura, por exemplo... aí cada um vai tratar das suas preferências, do seu eleitorado. Aqui estamos tratando de realmente questões de obras estruturantes", diz.
Ou seja, fica claro que, através do montante da bancada, há uma hierarquia a ser cumprida, enquanto metade das emendas individuais devem ir para saúde, por exemplo, o mesmo não ocorre nessa modalidade conjunta.
"Justamente para que possamos trazer o desenvolvimento necessário... agora, também nada impede que possamos investir nessas questões, mas o mais importante é que daqui pra frente o Legislativo da Capital vai também dizer o que importa, porque nós não sabíamos exatamente o que era prioridade", declarou Soraya.
Ainda, ela completa que foram disponibilizados em torno de R$ 40 milhões para Mato Grosso do Sul, voltados para a área de habitação, sendo que uma análise ainda deve decidir qual município, com o maior déficit habitacional, deve ser contemplado.
Papy ressalta que é a bancada que escolhe quem será o executor das emendas (seja Executivo Municipal ou Estadual) e, há alguns anos, têm preferido a execução pelo Governo de Mato Grosso do Sul.
"Por isso também os projetos são provenientes do Governo do Estado, mas é por participação... os vereadores têm interesse em debater Campo Grande, é um assunto macro que está ligado diretamente à nossa população, que faz respeito à nossa prerrogativa como vereador", citou o presidente.
Por fim, ainda no sentido de demandas de obras estruturantes, justamente o que é relativo à infraestrutura aparece como as principais reivindicações da Câmara, segundo o novo presidente da Casa.
"A questão da linha de ônibus ser asfaltada, a continuação da Ernesto Geisel, a recuperação ali do trecho que está desabando, são várias reivindicações que os parlamentares colocaram, inclusive nas reuniões individuais na visita da bancada. Hoje, nós aqui mais ouvimos eles em relação a como vamos conectar essas ações", conclui.